segunda-feira, 29 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 14

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- Descoberta de Petróleo na Amazônia
A Petrobras informou que o teste de longa duração (TLD) na Amazônia confirmou a existência de acumulação de óleo leve (46º API) e gás natural no poço 1-ICB-1-AM (denominado "Igarapé Chibata nº 1"), em Tefé (AM), município distante 630 km de Manaus e 32 km da Província Petrolífera de Urucu.
De acordo com a empresa, os dados do teste até o momento indicam que a capacidade de produção do poço é de 2,5 mil barris de petróleo por dia, "o que é considerado um excelente resultado, em se tratando deste tipo de bacia no Brasil", diz a nota. O poço de 3.485 metros foi perfurado na Bacia do Solimões, Bloco SOL-T-171, no qual a Petrobras detém 100% dos direitos de exploração e produção.

2- Missão Empresarial Brasileira na África do Sul e Angola
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) realizam missão empresarial à África do Sul e Angola. O chefe da missão será o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral. No primeiro dia da missão, a Apex-Brasil fará o lançamento oficial em Luanda (Angola) do primeiro Centro de Negócios da agência no continente africano.
A Apex-Brasil oferece a estrutura básica para as rodadas de negócios e o transporte para os eventos previstos na programação oficial. Os empresários arcam com despesas de passagem aérea, hospedagem e alimentação, assim como eventuais custos de produção de material promocional. A maior parte do tempo disponível é utilizado para a realização das rodadas de negócios organizadas no formato conhecido como matchmaking one-on-one.

3- Teste de Etanol de Mandioca para Geração de Energia
O presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Pedro Carlos Hosken Vieira, assinou o Projeto de Geração de Energia Elétrica por meio de Etanol produzido da Mandioca. O projeto é feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Inedes), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Vale Soluções em Energia (VSE).
O modelo de teste será feito na Vila de Lindóia, comunidade que fica no município de Itacoatiara (a 177Km de Manaus). Serão instalados dois geradores modificados, de 250kW cada, na usina concessionária, que serão abastecidos de etanol produzido na Fazendo Experimental da Ufam, localizada na BR174. Todo o acompanhamento do processo será feito on line com transmissão de dados via Internet para a base em Manaus.
Para o coordenador corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Sistema Eletrobrás, José Carlos Medeiros, o projeto pode revolucionar o fornecimento de energia para pequenas comunidades isoladas. Uma tecnologia, que se obtiver sucesso poderá ser exportada.
Os investimentos são da ordem de R$3,8 milhões e o projeto tem prazo de 27 meses para execução. O projeto será desenvolvido pelo Inedes, em parceria com o Centro de Desenvolvimento Energético do Amazonas (CDEAM) da Ufam, além da VSE detentora dos motores adaptados para etanol de Mandioca.

4-Missão Brasileira á Zâmbia
A UCP e a UFCAR estiveram em Zâmbia para ajudar aquele País na elaboração do marco regulatorio da Política de Biocombustiveis.

II – COMENTARIOS

1- Incentivar a Bioenergia é Prioridade
Concluídas as eleições, o país inicia a tradicional reflexão sobre quais serão as prioridades do novo governo que se inicia em janeiro de 2011.
Em um momento favorável, marcado por uma transição política madura, estabilidade econômica e alto potencial de crescimento em diversos setores da economia, a nova administração definirá questões importantes para as indústrias brasileiras, entre elas a de bioenergia.
Os compromissos assumidos pela presidente eleita, Dilma Rousseff, durante o Top Etanol, um dos principais eventos da área, realizado em junho, mostram que a produção de etanol e energia de biomassa é prioridade.
Hoje, o setor fatura mais de US$ 30 bilhões -duplicou de tamanho nos últimos cinco anos e deve dobrar novamente até 2015- e emprega 1 milhão de pessoas. No entanto, importantes ações deverão ser tomadas para elevar sua atratividade nos mercados interno e externo.
É fundamental a manutenção da matriz energética brasileira como a mais limpa do mundo, com 47% da energia proveniente de fontes renováveis.
O novo governo tem a missão de consolidar um marco regulatório para os biocombustíveis que permita ao setor combinar competitividade e sustentabilidade no médio e longo prazos.
Outra questão importante é a definição de uma política para a matriz brasileira no longo prazo, levando em conta o potencial do pré-sal e da bioenergia no futuro das fontes energéticas. Essa decisão garantirá novos investimentos da iniciativa privada nacional e estrangeira.
A criação de uma política de precificação consistente, que considere uma revisão tributária, com isonomia da alíquota de ICMS nos diferentes Estados e sua menor incidência em relação aos combustíveis fósseis, também aumentará o acesso do etanol aos mercados e trará ganhos econômicos e ambientais para a população.
Divulgada nesta semana, a construção do etanolduto, que tem Petrobras como sócia e terá o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como principal financiador, melhora a eficiência da logística do etanol e a redução da emissão de CO2.
A decisão de construir esse modal, com parceria da iniciativa privada e pública, tornará o biocombustível mais competitivo, e ainda mais sustentável e acessível ao mercado internacional.
Apesar de todo o caminho percorrido e do sucesso da bioenergia no Brasil, o setor ainda não atingiu sua maturidade e tem um imenso potencial a ser explorado.
O setor necessitará da definição de regras claras e de planos de longo prazo para que novos investimentos sejam realizados. Dilma assumiu fortes compromissos para que o país garanta a liderança no setor de energia limpa e competitiva.

José Carlos Grubisich
Presidente da ETH Bioenergia
*Texto originalmente publicado no jornal Folha de São Paulo


2-Projeto que desonera verbas para inovação terá sanção presidencial
O projeto de lei de conversão 11/2010, que concede desoneração tributária aos recursos governamentais destinados à inovação e à pesquisa tecnológica, aprovado pelo plenário do Senado, deverá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade disse que o projeto de lei de conversão em que se transformou a Medida Provisória 497 é fundamental para consolidar a inovação como estratégia empresarial. Alinhou também como essencial para estimular o processo de inovação nas empresas a Medida Provisória 495, que estabelece, nas compras governamentais, margens de preferência de até 25% às empresas que investem em inovação.
A MP 495 estava prevista para ser votada no plenário do Senado na noite desta quinta-feira (25), como resultado, em parte, de solicitação feita pela CNI aos senadores de maior rapidez na sua tramitação, revelou Andrade.
O secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia afirmou que dispositivos como o projeto de lei de conversão 011/2010 e a MP 495 demonstram que o Brasil avançou no marco regulatório sobre inovação, mas lamentou que muitas empresas desconhecem os benefícios existentes para estimular a atividade inovadora.

3-Introdução do gás natural muda matriz energética da Região Norte
Fonte: Agência Petrobras
A Petrobras registrou o início da geração de energia elétrica com gás natural na Região Norte, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. As Usinas Termelétricas (UTEs) Tambaqui (95 MW), Jaraqui (76 MW) e Manauara (85 MW), localizadas em Manaus, integram o parque termelétrico da Petrobras e estão iniciando a operação com gás natural. A capacidade instalada dessas três usinas, para operar com gás natural, é de 256 MW.
As três usinas venceram o leilão realizado em 2004 pela Eletrobras – Amazonas Energia, concessionária de energia estadual e, no ano seguinte, assinaram contratos com essa distribuidora para fornecimento de 60 MWmédios de energia, cada uma, durante 20 anos, a partir de 2006, totalizando 180 MWmédios, volume suficiente para suprir até 19% da demanda média da capital amazonense.
A execução das obras para adequar essas usinas termelétricas (UTEs) à operação com gás natural faz parte do processo de mudança da matriz energética da região Norte do País, com a substituição do óleo combustível e do diesel pelo gás natural na geração de energia elétrica. Os investimentos realizados na construção de duas novas plantas nas UTEs Tambaqui e Jaraqui e na conversão dos motogeradores da UTE Manauara, para operarem com gás natural, totalizaram R$ 267 milhões.
A operação com gás natural no parque termelétrico de Manaus foi viabilizada com a construção, pela Petrobras, do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, cuja capacidade atual é de 6,75 milhões de m³/dia, dos quais 5 milhões são destinados à geração termelétrica.
A UTE Tambaqui, localizada no Distrito Industrial II de Manaus, entrou em operação comercial com óleo combustível em janeiro de 2006 e, com gás natural, em 24/09/2010, sendo a primeira termelétrica a gerar energia elétrica com gás natural na Região Norte do País. A UTE Jaraqui, localizada no bairro Aparecida, em Manaus, iniciou a operação comercial com óleo combustível em abril de 2006 e, com gás natural, em novembro.

