domingo, 16 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 177

I – NOTÍCIAS

1- Fórum Estadual de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval é apresentado
O Rio Grande do Sul passa a contar com o Fórum Estadual de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do RS. O decreto de criação foi publicado no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (12). O anúncio foi feito ontem, quinta (13), pelo vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega, durante a segunda reunião do comitê gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Polo Naval e Offshore do Rio Grande e Entorno.
O fórum é um espaço para a gestão de projetos de melhoria da Indústria Oceânica do Estado, como qualificação de recursos humanos e adensamento da cadeia de fornecedores, por exemplo. O comitê diretor é formado por Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Petrobras e Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).
Fonte: Jornal Agora (RS)

2- Veolia fecha contrato de tratamento de água com Ecopetrol America
A água produzida é separada do petróleo na cabeça do poço, mas a água deve passar por um processo para eliminar os resíduos de petróleo, os sólidos em suspensão, produtos químicos e outros contaminantes antes de ser reintroduzida no ecossistema. A Veolia irá disponibilizar um sistema integrado para remover e recuperar o petróleo da água produzida, tratar o lodo e arrefecer a água antes do descarte. O projeto é dividido em três trens, cada um com oito unidades Corrugated Plate Interceptor, 15 unidades AutoFlot™ Induced Gas Flotation e 13 PowerClean™ walnut shell filters, seguidos de torres de resfriamento na etapa final. A multinacional fornecerá ainda engenharia e matérias-primas para interligar os equipamentos de tratamento e os sistemas de automação para controle. Os lodos serão tratados por equipamento projetado para recuperar líquido e reduzir o volume de lodo.
“Este contrato demonstra que, com suas mais de 350 tecnologias de tratamento de água e experiência inigualável no fornecimento de soluções para a indústria de petróleo e gás, a Veolia oferece aos clientes proeminentes como a Ecopetrol America Inc. soluções que maximizam a produção, melhoram o desempenho econômico enquanto reduzem o impacto ambiental. Depois de nossos contratos recentes em Taiwan e no Canadá, o potencial e as perspectivas que a indústria de petróleo e gás oferece para a Veolia estão confirmados”, finaliza Antoine Frérot, Presidente e CEO da Veolia Environnement.
Fonte: Redação TN/ Ascom Veolia

3- Petrobras comprova descoberta em águas profundas na Bacia Potiguar
TN Petróleo
A Petrobras informou que concluiu a perfuração do poço pioneiro 1-BRSA-1205-RNS (1-RNS-158), localizado em águas profundas da Bacia Potiguar. Os resultados comprovaram a descoberta, já divulgada em 17 de dezembro de 2013, de óleo médio de 24º API. 
Denominado informalmente de Pitu, o poço localiza-se em profundidade d’água de 1.731 metros, a uma distância de 55 km da costa do estado do Rio Grande do Norte. 
O poço atingiu a profundidade final de 5.353 metros e constatou uma coluna de hidrocarbonetos de 188 metros. Foi realizado teste de formação que confirmou as boas condições de permeabilidade e porosidade do reservatório.  
A partir dos resultados obtidos, o consórcio dará continuidade às atividades exploratórias previstas, com objetivo de propor a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um Plano de Avaliação da Descoberta para a área.
A Petrobras é a operadora da concessão BM-POT-17, com 80% de participação, em consórcio com a empresa Petrogal Brasil S.A., que detém 20%.
Em decorrência de processo de farm-out, em andamento, e depois de obtida as aprovações governamentais necessárias, a BP Energy do Brasil Ltda. se tornará concessionária e as participações das consorciadas no BM-POT-17 serão dispostas da seguinte forma: Petrobras - 40% (operadora), BP Energy do Brasil Ltda. - 40% e Petrogal Brasil S.A - 20%.
Fonte: Agência Petrobras

