sábado, 23 de julho de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 43

I-NOTÍCIAS

1-HRT anuncia acordo de compra de ações com a Vienna Investments
Fonte: Redação TN Petróleo
A HRT África e a Vienna Investments estabeleceram os termos e condições para a aquisição, pela HRT África, de participações da Vienna na Limpet, na Harmony Energy e na Acarus Investments.
O preço da aquisição das participações acionárias é de 30 milhões de dólares. O valor será pago mediante a efetiva transferência das participações acionárias para a HRT África. Pelo acordo, a companhia poderá comprar 50% do capital social da Limpet; 50% do capital social da Harmony Energy e 56% do capital social da Acarus Investments.
A Limpet detém ações representativas de 10% do capital social da Orange Petroleum que, por sua vez, detém 100% dos direitos de exploração de petróleo e gás nos blocos 2815, 2816 e 2915.
A Harmony é detentora de ações representativas de 10% do capital social da Kunene Energy, que detém 100% dos direitos de exploração de petróleo e gás nos blocos 2713A e 2713B e 3% dos direitos de exploração de petróleo e gás nos blocos 1711A e 1711B, enquanto a Acarus detém 20% dos direitos de exploração de petróleo e gás nos blocos 2813A, 2814B e 2914A, todos localizados na costa da Namíbia.
Por meio de sua subsidiária integral HRT Canada, a HRT detém indiretamente ações representativas de 90% dos capitais sociais da Orange e da Kunene.

2-Petrobras Biocombustível adquire 50% de usina da BSBios no Rio Grande do Sul
Fonte: Jornal do Commercio
A Petrobras Biocombustível e a BSBios Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil constituíram uma sociedade, com participação paritária, para atuar na produção de biocombustíveis no Sul do Brasil. As duas empresas já operam, em parceria, a usina de biodiesel em Marialva (PR) e agora, passam a atuar também na unidade de Passo Fundo (RS).
Com a sociedade, as empresas passam a compartilhar a operação de um complexo industrial com capacidade produtiva total de 300 milhões de litros/ano de biodiesel. A parceria ampliará as possibilidades de investimentos na produção de biodiesel e etanol na região Sul.
A unidade gaúcha tem capacidade de produção de 160 milhões de litros de biodiesel/ano e unidade de extração de óleos vegetais. O empreendimento, em operação desde 2007, gera 289 postos de trabalho diretos e mais de 800 indiretos.
A usina também gera trabalho e renda no campo. Cerca de dez mil agricultores familiares, produtores de soja e canola nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, fornecem matéria-prima para a produção de biodiesel na unidade de Passo Fundo.
Para o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, a atuação na região Sul é estratégica pela grande produção de oleaginosas, com presença significativa da agricultura familiar, e por permitir uma logística mais eficiente no atendimento aos mercados do Sul e Sudeste do país.
"Nossa presença no Rio Grande do Sul faz parte de uma estratégia de nacionalização da produção. Operamos agora cinco usinas, duas no Nordeste, uma no norte de Minas Gerais, uma no Paraná já em parceria com a BSBIOS e agora na unidade em Passo Fundo", comenta o presidente sobre o parque de produção de biodiesel da empresa, que passa a contar com capacidade total de produção de cerca de 710 milhões de litros de biodiesel/ano.
De acordo com o diretor presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, essa segunda parceria é o reconhecimento do trabalho executado pela empresa. "É com satisfação que aliamos as competências de gestão, produção, credibilidade e qualidade já reconhecidas pelo mercado. Trabalhamos para o desenvolvimento de biocombustíveis no país, tendo como foco o biodiesel, e esse com certeza é mais um importante passo nessa direção", destaca Battistella.

3-Congo tenta atrair interesse da Petrobras e Chevron
Fonte: Valor Econômico
A Petrobras e a Chevron estão em conversas com a República Democrática do Congo sobre investimentos na indústria de hidrocarbonetos do país, disse o ministro de petróleo do Congo, Celestin Mbuyu.
O país africano quer aumentar sua produção de petróleo e gás e ampliar sua infraestrutura. Para isso está alocando blocos das companhias para exploração. Representantes da Petrobras vão visitar o Congo nas próximas semanas. "Vamos elaborar uma proposta que eu vou apresentar ao governo", disse Mbuyu em entrevista em Kinshasa, capital do país, no último dia 15. O acordo deve incluir treinamento e transferência de tecnologia entre a companhia brasileira e a Cohydro, produtora de petróleo controlada pelo governo do Congo, disse ele.
O ministro liderou delegação que esteve no Brasil no mês passado, quando a Petrobras compartilhou experiências com operações de petróleo e gás "em florestas tropicais e regiões costeiras", disse a assessoria de imprensa da companhia por e-mail, em resposta a questionamentos. O Congo abriga a segunda maior floresta tropical do mundo, depois do Brasil, e parte dela foi dividida em blocos para exploração de petróleo. A Petrobras não quis comentar sobre conversas em andamento com o Congo.
O país também está em conversas com a americana Chevron sobre produção de gás e planos de tratamento que podem alimentar os projetos da companhia no país vizinho, a Angola. A Cohydro quer fechar um acordo de cooperação com a Petrobras após assinar um acordo similar em 7 de julho com a Korea National Oil Corp.
O Congo produz cerca de 25 mil barris de petróleo por dia e quer aumentar esse volume explorando regiões próximas à fronteira com a Tanzânia, Burundi, Ruanda e Uganda, bem como no centro do país e próximo à fronteira a oeste com a Angola. O país busca investimentos em exploração, oleodutos, distribuição e armazenamento.

4-HRT conclui sísmica 3D na Namíbia
Fonte: Redação TN Petróleo
A HRT anunciou a conclusão do programa de aquisição sísmica 3D em 5.278 km² nos blocos offshore 2112B e 2212A da HRT na Bacia de Walvis. Este levantamento sísmico foi conduzido pelo Navio Naila da Polarcus - empresa com quem a HRT assinou dois contratos de aquisição sísmica em janeiro de 2011.
A aquisição sísmica 3D é importante pois permite ter uma visão detalhada das sequências rifte e drifte, passo crucial para o amadurecimento dos prospectos e dos leads ao estágio de perfuração. Este programa antecipou consideravelmente o compromisso exploratório de 200 km² de sísmica 3D, previsto anteriormente para junho de 2013, nos blocos onde a HRT detém 100% de participação exploratória. O programa é o maior já realizado no offshore da Namíbia e cobre mais de 45% da área.
O Ministro de Minas e Energia da República da Namíbia estendeu o primeiro período exploratório nestes blocos de três para cinco anos, o que significa que o primeiro período exploratório (Petroleum Exploration License no 0023) agora encerrará em 6 de junho de 2013, já tendo satisfeito todos os requisitos do programa de trabalho.
Os blocos 2112B e 2212A são contíguos e abrangem uma área de 11.592 km² (2.864.446 acres), localizados imediatamente a oeste da Baia de Walvis com lâminas d’água (LDA) entre 300 e 1.400 m em uma região conhecida do ponto de vista geológico como Bacia Sedimentar de Walvis.

5-Percentual de produto de agricultura familiar em biodiesel pode aumentar
O governo brasileiro estuda aumentar a porcentagem de matéria-prima que os produtores de biodiesel precisam comprar dos agricultores familiares para obter o Selo Combustível Social.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pretende finalizar as discussões em torno do assunto em até 60 dias, após ouvir todos os interessados: produtores, técnicos do governo, revendedores, trabalhadores, agricultores e movimentos sociais.
O selo é concedido pelo ministério aos produtores de biodiesel que compram, de agricultores familiares, uma porcentagem pré-estabelecida do total que varia conforme a região: é de 30% no Nordeste, Sudeste e Sul e de 15% no Norte e Centro-Oeste. Os agricultores familiares estão reivindicando uma elevação desses percentuais, enquanto as empresas produtoras gostariam de diminuí-los. Hoje, no Brasil, apenas 34 empresas têm o selo.
"Ainda existem muitos questionamentos de produtores, cooperativas e governo. Queremos conversar com todos para não sermos criticados mais para frente", disse o Coordenador Geral de Biocombustíveis e Comercialização do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marco Antonio Viana Leite. "Não vamos agradar todo mundo, mas queremos fazer a atualização da melhor forma possível para não sermos questionados no futuro".
As principais vantagens da certificação são o acesso a descontos nas alíquotas de PIS/PASEP e COFINS, melhores condições de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e demais instituições financeiras credenciadas, além de benefícios em leilões de biodiesel.
Os leilões para comercialização de biodiesel reservam 80% do total para ofertar exclusivamente aos produtores que têm o Selo Combustível Social. Os 20% restantes são divididos entre quem não possui o selo, mas os certificados também podem participar. As mudanças podem aumentar a produção de matérias-primas alternativas à soja, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e no Semiárido.
Fonte: Valor Econômico

6-Gigante japonesa expande negócios no Brasil.
A JX Nippon Oil & Energy do Brazil Comércio de Lubrificantes Ltda., estabelecida em São Paulo desde 2009, prevê aumento nos negócios com a contratação de nova Gerente Senior na área de Desenvolvimento de Negócios e Marketing, Simone Hashizume, que traz uma experiência de mais de 20 anos no mercado de lubrificantes.
A formação da empresa começou em 1999, com uma fusão entre a Nippon Oil e a Mitsubishi Oil, formando a Nippon Mitsubishi Oil, voltando em 2002 a chamar-se apenas Nippon Oil. A partir de 2010, fundiu-se com a Japan Energy criando então a JX Nippon Oil & Energy, que ocupa o 1º lugar em vendas no Japão, com uma participação de 34% no mercado de combustíveis e um faturamento de US$80 bilhões.
No setor de lubrificantes apresenta números de vendas globais em torno de 1,9 milhões de metros cúbicos por ano, e tem planos interessantes para o Brasil com a contratação da experiente Simone Hashizume.