4-Petrobras cria empresa para operar sondas
Fonte: Folha de S.Paulo
A Petrobras decidiu não ser a operadora das 28 sondas em processo de licitação e vai criar, junto com investidores, uma empresa focada na gestão dos equipamentos, usados na prospecção de petróleo. A nova companhia a ser constituída será a proprietária das sondas.
A Petrobras está prestes a anunciar os vencedores da megalicitação para a construção da sondas de perfuração, concorrência que movimentará até US$ 30 bilhões.
A cifra é recorde e está próxima à do projeto do trem-bala, orçado em US$ 33 bilhões.
A nova empresa será contratada pela Petrobras, que alugará as sondas por dez anos. A companhia deverá ter participação minoritária da Petrobras, entre 5% e 10% do capital.
A Petrobras já negocia com os potenciais sócios da nova companhia, que será controlada "majoritariamente por investidores brasileiros". Entre eles estão os fundos de pensão, que terão um papel de destaque na empresa que vai gerir as sondas.
Segundo a Petrobras, a nova empresa terá a responsabilidade de contratar a construção das sondas, fiscalizar as obras, levantar os financiamentos e escolher a futura empresa que vai administrar a operação no dia-a-dia.
No que tange ao financiamento, não está descartada a possibilidade de obter recursos no mercado de capitais, por meio, por exemplo, do lançamento de ações. "Mas tal decisão ficará na alçada da direção da empresa", ressalva a Petrobras.
Entre as vantagens de não ser proprietária das sondas, a Petrobras cita o fato de evitar a consolidação de dívidas no seu balanço e de minimizar os desembolsos de caixa durante a fase de construção.
Entre as regras da concorrência, estão a exigência de compra de 60% de equipamentos e serviços provenientes do Brasil e a construção exclusivamente em estaleiros instalados no país.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 13

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

 1- Brasil Ecodiesel vende Biodiesel em Leilão
A Brasil Ecodiesel vendeu 48 milhões de litros de biodiesel no 20º leilão desse produto realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O volume corresponde a 8% do total comercializado no certame.
Segundo a empresa, o preço médio ofertado foi de R$ 2,307 mil por metro cúbico (mil litros), o que corresponde a um deságio de 0,55% sobre o preço máximo estabelecido pela ANP. Os valores e volumes estão sujeitos a alterações até sua homologação.
O leilão foi promovido para atender à exigência de um percentual mínimo de 5% de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final a partir de janeiro. Os volumes serão entregues à Petrobras durante o primeiro trimestre de 2011.
Fonte: Valor Online

2-ETH Bioenergia caminha para a Liderança do Setor de Etanol
A ETH Bioenergia, empresa do Grupo ODEBRECHT, iniciou as operações da Unidade Alto Taquari, localizada no município de mesmo nome, em Mato Grosso. A unidade, sétima da empresa e primeira no estado, recebeu investimentos de R$ 1 bilhão nas áreas agrícola e industrial e produzirá etanol e energia elétrica a partir da biomassa de cana de açúcar e hoje já gera 1.500 empregos diretos e 3 mil indiretos.
A nova unidade tem capacidade instalada para processar 3,8 milhões de toneladas de cana por safra e produzir 360 milhões de litros de etanol e 380 GWh de energia elétrica. O início das operações da Unidade Alto Taquari eleva a capacidade produtiva do Polo Araguaia, que começou sua produção em agosto deste ano com a implantação da Unidade Morro Vermelho, em Mineiros (GO). Em 2011, mais duas unidades serão inauguradas, Costa Rica (MS) e Água Emendada (GO), concluindo o ciclo de investimentos neste Polo.
"O início das atividades em Alto Taquari representa mais um importante passo em nossa estratégia de alcançar a liderança do setor de bioenergia em 2012", destaca José Carlos Grubisich, presidente da empresa. "Por meio da concretização de mais este projeto, demonstramos o comprometimento da empresa com o seu plano de investimentos e a capacidade de realização de nossa equipe. O Estado do Mato Grosso foi um parceiro muito importante para transformarmos este projeto em realidade.", finaliza o executivo.
A ETH tem compromisso com a competitividade e sustentabilidade. As operações agrícolas da nova unidade são 100% mecanizadas para a produção de energia limpa e renovável a partir da biomassa. A empresa preserva o meio ambiente, contribui para o desenvolvimento das comunidades no entorno de suas operações e adota elevados padrões de saúde e segurança para seus integrantes. Mais de R$ 300 mil foram investidos na capacitação de pessoas da comunidade para as operações nas áreas agrícola e industrial do Polo Araguaia.
Assim, a ETH Bioenergia inicia a próxima safra, 2011/2012, com sete unidades em operação e capacidade instalada de moagem superior a 26 milhões de toneladas de cana.

3-Petrobras terá demanda de cinco a seis Plataformas por ano
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a demanda da Petrobras será de cinco ou seis novas plataformas de produção por ano, além de sondas e barcos de apoio e transporte.
“O futuro (da indústria naval) está presente no conjunto de contratos já assinados pela Petrobras e Transpetro com os estaleiros brasileiros. É necessário produzir petróleo, extrair petróleo do fundo do mar e da terra e, para isso, tem que ter sonda, plataforma, navio de apoio e rebocador”, disse Gabrielli, que participou do batismo do navio Sergio Buarque de Hollanda, no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro.

 4-Abertura das propostas para construção de sondas de perfuração
A Petrobras informou que realizou dia (19), reunião de abertura dos envelopes com as propostas apresentadas pelas empresas que participam da licitação para sondas de perfuração.
Segundo a Petrobras, as sondas deverão ser construídas no Brasil, com conteúdo nacional crescente, para exploração em águas ultraprofundas, incluindo os campos localizados na região do pré-sal.

5-OSX anuncia desenvolvimento da construção de unidades de exploração e produção
A OSX, empresa do Grupo EBX, informou sobre o andamento da construção das unidades de Exploração e Produção (E&P) que já foram encomendadas: FPSOS (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência) e WHPs (plataformas adequadas para águas rasas).
a) OSX-1 (FPSO): As obras de customização seguem em curso regular em Cingapura, acompanhadas por uma equipe operacional da OSX com 18 integrantes, em seguimento às atividades de pré-operação, visando ao início da produção no litoral brasileiro em 2011.
b) OSX-2 (FPSO): Encontra-se em fase avançada a licitação para o projeto e construção do FPSO OSX-2, que deverá contar com capacidade de processamento de 100.000 bpd, de compressão máxima de 4 milhões de m3/d e de armazenamento de 1,3 milhões de barris. As propostas técnicas e comerciais apresentadas pelos licitantes estão sob análise da Companhia, visando à assinatura do competente contrato de construção até o primeiro trimestre de 2011.
c) OSX-3 e OSX-4 (FPSOs): Foram assinados contratos de compra de dois navios-irmãos do tipo VLCC para conversão nos futuros FPSOs OSX-3 e OSX-4. Os navios têm previsão de entrega para a OSX em Fevereiro e Março de 2011.
d) WHP-1 e WHP-2: Encontra-se em andamento a elaboração do projeto conceitual das citadas WHPs e a Companhia vem negociando sua construção com empresas de engenharia. O drilling package que será instalado no convés das plataformas já está em fase de licitação, com previsão de recebimento de propostas ainda em Novembro de 2010.

OSX planeja instalar centro de pesquisa com a Hyundai no RJ
O foco será a transferência de tecnologia da Hyundai Heavy Industries, líder mundial em construção naval
Depois de definir o Rio de Janeiro como local de construção do estaleiro da empresa, a OSX, do empresário Eike Batista, já faz planos para instalar no Estado um centro de pesquisa e treinamento de pessoal junto com a Hyundai.
Ainda não há definição se o Instituto de Tecnologia Naval será instalado na capital do Estado ou perto do estaleiro, no Complexo Industrial do Porto do Açu, no norte fluminense.
A empresa sul-coreana tem 10% da subsidiária OSX Construção Naval.