4- Setor portuário  deve receber investimentos de até R$ 36 bi em três anos
Porto de Santos, Divulgação
Os investimentos privados no setor portuário brasileiro devem chegar a R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três anos, considerando os pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP) e os arrendamentos de áreas em portos organizados previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos).
A perspectiva foi apresentada na última terça-feira (11), pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, durante reunião com o Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Segundo o ministro, somente com pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, a expectativa é de investimentos de R$ 10 bilhões. Atualmente, 45 propostas de prorrogação estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O programa de arrendamentos das 159 áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste ano.
“Isso é extremamente importante tanto para a racionalização quanto para a ampliação da capacidade portuária”, disse o ministro durante reunião na CNI. No caso do setor público, além dos arrendamentos, Silveira explicou que a prioridade é desenvolver a segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2).
No dia 21 de fevereiro, a SEP lançou o edital para dragagem de manutenção do Porto de Santos. As propostas serão abertas no dia 08 de abril. Até o final do mês, a secretaria pretende lançar os editais para os portos de Mucuripe (CE) e do Rio de Janeiro (RJ) e até meados do segundo semestre deve ter início o processo de licitação envolvendo 22 portos organizados.
“Esse esforço de investimento visa atender a necessidade de modernização da infraestrutura portuária e de aumentar a capacidade de movimentação dos portos brasileiros”, observou Silveira.
O ministro disse ainda que a partir de abril, num esforço conjunto com o Ministério dos Transportes, a SEP intensificará ações para viabilizar os acessos terrestres aos portos.
“As dragagens vão atacar os acessos marítimos, mas é preciso também melhorar os acessos terrestres, principalmente na região Norte, de forma que estas áreas sejam capazes de realizar mais plenamente seu potencial portuário”, afirmou.
Silveira acrescentou que existe grande interesse na região Norte tanto em função do deslocamento da fronteira agrícola (especialmente no Mato Grosso e em Tocantins) quanto da perspectiva de conclusão da BR-163, além das licitações das rodovias.
“Essa região se tornou muito atrativa, com uma corrida por autorizações de TUP e crescente interesse do programa de arrendamentos nos portos da Companhia Docas do Pará. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou que o ministro Cesar Borges e eu, juntamente com as agências reguladoras, déssemos prioridade à melhoria dos acessos terrestres”, reforçou o ministro aos empresários.
Durante o encontro, Silveira apresentou um panorama sobre o setor portuário brasileiro nos últimos 20 anos, com ênfase aos aspectos centrais da Lei 12.815/2013, o novo Marco Regulatório.
Fonte: SEP

