sexta-feira, 7 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 176

I – NOTÍCIAS

1- Usina térmica gera conta que já supera R$ 5 bilhões  
A estiagem de fevereiro gerou uma conta de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões para as distribuidoras de energia elétrica. O Valor apurou que esses números foram calculados preliminarmente pelo setor privado e transmitidos ao governo. O custo decorre do acionamento a todo vapor das usinas térmicas e da exposição involuntária das próprias distribuidoras. Elas não conseguiram contratar todo o suprimento de eletricidade nos leilões do governo e precisam comprar 3.500 megawatts (MW) médios no mercado de curto prazo.
Em janeiro, a conta já havia sido de R$ 1,8 bilhão, o que eleva o custo no ano a mais de R$ 5 bilhões. Pelas regras atuais, as distribuidoras são obrigadas a assumir essa despesa, mas o montante elevado por levá-las à insolvência. Por isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concordou em adiar a apresentação de garantias financeiras pelas distribuidoras para o dia 11 de março, enquanto o governo ainda discute uma solução. Para tratar do caso, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se ontem com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
No ano passado, o Tesouro assumiu integralmente esses custos, que somaram R$ 9 bilhões. Em 2014, as distribuidoras voltariam a arcar com as despesas, repassando posteriormente os gastos para as tarifas. O que se discute no governo é se o Tesouro assumirá novamente a conta ou permitirá que as tarifas subam. O Valor apurou que o decreto que torna possível o pagamento parcial ou total pelo Tesouro em 2014 será reeditado. Mas a decisão sobre quanto será pago ainda está em discussão.
A ampliação da energia entregue pelas usinas térmicas, que atualmente trabalham a plena carga, está comprometida. A partir de informações da Aneel, o Valor verificou a situação em que se encontram os projetos de expansão dessa matriz energética. O cenário é ruim. Entre 2014 e 2020, 6.942 megawatts (MW) deveriam ser adicionados, com usinas a carvão, gás e óleo. Porém, um terço dessa energia (2.341 MW) não tem mais previsão para sair do papel. Outros 1.020 MW estão em situação de risco, com restrições para entrar em operação.
Daniel Rittner e André Borges
Fonte: Valor Econômico

2- Petróleo volta a pressionar o saldo comercial  
A importação de petróleo respondeu por 38% do déficit de US$ 2,1 bilhões na balança comercial de fevereiro. No ano, o saldo negativo soma US$ 6,1 bilhões, o maior registrado em um primeiro bimestre. A demanda das térmicas por combustíveis devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e o aumento do consumo no mercado interno reforçaram o peso do óleo na balança. Na média diária de fevereiro, ante o mesmo mês de 2013, as importações de petróleo subiram 30,4%, enquanto as exportações recuaram 30,6%. Houve piora generalizada na balança, mas analistas creem que os números devem melhorar neste mês, com exportações de soja e outras commodities.
Rodrigo Pedroso, Lucas Marchesini e Vandson Lima
Fonte: Valor Econômico

3- Indício de petróleo em área do pré-sal de Santos
A Petrobras comunicou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a descoberta de indícios de hidrocarbonetos de petróleo na perfuração de um poço na área de Florim, no pré-sal da Bacia de Santos (SP). 
O nome do poço perfurado é 3BRSA1215RJS, com uma lâmina d’água de 1.972 metros. O poço em questão, identificado com o código 3, é um poço exploratório de extensão, que visa delimitar a acumulação de petróleo em um reservatório.
A estatal havia comunicado a conclusão da perfuração e o teste de formação do poço descobridor de petróleo na área de Florim em maio de 2013.
Na ocasião, o poço pioneiro, chamado 1-BRSA-1116-RJS, comprovou a descoberta de petróleo de boa qualidade (29º API) em reservatórios carbonáticos situados abaixo da camada de sal, a partir de 5.342 metros. O poço foi concluído com 6.004 metros de profundidade, após atingir os objetivos previstos pelo contrato de cessão onerosa.
O contrato de cessão onerosa estabelece um volume de 467 milhões de barris de petróleo para a área de Florim e o final da fase exploratória previsto é setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.
Fonte: Valor Online

4- SEP autoriza novas instalações portuárias em cinco estados
A Secretaria de Portos autorizou a instalação do Terminal de Uso Privado (TUP) da Manabi Logística, no município de Linhares (ES), com capacidade para movimentar 25 milhões de toneladas/ano de graneis sólidos e previsão de investimentos de R$ 1,5 bilhão.
Além do TUP no Espírito Santo, a SEP autorizou, em fevereiro (até hoje), cinco novos empreendimentos portuários: um TUP em São João da Barra (RJ) - Intermoor do Brasil Serviços Offshore; uma  Estação de Transbordo de Carga (ETC) em Manaus (AM) – RONAV; e três ETCs da Transporte Bertolini - em Juriti (PA), Manaus(AM) e Porto Velho (RO).
Na Intermoor serão investidos R$ 73,6 milhões para movimentação de carga geral. Na ETC RONAV, o valor do investimento é de R$ 3 milhões (carga geral) e as ETCs da Bertolin (carga geral e granel sólido), R$ 4,67 milhões.
Com os novos empreendimentos, já são 14 novos contratos de adesão assinados desde a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor (Lei 12.815/2013), além da ampliação do terminal da Ultraféril já existente no Porto de Santos.
Esse novo ciclo de autorizações para instalações portuárias privadas começou em dezembro do ano passado e os investimentos, até o momento, somam quase R$ 8 bilhões. Segundo o ministro Antonio Henrique Silveira, as autorizações prosseguirão num processo contínuo. Mais de 50 empreendimentos estão em andamento, num total de R$ 7,28 bilhões.
Empresa
Localidade
Investimento
Carga
Movimentação
Estaleiro Brasa
Niterói - RJ
R$60 milhões
Carga Geral
7 mil t/ano
Fundação Municipal de Turismo
Porto Belo - SC
R$ 1,75 milhão
Passageiros
80 mil passageiros/ano
SAIPEM do Brasil
Guarujá - SP
R$ 17 milhões
Carga Geral
112 mil t/ano
Flexibras – TUP Technimp
São João da Barra - RJ
R$ 142,4 milhões
Carga Geral
44 mil t/ano
Ultrafértil
Santos - SP (ampliação)
R$ 2,2 bilhões
Granel Sólido
12,149 milhões t/ano
Porto Sul
Ilhéus - BA
R$ 2,42 bilhões
Granel Sólido / Carga Geral e Carga Conteineizada
52,65 milhões t/ano
BAMIN – Bahia Mineração
Ilhéus - BA
R$ 898 milhões
Granel Sólido
20 milhões t/ano
Estaleiro Jurong
Aracruz - ES
R$ 500 milhões
Carga Geral
10 mil t/ano
AMMAGGI Exportação e Importação
Porto Velho - RO
R$ 100 milhões
Granel Sólido
5 milhões t/ano
Manabi Logística
Linhares - ES
R$ 1,5 bilhão
Granel Sólido
25 milhões t/ano
Intermoor do Brasil Serviços Offshore de Instalação Ltda.
São João da Barra - RJ
R$ 73,6 milhões
Carga Geral
19 mil t/ano
ETC- RONAV
Manaus - AM
R$ 3 milhões
Carga Geral
102 mil t/ano
Transporte Bertolini
Juruti - PA
R$ 1,15 milhões
Carga Geral
113 mil t/ano
Transporte Bertolini
Manaus - AM
R$ 180  mil
Carga Geral e Granel Sólido
362 mil t/ano
Transporte Bertolini
Porto Velho - RO
R$ 3,33 milhões
Granel Sólido
480 mil t/ano
TOTAL

R$ 7,92 bilhões


Fonte: Ascom SEP

5- Rio Grande recebe 3ª edição da Feira do Polo Naval
Discutir e promover os desafios, inovações e as oportunidades da indústria oceânica. Esse é o objetivo da Feira do Polo Naval que acontece de 11 a 14 de março, no Centro Integrado de Desenvolvimento e Estudos Costeiros (Cidec-Sul) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em Rio Grande (RS). O evento reúne as principais empresas do setor naval e offshore em 4.800 m², 250 estandes e atividades paralelas que apresentam 165 palestrantes nacionais e internacionais.
Ao mesmo tempo acontecem três grandes eventos paralelos, todos com inscrições gratuitas ao público: NAVTEC - Conferência Internacional em Tecnologias Naval e Offshore, organizada pela Furg em todos os dias da feira, com palestras internacionais sobre a indústria oceânica; Seminário de Direito, organizado pela Advocacia Rocha Baptista nos dias 12, 13 e 14 de março, contará com três painéis temáticos: aduaneiro, processual e ambiental, além de uma sessão de aula tele presencial sobre o tema “Inglês Jurídico”, promovida diretamente de Londres pelo British Legal Centre, no dia 13 de março. Rodadas de Negócios, organizadas pelo Sebrae/RS, nos dias 11 e 12 de março, que visam aproximar as pequenas e médias empresas (sistemistas) dos grandes empreendimentos da região gerando oportunidades.
Além disso, a feira conta com diversos workshops temáticos. Um deles será no dia 13 de março, a partir das 9h, com o tema Energia Eólica: Presente e Futuro da Região, coordenado pela FURG e Prefeitura de Rio Grande.
Mais informações: www.polonavalrs.com.br
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

6-Investimentos alavancam economia do RJ
A pasta que gerencia a economia do Rio de Janeiro anda em alta. O motivo: elevou a participação no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O setor industrial do estado foi o maior do país, ao ser analisado com outras seis regiões. Um bom exemplo disso é que a renda na região metropolitana fluminense superou a de São Paulo, referência na área industrial do Brasil.
A economia do Rio alcançou um novo patamar no ambiente de negócios. O volume de investimento deu um salto de 67%. A consolidação da segurança pública, os grandes eventos esportivos, a ampliação do crédito para investimento em infraestrutura foram alguns dos motivos para a ampliação dos negócios no estado. Com recursos próprios ou de operações de crédito foi possível investir nos programas de pacificação, no Arco Metropolitano, nas UPAs, e na Linha 4 do metrô. Exemplos concretos e afirmativos em relação ao clima de negócios que mudou a cara do Rio de Janeiro. O boom de serviços atrai trabalhadores de todas as partes do Brasil, o que confirma uma mudança na atmosfera da capital fluminense. Uma referência clara é a movimentação na economia da cidade. O Rio recebeu quinze dos dezoito centros de pesquisa internacionais que se instalaram no país.
Uma das principais apostas do país, o pré-sal pode mudar o mapa da energia. E, neste contexto, o Rio está recebendo um volume cada vez maior de investimentos, com mais de três mil empregos gerados e a aplicação de R $ 3 bilhões em qualificação profissional e mão de obra especializada.
Fonte: Ascom Sedeis


II – COMENTÁRIOS

1- Produção da Petrobrás recua 2,4% em janeiro  
Ainda não foi em janeiro que a produção da Petrobrás, em queda há dois anos, começou a virada esperada para este ano. A estatal contabilizou uma redução de 2,4% no mês em relação a dezembro, enquanto conserta plataformas antigas e espera a entrada de novas unidades. Foram produzidos 1,917 milhão de barris por dia de óleo e líquido de gás natural (LGN).
Apesar da queda, as ações da empresa tiveram ontem um dia de recuperação, com alta de 1,05% no caso das preferenciais (PN) e de 1,73% nas ordinárias.
A meta de produção para este ano é de 2,076 milhões de barris por dia, em média 7,5% mais do que em 2013. Mas, com a redução sofrida em janeiro, o desafio para este ano sobe para uma alta de 8,2%. Cinco plataformas novas (P-58, P-62, P-61, Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba) estão programadas para começar a produzir em 2014, três ainda neste semestre.
Juntas, elas elevam o potencial de produção em mais de 500 mil barris por dia. No entanto, levarão até dois anos para atingir a capacidade máxima. Além disso, a água associada ao óleo entra na conta de volume.
Também ajudará na recuperação da companhia a volta ao funcionamento da plataforma P-20, no campo de Marlim, que deixou de produzir 22 mil barris por dia desde que sofreu um incêndio no sistema de produtos químicos, em dezembro. A parada terá impacto na produção de janeiro, fevereiro e março. Até o fim deste mês espera-se que a unidade volte à ativa.
Algumas das plataformas novas também já tiveram seu cronograma atrasado, como o caso da P-62, que também sofreu incêndio em janeiro e agora passa por reparos e finalizações em alto-mar. A nova previsão para iniciar os trabalhos no campo de Roncador é em abril. Ainda em março, está previsto o início da produção da P-58. Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba começam produção apenas no segundo semestre.
A redução da produção em janeiro ocorreu mesmo com mais um recorde de produção na área do pré-sal, que chegou a 412 mil barris por dia. Na média do mês, a província do pré-sal, nas bacias de Santos e Campos, atingiu 358 mil barris por dia, 13 mil a mais do que em dezembro de 2013. O motivo é a queda de produção na Bacia de Campos, responsável por 75% da produção nacional.
A estatal está investindo para aumentar a eficiência da bacia, onde a companhia já chega a produzir um barril de água para cada barril de óleo extraído. Em abril de 2012, a Petrobrás criou o programa de aumento da eficiência operacional (Proef). A meta era restaurar, até 2016, a eficiência operacional dos sistemas de produção mais antigos da Bacia de Campos aos níveis históricos de 90%. Quase dois anos depois, passou de 66% para 75%. A Petrobrás diz que o programa trouxe produção adicional de 63 mil barris por dia.
A produção de óleo e LGN no Brasil é a referência mais comumente usada pela Petrobrás. Mas a companhia também anunciou um recorde de produção em seus campos no Golfo do México, nos Estados Unidos. Cascade e Chinook atingiram 40 mil barris por dia.
Sabrina Valle
Fonte: O Estado de S. Paulo

2- Proposta susta normas que garantiram leilão para explorar gás
Está em análise na Câmara os Deputados o Projeto de Decreto Legislativo 1409/13, dos deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP), que susta normas do governo federal que garantiram a venda de blocos para exploração de gás natural e gás de xisto.
As normas que a proposta quer sustar são a Resolução 6/13, do Conselho Nacional de Política Energética; a Portaria 181/13, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e o Edital da 12ª Rodada de Licitações para a outorga dos contratos de concessão, ocorrida em novembro de 2013.
A ANP arrecadou na 12ª rodada R$ 165,2 milhões em bônus de assinatura de contratos de concessão. Dos 240 blocos ofertados, foram arrematados apenas 72 para exploração de gás em terra, distribuídos em sete bacias. A Petrobras levou a maioria (49) sozinha ou em consórcio.
A proposta será analisada pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para análise do Plenário.
Fonte: Agência Câmara

3- Rússia suspende envio de combustível para centrais nucleares da Europa
A Rússia suspendeu o envio de combustível destinado a centrais nucleares dos países do Leste da Europa por meio dos oleodutos instalados em território ucraniano, anunciou  o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin.
“Temos problemas em fazer o transporte de combustível através do território da Ucrânia para os nossos parceiros no Leste da Europa e já são registrados problemas relacionados ao abastecimento de combustível nas próprias centrais nucleares da Ucrânia”, assinalou Rogozin, em Moscou. Segundo ele, essas centrais nucleares só têm reservas de combustível para os meses de março e abril.
O vice-primeiro-ministro russo também anunciou que a Agência de Energia Atômica da Rússia (Rosatom) vai solicitar à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), em Viena, inspeções extraordinárias sobre as condições de segurança das centrais nucleares ucranianas.
Rogozin recordou que as centrais nucleares ucranianas são vigiadas por empresas de segurança privadas, por tropas do Ministério do Interior e pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, a antiga KGB do tempo da ex-União Soviética. “Sob o ponto de vista operacional, as centrais nucleares ucranianas funcionam com normalidade”, acrescentou.
Já a Ucrânia decidiu reforçar as medidas de segurança nas centrais nucleares devido à ameaça das tropas russas no seu território, disse o embaixador da Ucrânia em Viena, Ihor Prokopchuk, numa carta enviada à Aiea.
De acordo com o embaixador, as consequências do uso da força por parte da Rússia são "imprevisíveis", principalmente após os esforços do governo ucraniano "para estabelecer contatos bilaterais com o presidente russo" terem se revelado infrutíferos, conclui o responsável, pedindo a Yukiya Amano, diretor-geral da Aiea, para levantar urgentemente a questão junto às autoridades russas.
Fonte: Agência Brasil

4- Braskem registra aumento no pedido de patentes
A Braskem fechou o ano de 2013 com o depósito de 112 pedidos de patentes, um aumento de quase 80% em comparação ao ano anterior. Com isto, a empresa atingiu 764 documentos no Brasil e no exterior nas áreas de biotecnologia, química verde, química a partir da nafta e outros setores.
A importância da química sustentável para a Braskem é refletida no fato que aproximadamente 15% do total de documentos de patentes serem relacionados aos derivados de matéria-prima renovável. Recentemente a Braskem foi listada entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Campany. Única brasileira a entrar no ranking, a companhia ganhou destaque pelo trabalho de pesquisa em produtos de origem renovável, como o Plástico Verde.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

Nenhum comentário:

Postar um comentário