II – COMENTARIOS

1- A melhor Energia

Os projetos de eficiência energética podem ser a segunda maior fonte de energia, atrás apenas da hidroeletricidade, nos próximos 20 anos. Não bastasse este potencial estratégico, o uso eficiente de energia proporciona o uso mais inteligente dos recursos financeiros, preserva o meio ambiente e favorece a sustentabilidade do ciclo de negócios de energia. Todavia, nos faltam políticas públicas capazes de "premiar a eficiência" e fazer deslanchar este mercado promissor.
Diante da necessidade de investirmos na ampliação da geração de energia elétrica para sustentar o nosso crescimento econômico, temos um potencial energético formidável, justamente, nos projetos de eficiência energética. Talvez pela memória do risco de Apagão, nos anos de 2001 e 2002, ainda persiste a idéia de que a eficiência está associada a corte de energia, redução da produção, etc.
Um preconceito que começa a ser desmistificado, a partir dos dados do Plano Decenal no horizonte de 2019, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nele, os projetos de conservação de energia já respondem pela economia de 23,3 terawatt-hora (TWh), volume suficiente para poupar a construção de uma usina com capacidade de gerar 4.800 megawatt (MW), um potencial superior ao que será produzido pela hidroelétrica de Santo Antônio, no Pará, quem tem 3.450 MW de potência.
Se considerada a demanda total por energia, que inclui também o consumo de combustíveis, a economia pode ser ainda maior. A EPE calcula uma conservação de 4,5% da demanda global esperada para 2019 com os projetos de eficiência energética. Isso equivale a 257 mil barris de petróleo.
Estudo recente elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca que a economia poderia chegar a R$ 85 bilhões até 2030, em meio a um cenário de crescimento do país mais acelerado que a média global. Além disso, 250 milhões de toneladas de gás carbônico deixariam de serem emitidos na atmosfera.
Atualmente, existem vários equipamentos em processo de regulamentação pela Lei 10.295/01, mas há forte predominância para equipamentos de uso residencial e comercial (ex.: geladeiras, fogões, etc). Além de duas iniciativas federais que tem obtido melhor desempenho como o PROCEL e o PROESCO do BNDES.
Entretanto, o Brasil nunca teve uma política de eficiência energética de longo prazo, principalmente voltada para o setor industrial, responsável por 40,7% de toda a energia consumida no País. Enquanto a soma dos consumos de energia dos setores residencial, comercial e público responde por 15,8 do total consumido, justamente os setores melhor atendidos pelos programas federais.
Essa mudança de foco pode estar em curso, diante da expectativa em torno do Plano Nacional de Eficiência, que está sendo gestado no Ministério de Minas e Energia (MME) e que para ser para valer deve incluir propostas de linhas de financiamento vantajosas. A redução de juros e a expansão carência de linhas de financiamento são aspectos fundamentais para acelerar os programas do gênero.
Ainda segundo a CNI, as maiores oportunidades de economia de energia dentro da industria se concentram nas modernizações dos fornos, que respondem por 62,12% das oportunidades de eficiência energética do setor, seguida pelas reformulações nas caldeiras e sistemas motrizes.
Coordenador dos trabalhos sobre o tema, dentro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, há tempos estamos empenhados na elaboração e aprovação da Política Nacional de Eficiência Energética, que entre as premissas destaco:
- Associação de ações de eficiência energética a ganhos ambientais;
- Elaborar programas federais específicos para o setor industrial, estimulando o diálogo permanente entre a industria e o governo na sua elaboração;
- Estruturação e difusão de dados que permitam maior segurança nas decisões sobre projetos de eficiência;
- Instrumentos de fomento para a realização de diagnósticos de instalações industriais;
- Apoio a contratos de performance com ESCOs (Empresas de Serviço de Energia);
- Estímulo as PPPs (Parcerias Público Privadas) para pesquisa e desenvolvimento de equipamentos e processos industriais eficientes;
- Normas ISO para consumo de energia;
- Promover os chamados contratos de performance com o setor público;
- Aquecer o mercado de "Green Buildings" (prédios sustentáveis);
- A etiquetagem de produtos/empresas como critério para orientar as concessões de financiamentos/isenções fiscais pelo setor público.
- Criação das "Usinas Virtuais" e de um criar um mercado de contratos de ganho em eficiência energética;
- Adoção dos Municípios Energoeficientes;
- Utilizar o poder de compra do Estado para privilegiar produtos/empresas que estejam compromissadas com a eficiência energética.
Em suma, disseminar projetos de energia eficiente é o melhor caminho para aumentar a competitividade do nosso País, além de proporcionar redução de emissão de poluentes e de impactos ambientais e sociais, fazendo com que a eficiência energética possa, finalmente, desempenhar um papel estratégico na nossa matriz energética.
Arnaldo Jardim
Deputado federal e coordenador da subcomissão de Eficiência Energética da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados

2-Debate sobre novas pesquisas energéticas
Fonte: Agência Petrobras
O Gerente Geral de Negócios de Energia da Petrobras, Renato de Andrade Costa, e o coordenador na Gerência Executiva corporativa da área de Exploração & Produção (E&P), Eduardo Alessandro Molinari, ambos da Petrobras, participaram do 6º Fórum de Debates Brasilianas.org, evento que visa debater as novas pesquisas energéticas.
No primeiro painel do dia, sobre o tema ‘Novas fontes de energia’, Costa destacou a liderança da Petrobras no desenvolvimento de Pesquisa & Exploração de petróleo e gás no Brasil e no mundo. “A companhia lidera e avança nas barreiras tecnológicas explorando petróleo e gás em águas ultraprofundas, sendo a empresa com maior participação em campos desse tipo”.
A explanação de Molinari, que teve como tema “Exploração em águas profundas”, teve como foco a atuação da Petrobras na exploração de águas profundas em território nacional; as tecnologias desenvolvidas utilizando a Bacia de Campos como grande laboratório para o desenvolvimento desses componentes; os centros de pesquisas que estão em implantação e o descobrimento do pré-sal.
O executivo destacou a evolução das reservas no Brasil desde 1968, quando foi realizada a primeira descoberta no mar, até 2010, com o descobrimento em águas ultraprofundas. Molinari citou ainda a descoberta da Bacia de Campos, em 1974, e o início da exploração em águas profundas, em 1984.
“Terminamos 2009 com reservas provadas no Brasil de 14,2 bilhões de barris de óleo e gás equivalente, sendo 81% destas reservas localizadas em águas profundas e ultraprofundas.”

3-Petrobras eleva aporte de recursos em Refinarias
Até o terceiro trimestre deste ano foram investidos globalmente pela Petrobras cerca de R$ 56,5 bilhões
A Petrobras deve acabar com as importações de petróleo e seus derivados até 2014, e para isso investe em refinarias. Segundo o diretor de Abastecimento e Refino , Paulo Roberto Costa, os investimentos feitos até agora para a construção de novas refinarias no Brasil aumentaram 100% na comparação com os do ano passado.
Até o terceiro trimestre deste ano foram investidos globalmente pela estatal R$ 56,5 bilhões. Deste valor, R$ 20,6 bilhões ficaram com a área comandada por Costa, que no ano passado apresentou aportes de R$ 5,3 bilhões neste mesmo período.
O executivo utilizou como argumento o aumento da demanda interna por derivados do petróleo, que ficou, segundo o último balanço da empresa, 11% maior se comparado a dados do mesmo período de 2009, mesmo com a queda de 2% na produção de petróleo, registrada até o fim do terceiro trimestre.
Até setembro, o consumo médio dos dois principais derivados de petróleo no País - gasolina e diesel - apresentou alta de 13,8%. A demanda por gasolina subiu 16% na comparação entre o terceiro trimestre de 2009 e deste ano; a de diesel aumentou 11,7%. Segundo Costa, essa alta do consumo de gasolina se deu por causa da elevação do preço do álcool, em função da queda da safra de cana-de-açúcar. Já até outubro, o consumo da gasolina cresceu 18%, o de querosene de aviação (QAV), 15%, e do óleo diesel, 10%.
Para atender a essa alta, estão no portfólio de projetos de refinarias da Petrobras, além da Abreu e Lima em Pernambuco, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da atualização das refinarias mais antigas, a pré-operação da unidade de fios de poliéster na Petroquímica de Suape (PE) e as refinarias Premium I e II do Maranhão e do Ceará, cujos contratos para projetos básicos foram assinados no início de novembro com a UOP. Esses dois últimos projetos terão a capacidade de refinar 300 mil barris de petróleo diariamente. Com isso, segundo Costa, a previsão é de que em dez anos o Brasil dará um salto da décima para a quinta posição entre os maiores consumidores mundiais de petróleo, passando de 1,94 milhão de barris por dia para 2,79 milhões de barris por dia.
Segundo a Petrobras, com os investimentos na divisão de Abastecimento a empresa aumentou sua capacidade de produção de GLP (gás de cozinha) em 21 mil barris de petróleo diários (bpd), 42 mil bpd de nafta e 23 mil bpd de diesel. Esse crescimento foi proporcionado pela expansão da Refinaria Henrique Lage (Revap) na cidade de São José dos Campos (SP).
"As pessoas vêm dizer que o mundo não precisa de mais refinarias. O mundo pode não precisar, mas o Brasil precisa", afirmou, em entrevista coletiva. O principal argumento do diretor é que a capacidade de refino no País está próxima do limite, em torno de 90%, "e não dá para operar com esta capacidade 365 dias por ano, porque as refinarias precisam de paradas programadas para fazer manutenção".
De acordo com ele, a construção das refinarias previstas para o mercado brasileiro deve resultar em exportação dos combustíveis, caso o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em média 3,4% ao ano. "Se o crescimento do PIB ficar em torno de 5%, em média, ao ano, a capacidade das novas refinarias estaria esgotada apenas com o mercado doméstico. Se, por acaso, a elasticidade seguir o ano de 2010, vai faltar refino para atender o mercado brasileiro e vamos ter de reavaliar todo o processo de investimentos", disse o diretor da estatal.
Nos próximos anos, Paulo Costa destacou que a previsão é de um aumento ainda maior do consumo. Entre os motivos estão efeitos extraordinários, como a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil em 2014 e 2016, e a elasticidade da demanda que está se descolando do crescimento do Produto Interno Bruto.
"Tradicionalmente, para cada 5% de crescimento do PIB, a demanda crescia 2%, ou no máximo 2,5%, mas em 2010 isso se alterou: o PIB cresceu 7% e a demanda aumentou 10% em média", disse, lembrando que a retração de 0,2% em 2009 foi motivada pela crise econômica mundial.
Fonte: DCI,SP

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 12

I-NOTÍCIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1-Nano geradores agora são Biocompatíveis e totalmente Flexíveis
Baseados na piezo eletricidade, os nano geradores são promissores para alimentar equipamentos eletrônicos portáteis de baixo consumo, e também implantes médicos, que dispensariam as baterias.
A eletricidade é gerada quando nanofios de uma cerâmica conhecida como PZT são flexionados. O grande entrave ao uso do material é que o “P” da sigla é o símbolo químico do chumbo – e nano partículas contendo chumbo. Recentemente, uma equipe da Universidade de Stevens, nos Estados Unidos, achou uma forma de minimizar este problema, incorporando os nanofios em um polímero biocompatível – veja Nano gerador piezo elétrico alimenta sensores implantáveis.
A equipe do Prof. Keon Jae Lee, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, encontrou uma solução melhor: eles demonstraram que é possível gerar energia usando nanofios de uma cerâmica que não contém chumbo. E, talvez ainda mais importante do que ser “bioamigável”, o novo material piezoelétrico tem uma estrutura de película, ou filme fino, totalmente flexível. A cerâmica, que possui uma estrutura conhecida como perovskita, tem uma elevada eficiência piezoelétrica. Ela feita à base do composto titanato de bário.
A tecnologia dos nanogeradores, que nasceu de uma combinação da piezoeletricidade com a nanotecnologia, é, como seu nome indica, um sistema de geração de energia, e não de armazenamento, como as pilhas e baterias.A energia mecânica para ficar dobrando e desdobrando o material está largamente presente na natureza, não apenas gerada pelas vibrações, vento e som, mas também pelas forças biomecânicas produzidas pelo corpo humano, como os batimentos cardíacos, o fluxo sanguíneo e o movimento dos músculos.

2-ANP deve abandonar a pratica dos Leilões de Biodiesel
Responsável pela regulação do mercado de biocombustíveis, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) vai deixar de realizar leilões de venda de biodiesel, quando for aprovado pelo Congresso o projeto em tramitação do novo marco regulatório dos combustíveis renováveis, informou Alan Kardec Duailibe, Diretor da ANP.
Segundo o Diretor, a ANP é a única agência que não controla preço nem determina tarifa, mas assumiu a realização dos leilões para cumprir a exigência de ampliar gradualmente a mistura de biodiesel ao diesel convencional --hoje, em 5%. Havia ainda o receio que a Petrobras, compradora única, pressionasse os preços para baixo.
Os leilões são realizados trimestralmente. O preço é fixado e os produtores vendem à Petrobras o biodiesel em quantidade suficiente para suprir o mercado pelos próximos três meses.
Duailibe não previu quando ocorrerá a aprovação do novo marco regulatório, mas disse que as novas regras permitirão que o próprio mercado faça a comercialização do biocombustível.
Fonte: Folha Online

3-Demanda Mundial de Petróleo
A Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para cima mais uma vez nesta sexta-feira sua previsão de demanda mundial de petróleo para 2010 e 2011, situando-a respectivamente a 87,3 e 88,5 milhões de barris diários (mbd), devido a um aumento do consumo dos países desenvolvidos neste verão do hemisfério norte.
Em 2011 a demanda mundial de petróleo deve aumentar em 2,3 mbd - 200.000 barris a mais - graças a uma alta registrada nos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Esta cifra representa uma alta de 2,8% em relação a 2009, quando foi registrada uma queda da demanda em consequência da crise econômica mundial.Em 2011, o consumo mundial deve aumentar 1,2 mbd - 1,4%, segundo a AIE.Por outro lado, a oferta de petróleo aumentou 830.000 mbd em outubro em relação ao mês anterior, a 87,6 mbd, principalmente por causa de uma alta dos produtores não membros da Opep. Em um ano, a produção subiu 1,54 mbd.
Fonte: Agência AFP

4-Produção de energia elétrica é suficiente para garantir crescimento de 8% da Economia
Fonte: Agência Brasil
“O sistema elétrico brasileiro trabalha com folga na produção de energia e está descartada qualquer possibilidade de desabastecimento no setor. Há mercado para a instalação de novas indústrias, cidades e casas. Não é por falta de energia que o Brasil deixará de crescer até 8% este ano”, afirmou, em Foz do Iguaçu (PR), o diretor-geral da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Samek.
“Perdemos apenas para a Usina de Três Gargantas, na China, que tem maior potência instalada, mas não tem a quantidade de água o ano todo como tem a usina brasileira. Estamos situados em local privilegiado, recebemos todas as águas de reservatórios, desde Brasília”, disse o diretor-geral.
De agora em diante, a importância relativa de Itaipu para o Brasil será cada vez menor, disse Jorge Samek, devido aos novos empreendimentos que estão entrando em operação. “São 800 unidades em construção entre pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e usinas de pequeno, médio e grande porte”. Ele citou como exemplo as usinas do Rio Madeira e a Hidrelétrica de Belo Monte (PA), que está em fase de licitação e terá quase 80% do tamanho de Itaipu.
No ano passado, Itaipu respondeu por 19% de toda a necessidade energética brasileira, além de mais de 80% da demanda do Paraguai.

5-HRT anuncia reservas certificadas de 2,073 bilhões de barris
Fonte: O Globo Online
A HRT Participações divulgou as estimativas certificadas de suas reservas, calculadas pela DeGolyer MacNaughton (DM).
A companhia possui 1,532 bilhão de barris de óleo equivalente (BOE) em reservas riscadas (estimativa média) nas Bacias do Solimões , no Brasil, e de Walvis, na Namíbia.
Além disso, foram estimados 542 milhões de BOE em recursos contingentes (3C). Somando as duas estimativas, as reservas certificadas da HRT alcançam 2,073 bilhões de BOE. A empresa ressaltou que os volumes certificados pela DM foram identificados em cerca de um terço da área total das concessões da HRT. O restante dos blocos ainda não foi objeto de análise.
A Bacia do Solimões está localizada na região amazônica do Brasil e tem uma área de cerca de 480 mil quilômetros quadrados. Segundo a empresa, na região encontra-se a terceira maior produção nacional de óleo e gás, com cerca de 118,6 mil BOE por dia. O óleo é considerado de excelente qualidade, entre 40 e 52 graus API. Já Walvis é uma das quatro sub-Bacias da Namíbia Os estudos realizados pela HRT indicam um potencial para grandes descobertas de óleo e gás natural no litoral do país, apresentando condições muito semelhantes às bacias brasileiras onde foram descobertas as reservas do pré-sal, como Tupi, Iara e Júpiter.

6-Mineradora de Eike Batista -MMX - registra lucro recorde no 3º trimestre
Fonte: Folha de S.Paulo
A MMX, braço de mineração do grupo do empresário Eike Batista, obteve lucro líquido de R$ 85,8 milhões no terceiro trimestre. O resultado é recorde, para um trimestre, na história da companhia, criada em 2005. Na comparação com o segundo trimestre, houve variação de 304%. A receita bruta da MMX totalizou R$ 251,9 milhões no terceiro trimestre, variação positiva de 123% .
Sobre o trimestre imediatamente anterior, houve alta de 23%. O Ebitda (lucro antes de juros, amortizações e impostos) somou R$ 72,5 milhões. Na avaliação da MMX, o mercado de minério de ferro sofreu "ligeiro arrefecimento" no terceiro trimestre. Na China, as importações do produto caíram 14% sobre o terceiro trimestre de 2009, e 4% ante o segundo trimestre de 2010. Essa retração, no entanto, não impactou as exportações brasileiras.


II – COMENTÁRIOS

1-Prorrogada a Consulta Pública de Plano de Produção e Consumo Sustentáveis
Foi prorrogado até o dia 30/11 o prazo para a consulta pública do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, cujo objetivo é contribuir para a transformação dos atuais padrões de produção e consumo da sociedade com vistas ao desenvolvimento sustentável. As contribuições podem ser feitas no endereço www.mma.gov.br/ppcs e serão analisadas pelo Comitê Gestor do Plano, podendo fazer parte do documento final.
Em estrita consonância com novos marcos legais, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e as resoluções do Conama, o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) quer mostrar que responsabilidade socioambiental dá lucro e ajuda a mover o País em direção ao desenvolvimento sustentável.
O Plano é um “guarda-chuva” de programas governamentais e ações do setor privado e da sociedade civil prevista e em curso, uma agenda positiva para mostrar os esforços que o Governo Federal e a sociedade estão fazendo. A ideia central do Plano é a articulação entre essas iniciativas, de maneira a fomentar a mudança para padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
Com seis prioridades selecionadas para o primeiro ciclo, previsão de prazos e sob constante acompanhamento, o plano está previsto para ser implementado em três anos (2011-2013). As prioridades inicialmente selecionadas são: educação para o consumo sustentável, construções sustentáveis, agenda ambiental na administração pública (A3P), varejo e consumos sustentáveis, compras públicas sustentáveis e aumento da reciclagem de resíduos sólidos. (Fonte: MMA)

2- A Nova Era Canavieira
Maurílio Biaggi Filho
O setor sucroenergético está entrando numa era de diversificação que se caracteriza pela oferta de novos subprodutos da Saccharum officinalis, a popular cana-de-açúcar. Além do velho açúcar e do emergente etanol - e sem esquecer a cachaça, o melado e a rapadura -, a célula-mater da agricultura brasileira já gera bioeletricidade (do bagaço), plásticos verdes, biodiesel e hidrocarbonetos de baixo carbono. E outros derivados virão.
Diante de alternativas tão ricas, não faz sentido dramatizar problemas transitórios como a queima de palha de cana e as filas nos terminais de exportação de Santos. Fora dos meses críticos de estiagem, as queimadas estão longe de ter a dimensão de antes. Hoje a queima controlada ocorre mais em canaviais independentes. Mais de 70% da cana própria produzida pelas usinas do Estado de São Paulo são colhidos mecanicamente. Fica no solo como adubo a palhada que, devido à seca, pode pegar fogo espontaneamente, sobretudo junto às rodovias. A longo prazo, com o crescente banimento do fogo nas atividades rurais, o problema caminha para a extinção.
Quanto aos congestionamentos portuários, trata-se de um reflexo natural do crescimento da economia. Um bom problema, enfim. Felizmente o agronegócio é um dos motores da expansão do PIB brasileiro a mais de 7% ao ano. Até pouco tempo atrás, comemorávamos quando, num único mês, o embarque de açúcar chegava a um milhão de toneladas. Agora reclamamos quando os terminais de Santos apanham para escoar três vezes mais, como aconteceu em agosto passado.
Pois bem, os recordes de exportação de açúcar tendem a se repetir por mais alguns meses, mas estamos na iminência de enfrentar um novo problema ligado à nova era canavieira. Em 2011, devido ao clima seco no último inverno, a produção de cana no Centro-Sul não deverá passar dos 600 milhões de toneladas deste ano, segundo dados da UNICA. Provavelmente teremos uma safra menor do que a de 2010. Com menos matéria-prima, como produziremos mais açúcar e etanol para atender a uma demanda que cresce e se diversifica no Brasil e no exterior? É aí que mora o perigo.
Açúcar à parte, temos de ter em mente que o etanol brasileiro é parte da solução para muitos países que buscam adicionar à gasolina um combustível de fonte renovável. Não tenhamos a pretensão de ser a grande saída mundial, pois não temos pernas para isso.
Muitos países buscam alternativas caseiras para a produção de biocombustíveis e, por isso, investem em pesquisas para produzi-los a partir de resíduos rurais e urbanos. Ao mesmo tempo, tendem a seguir protegendo seus próprios produtores de etanol, tal como fazem os EUA (fazendo álcool de milho) e os países europeus (beterraba).
Entretanto, como as barreiras tarifárias não são eternas nem intransponíveis, o Brasil deve ser pragmático e fazer a lição de casa o quanto antes. Para ocupar as brechas que surgirem, o setor sucroenergético precisa adicionar inovação à qualidade nas áreas agrícola, industrial, de logística e comércio internacional.
Além de investir em tecnologias sustentáveis para fazer biocombustíveis, formando estoques reguladores que ajudem a manter estáveis os preços, não devemos esquecer o recente (13/9/2010) reconhecimento do jornal londrino Financial Times: por enquanto, a cana é a melhor alternativa mundial de produção de etanol.
Maurílio Biagi Filho
Como empresário, é Presidente da MAUBISA e da Bioenergética Aroeira, e membro de diversos Conselhos, entre eles, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República-CDES, de Administração da Unica, e outros

3-3° CONCURSO PARA ANP - Agência Nacional do Petróleo
Em face de pedidos, estou transcrevendo a entrevista do Eng. Prof. Mauro Kahn, do Clube do Petróleo, sobre o concurso da ANP, concedida á revista Clik Macaé:
C M – É verdade que a Agência Nacional do Petróleo realizará seu terceiro concurso em breve?
Mauro Kahn – Na verdade, tratando-se de concurso público, só é possível assegurar-se com certeza de uma informação como esta quando o edital é publicado. No entanto, já é um comentário geral que ANP já decidiu pela necessidade de muitos novos servidores em seus quadros, dando início ao processo de autorização do concurso junto ao Ministério de Minas e Energia em Brasília, no entanto 100% de certeza somente com a autorização escrita do MME.
C M – Não havendo edital, os potenciais candidatos deveriam investir tempo e dinheiro estudando para algo que ainda não foi aprovado ou devem aguardar?
Mauro Kahn – Sem dúvida alguma, quanto antes o candidato iniciar sua preparação, mais chances tem de passar. Vale lembrar que o intervalo de tempo entre a publicação do edital e a prova não costuma ser muito maior que 30 dias. Obviamente não dá para comparar aquele candidato que começa a a se preparar depois do edital e o que inicia seus estudos agora. Este último está simplesmente multiplicando suas chances porque deverá ter mais de seis meses para se preparar e passar pois o número de vagas também deverá ser expressivo.
C M – Mas como o candidato que deseja iniciar seus estudos desde logo pode saber qual será o programa do terceiro concurso?
Mauro Kahn - O programa do segundo concurso não foi tão diferente do programa do primeiro. Por esta razão, se nos orientarmos pelos dois primeiros concursos, acreditamos que estaremos trilhando um bom caminho. Sob esta perspectiva que enxergamos a função do pequeno prazo entre a publicação do Edital e o dia da prova. É neste curto espaço de tempo que o candidato fará os pequenos ajustes necessários a seu estudo, focando somente no que há de novo no edital em relação aos concursos anteriores. Consideramos ser este o plano de estudos perfeito.
C M – Como você define o perfil deste terceiro concurso?
Mauro Kahn - Certamente contaremos com muito mais candidatos, pela fama que o concurso vem adquirindo a cada nova edição, e, principalmente, porque a remuneração do servidor aumentou bastante. Enquanto a remuneração do cargo de especialista era de aproximadamente R$ 3.500,00 em 2005, e de cerca de R$ 6.000,00 em 2008, em 2011 ela superará os R$ 11.000,00 neste terceiro concurso.
C M – O Clube do Petróleo já oferecia cursos preparatórios nos outros concursos da ANP?
Mauro Kahn - Fomos os pioneiros na organização de turmas para as provas da ANP. Preparamos os candidatos desde o primeiro concurso, e sempre conseguimos ótimos resultados na aprovação de nossos alunos. Fato é que acabamos nos especializando nos concursos da ANP. Não preparamos turmas para nenhum outro concurso.
C M – Considerando os diferentes cargos para os quais a ANP abre vagas, como vocês conseguem treinar tantos profissionais diferentes, ou seja, do Geólogo ao Advogado?
Mauro Kanh - Na realidade, não é exatamente assim que funciona o curso. Nossa estratégia desde o primeiro concurso sempre foi o foco exclusivo nos cargos de Especialista em Regulação (Geral I e II) e de Técnico em Regulação Geral. São estes os cargos que apresentam o maior número de vagas, além de aceitarem diplomas de diferentes formações profissionais, no caso dos cargos de Especialista. Advogados, Administradores, Economistas, Engenheiros, todos os profissionais graduados podem se candidatar ao cargo de Especialista em Regulação.
C M - A procura pelo curso do Clube do Petróleo costuma ser muito grande?
Mauro Kahn - É grande, sim, simplesmente porque a oferta da ANP é muito atraente e, obviamente, porque somos reconhecidos pelo mercado de Petróleo & Gás. Nossas turmas são menores e mais selecionadas do que as de cursos tradicionais que preparam para todo tipo de concurso. Por estarmos localizados no centro do Rio de Janeiro e oferecermos aulas somente aos sábados costumamos receber muitos alunos de outras cidades também
“A estratégia do Clube do Petróleo será preparar os candidatos aos cargos de nossa especialidade: Especialista em Regulação (nível superior)”.
Já se pode adiantar que a remuneração para o cargo de Especialista em Regulação será superior a R$ 11.000,00 (onze mil reais). Trata-se de uma excelente oportunidade, até porque há expectativa para um grande número de vagas e que serão destinadas a diversos tipos de formação.
Corpo docente do curso preparatório
O Prof. Mauro Kahn confirma os seguintes nomes:.
Daniel Almeida de Oliveira - Procurador Federal, e Sub-procurador Geral da ANP - Agência Nacional do Petróleo. Graduado em Direito pela UERJ, Mestre em Direito pela UERJ, Doutorando em Teoria do Estado e Direito Constitucional na PUC-Rio. Especialista em Fundamentals of International Oil and Gas Law, pela PetroSkills, em Londres, Reino Unido. Professor de Direito Administrativo e Direito Constitucional na Pós-Graduação. Professor do Master Business in Petroleum - MBP/COPPE/UFRJ www.mbcursos.coppe.ufrj.br e do curso Direito do Petróleo www.clubedopetroleo.com.br. Compõe o grupo governamental que está pesquisando e elaborará o modelo de Edital e Contrato de Partilha a ser adotado pela ANP-MME-UNIÃO.
Dirceu Cardoso Amorelli Junior - Possui graduação em Engenharia Mecânica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (1990), mestrado em Economia (2008) pelo IBMEC-RJ e atualmente é Doutorando em Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como Superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Engenharia Econômica, atuando principalmente nos seguintes temas: Análise Econômica, Logística e Regulação do setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Heloísa Borges Bastos Esteves - Especialista em Regulação da ANP, advogada, bacharel em Direito pela UERJ, pós-graduando em Direito do Estado pela UERJ, economista, Mestre em Economia Industrial pela UFRJ, Doutoranda em Economia Industrial pela UFRJ. Atuou profissionalmente como assistente de pesquisa do Grupo de Economia da Energia do IE/UFRJ, Professora Substituta da Escola de Química da UFRJ, consultora em projetos de pesquisa na áreas de Defesa da Concorrência e assessora técnica no Departamento de Planejamento Financeiro de Furnas.
Douglas Pereira Pedra - Especialista em Regulação da ANP, advogado, bacharel em Direito pela UNIRIO, pós-graduando em Direito do Estado pela UERJ. Professor do MBP/COPPE e do curso de Direito do Petróleo do Clube do Petróleo. Atuou profissionalmente como assessor do Plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, consultor do PNUD em projetos de pesquisa nas áreas de Defesa da Concorrência de Regulação de Mercados, consultor de empresas nas áreas de Defesa da Concorrência e Regulação de Mercados e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.
Tathiany Moreira - Economista. Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ e Doutoranda em Planejamento Energético pela COPPE/UFRJ. É especialista em regulação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e trabalha na chefia de gabinete da Diretoria Geral da ANP . Participou de diversos Congressos e Seminários no Brasil e no exterior. Autora de inúmeros artigos sobre regulação da indústria brasileira de petróleo e gás natural.
Marcelo Mafra Borges de Macedo - Especialista em Regulação da ANP, engenheiro químico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ com Pós-graduação Executiva em Petróleo e Gás (MBP) pela COPPE/UFRJ. Trabalhou 4 anos na área de Desenvolvimento de Tecnologia e Novos Fonecedores da Petrobras. Na ANP Atuou na Superintendência de Fiscalização do Abastecimento coordenando operações inteligência e fiscalização do Downstream. Desde 2007 encontra-se na Coordenadoria de Conteúdo Local como especialista-responsável pelas certificações de conteúdo local e auditorias em contratos de concessão para as atividades de exploração e desenvolvimento da produção. Professor do MBP/COPPE para os temas de "Conteúdo Local" e "Inovações Tecnológicas".
          Sumário do Programa
                    O programa será oferecido para 48 horas/aula:
                    Defesa da Concorrência e Direito do Consumidor
                    Legislação da Indústria do Petróleo
                    Legislação do Servidor Publico
                    Regulação na Indústria do Petróleo
                    Economia (macro e micro)
                    Matemática Financeira (direcionada)
                    Fundamentos do Direito Ambiental e Penal (direcionados)
                    Princípios tributários no setor de petróleo
                    Gestão da qualidade
                    Fiscalização e poder de policia na agência reguladora
                    Princípios do Direito Administrativo e do Direito Constitucional (direcionados)

4- Petrobras assina Memorando de Entendimentos com GE sobre Cooperação Tecnológica
A Petrobras e a empresa General Electric (GE) assinaram em 11/10, um Memorando de Entendimentos visando futura cooperação tecnológica em projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para sistemas de monitoramento e controle da produção de petróleo e gás.
O desenvolvimento de sistemas submarinos e compactos para a produção de óleo e gás, de inspeção e monitoramento remoto de equipamentos, dentre outros, objetivos deste Memorando.
O acordo foi assinado no Rio de Janeiro, com a presença do Gerente Executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, Carlos Tadeu da Costa Fraga, da Gerente Executiva de Engenharia de Produção, Solange da Silva Guedes, do presidente e CEO da GE do Brasil, João Geraldo Ferreira, e do líder do Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil, Kenneth Herd. A assinatura do acordo é uma das etapas para a construção pela GE de um centro de tecnologia no Brasil.
Diante das grandes perspectivas de crescimento da atividade de óleo e gás no Brasil, a Petrobras tem estimulado seus principais fornecedores a instalar aqui centros de pesquisa e desenvolvimento com objetivo de desenvolver parcerias tecnológicas de longo prazo.
"Esta estratégia de atração de centros tecnológicos de importantes fornecedores da Petrobras, como a GE, tem sido altamente bem sucedida. Este movimento, complementado pela expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras e pela ampliação da capacidade experimental, na área de óleo & gás nas universidades e institutos de pesquisa brasileiros, está tornando o Brasil um dos mais relevantes pólos tecnológicos do mundo nesta área", ressaltou Carlos Tadeu.
Este Memorando de Entendimentos é válido por um ano e três meses, período no qual a Petrobras e a GE, por meio de discussões técnicas, identificarão oportunidades e estabelecerão projetos de pesquisa & desenvolvimento para a realização conjunta.


5- Petrobras assina contrato com Engevix para construção de 8 cascos de Plataformas FPSO

A Petrobras informa que, juntamente com seus parceiros (BG, Galp Energia e Repsol) e por meio de suas afiliadas Tupi-BV e Guará-BV, assinou hoje com a empresa brasileira Engevix Engenharia S.A dois contratos no valor total de US$ 3,46 bilhões para construção de oito cascos das plataformas destinadas à primeira fase de desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos.
Essas unidades, batizadas de “replicantes”, integram a nova geração de unidades de produção concebidas segundo parâmetros de simplificação de

projetos e padronização de equipamentos. A produção em série de cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e a consequente otimização de custos.
Cada plataforma, todas do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere óleo e gás), terá capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de m3 de gás. A previsão é de que todas as unidades entrem em operação até 2017, sendo de grande importância estratégica para que a Companhia alcance as metas de produção previstas para o polo pré-sal da Bacia de Santos em seu Plano de Negócios. A expectativa é que estas plataformas acrescentarão cerca de 900 mil barris de óleo por dia à produção nacional, quando estiverem operando com a capacidade máxima.
Os cascos serão construídos no polo Naval de Rio Grande (RS), com a previsão de um conteúdo local de aproximadamente 70%.
Os primeiros carregamentos de aço ocorrerão em janeiro e a construção dos cascos começará em março. Os dois primeiros cascos deverão ser entregues ainda em 2013, enquanto os demais, ao longo de 2014 e 2015.
Das oito unidades, seis serão administradas pelo consórcio do Bloco BM-S-11, onde estão localizadas as áreas de Tupi e Iracema. As outras duas serão gerenciadas pelo consórcio do Bloco BM-S-9, onde estão localizadas as jazidas de Guará e Carioca.
O consórcio do Bloco BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (25%) e Galp Energia (10%).
Já o consórcio do Bloco BM-S-9 é operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (30%) e Repsol Brasil S.A. (25%).

domingo, 14 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 11

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- Usina Nuclear Angra 1 está gerando energia elétrica
A Eletrobras informou que a usina de Angra 1 foi sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) , após manutenção programada para reparo no circuito de hidrogênio do sistema de resfriamento do gerador elétrico principal - parte convencional da Usina, sem contato com radioatividade.
A unidade, que estava desligada desde o dia 12 deste mês, já funciona normalmente e está em processo de elevação de potência, conforme programação junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS).

2-Lula inaugura produção do pré-sal
Na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comemorou a extração do primeiro óleo do sistema definitivo da área do pré-sal de Tupi, na Bacia de Santos, o século 21 será “inexoravelmente o século do Brasil e da América Latina”.
Lula afirmou que a Petrobras será sempre um indutor do crescimento do país. “A Petrobras será sempre uma espécie de guia do crescimento do Brasil. Se a Petrobras não estiver bem, o Brasil não estará tão bem. Mas se a Petrobras estiver bem, eu acho que o Brasil estará sempre muito bem”.

3-Biodiesel utiliza 66% mais óleo de soja no ano
Fonte: Folha de São Paulo
O ritmo da economia nacional e a maior demanda de óleo no setor de biodiesel fizeram a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) refazer as projeções de esmagamento de soja neste ano.
Os novos números da associação indicam que a moagem deverá ser de 33,9 milhões de toneladas, 10% a mais do que em 2009. No final do primeiro semestre, as estimativas eram de moagem de 33,1 milhões de toneladas.
Com o aumento de esmagamento, a Abiove refez a estimativa de produção de óleo de soja para 6,6 milhões de toneladas, contra 6 milhões no ano passado.
Essa quantidade terá evolução de 66% em relação à utilizada pelo setor no ano passado. A mistura de biodiesel ao diesel foi de 3% no primeiro semestre de 2009. Subiu para 4% no segundo e passou para 5% em janeiro deste ano.
Para a safra 2011/12 (de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012), a Abiove prevê esmagamento de 34,5 milhões de toneladas, com a produção de óleo de soja subindo para 6,65 milhões de toneladas. As receitas com as exportações do complexo soja, previstas em US$ 17,1 bilhões neste ano, poderão ir a US$ 19,6 bilhões no ano que vem. As vendas externas de soja em grãos lideram, somando US$ 11,3 bilhões neste ano.

4-Fabricante Bentley diz que experiência brasileira do carro flex foi importante
A questão ambiental, e a experiência do Brasil e da Suécia com a tecnologia flex, foram aspectos importantes que pesaram a favor da decisão da montadora britânica de carros de alto desempenho Bentley a lançar o Continental SuperSports, primeiro no mundo na categoria dos superesportivos a utilizar a tecnologia bicombustível. Entusiasmado com o projeto, Christophe Georges, diretor-presidente da Bentley para os Estados Unidos, detalhou a decisão e os planos da empresa em encontro com jornalistas, no Salão do Automóvel.
"O sucesso da tecnologia flex no Brasil e na Suécia foram ingredientes fundamentais para a decisão da Bentley de adotar esse sistema. Até 2012 todos os nossos modelos serão flex," disse o executivo. Falando inicialmente em português, ele ressaltou a preocupação da Bentley com a sustentabilidade: "Precisamos de soluções globais para a questão ambiental. Por isso a companhia estreitou relações com ONGs, entidades e governos para que haja um trabalho mais aprofundado relacionado ao ambiente para diminuir a emissão de gases de efeito estufa." E complementou: "O Brasil é um exemplo, particularmente por causa do sucesso dos carros flex."

5-Repsol e Grupo Kuo criam companhia para produzir biocombustíveis de 2ª geração
A Repsol e Grupo Kuo assinaram em Madri, a criação de uma empresa conjunta, denominada KUOSOL, dedicada ao desenvolvimento de bioenergia a partir do cultivo de pinhão manso, uma oleaginosa de elevado conteúdo em óleo não comestível.
A KUOSOL será constituída por Repsol (50%) e Grupo KUO (50%), sua sede será no México e contará com investimento total estimado em US$ 80 milhões. Suas atividades incluem desde a produção agrícola até a instalação industrial, e seu objetivo é o aproveitamento integral da biomassa de plantações de pinhão manso, a produção de óleo como matéria-prima para biocombustíveis e a geração de bioenergia, com elevados critérios de sustentabilidade.


II – COMENTÁRIO

1-Taxa de inovação nas empresas cresce de 34,4%, em 2005, para 38,6%, em 2008
A inovação é um desafio de alta complexidade que as empresas brasileiras estão sendo forçadas a enfrentar com o objetivo de obterem diferenciais competitivos e atenderem exigências dos consumidores.
O cenário econômico no Brasil a partir de 2006 favoreceu os investimentos das empresas em inovação. As empresas brasileiras inovadoras passaram de 32,8 mil, em 2005, para 41,3 mil, em 2008, o que fez a taxa de inovação aumentar de 34,4% entre 2003 e 2005, para 38,6%, no período de 2006 a 2008.
O que mostra a Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é que a nova estratégia da empresa brasileira chama-se inovação. A gerente da pesquisa, Fernanda Vilhena, destacou o crescimento significativo da taxa de inovação na indústria, desde que a Pintec foi iniciada, em 2000. Naquele ano, a indústria apresentou taxa de inovação de 31,5%. Em 2003, o índice subiu para 33,3%, estabilizando-se em 2005 (33,4%), para atingir o pico na Pintec 2008. “A gente acha que esse aumento da taxa de inovação foi um dos principais resultados mostrados nessa pesquisa”, destacou Fernanda.
O porte da empresa e o setor de atividade têm influência sobre a decisão de investimentos em inovação, revela a sondagem. Nesse tópico, as indústrias são o destaque, principalmente aquelas que têm mais empregados e maior conteúdo tecnológico. Segundo o IBGE, 71,9% das empresas industriais com mais de 500 funcionários foram inovadoras em produto ou processo, 26,9% lançaram produto inovador para o mercado interno e 18,1% implementaram algum processo inovador para o seu próprio setor no país.
Fernanda Vilhena disse que as taxas de inovação no setor de serviços selecionados – que engloba telecomunicações, edição e gravação de música e informática – são mais elevadas do que a média da indústria por serem setores em que o grau de conhecimento é alto. Nas empresas de serviços selecionados consideradas de grande porte, 67,2% foram inovadoras, 24,3% inovaram para o mercado doméstico e 22,5%, para o setor no país. As taxas de inovação atingiram 58,2% nas atividades de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, 46,6% em telecomunicações, 46,1% em outros serviços de tecnologia da informação (TI), 40,3% em edição e gravação de música. Esta última taxa é identificada também em tratamento de dados, hospedagem na internet e outras atividades relacionadas.
A Pintec 2008 revela que houve aumento do dispêndio das empresas nacionais em atividades de inovação, assim como a receita líquida das vendas das empresas também cresceu. “A gente usa o indicador de gasto sobre receita. Neste caso, a gente fala que houve estabilidade”, salientou a pesquisadora. “Somando todos os setores, a gente tinha, em 2005, 3% do faturamento das empresas gastos em atividades inovativas. Em 2008, esse percentual foi para 2,9%. Então, houve estabilidade”. Os gastos internos em pesquisa e desenvolvimento cresceram em relação à receita de 0,77%, em 2005, para 0,80%, em 2008.
A indústria investiu 2,5% do seu faturamento em atividades inovativas em 2008, enquanto as empresas de serviços selecionados gastaram 4,2% e as de pesquisa e desenvolvimento, 71,1%.