5- ANP: Consumo no Brasil cresceu 5%
TN Petróleo
As vendas de combustíveis no mercado brasileiro em 2013 totalizaram 136,210 bilhões de litros, o que representa um aumento de 5% em relação aos 129,677 bilhões de litros registrados em 2012. Os dados foram divulgados no IX Seminário de Avaliação do Mercado de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado no escritório central da Agência, no Rio de Janeiro.
Houve aumento de 4,6% na comercialização de óleo diesel na comparação entre 2012 e 2013, de 55,900 bilhões de litros para 58,489 bilhões de litros. O aumento nas vendas de biodiesel foi de 5,9%, de 2,762 bilhões de litros em 2012, para 2,924 bilhões de litros em 2013.
A comercialização de gasolina C (com adição de etanol anidro) foi de 41,365 bilhões de litros, um aumento de 4,2% em relação aos 39,698 bilhões de litros relativos a 2012. Com o aumento do teor de adição de etanol anidro à gasolina A (para composição da gasolina C vendida ao consumidor) de 20% para 25% em maio de 2013, a demanda de etanol anidro automotivo aumento 30,2%.
Além disso, o consumo de etanol hidratado (utilizado pelos veículos flex), que havia sido de 9,850 bilhões de litros em 2012, aumentou para 10,788 bilhões de litros em 2013, o equivalente a um crescimento de 9,5%. O etanol total (soma de anidro e hidratado) teve elevação de 18,8% em 2013 frente a 2012, de 17,790 bilhões de litros para 21,129 bilhões de litros. No óleo combustível houve alta de 26,8%, de 3,934 bilhões de litros para 4,990 bilhões de litros.
"O crescimento dos combustíveis tem pressionado a infraestrutura do país para armazenamento e distribuição desses produtos. Em 2013 tivemos problemas 'pontuais e regionais' de distribuição e abastecimento. Há um crescimento forte no setor, mas os investimentos em infraestrutura por exemplo são aquém da realidade", afirmou Florival Carvalho, diretor da ANP. 
GLP
Ainda segundo os dados divulgados pela ANP, as vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentaram 2,7%, de 12,926 bilhões de litros para 13,276 bilhões de litros. Segundo Rubens Freitas, gerente de autorizações da Superintendência de Abastecimento da ANP, o consumo de GLP P13 (botijão de 13 kg) nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste é maior do que o consumo de outros Ps e Granel.
"O efeito inverso ocorre nas regiões Sudeste e Sul. Isso se explica pelo uso do GLP a granel na indústria e pela presença do gás natural em substituição ao P13 nos grandes centros urbanos", detalhou.
Queda em QAV e GNV
Os únicos dois derivados a presentar redução de consumo foram o querosene de aviação (QAV), que teve a sua comercialização reduzida em 0,9%, de 7,2 bilhões para 7,2 bilhões de litros; e o gás natural veicular (GNV), que teve redução ainda maior de 3,7% do volume comercializado, passando de 5,320 milhões de m³/dia para 5,125 milhões de m³/dia.
Perspectiva 2014
"É muito cedo para estimarmos o desempenho dos combustíveis para 2014, mas a tendência do mercado deste ano é que ele deve estar muito parecido com o de 2013. 2012 foi um ano excepcional, onde o diesel cresceu quase 12% e a gasolina quase 9%. Esse ano deve haver uma variação menor mas com a mesma necessidade de importação de óleo e diesel e gasolina para atender a demanda interna", explicou Aurélio Amaral, superintendente de Abastecimento da ANP. 
Amaral comentou ainda que a nova resolução para o exercício da atividade de distribuição de combustíveis líquidos encontra-se em fase final de elaboração. Com relação a regulamentação, em 2013 foram sete atos publicados (resoluções), dentre eles a autorização para revenda varejista e formação de estoques semanais médios de combustíveis.  
*Na foto: Gerente de Autorizações da Superintendência de Abastecimento, Rubens Freitas.Fonte: Redação TN/ Ascom ANP
Autor: Maria Fernanda Romer


II- COMENTÁRIOS

1- EUA mostram poderio energético com venda de petróleo
Um teste raro feito pelo governo dos Estados Unidos para avaliar suas reservas estratégicas de petróleo pode, coincidentemente, ser posto em prática em meio ao mais grave impasse do país com a Rússia em décadas, mas a mensagem subjacente da iniciativa, anunciada nesta quarta-feira, deixa poucas dúvidas: prepare-se para a ascensão de uma nova superpotência mundial em energia.
O Departamento de Energia informou que vai oferecer até 5 milhões de barris de petróleo bruto com alto teor de enxofre da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês), com abertura da licitação em dois dias. Autoridades disseram que a venda teste é para assegurar que as reservas podem suprir rapidamente as refinarias de petróleo, mesmo com mudanças nas redes de gasodutos.
Os planos para a venda estavam sendo elaborados bem antes de as forças russas invadirem a Crimeia, na Ucrânia, na semana passada, de acordo com funcionários do governo. Vários analistas de Washington confirmaram ter ouvido falar da liberação do petróleo das reservas algumas semanas atrás.
A Casa Branca disse que o teste é exigido por lei, como parte das avaliações contínuas das reservas estratégicas autorizadas pelo Congresso após o embargo do petróleo árabe em 1973, que provocou a alta nos preços da gasolina nos EUA e levou os motoristas norte-americanos a ficarem em longas filas nos postos de combustível. No entanto, o último teste desse tipo ocorreu em 1990, meses antes dos Estados Unidos entrarem na primeira Guerra do Golfo.
Para muitos analistas, o que está nas entrelinhas não é tanto uma advertência à Rússia, que produz mais de 10 milhões de barris por dia. O governo Obama tem interesse em expandir a SPR, que deixaria de ser uma reserva-tampão para emergências, no caso de interrupções severas nas importações de petróleo dos EUA, para se tornar um instrumento mais flexível que poderia ser usado para ajudar a economia e, em última instância, influenciar a política externa.
"Não acho que isso tenha alguma coisa a ver com a Crimeia, mas a longo prazo acho que o governo vê que a SPR é algo que pode ser usado como uma ferramenta geopolítica", disse Jamie Webster, diretor sênior de mercado global de petróleo da IHS Energy, em Washington.
Diante de uma inesperada descoberta recente de reservas substanciais de petróleo e gás natural, os políticos de Washington ainda estão avaliando como uma nova era de maior independência energética --e, no caso do gás natural, um excesso - está mudando o papel dos EUA no mundo.
Muitos congressistas, incluindo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, pediram ao governo que acelere as aprovações de exportações de gás natural para impedir a pressão da Rússia sobre a Ucrânia, cujo território é cortado por gasodutos pelos quais a Rússia fornece grandes quantidades de gás para o país e outras partes da Europa. Mas serão necessários investimentos de bilhões de dólares em equipamentos norte-americanos e portos para que o gás seja embarcado.
As reservas são uma das opções mais importantes do governo no caso de aumento do preço da energia. Os EUA também estão discutindo se devem remover uma proibição de exportação de petróleo, em vigor há quatro décadas, também posta em prática depois do impacto do aumento dos preços de combustível da década de 1970, e com que rapidez aprovar as exportações de gás natural.
A produção de petróleo dos EUA subiu 1 milhão de barris por dia no ano passado, ritmo mais rápido da história, com a grande expansão da produção de óleo de xisto. Empresas de energia têm corrido para reverter gasodutos, construir novos terminais e ampliar a infraestrutura para acompanhar a rápida mudança nos fluxos de petróleo.
Fonte: Redação, com agências