7-Tonon Bioenergia expande geração de energia
Fonte: Redação TN Petroleo
Depois de admitir um novo sócio (FIP DGF Terra Viva) e reestruturar sua administração, a Tonon Bioenergia já começa a colher os frutos. Teve um primeiro trimestre de safra com lucro acima do orçado e fechou uma parceria na cogeração de energia elétrica para expandir sua unidade do Mato Grosso do Sul.
A companhia tem duas usinas: Santa Cândida, em Bocaina/SP, e Vista Alegre, em Maracaju/MS. Juntas, têm capacidade para produzir 270 mil toneladas de açúcar, 230 milhões de litros de etanol e 2,3 mil toneladas de levedura. Além disso, a companhia exporta cerca de 50 mw de energia renovável e limpa, proveniente da queima do bagaço da cana.


II- COMENTÁRIOS

1-Como participar do mercado elétrico
Recentemente, participamos de um evento técnico na área de caldeiras, turbo geradores e demais áreas ligadas a geração de energiado sucroenergético.
Foi uma grande surpresa constatar como o mercado tem reagido de forma vigorosa a desenvolver equipamentos com tecnologias mais avançadas visando o aproveitamento da palha, demonstrando que o potencial gerador do setor cresceu significativamente.
Vejam os dados baseados na situação atual e futura. O potencial existente com a atual produção de cana indica 14.285 MW, para uma potencia instalada de 6.011 MW, mostrando uma capacidade potencial de geração de 8.274 MW.
Agora se considerarmos a projeção, mais conservadora para abastecer o mercado de etanol e açúcar em 2020, há a necessidade de uma produção de 1.050 milhões de toneladas de cana, portanto um crescimento de 100%, em relação a atual produção de 540 milhões de toneladas de cana prevista para esta safra. Daí, concluímos que teremos um aumento na oferta do combustível bagaço da mesma ordem e se considerarmos o desenvolvimento de novas tecnologias para a possibilidade do aproveitamento de pelo menos 50% da palha, podemos concluir que a oferta de combustível crescerá pelo menos 150% no período.
Dados recentes divulgados pela CONAB, mostram que apenas 29% das usinas do Centro Sul vendem energia elétrica. Com moagem acima de 4 milhões de toneladas, tem mais de 76% já gerando energia excedente, enquanto esse percentual cai para menos de 70%, em usinas até 3 milhões e despenca nas usinas abaixo de 2 milhões, chegando a 18% nas abaixo de 1 milhão de tonelada safra.
As explicações são mais ou menos óbvias, as grandes pertencem a grupos econômicos fortes, acionistas externos desejam que se invista em geração, muitas são "greenfields" e vão ter escalas econômicas, e não tem grandes restrições de recursos financeiros, seja via crédito ou outras fontes de recursos.
As menores são "brownfields", com orçamento de retrofit, com problemas de escala em muitos casos para dar viabilidade econômica e com maiores restrições de crédito, em função das dificuldades causadas pela volatilidade dos preços baixos doetanol, até algumas safras atrás e ainda com a dificuldade de investir no crescimento da moagem de cana.
Mas, o desenvolvimento tecnológico aliado a recuperação dos preços do etanol e açúcar e a tendência de crescimento da produção de cana, mostram que o potencial de geração da bioeletricidade também cresce, aceleradamente, inclusive modificando a escala de viabilização de um projeto de bioeletricidade, com a possibilidade de aproveitamento da palha.
Agora é importante para qualquer usina, mesmo aquela que não está gerando, começar a colocar foco no assunto, pois nossa experiência tem mostrado que grande parte da dificuldade dessas usinas, advém da total falta de conhecimento das regras do setor elétrico.
O mercado tem ofertado projetos térmicos com caldeiras de alta pressão como opção para a entrada no mercado de energiaelétrica e isto acaba assustando um pouco as usinas menores, pois na sua grande maioria começam a achar que a única alternativa para entrar nesse mercado é fazer uma parceria e muitas vezes deixam de lado essa oportunidade.
Sem dúvida parceria é uma possibilidade, porém é preciso entender que há outras formas para se concretizar a entrada no mercado elétrico. Pode ser implantando de uma só vez uma planta grande ou implantando por etapas até chegar na térmica com caldeira de alta pressão, e paralelamente crescendo a moagem de cana. Mas, é fundamental para uma boa tomada de decisão, o conhecimento das regras do setor elétrico, principalmente na área de comercialização e também a cultura desse novo setor em relação aos investimentos.
Finalmente, o Plano Decenal apresentado pela EPE, para discussão, mostra a necessidade de se aumentar a oferta até 2020 , dos atuais 111.000 MW para 171.000 MW de potência instalada, no país, ou seja um crescimento da ordem de 54%.
Trata-se de uma grande oportunidade, para uma fonte de energia renovável, limpa, próxima dos grandes centros de carga e com vários outros atributos positivos e cuja oferta de combustível biomassa, está crescendo no período 150% , podendo aumentar significativamente, a sua participação no total da energia gerada no país.
Onório Kitayama
Diretor Nascon Agroenergia

2-Renováveis representam metade da matriz energética do país
Fonte: Redação TN Petróleo
No último ano a parcela de energias renováveis no país foi de 46%, bastante superior à média global, de 12,9%. As renováveis incluem a participação de hidrelétricas e produtos da cana-de-açúcar, como o etanol e o bagaço, além do carvão vegetal e a lenha.
De acordo com relatório do IPEA, a dependência do petróleo na matriz energética continuará forte até 2030. A energia gerada a partir desta fonte não renovável deverá responder por pelo menos um terço do total nos próximos 20 anos. A análise do Ipea também indica uma redução "pequena" no percentual de participação de fontes renováveis até 2030, sobretudo considerando a diminuição da fonte hídrica, mesmo com a construção de novas hidrelétricas, e o aumento da capacidade a partir de usinas térmicas.
As novas tecnologias impostas à geração de energias limpas e as oportunidades de negócios que se apresentam nesta área são alguns dos tópicos que serão debatidos durante o 6º Congresso Internacional de Bioenergia. O evento, que acontece no Centro de Eventos da FIEP, em Curitiba, no período de 16 a 19 de agosto, promete discutir temas vitais a toda a sociedade. A promoção é da FIEP, Senai e Remade, com apoio da UFPR e Tecpar.
Em quatro dias de evento serão quase cem palestrantes, incluindo apresentações orais de trabalhos técnicos. Entre os destaques confirmados está a presença de Gustav Melin, presidente da Associação Européia de Industrias e Biomassa, entidade que reúne mais de 4.000 empresas e centros de pesquisas ligados a energias renováveis de 30 países.
Devido a grande temática do setor, o evento está sendo complementado com o Seminário de Atualização no Uso de Biomassa para Geração de Energias, coordenado pela Associação Brasileira das Industrias de Biomassa, na Rodada de Negócios Universidade Empresa, coordenado pelo Observatório FIEP-SENAI-SESI, e o Seminário da Cadeia Produtiva do Biodiesel, coordenado pelo Tecpar.
A 4ª BioTech Fair acontece no mesmo período e irá reunir empresas ligadas a produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas a energias renováveis. O maior ônibus produzido no mundo, com 28 metros de comprimento e utilizando combustível renovável, estará exposto durante o período da Feira.

Serviço:
Eventos: VI Congresso Internacional de Bioenergia e IV BioTech Fair 2011 - Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível
Local: Centro de Eventos FIEP - Curitiba - PR
Data: 16, 17, 18 e 19 de agosto de 2011
Informações: www.bioenergia.net.br contato@bioenergia.net.br
Fone:.+55 (41) 3363-4485
Organização: Porthus Eventos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 42

I – NOTÍCIAS

1-País tem de reverter deficit no setor de petróleo até 2020
Apesar da apregoada autossuficiência nacional no abastecimento de petróleo -o superávit comercial em 2010 foi de US$ 6,05 bilhões-, o país continua com deficit na balança comercial do setor.
A despeito de o volume de exportação de petróleo ter superado o de importação desde 2006, rompendo com o padrão observado até então, houve expressiva expansão da importação de derivados.
Com isso, no ano passado, a despeito do desempenho da conta de petróleo, o saldo comercial do setor foi negativo em US$ 7,06 bilhões, devido ao deficit de US$ 13,12 bilhões na conta de derivados.
Vale notar que, nos últimos anos, esse saldo negativo só não foi maior por conta do aumento da produção nacional deetanol, que supriu parte significativa do aumento do consumo de combustíveis no período.
A persistência de deficit no setor pode, em princípio, parecer surpreendente frente à alta de 68% da produção nacional de petróleo nos últimos dez anos. Contudo, deve-se considerar que, a despeito da autossuficiência, cerca de 20% do petróleo utilizado no país é importado, visando a formulação de "blends" que atendam a especificações das refinarias nacionais.
Ocorre que o produto importado é mais valorizado que o exportado pelo país, de forma que, apesar do maior volume de exportações desde 2006, quando se consideram as receitas, o país só veio a ser superavitário em 2009.
Outro fator importante é que o crescimento da economia brasileira vem ampliando a demanda por derivados, que não tem sido acompanhada pela expansão da capacidade de produção. Com isso, os aumentos no consumo passaram a ser atendidos através do maior volume de importações.
Desde 1980, com a inauguração da refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos (SP), nenhuma capacidade expressiva de refino foi adicionada, sendo feitos investimentos apenas em pequenas ampliações das refinarias existentes durante a década de 1990.
No entanto, a maturação de uma série de investimentos, que implicarão expansões significativas na produção doméstica de petróleo e derivados, deve alterar esse cenário.
A perspectiva é que, até 2020, a balança comercial do setor deixe de registrar deficit expressivos. No período, a produção nacional de petróleo deverá praticamente dobrar, levando o país a figurar entre os sete maiores produtores mundiais, ao passo que a capacidade de refino deverá aumentar pelo menos 22%, considerando a construção da refinaria Abreu e Lima (PE) e Comperj (RJ).
Por fim, e não menos importante, deve-se considerar que a qualidade média do petróleo nacional deverá melhorar, conforme se amplie a produção nas áreas da camada pré-sal.
Fonte: Valor Econômico

2-Petrobras investirá US$ 1,2 bilhões em eficiência energética
A Petrobras investirá US$ 1,2 bilhão em projetos de eficiência energética, incluindo pesquisa e desenvolvimento na área. O número foi apresentado durante workshop internacional promovido no início da semana, no Rio de Janeiro, pela estatal e pelo Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia, sobre o papel dos combustíveis fósseis na economia de baixo carbono.
Conforme nota da Petrobras, a gerente geral de Eficiência Energética e Emissões Atmosféricas da companhia, Beatriz Espinosa, falou sobre as iniciativas da estatal para mitigação das mudanças climáticas e apresentou as novas metas da Petrobras para reduzir sua intensidade de emissões.
"A previsão é de que a Petrobras dobre sua produção até 2020. Pensando nisso, a companhia estabeleceu objetivos voluntários para reduzir sua curva de crescimento de emissões e, em 2010, definiu o compromisso de maximizar sua eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de suas operações", disse Beatriz, no comunicado.
Ainda de acordo com a nota, a Petrobras estabeleceu como metas para 2015 reduzir a intensidade energética nas operações de refino e na operação das usinas termelétricas em 10% e 5%, respectivamente; diminuir em 65% a intensidade da queima de gás natural e em tocha nas operações de exploração e produção; e reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa nas operações de exploração e produção, de refino e na operação das usinas termelétricas em 15%, 8% e 5%, respectivamente.
Durante o evento, também foram apresentados os projetos da Petrobras na área de captura, transporte e armazenamento de carbono (CCS - Carbon Capture Storage). O executivo da área de Exploração & Produção (Pré-sal), Alberto Sampaio, falou sobre o uso das tecnologias de CCS no desenvolvimento do polo pré-sal na Bacia de Santos, e o coordenador do programa de pesquisa Pro-CO2 da Petrobras, Paulo Rocha, apresentou os desafios tecnológicos da indústria de óleo e gás apropriados à economia de baixo carbono.
Também participaram do workshop o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, e o secretário para combustíveis fósseis do Departamento de Energia dos Estados Unidos, Charles McConnell.
Fonte:AE - Agencia Estado

3-Submarinos Nucleares
Com a presença da presidente Dilma Rousseff, se iniciará no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, a construção dos submarinos convencionais (S-BR) da classe Scorpène, de tecnologia francesa, no Brasil. A iniciativa faz parte do Acordo Estratégico Brasil-França que originou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil.
A fabricação dos S-BR, como são chamados os quatro submarinos convencionais incluídos no PROSUB, representa o primeiro passo para a construção do submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) – marco maior do programa, firmado entre o Brasil e a França, no fim de 2008.
O submarino movido a energia nuclear é desenvolvido com tecnologia altamente sensível, dominada por um seleto grupo de países. Atualmente, apenas China, Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Rússia detêm esse domínio tecnológico. Com a construção, o Brasil passará a integrar essa lista, já que o SN-BR terá reator nuclear e propulsão desenvolvidos pelo próprio país.
Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino com propulsão nuclear tem vantagens táticas e estratégicas significativas. Com enorme autonomia, pode desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, aumentando sua mobilidade e permitindo a patrulha de áreas mais amplas no oceano.
O modelo é considerado também extremamente seguro e de difícil detecção. arte dos equipamentos desenvolvidos para os quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, poderá ser aproveitada no submarino de propulsão nuclear brasileiro, que será fabricado com os mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos junto aos franceses.
Fonte: Portos & Navios

4-WIRE COMM, Empresa Brasileira, se Internacionaliza
A WIRE COMM efetivou contratos em Angola, que pode servir como ponto de contato para os seus serviços de Gerenciamento de TI. Seu objetivo é proporcionar um fácil acesso aos recursos que sua empresa necessita, para implementar novos modelos de negócios, gerenciar o crescimento e mudanças.
Fundada em 1998 a empresa soma experiência em desenvolvimento de Projetos, Implantação de Sistemas, Redes para Informática, Automação, Data Centers e Telecomunicações;
Acompanhou as transformações do mercado, ganhou abrangência e se tornou Grupo WIRE COMM, atuando na automação de Sondas de Perfuração, Plataformas de Produção e Refinarias, entre outros serviços;
Hoje conta com mais de 50 colaboradores, treinados e certificados prestando serviços em diferentes áreas ligadas à TIC;
Quais são os principais serviços da WIRE COMM:
• Gerenciamento da Infra-estrutura
• Gerenciamento de Service Desk (solução remota e local)
• Gerenciamento de Distribuição de Software
• Suporte a Hardware e Software
• Inventário, Gestão de Ativos e Gestão de Mudanças (IMAC)
• Suporte especializado - 1º, 2º e 3º nível, Core Team, Controle de padrões, Site Administrator, Consultoria.

5-ANEEL autoriza Petrobras assumir termoelétrica de Cuiabá
Mais uma etapa para o retorno das atividades da Usina Governador Mário Covas (Térmica de Cuiabá) está finalizada, com o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Empresa Pantanal Energia (EPE) repasse o comando da unidade à Petrobras. A partir de agora, a reativação da planta depende da homologação da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), ligado ao Ministério de Hidrocarbonetos, para envio de gás natural à térmica.
Com a aprovação da Aneel, a EPE transfere à Petrobras a responsabilidade sobre o fornecimento de gás natural, geração e comercialização da energia produzida pela térmica. No começo de 2010, a estatal brasileira concordou em enviar parte do insumo que compra na Bolívia para Mato Grosso e em seguida também aceitou atuar no lugar da EPE. Com esta possibilidade, a Bolívia passou a sinalizar positivamente para a retomada da térmica.
De acordo com o presidente da EPE, Fábio Garcia, a partir de agora a companhia é a titular da usina por tempo indeterminado. "Cumprimos a mais importante das etapas no Brasil. Agora é só esperar a assinatura da diretoria da YPFB para que recomecem a enviar gás para o funcionamento da térmica de Cuiabá".
Segundo Fábio Garcia, a expectativa é de que antes do fim do ano a usina volte a gerar energia. São 480 megawatts (MW) produzidos em baixa tensão, cuja carga estará interligada ao Sistema Integrado Nacional (SIN).
Fonte:A Gazeta

6-Expansão industrial no RJ gera maior procura por cursos de QSMS
Fonte: Redação TN Petroleo
Com a aprovação de leis ambientais mais rigorosas para as indústrias e a expansão deste setor no Rio de Janeiro, profissionais de diversas áreas procuram cada vez mais especializações no setor de qualidade. "A preocupação em aumentar o nível de qualidade da produção e adequá-la às normas ambientais e trabalhistas vigentes é constante. Para isso foi criado tal sistema de gestão integrada", explica o presidente da Fundação de Apoio ao Cefet, professor Raul Rousso.
No Rio, a Funcefet é uma das duas instituições de ensino que oferecem o curso.
De acordo com dados da Funcefet, profissionais como engenheiros, advogados, médicos, químicos e biólogos têm procurado a especialização em qualidade, segurança, meio ambiente e saúde (QSMS), principalmente por causa da expansão do pólo petrolífero de Macaé, a instalação do Comperj em Itaboraí e do setor siderúrgico em Sepetiba.
De acordo com Rousso, ter o certificado abre muitas portas para quem deseja um emprego nestes setores industriais que têm atividades poluidoras, como o petrolífero, químico e energético. Ainda de acordo com ele, os profissionais também devem se preparar para a realização da Copa e das Olimpíadas no Rio de Janeiro. “Os eventos esportivos vão impulsionar ainda mais a atividade econômica e vão exigir das empresas o cumprimento das leis ambientais e trabalhistas. Ter o certificado só aumenta as chances de ser contratado”.
Funcefet: Rua Professor Gabizo, 367, Maracanã
Telefone: (21) 3872-5502
Site: www.funcefet.com.br


II- COMENTÁRIOS

1-Tragédia anunciada na cana: é preciso plano de investimento
A produção de cana na safra 2011/12 está 30% menor que a da safra passada, que já foi insuficiente para as necessidades do país.
Os anos de crise, que levaram à descapitalização dos produtores, trouxeram envelhecimento e redução nos tratos culturais dos canaviais.
O excesso das "águas de março" causou ataque do fungo curvularia em duas importantes variedades e atrasou o plantio, podendo comprometer o próximo ano. Além disso, o canavial foi atingido por geada em junho.
É provável uma quebra de mais de 10% em relação à safra passada. Paralelamente, as montadoras colocam mais três milhões de carros flex em 2011, e a China suga o açúcar brasileiro.
Está armado um cenário trágico para o fim do ano, com preços elevados (em plena safra, o preço do etanol é o mais alto dos últimos dez anos, e o açúcar também deve subir).
Além disso, haverá a necessidade de importar gasolina e etanol dos EUA e a redução da mistura de anidro na gasolina para 18%, nociva ao meio ambiente e à produção renovável do Brasil.
Apesar da necessidade de pelo menos 60 novas usinas de 3 milhões de toneladas de cana (um investimento de US$ 26 bilhões) até a Copa, apenas para atender o mercado de hidratado (cenário conservador), importantes empresas do setor de bens de capital relataram que investimentos nos ´greenfields´ estão absolutamente parados.
O país necessita de um projeto especial de investimentos baseado nas seguintes ações:
a) definição de locais estratégicos para receber estas novas unidades, promovendo o desenvolvimento, o empreendedorismo e a diversificação regional (em áreas de pastagens degradadas);
b) definir uma arquitetura financeira na qual a Petrobras, invista e possa ter de 20% a 30% do capital de cada unidade, o BNDES faça aportes e grupos privados nacionais e principalmente internacionais (tradings e petroleiras), motivados por essa arquitetura financeira, tragam investimentos e tenham controle acionário dessas unidades novas;
c) encomendar imediatamente esse pacote de usinas ao setor de bens de capital em regime diferenciado de impostos, um real estímulo a um setor que sofre processo de desindustrialização devido à falta de políticas industriais que compensem o câmbio, os elevados juros e o aumento de custos;
d) desenvolver e capacitar redes de fornecedores de cana nessas regiões, integrados a essas usinas. São ao menos dois anos para que entrem em funcionamento, e esse pacote trará retorno garantido.
O BNDES precisa aumentar seus aportes. Apenas como comparação, o contestado recurso oferecido na proposta de fusão de duas grandes redes de supermercados daria para financiar 50% de pelo menos 15 usinas de 3 milhões de toneladas, beneficiando a sociedade brasileira na geração de energia, renda, 6.000 empregos, impostos e interiorização de desenvolvimento.
A falta de cana representa hoje uma perda de renda de mais R$ 20 bilhões se os produtos aí estivessem para abastecer os mercados, colaborando para o controle da inflação e o saldo comercial. Será também um grande problema pela frente, uma tragédia amplamente anunciada.
Texto originalmente publicado na Folha de S. Paulo, em 09/07/2011
Marcos Fava Neves
Professor titular de planejamento na FEA/USP no campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat

2-Siemens entra em nova fase, sem perder a obsessão pela inovação
A Siemens realiza os ajustes finais para colocar em operação, a partir de 1º de outubro, o seu novo setor de negócios, que será chamado "Cidades e Infraestrutura". Anunciado em março, ele é um desdobramento da megarreestruturação global iniciada em 2007 pela multinacional alemã, que voltou o seu foco para negócios capazes de atender as demandas da sociedade nas próximas quatro décadas.
O novo setor dará profundidade à orientação de sustentabilidade que a cúpula da Siemens começou a imprimir ao grupo, e é também uma resposta à rápida expansão da demanda internacional por tecnologias "verdes".
Com a nova estrutura, boa parte desse portfólio hoje espalhado pelos três setores da empresa (Energia, Indústria e Saúde) migrará para o Cidades e Infraestrutura. Para ele irão 81 mil dos 100 mil funcionários envolvidos com a produção de centenas de itens "verdes", abrangendo desde soluções para mobilidade urbana até "smart grid", o sistema inteligente de distribuição de energia que moldará as cidades no futuro. Ficarão de fora somente as tecnologias para energia eólica e solar, que permanecerão sob o setor de Energia da Siemens.
"Nosso portfólio 'verde' é um motor de crescimento significativo, por isso esse novo setor será um forte pilar da organização", afirmou o presidente mundial da Siemens, Peter Löscher, durante entrevista exclusiva concedida ao Valor antes do anúncio do sétimo centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do grupo no Brasil.
Como se sabe, ninguém rasga dinheiro no andar de cima das corporações. O Cidades e Infraestrutura chegará ao mercado em outubro já respondendo a 27,6% do faturamento total do grupo. Foram € 21 bilhões dos € 76 bilhões registrados no ano fiscal de 2010, encerrado em 31 de setembro. Quando incluídas as tecnologias de energia eólica e solar, a soma sobe para € 27,6 bilhões, cifra comemorada internamente por ter batido a meta de € 25 bilhões prevista apenas para 2011.
Com olhos azuis austríacos e sobrancelhas expressivas, Löscher parece sorrir com a metade de cima do rosto. Ele não esconde a satisfação de ver a gigante mundial de engenharia, que assumiu há pouco mais de três anos, mostrar a cara. Com ampla experiência no setor farmacêutico e na arquirrival General Electric (GE), o principal executivo trouxe na bagagem uma agressividade nos negócios e exposição de resultados com as quais muitos na Siemens não estavam acostumados. Löscher desembarcou na sede em Munique pedindo pressa a seus subordinados. No recado transmitido aos 197 países onde a companhia atua isso foi repassado assim: "Speed, speed, speed".
"E continuo falando isso", diz Löscher. "Colocamos € 4 bilhões em pesquisa todo ano. A cada dia temos 42 novas patentes no mundo. Se você me perguntar o que tira o meu sono à noite é a acomodação. Tenho de fazer com que o espírito de inovação continue vivo. Eu nunca estou satisfeito", completa.
No mundo dos negócios, encarar o jogo como ganho pode ser um erro fatal. Concorrência séria, afinal, nunca dorme. O exemplo mais recente foi o anúncio de investimento de US$ 50 milhões no novo centro de P&D da empresa, com foco em petróleo e gás, na Ilha do Fundão, no Rio, mesmo local onde a americana GE investirá US$ 150 milhões em centro similar que deverá estar pronto em 2013. No horizonte de três a cinco anos, as duas múltis pretendem investir individualmente no país de US$ 550 milhões a US$ 600 milhões, seja em pesquisa ou na ampliação de fábricas.
Essas apostas no Brasil se justificam pelo desempenho fora da curva do país nos últimos anos. Enquanto as grandes economias chafurdavam em contas vermelhas, os emergentes - notadamente China, Índia e Brasil - passavam bem, obrigado. Segundo projeções, essas economias deverão crescer a um ritmo três vezes mais rápido que os desenvolvidos ao longo de 20 anos.
"Só no Brasil estamos dobrando os investimentos, e não estamos fazendo isso para todos os países", diz Löscher. Em 2010, um terço do faturamento total da empresa veio desses mercados.
Mais que crescer, o que os emergentes terão num futuro breve serão megacidades, com todos os desafios que as aglomerações pressupõem. Por definição, trata-se de manchas humanas com mais de 10 milhões de habitantes. Hoje, existem 21 delas no mundo. Até 2025 serão 29.
A guinada da Siemens para a sustentabilidade, finalizada com a chegada do executivo à companhia, foi estrategicamente estudada para atender a esse planeta superpovoado e, dessa forma, garantir a sobrevivência da empresa. A criação do quarto setor, de Cidades e Infraestrutura, é o desdobramento natural para dinamizar os negócios nessa área.
Está tudo na ponta do lápis, mercados e necessidades. As cidades cobrem apenas 1% do planeta, mas absorvem 75% da energia consumida. Representam também 80% dos gases-estufa jogados na atmosfera. Em 2015, dois bilhões de pessoas enfrentarão problemas com água. Outros 3 bilhões continuarão sem acesso a facilidades sanitárias. Löscher está atento e tem mostrado isso. Das 58 mil patentes da companhia alemã, 18 mil podem ser encaixadas no conceito "verde".
De 2007 para cá, vendeu tudo o que não estava estritamente ligado a essas tendências mundiais. O serviço de telefonia móvel é um exemplo. O novo foco - o "core business" - são soluções para mobilidade urbana e energia, mas também para a saúde, no contexto de mais gente e longevidade no mundo. Entre vendas e aquisições, a Siemens firmou-se nas primeiras posições em tudo o que faz, diz Löscher.
Segundo o executivo, equipamentos e sistemas Siemens geram 50% da energia atualmente no Brasil, 30% dos diagnósticos por imagem em hospitais e laboratórios são realizados por máquinas Siemens e dois terços das plataformas brasileiras de petróleo offshore têm a chancela alemã. Em 2012, a empresa pretende operar sua primeira fábrica de aerogeradores para turbinas eólicas no Nordeste (investimento e local ainda não revelados) e ainda flerta com energia solar.
Com a meta de atingir o faturamento de € 100 bilhões "nos próximos anos", esses mercados são cruciais. "Estou otimista", diz ele.
Valor Online

3-Petrobras Biocombustível completa três anos com capacidade de produção dez vezes maior
Fonte: Agência Petrobras
Em três anos de atividades, completados nesta sexta-feira (15), a Petrobras Biocombustível aumentou em dez vezes sua capacidade de produção. Passou de 170 milhões litros/ano de biodiesel, em 2008, para 1,7 bilhão de litros/ano em biodiesel e etanol.
No biodiesel, a empresa atingiu a capacidade de 720 milhões de litros/ano a partir da recente aquisição de 50% de usina em Passo Fundo (RS). Com esse movimento, mais a usina de Marialva (PR), constituiu uma única empresa para atuação no Sul do Brasil. No último ano, concluiu ainda as obras de duplicação da Usina de Candeias (BA), que passou a 217,2 milhões de litros/ano.
No segmento de etanol, a Petrobras Biocombustível continuará ampliando sua produção para atender o mercado nacional. "Fechamos 2010 com capacidade de produzir quase 1 bilhão de litros/ano. Vamos inaugurar, em breve, com a Guarani, nova destilaria na unidade São José, em Colina (SP). Iniciamos a duplicação da usina da Total, em Bambuí (MG), e já está em expansão a usina Boa Vista (GO), da Nova Fronteira", informa Miguel Rossetto, presidente da subsidiária.
No Pará, a empresa iniciou o desenvolvimento da parte agrícola do projeto Belém, voltado à produção de green diesel em Portugal, a partir de óleo de palma. "Já temos quatro mil hectares plantados". Está em implantação também o projeto Pará, para construção de usina biodiesel para atender a região Norte, atualmente, em fase de cultivo de mudas. Os dois projetos já geram 861 postos de trabalho.
No Nordeste e em Minas Gerais, a empresa iniciou o Programa de Estruturação Produtiva Agrícola para aumento da produtividade e produção junto aos agricultores familiares. E deu o primeiro passo para a verticalização da cadeia produtiva do biodiesel por meio da aquisição de 50% da Bioóleo, empresa de extração de óleos vegetais, em Feira de Santana (BA).
E, na área de pesquisa e desenvolvimento, um dos destaques foi o início de parcerias com empresas internacionais para acelerar o processo tecnológico do etanol de segunda geração.
Rossetto destaca que, frente aos desafios, a empresa adaptou a estrutura organizacional e aprimorou processos internos. Também confirmou, no último ano, os compromissos socioambientais com a aprovação da Política e Princípios de Sustentabilidade de Biocombustíveis, que orientará as ações da empresa em todo o ciclo de produção, traduzindo o rigor de uma operação sob a ótica da responsabilidade social, trabalhista e ambiental.
Ainda de acordo com o presidente da Petrobras Biocombustível, a subsidiária vem se consolidando como uma das maiores empresas de bioenergia do País. "Temos participação relevante nesse período de transição para uma matriz energética mais limpa e uma economia de baixo carbono. Fortalecemos, com esse esforço conjunto, a estratégia da Petrobras de se consolidar como uma das maiores empresas de energia do mundo", ressalta.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 41

I – NOTICIAS

1-Empresas do Brasil estreiam no pré-sal
Fonte: Ramona Ordoñez
As duas primeiras empresas brasileiras a entrarem na exploração de petróleo no pré-sal, a estreante Barra Energia do Brasil e a Queiroz Galvão, pagaram US$350 milhões à Shell Brasil, subsidiária da gigante mundial Royal Dutch Shell, na compra dos 20% de participação que a petrolífera detinha no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas no pré-sal da Bacia de Santos.
O diretor-presidente da Barra Energia, João Carlos França de Luca, comemorou o fato de a empresa - formada em sua maioria por ex-funcionários da Petrobras e da Repsol - iniciar suas atividades já em um bloco no pré-sal. No bloco, o consórcio, operado pela Petrobras, descobriu a acumulação chamada de Bem-te-Vi, que ainda está em avaliação.
- Estamos muito contentes pelo privilégio de sermos a primeira companhia brasileira iniciante a ingressar numa área tão disputada como é a do pré-sal - disse De Luca, ex-presidente da Repsol no Brasil e presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo. A Barra e a Queiroz Galvão compraram, cada uma, 10% da participação que a Shell tinha no bloco, pagando US$175 milhões, cada. A Petrobras, que é operadora, detém 66% do consórcio, e a portuguesa Galp, 14%. A Barra Energia tem US$1 bilhão para investimentos, resultado de uma operação de capitalização realizada em 2010, quando a companhia foi constituída. Seus principais investidores são os fundos americanos de investimento First Reserve Corporation e Riverstone Holdings. De Luca destacou que a Barra Energia está analisando a possibilidade de adquirir participações em outros blocos.

2-Petrobras Biocombustível adquire 50% de usina da BSBIOS no Rio Grande do Sul
A Petrobras Biocombustível e a BSBIOS Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil anunciam a constituição de sociedade, com participação paritária, para atuar na produção de biocombustíveis no Sul do Brasil. As duas empresas já operam, em parceria, a usina de biodiesel em Marialva (PR) e, a partir de agora, passam a atuar também na unidade de Passo Fundo (RS).
Com a nova sociedade, as empresas passam a compartilhar a operação de um complexo industrial com capacidade produtiva total de 300 milhões de litros/ano de biodiesel. A parceria ampliará as possibilidades de investimentos na produção debiodiesel e etanol na região Sul.
A unidade gaúcha tem capacidade de produção de 160 milhões de litros de biodiesel/ano e unidade de extração de óleos vegetais. O empreendimento, em operação desde 2007, gera 289 postos de trabalho diretos e mais de 800 indiretos.
A usina também gera trabalho e renda no campo. Cerca de dez mil agricultores familiares, produtores de soja e canola nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, fornecem matéria-prima para a produção de biodiesel na unidade de Passo Fundo.
Para o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, a atuação na região Sul é estratégica pela grande produção de oleaginosas, com presença significativa da agricultura familiar, e por permitir uma logística mais eficiente no atendimento aos mercados do Sul e Sudeste do país. "Nossa presença no Rio Grande do Sul faz parte de uma estratégia de nacionalização da produção. Operamos agora cinco usinas, duas no Nordeste, uma no norte de Minas Gerais, uma no Paraná já em parceria com a BSBIOS e agora na unidade em Passo Fundo", comenta o presidente sobre o parque de produção debiodiesel da empresa, que passa a contar com capacidade total de produção de cerca de 710 milhões de litros debiodiesel/ano.
De acordo com o diretor presidente da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, essa segunda parceria é o reconhecimento do trabalho executado pela empresa. "É com satisfação que aliamos as competências de gestão, produção, credibilidade e qualidade já reconhecidas pelo mercado. Trabalhamos para o desenvolvimento de biocombustíveis no País, tendo como foco o biodiesel, e esse com certeza é mais um importante passo nessa direção", destaca Battistella.
Fonte: Portal Fator Brasil

3-Petrobras anuncia duas descobertas de petróleo e gás no Espírito Santo
A Petrobras informou nesta segunda-feira (4) a realização de duas novas descobertas de petróleo e gás na Bacia do Espírito Santo, na área de Concessão BM-ES-23, bloco ES-M-525, totalizando três descobertas na região.
As descobertas foram realizadas por meio dos poços chamados informalmente de Pé-de-moleque e Quindim, e estão há cerca de 115 quilômetros da costa do Espírito Santo, a uma profundidade de 1.900 metros.Segundo a empresa, as novas descobertas ocorreram durante a perfuração dos poços 1-BRSA-939-ESS (1-ESS-199) e 1-BRSA-936D-ESS (1-ESS-200D).
A outra descoberta nesta concessão, anunciada recentemente, ocorreu durante a perfuração do poço 1-BRSA-926D-ESS, chamado de Brigadeiro.
A Petrobras é a operadora do consórcio para exploração do bloco BM-ES-23 (65%), formado ainda pelas empresas Shell Brasil Petróleo Ltda. (20%) e Inpex Petróleo Santos Ltda. (15%).
Segundo e empresa, o consórcio dará continuidade às atividades referentes ao Programa Exploratório Mínimo na área de concessão.
Fonte: Portal G1

4-Primeiros leilões de geração de 2011 acontecem nos dias 17 e 18 de agosto
Fonte: TN Petróleo
O governo federal publicou nota no Diário Oficial da União (DOU) que estabelece as datas dos primeiros leilões de energia deste ano. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o certame de Energia Nova A-3 (para empreendimentos que entram em operação em 2014) e de Reserva estão agendados para os dias 17 e 18 de agosto. Os leilões estavam inicialmente marcados para julho, mas o volume de projetos cadastrados surpreendeu o governo e atrasou o cronograma por conta da necessidade de análise pela EPE - Empresa de Planejamento Energético.
De acordo com a portaria do Ministério de Minas e Energia, no primeiro dia será realizado o Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração, denominado Leilão A-3. O início do suprimento está previsto para março de 2014, e concorrem 30 projetos termoelétricos a gás natural somando 10,871 mil MW de capacidade instalada. Além dessa fonte estão na disputa a ampliação da usina de Jirau que poderá colocar 450 MW de energia no mercado cativo, outros 725 MW originados de Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs), termoelétricas a biomassa e parques eólicos. Somados são 582 projetos cadastrados para 27,561 mil MW de potência instalada.

5-Bacia petroleira no litoral de São Paulo passa do quinto para o segundo lugar em quatro meses, segundo a ANP
A bacia de Campos segue sendo a principal região produtora do país; a terceira é a do Espírito Santo
Com o início dos testes no pré-sal, a bacia de Santos teve um salto de produção e passou a ser a segunda principal produtora do país. Em fevereiro, Santos era apenas a quinta área de produção, com 63 mil barris de petróleo e gás diários, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
De lá para cá, a produção deu um salto de 106% e fechou maio em 130 mil barris de petróleo e gás por dia -96 mil barris por dia de petróleo e 5,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
Ao mesmo tempo, a produção de petróleo nos campos do pré-sal dobrou, passando de 62,8 mil barris por dia em fevereiro para 128,1 mil barris em maio.
Dos sete poços do pré-sal em atividade, seis estão entre os 30 mais produtivos do país. Três dos sete poços estão em Santos, e respondem pela metade da produção na nova área exploratória - quatro estão em Campos. O potencial do pré-sal pode ser medido pela produtividade dos poços.
Um dos poços em Lula, no bloco BM-S-11, já é o maior produtor do país, com 28,4 mil barris de óleo por dia. Em termos de barris de óleo equivalente, que inclui gás natural, o poço de Lula também lidera, com 36,3 mil barris de petróleo e gás. As reservas de Lula são estimadas em, pelo menos, 6,5 bilhões de barris. São as maiores do país, representando quase a metade das reservas totais provadas do Brasil.
Pela primeira vez, Santos superou as bacias do Espírito Santo e do Solimões. A principal região produtora segue sendo a bacia de Campos, com 1,9 milhão de barris de óleo e gás por dia.
A bacia do Espírito Santo é a terceira maior produtora, com 109 mil barris de petróleo e gás por dia, seguida pela do Solimões (região Norte), com 106 mil barris por dia.


II - COMENTÁRIOS

1-Concurso para Técnico em Regulação da ANP
O Clube do Petróleo abriu mais uma turma preparatória para o concurso da ANP, escolaridade nivel médio ou superior incompleto. Espera-se um grande número de vagas para o cargo de Técnico em Regulação, com remuneração prevista para R$4.984,98.
Data
Previsão de inicio: 06 de agosto de 2011
Previsão de Término: 17 de setembro de 2011
Horário
Somente aos Sábados (sete no total)
De 09h00 a 17h00 (49 horas no total)

Sumário do Programa
•Defesa da Concorrência e Direito do Consumidor
•Processos Administrativos
•Noções da Indústria do Petróleo
•Legislação da Indústria do Petróleo
•Legislação do Servidor Público
•Regulação na Indústria do Petróleo
•Noções do direito administrativo aplicado
•Noções do direito penal aplicado
•Matemática Financeira (direcionada)
•Português e Informática (direcionados)

Corpo docente
Douglas Pereira Pedra - Especialista em Regulação da ANP, advogado, bacharel em Direito pela UNIRIO, pós-graduado em Gestão Pública - UCAM. Atuou profissionalmente como assessor do Plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, consultor do PNUD em projetos de pesquisa nas áreas de Defesa da Concorrência de Regulação de Mercados, consultor de empresas nas áreas de Defesa da Concorrência e Regulação de Mercados e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.
Investimento
O valor total do curso é de R$980,00 (novecentos e oitenta reais), a serem pagos parceladamente ou com desconto para os pagamentos à vista.
Local de inscrição
Rua da Candelária 9 - sala 906 no Centro/RJ
Informações pelos telefones: (21) 2233 7580 / 2223 1269 / 2518 0774.

2-Governo federal é contra antecipação dos royalties
Fonte: Vivian Oswald
O Palácio do Planalto não concorda com a antecipação de royalties do petróleo lastreada na exploração do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, para compensar antecipadamente os estados e municípios não produtores, conforme proposto por Rio, São Paulo e Espírito Santo e antecipado ontem pelo GLOBO. Mas o governo federal se comprometeu a estudar uma proposta alternativa com compensações financeiras de diversas fontes além do petróleo.
A presidente Dilma Rousseff considera esta uma fatura muita alta e enviou este recado aos governadores reunidos ontem com os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e interino da Fazenda, Nelson Barbosa. Mesmo assim, demonstrou boa vontade no primeiro encontro de representantes do governo federal e governadores de Rio, São Paulo, Espírito Santo e Nordeste para tratar o tema dos royalties.
Cabral: "A União se abriu ao debate"
A partir das sugestões apresentadas pelos seis governadores presentes ao encontro, que durou pouco mais de duas horas e meia no Ministério de Minas e Energia, a União pretende montar uma espécie de pacote que poderá contemplar recursos não só do setor do petróleo como também se estender a mudanças nos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), na cobrança do ICMS, nos royalties de mineração e de comércio eletrônico.
O governador do Rio, Sergio Cabral, afirmou que o clima do encontro foi "distendido" e muito diferente daquele observado no ano passado, pouco antes de o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar a proposta aprovada no Senado que reduzia as receitas dos estados produtores.
- A União se abriu ao debate - disse Cabral. Pela manhã, Barbosa recebeu da presidente Dilma as diretrizes para a conversa com os governadores. Ela resiste à possibilidade de pagar sozinha a fatura da nova distribuição de royalties do petróleo e quer uma compensação equilibrada. No encontro, Barbosa sinalizou que a disposição é de diálogo. Mas não deu um sinal aos governadores de quanto a União colocaria à disposição dos não produtores.
- Os não produtores têm que ter acesso aos recursos logo. A União tem papel de destaque. A União ganha sozinha na nova legislação, no pré-sal a ser licitado - ponderou Cabral. Durante a reunião, os governadores dos estados produtores e não produtores apresentaram algumas sugestões para buscar um entendimento definitivo que evite que o Congresso venha a derrubar o veto de Lula - a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) está pressionando para que a apreciação do veto ocorra na próxima semana.
Para União, veto é o pior dos caminhos, diz Casagrande Identificaram como fontes alternativas de recursos para agradar os estados não produtores a antecipação de receitas da exploração da bacia de Libra, o aumento do percentual da participação especial (taxa de até 40%, recolhida nos campos já licitados) e a cessão de parte da União da participação especial tal como é hoje.
- O ambiente foi mais distendido mesmo. A União manifestou que um acordo é muito importante e deixou claro que o veto ou a judicialização são os piores caminhos. Estamos pegando o eixo - disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Participaram ainda do encontro os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marcelo Déda (SE), Eduardo Campos (PE) e Jaques Wagner (BA).

3-Política de resíduos sólidos é debatida na Câmara
A coleta seletiva está disponível em apenas 443 municípios dos mais de cinco mil existentes. De acordo com estudos elaborados pelo Ipea em 2010, o Brasil perde, anualmente, cerca de R$ 8 bilhões, por não fazer a reciclagem correta do seu lixo. Para debater essa realidade, a Câmara dos Deputados realizou nesta terça-feira (5), uma audiência pública com o tema Soluções Inovadoras na Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos . Representando a ministra Izabella Teixeira, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nabil Georges Bonduki, declarou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos é uma das prioridades do ministério, pois envolve todos os segmentos da sociedade.
Além da campanha nacional de educação ambiental, que já está sendo veiculada nos meios de comunicação, ensinando a separação do lixo seco do úmido, o secretário destacou outros passos importantes como a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo ele já estão sendo realizados convênios com os Estados e municípios para que cada um deles cuide da destinação do lixo. “Já foram feitos convênios com 17 municípios, que no futuro poderão gerar consórcios. Esses planos intermunicipais garantirão a destinação correta para os resíduos sólidos, além de representar um custo seis vezes menor para o Governo”, afirmou.
O secretário informou durante a audiência que a primeira versão do plano nacional de resíduos sólidos será finalizada em agosto para ser debatida a partir de setembro em seminários regionais. O texto final com a contribuição da sociedade será debatido em encontro nacional, promovido pelo MMA, em 2012. O plano vai contemplar todos os tipos de resíduos sólidos, como os da construção civil, área da saúde, agropastoris e resíduos perigosos, entre outros.
Nabil Georges Bonduki lembrou ainda da criação do Comitê Orientador da Logística Reversa – a montagem de uma modelagem para que os os produtos gerados por algumas cadeias produtivas sejam efetivamente recolhidos, sob a responsabilidade dessa própria cadeia – produtores, importadores e comerciantes. O comitê é coordenado pelo MMA, e conta com a participação de técnicos de outros cinco ministérios: Saúde; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Fazenda. Entre as atribuições desses grupos de trabalho, está a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além de lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos.
Fonte: Aída Carla de Araújo/ MMA

4-OSX contrata para FPSOs
A OSX estruturou estratégia de contratação de equipamentos críticos para os primeiros oito FPSOs (OSX-4 a OSX-11) que serão fabricados na Unidade de Construção Naval (UCN), no Porto do Açu (RJ). São, ao todo, 13 equipamentos críticos que devem ser contratados até o próximo ano.
A estratégia, coordenada pelo diretor de Operações da empresa, Carlos Bellot, é dar escala para os fornecedores se instalarem no país, com a opção do próprio Porto do Açu como locação para as novas plantas industriais.
A empresa vai padronizar a estrutura das plataformas para facilitar as encomendas. Os FPSOs, adianta o presidente da OSX, Luiz Eduardo Carneiro, serão 70% similares. “Vamos dar escala nas encomendas de equipamentos críticos, que demandam mais prazo para entrega. Já estamos preparando isso”, conta Bellot.
A primeira concorrência já foi lançada ao mercado. GE, Siemens, Dresser Rand e Man Turbo disputam a licitação da empresa para o fornecimento dos sistemas de compressão para as unidades. A meta é que sete dos 13 itens críticos sejam contratados ainda em 2011. Além dos sistemas de compressão, a estratégia deve englobar guindastes, turbogeradores, turbocompressores e vasos de pressão.
A OSX possui hoje cinco FPSOs da OGX em carteira. As três primeiras unidades já estão contratadas ou em negociação. A partir da quarta unidade as obras serão feitas na UCN. Carneiro adianta que negociações entre as duas empresas do Grupo EBX estão avançadas para que novas encomendas sejam feitas agora no segundo semestre.
Carneiro e Bellot participaram na última sexta-feira (1/7) da cerimônia de assinatura de convênio entre a OSX e o Senai do Rio de Janeiro para qualificação de 3.100 trabalhadores para atuar na UCN. A empresa do Grupo EBX vai investir R$ 13 milhões no projeto, que pretende beneficiar moradores de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, município onde será instalado o estaleiro da empresa.
A expectativa é que até 2013 sejam formados 7,87 mil técnicos em produção, inspeção e supervisão de equipamentos.
Fonte:energia hoje

segunda-feira, 4 de julho de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 40

I- NOTICIAS

1-Petrobras contrata Altus para automatizar plataformas do pré-sal
A Altus fechou com a Petrobras o fornecimento de sistemas de automação das oito primeiras plataformas para as operações em larga escala do pré-sal da bacia de Santos, sendo seis nos campos de Lula e Cernambi e duas em Guará e Carioca.
O contrato, no valor de 115 milhões de reais, contempla automação e controle das oito plataformas e é formado por 12 sistemas integrados relacionados aos processos de produção, detecção de fogo e gás e desligamento de emergência.
Segundo o presidente da Altus, Luiz Gerbase, já na primeira plataforma a companhia atingiu a exigência de conteúdo nacional de 80 por cento para os equipamentos fornecidos à PETROBRAS, o que era previsto apenas para acontecer na oitava plataforma.
As oito plataformas possuem a mesma concepção de construção e são réplicas de um só projeto produzido em série no Estaleiro Rio Grande (RS). Essa é a maior encomenda simultânea desse tipo no mercado mundial de petróleo, segundo a Altus.
A empresa vai contratar 80 pessoas para tocar o projeto.
Agência Reuters

2-PETROBRAS descobre mais petróleo e gás em bloco com SHELL no ES
A Petrobras notificou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis sobre mais duas descobertas de indícios de petróleo e gás natural no bloco ES-M-525, na bacia do Espírito Santo, onde já havia descoberto indícios de petróleo no início deste mês.
O poço 1BRSA936DESS atingiu a profundidade de 1.943 metros de lâminas d'água, a 115 quilômetros da costa do Estado do Espírito Santo.
A concessão é operada pela Petrobras, com 65 por cento, em consórcio integrado pela Shell, com 20 por cento, e Inpex, com 15 por cento.
Localizado nas proximidades do BES-100, onde a Petrobras encontrou uma reserva de cerca de 450 milhões de barris de óleo equivalente do tipo leve, o ES-M-525, foi um dos mais disputados blocos da 6a rodada de licitações de áreas de petróleo pela ANP, em 2004, atingindo ágio de 2.000 por cento e o valor de 82,3 milhões de reais.
Fonte:Agência Reuters

3-Aeroporto de Cabo Frio e Porto do Forno realizam operação intermodal
O Aeroporto Internacional de Cabo Frio e o Porto do Forno, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos fluminense, realizam nesta sexta-feira (01/07) uma operação conjunta que comprova a importância da integração intermodal na busca de eficiência logística.
Um Antonov 124, um dos maiores aviões cargueiros do mundo, da companhia russa Volga-Dnepr Airlines, aterrissa no aeroporto trazendo a bordo 27 toneladas de equipamentos que serão descarregados e levados por rodovia até o Porto do Forno. Do terminal portuário a carga será reembarcada em navio com destino a uma plataforma da Bacia de Campos.
Estrategicamente localizado, o Aeroporto de Cabo Frio se consolidou como uma importante base de importação para o segmento de petróleo, tendo recebido mais de 150 voos de grandes aviões cargueiros nos últimos dois anos, a serviço de empresas que operam na Bacia de Campos.
Fonte: INTERMARKET

4-XXII Congresso Panamericano de Engenharia Naval
O XXII Congresso Panamericano de Engenharia Naval, organizado pelo IPEN- Instituto Panamericano de Engenharia Naval, este ano será realizado na Argentina, no Hotel Hilton, de 26 a 30 de setembro.
Foram enviados 250 trabalhos que serão selecionados pelo Comitê Técnico e distribuído por cinco sessões simultâneas.
Os estandes da Marinexpo 2011, estão todos ocupados por empresas do setor marítimo.
Há grandes expectativas no simpósio sobre Educação- Symmeduc e o projeto de construção de navios militares – Symmissel, que estarão em paralelo com o Congresso.
Fonte: INTERMARKET

5-Novo Player de Procurement no Mercado de OIL & GAS
A KEYORAN com escritórios em Houston e no Rio de Janeiro é o novo player no mercado de Procurement, especializado no mercado de OIL & GAS.
E o que é Procurement?
Procurement é um dos subsistemas da cadeia de abastecimento responsável pelo processo de comprar ou obter mercadorias, produtos ou serviços de terceiros ou de fornecedores in-house. É uma atividade profissional, uma função formal, legal e estratégica da organização, sua principal característica é a existência do processo de licitação e gerenciamento de contratos de fornecimento. Como atividade logística tem o objetivo de atingir o melhor desempenho dos atributos de custo, qualidade, quantidade, lead time e local exato de entrega.
O processo de procurement inicia-se na identificação das necessidades, passando pelo planejamento de compras, especificação dos requerimentos, identificação de fornecedores potenciais, solicitação e avaliação de propostas, envio de contratos ou ordem de compra, acompanhamento e controle do processo, inspeção e conferência da entrega, e termina com o pagamento ao fornecedor.
Fonte: César Mangabeira


II- COMENTARIOS

1-Domingos Naveiro toma posse com foco nos desafios do novo mandato
Reconduzido ao cargo de diretor do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) por mais quatro anos, Domingos Manfredi Naveiro, destacou o desafio de continuar integrando as transformações estratégicas promovidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que permitiram a dinamização do trabalho do Instituto nos últimos quatro anos. Comandada pelo ministro Aloizio Mercadante, a cerimônia de posse aconteceu nesta quinta-feira (16/06), às 14h30, na sede do MCT em Brasília, juntamente com a transmissão do cargo para novos diretores de outras quatro unidades de pesquisa do Ministério.
Dentre as iniciativas decisivas para os êxitos do INT no último mandato, que mereceram a indicação do Comitê de Busca e a escolha final do ministro Mercadante, foram apontadas por Domingos Naveiro a compatibilização com os grandes eixos estratégicos do novos Planos de Ações do setor, o PACTI 2007-2011 e o PACTI-II, que se inicia neste ano. O diretor reempossado destacou a ambiência favorável à inovação, e citou como exemplo do engajamento do Instituto nesse projeto a inauguração, nesta sexta-feira (17), da Agência de Inovação do INT no Mato Grosso.
Agradecendo também o esforço de todo o corpo funcional do Instituto, Domingos Naveiro destacou ainda o desafio de superação da defasagem de renovação de pessoal, que pode ser agravada pela perspectiva de aposentadoria de parte considerável dos servidores.
Em seu discurso, no encerramento da cerimônia, o ministro Aloizio Mercadante assumiu o desafio de fortalecer os Institutos e de lutar para a realização de novos concursos públicos, defendendo a adoção dos mesmos critérios já utilizados na Universidade para manutenção de um contingente mínimo para preservação do conhecimento acumulado. O ministro também destacou o critério de respeito as avaliações dos Comitês de Busca, afirmando que acatou todas as primeiras indicações encaminhadas pelos especialistas. Mercadante defendeu ainda a articulação permanente entre as unidades de pesquisa do MCT, desejando sucesso e parceria nos novos mandatos.
Participaram da cerimônia de posse, além do ministro, o subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa, Arquimedes Diógenes Ciloni. Juntamente com Domingos Naveiro, foram empossados Ignácio Hernán Salcedo, no Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA); Maria Margaret Lopes, no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); Victor Pelegrini Mammana, no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), e Bruno Vaz de Castilho de Souza, no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA).
Divisão de Comunicação – INT

2-Novo leilão da ANP para Exploração de Petróleo deverá ser adiado
O leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo) será adiado novamente. A 11ª Rodada, que prevê áreas com potencial de exploração de petróleo e gás, não deverá ser no dia 12 de setembro, data desejada pela agência.
O edital ainda não foi publicado. Para isso, depende de autorização da presidente Dilma Rousseff. Existe um prazo necessário de quatro meses entre o lançamento das condições do leilão e a data de realização, para que sejam feitas audiências públicas e os preparativos.
"Isso é absolutamente inédito. Nunca se demorou tanto a publicar o edital depois do CNPE autorizar", disse, à Reuters, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) ressaltou desejar que a rodada seja feita ainda neste ano.
"O CNPE é órgão assessor. Ela [a presidente] quer examinar pessoalmente aquilo que foi decidido. A Rodada será neste ano. Se ela decidir em uma semana, por exemplo, fazemos neste ano."
A 11ª Rodada foi aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) no dia 28 de abril. Foi autorizado o leilão de 174 blocos exploratórios em nove bacias sedimentares na margem equatorial brasileira, dos quais 87 blocos em terra e 87 no mar.
Refinarias - Lobão disse também que o plano de construção de refinarias não será afetado pelo corte nos investimentos da Petrobras. Lembrou que o país importa combustíveis por falta de refinarias.
A demora na aprovação do novo Plano de Negócios da Petrobras se deve à necessidade de rearranjo no que será cortado. Lobão disse que a Petrobras fez um corte de 10% -"US$ 20 e poucos bilhões"- que havia sido solicitado há três semanas.
"Foi pedida uma reavaliação de onde cortar", afirmou. Lobão declarou ainda que a alíquota dos royalties da mineração pode ser dobrada. A mudança está em estudo.
Fonte: Folha de S. Paulo

3-Sete Brasil convida OSX para licitação de Sondas de Perfuração
O estaleiro OSX foi convidado pela Sete Brasil para participar do processo de licitação para construção de sondas de perfuração. A Sete tem participação minoritária da Petrobras e foi criada para gerenciar as encomendas de embarcações da estatal. "Fomos convidados pela Sete Brasil e vamos fazer uma proposta para construir sondas (de perfuração)", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da OSX, Roberto Monteiro.
O espaço para construções de empresas fora do grupo EBX - controlador da OSX - é de 20% e isso deve mudar apenas em 2015. Até lá o estaleiro terá cerca de 80% da capacidade de construção de plataformas flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs) ocupada com encomendas da petroleira OGX, do mesmo grupo.
A diminuição da ocupação pela OGX começa a partir de 2016. Inicialmente o estaleiro de São João da Barra (RJ), que terá 90% do seu investimento financiado pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), terá capacidade de converter simultaneamente seis plataformas FPSOs e oito plataformas fixas capazes de produzir em profundidades pequenas, até 150 metros. Quando o dique seco ficar pronto, será possível construir simultaneamente dois navios do tipo VLCC (navios de grande capacidade de transporte) ou duas a quatro sondas de perfuração, dependendo do tamanho das unidades.
O diretor da OSX disse que isso não significa que não exista espaço para encomendas de outras companhias. "Nossa capacidade para construir navios e sondas estará 100% disponível para o mercado brasileiro. E para construção de plataformas a ocupação pela OGX começará a cair a partir de 2016", diz Monteiro.
A OSX recebeu na semana passada sinal verde do Fundo de Marinha Mercante (FMM) para negociar uma linha de crédito de R$ 2,7 bilhões com um agente financeiro financiamento. Na segunda-feira, recebeu licença de instalação do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro para construir o estaleiro em São João da Barra, junto ao porto do Açu. A obra está orçada em R$ 3 bilhões, sendo que 10% desse total devem ser aportados pela coreana Hyundai Heavy Industries, que é sócia do projeto.
A Hyundai e a OSX assinaram um acordo para transferência de tecnologia de construção e formação de mão de obra na região. A OSX criou o Instituto de Tecnologia Naval (ITN) em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e, segundo Monteiro, serão treinadas 7 mil pessoas entre 2011 e 2013.
A estimativa do grupo é que a obra do estaleiro seja concluída em 2014, mas antes disso haverá uma entrega parcial prevista para o primeiro trimestre de 2013. É quando ficará pronta a área para fazer a montagem da quarta plataforma da OGX.
Fonte: Valor Online