2- Uma nova Revolução Tecnológica
A recente evolução do setor sucroenergético, com a chegada ao Brasil de grandes empresas de fora investindo pesado na produção da agroenergia, vem mudando significativamente o cenário futuro de médio e longo prazo. A atividade sucroalcooleira foi, por séculos, de capital eminentemente nacional. De repente, em pouco mais de 3 anos, já temos 22% de capital estrangeiro nela investidos, podendo chegar a 37% até 2015. Gigantes como Dreyfus, Bunge, Cargill, ADM, Tereos, Abengoa, Amyris e Renuka, entre outras, se juntaram a esta nova onda em que entraram também fundos de investimento de diversas nacionalidades e empresas brasileiras, como a Odebrecht (através da ETH) alem de importantes petrolíferas, como a Shell (associada à Cosan), a BP, a Total e a própria Petrobrás (também associada à Mitsui).
Tamanha internacionalização é acompanhada por forte consolidação interna, com grupos nacionais crescentemente poderosos comprando outros e diminuindo o número de atores neste palco importantíssimo do nosso agronegócio.
Pelo menos 2 aspectos podem ser ressaltados neste ambiente.
O primeiro é a impressão de que estes grandes investidores devem estar olhando mercados que não apenas o nosso, interno. Em outras palavras, devem acreditar que a agroenergia ganhará dimensão global, com mais países produzindo e consumido biocombustíveis e bioeletricidade com algum tipo de certificação internacional (a ÚNICA está empenhada neste processo). Há poucos dias, os americanos aumentaram para 15% a mistura do etanol na gasolina (a passagem do E10 para E15 nos Estados Unidos representa mais 24 bilhões de litros lá consumidos por ano) e cada vez mais Nações são atraídas por esta alternativa energética renovável e mitigadora do aquecimento global, que se caracteriza como uma importante via de desenvolvimento dos países tropicais, gerando aí - onde a demanda por alimentos e energia mais cresce pelo aumento de suas populações e renda per capita - uma oportunidade formidável, especialmente quando a cana é a matéria prima.
O segundo aspecto, e muito instigante, é o da tecnologia.
Junto com as empresas que investiram na produção do etanol ou do diesel a partir da garapa, ou mesmo da novel alcoolquímica como sucedâneo da petroquímica, chegam também as grandes instituições privadas de desenvolvimento tecnológico. Já vieram a Monsanto (que comprou a Canavialis, do Grupo Votorantim) a Basf (aliada ao CTC - Centro de Tecnologia de Cana-de-açúcar, em Piracicaba), a Syngenta, a Amyris e outras mais.
As novas perspectivas da sucroenergia indicarão as futuras rotas tecnológicas, entre as quais estão o desenvolvimento de variedades de cana mais ricas em açucares não cristalizáveis que também se transformem em etanol; a necessidade de mais fibras no colmo para a cogeração de eletricidade; o uso das folhas para o mesmo fim; variedades mais eretas para otimizar a mecanização do corte; variedades resistentes à seca, a pragas e a doenças; que sejam capazes de fixar Nitrogênio ao solo como a soja já faz através de inoculação de bactérias específicas; que melhor absorvam os nutrientes (unindo transgenia e nanotecnologia); e os avanços espetaculares da alcoolquímica.
Também há muita pesquisa na área da mecanização do corte, da estocagem e transporte de etanol, temas em que as margens podem crescer muito para os atores econômicos.
Em suma, uma verdadeira revolução tecnológica está em andamento no setor, e isto é bom, especialmente para que o Brasil continue liderando o modelo mundial da agroenergia e possa levá-lo a outros países tropicais da América Latina, da África e da Ásia.
Como ficam nossas empresas nacionais de desenvolvimento tecnológico, confrontadas com estes monumentais investimentos de suas concorrentes de fora?
Os resultados por elas já alcançados aqui são formidáveis.
Nos últimos anos, o IAC lançou 3 novas variedades que podem aumentar em 30% a produtividade da cana.
A Ridesa, rede de universidades lideradas pela UFSCAR, que substituiu o Planalsucar extinto no Plano Collor, anunciou em outubro passado novas variedades com igual potencial de crescimento. Aliás, 58% de toda a cana plantada no Brasil vem desta organização primorosa.
O CTC lançou, de 2005 até hoje, cerca de 20 variedades promissoras, misturando e combinando variedade/solo/clima.
A Embrapa, com seu novo Centro de Agroenergia, está focada na sustentabilidade da produção da gramínea.
A Petrobrás está também se lançando na pesquisa de cana, e tem recursos e competência para avançar bastante, e rapidamente.
Portanto, há um certo congestionamento positivo no setor. Talvez fosse muito interessante uma grande coordenação entre estas instituições brasileiras todas, para evitar duplicidade de recursos e dispersão de esforços, e para que elas tenham capacidade de sustentar-se frente à avassaladora concorrência que virá, sem dúvida, com os novos agentes internacionais em desenvolvimento de tecnologia.
Roberto Rodrigues
Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior de Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticabal

3-ANP confirma descoberta de nova reserva de petróleo no pré-sal
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, confirmou que divulgará o tamanho da reserva de óleo no campo de Libra, na área da camada do pré-sal da bacia de Santos que ainda não está sob concessão.
A estimativa feita por um consultoria internacional, feita para a ANP, indicou potencial entre 7,9 bilhões de barris a 16 bilhões de barris de petróleo na reserva de Libra, volume superior ao campo de Tupi, cuja reservas estimadas são de 5 bilhões a 8 bilhões de barris.
Se for confirmado esse potencial de Libra, o poço pode ser o maior já perfurado no pré-sal.
Leilão - Em setembro, o governo já havia informado que pretendia licitar as primeiras áreas do pré-sal sob o novo marco regulatório, que prevê regime de partilha, já na primeira metade do ano que vem.
Na ocasião o poço de Libra já estava sendo perfurado pela Petrobras, a pedido da ANP. Inicialmente, a intenção era que a área entrasse no processo de capitalização da Petrobras, mas outras áreas foram utilizadas.
Pré-sal - A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.
Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo. (Fonte: Folha.com)

4-Setor Industrial registra queda de 0,5% no faturamento
O setor de máquinas e equipamentos registrou em setembro queda de 0,5% na comparação com o mês de agosto de 2010, segundo dados do Departamento de Economia e Estatística (DEEE) da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
De acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da entidade, mesmo alcançando os R$53 bilhões (faturamento bruto real) com uma variação de 11,6% maior no acumulado de janeiro a setembro deste ano, numa análise com o mesmo período de 2009, a baixa no incremento do faturamento do setor capital mecânico tende a continuar.
De acordo com os dados divulgados pela ABIMAQ, o consumo aparente, soma da produção e das importações menos as exportações, chegou ao total de R$73,5 bilhões durante os nove meses de 2010, elevação de 15,9% em relação com os mesmos nove meses de um ano atrás, que era de R$63,5 bilhões. Porém, Aubert Neto demonstra cautela. “Se equipararmos o mês de setembro com o mês de agosto deste ano, observamos um déficit de 0,2% no consumo aparente, revelando certa sensibilidade do setor”, aponta o executivo.

5- Premio Petrobras Tecnologia
Até o dia 26 de novembro estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Petrobras de Tecnologia Engenheiro Antônio Seabra Moggi, que visa reconhecer a contribuição da comunidade acadêmica brasileira para o desenvolvimento tecnológico da Petrobras e da indústria nacional de energia, além de incentivar a revelação de talentos e de trabalhos inovadores no segmento de petróleo, gás e energia.
Lançado em 2004, o prêmio já contou com 1600 trabalhos inscritos. Destes, mais de 100 foram premiados.
O prêmio é voltado para estudantes de graduação, mestrado ou doutorado de qualquer instituição de ensino superior brasileira, que podem inscrever seus trabalhos em um dos nove temas tecnológicos: Tecnologia de Energia; Tecnologia de Exploração; Tecnologia de Gás; Tecnologia de Logística e de Transporte de Petróleo, gás e derivados; Tecnologia de Perfuração e de Produção; Tecnologia de Preservação Ambiental; Tecnologia de Produtos; Tecnologia de Refino e Petroquímica; e Tecnologia de Segurança e Desempenho Operacional.
Os autores dos trabalhos vencedores recebem R$ 20 mil na categoria doutorado, R$ 15 mil na categoria mestrado e R$ 10 mil na categoria graduação, além de uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) para elaboração de tese de mestrado, doutorado ou pós-doutorado em instituições de ensino superior nacionais, de acordo com sua formação acadêmica. Os professores orientadores dos trabalhos premiados de todos os temas e categorias recebem a mesma quantia bruta que o prêmio recebido pelo aluno, como taxa de bancada.
As inscrições podem ser realizadas no site do Prêmio (www.petrobras.com.br/premiotecnologia), onde também é possível conhecer os principais desafios tecnológicos da Petrobras, ler o regulamento, acessar trabalhos vencedores de cada categoria e conferir entrevistas com vencedores de edições anteriores do prêmio.
Quem foi o saudoso companheiro Antônio Seabra Moggi
Antônio Seabra Moggi foi o primeiro superintendente do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). Químico Industrial pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) e Engenheiro Químico pela Valderbilt University, no Tennesse, EUA, trabalhou no Conselho Nacional de Petróleo (CNP) e na Petrobras, onde participou da fundação do Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa de Petróleo (Cenap), ponto de partida das atividades de Pesquisa & Desenvolvimento na Companhia. Também participou da criação do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).