2- Gerdau vê Brasil mais competitivo com dólar valorizado
A valorização do dólar ante o real ocorrida em 2013 ampliou a competitividade da indústria brasileira, mas ainda é insuficiente para viabilizar as exportações do setor siderúrgico, de acordo com o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. Na visão do executivo, um dólar mais alto seria ainda mais favorável à indústria, mas o atual patamar já possibilita ao Brasil, ao menos, garantir competitividade de produção em relação aos níveis norte-americanos.
"Houve um momento, quando o dólar estava em R$ 1,60 a R$ 1,80, que estava mais barato produzir nos Estados Unidos, o que nunca havia acontecido. Hoje, com o dólar na casa de R$ 2,30, o Brasil está um pouco mais competitivo e a condição de produção (em relação aos Estados Unidos) é similar. Se antes era um mês lá e um mês aqui, hoje está um pouco mais para o Brasil", destacou o executivo.
O ganho de competitividade, contudo, ainda é insuficiente para abrir mercados externos ao produto brasileiro, segundo ele. "Ainda não é um dólar suficiente para o Brasil e a cadeia ficar competitiva e voltar a exportar", disse. No mercado internacional, a Gerdau continua vendo um cenário de excesso de oferta, o qual pressiona as margens do setor siderúrgico. "A importação (nos Estados Unidos) e o excesso de aço no mundo continua pressionando os negócios", disse Johannpeter, após ser questionado a respeito do ambiente de negócios da Gerdau nos Estados Unidos.
O executivo também lembrou que os Estados Unidos sofreram com um inverno rigoroso neste início, o que afetou não apenas o consumo de aço como também a percepção de outros setores da economia norte-americana. "Mas continuamos trabalhando com um cenário de crescimento da economia nos Estados Unidos e de consumo do aço", sintetizou o executivo, que foi nomeado nesta quinta-feira membro do conselho de administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham) no Brasil.
Já no mercado brasileiro, o ritmo dos negócios neste início do ano se encontra mais lento do que o esperado inicialmente, segundo Johannpeter. "O começo do ano está um pouco abaixo do que a gente esperava, talvez por conta da incerteza geral proporcionada por fatores macroeconômicos mundiais que acabam afetando o Brasil", salientou.
O consumo de aço em projetos de infraestrutura dá sinais positivos em 2014, beneficiados por um ambiente positivo do agronegócio, além de empreendimentos relacionados à Copa do Mundo. O mercado automotivo, por outro lado, está "mais de lado", segundo o executivo, caracterizado por meses distintos de elevação e redução dos indicadores.
Fonte: Agência Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário