sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 162

I – NOTÍCIAS

1- Poços do pré-sal em Santos produzem cerca de 25 mil barris/dia
Os poços do pré-sal na Bacia de Santos estão produzindo, em média, 25 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), disse Carlos Tadeu Fraga, gerente-executivo do pré-sal da área de exploração e produção da Petrobras. Segundo ele, a plataforma Cidade de Paraty tem poço com produção de 31 mil BOE/dia e Cidade de São Paulo, com 29 mil BOE/dia. 
O executivo ressaltou que a produção de dezembro deve ter uma contribuição para aumentar a média do ano, já que dois poços em teste, chamados na linguagem técnica como Teste de Longa Duração (TLD), vão entrar em produção em Lula Central e em Lula Sul. “A média deste mês vai ter efeito”, afirmou o executivo, que apresentou palestra no World Science Forum, no Rio. 
Sobre a expectativa para a declaração de comercialidade do campo de Franco, também no pré-sal da Bacia de Santos, o executivo preferiu não se pronunciar. “Só Graça Foster se pronuncia sobre o assunto”, disse Fraga. 
O executivo também não apresentou perspectivas para a área do pré-sal. “O comportamento da produção versus o planejado é a presidente Graça quem vai comentar no fechamento do exercício. O que eu posso dizer é que estamos caminhando gradativamente no crescimento da produção do pré-sal”, afirmou o executivo. 
Fraga destacou que “duas grandes plataformas” aguardadas para o pré-sal estão dentro do cronograma. Uma delas é a plataforma Cidade de Ilha Bela, que saiu da China em 10 de novembro e está a caminho do Brasil. A expectativa é que a unidade chegue no Brasil este ano. A outra é a Cidade de Mangaratiba, que já está em Angra dos Reis, no sul do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Valor Econômico

2- Braskem inclui gás de xisto nos EUA entre suas opções de investimento
Não causou exatamente surpresa a notícia de que a Braskem poderá, no futuro, produzir polietileno (PE) nos Estados Unidos a partir de gás de xisto, matéria-prima que derrubou os custos de produção de petroquímicos naquele país e marcou a retomada da indústria americana de resinas plásticas. Segundo interlocutores, a maior petroquímica das Américas "não poderia deixar de olhar essa alternativa, ainda em tempo de acompanhar a nova onda de investimentos". 
O que mais surpreendeu foi o modelo que poderá ser adotado para o investimento. O grupo Odebrecht, que controla a Braskem, já deu início a estudos de viabilidade para a implantação de um complexo petroquímico nos Estados Unidos, baseado em gás de xisto, por meio da Odebrecht Ambiental. A essa controlada caberá a análise de viabilidade econômica, o financiamento e a construção do empreendimento, enquanto a Braskem será a operadora, caso se decida por levar adiante o investimento. 
Dessa forma, a Braskem, que tem a Petrobras como acionista relevante, não comprometeria seu balanço financeiro com mais um projeto de grande porte e fora do território brasileiro. Há tempos a companhia insiste no discurso de que o mercado brasileiro tem prioridade em sua estratégia e que a parceria no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está no topo da lista - junto, é claro, com o complexo petroquímico em sociedade com a Idesa que está em construção no México. 
Porém, não olhar as alternativas relacionadas ao gás de xisto poderia ser um erro estratégico, na avaliação de uma fonte do setor. A possibilidade de reduzir drasticamente os custos de produção a partir dessa matéria-prima levou à retomada dos anúncios de novos projetos nos Estados Unidos, cuja indústria petroquímica encolheu na última década. 
O país, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), é dono da quarta maior reserva mundial de gás de xisto. Diante desse potencial, até meados deste ano, segundo dados do Conselho Americano de Química (ACC, na sigla em inglês), havia 110 empreendimentos planejados nessa área, com investimento conjunto de cerca de US$ 77 bilhões. 
Se sobreviver à etapa dos estudos de viabilidade, o projeto da Odebrecht será erguido no Estado de Virgínia Ocidental e compreenderá uma central petroquímica para obtenção de etano integrada à produção de polietileno. Hoje, a Braskem já tem produção de polipropileno (PP) nos Estados Unidos e é líder nesse segmento no país. 
De acordo com a Braskem, um elemento crítico do projeto será a disponibilidade de matéria-prima. Na região onde o complexo pode ser erguido, há mais de 30 potenciais fornecedores e duas grandes reservas de gás: Utica e Marcellus.
Fonte: Valor Econômico

3- Vencedoras do leilão de Libra pagaram bônus de R$ 15 bilhões, diz ANP
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que as vencedoras do leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal licitado no modelo de partilha, efetuaram ontem o pagamento do bônus de assinatura de R$ 15 bilhões.
A assinatura do contrato de partilha está prevista para a próxima semana, provavelmente em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff. O leilão do campo de Libra foi vencido pelo consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), CNOOC (10%).
Fonte: Valor Econômico

4- Estado do Rio ganha nova base logística com investimentos de R$ 200 milhões da GE
Confirmando a excelente fase atrativa de investimentos, o Estado do Rio de Janeiro teve hoje inaugurada a nova base logística da GE Oil & Gas WellStream voltada para o desenvolvimento dos campos do pré sal. Com investimentos de R$ 200 milhões, a nova base foi anunciada em cerimônia na sede da empresa, na Ilha da Conceição, em Niterói. 
O empreendimento tem como principal objetivo atender demandas da Petrobras e de outras petroleiras que atuam no mercado brasileiro. A empresa, que já produz linhas flexíveis para a exploração e produção de petróleo e gás, gerou 185 empregos diretos nessa nova base logística, em que a empresa atuará como local de embarque de produtos e equipamentos para os campos em exploração.
O subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Marcelo Vertis, destacou a perspectiva promissora do Rio de Janeiro como fronteira do pré-sal. “Temos desenvolvido programas de atração de fornecedores e subfornecedores da cadeia de óleo e gás, para proporcionar o ambiente propício ao negócio aos grandes empreendimentos, e com isso gerar mais empregos e renda para todos os municípios. O Estado do Rio passa por um momento gratificante de desenvolvimento industrial, tendo, inclusive, contribuído positivamente para o bom desempenho nacional no PIB da Indústria”, disse Vertis, durante a inauguração.
A expectativa é que as compras em equipamentos subsea movimentem US$ 100 bilhões até 2020. Somente a Petrobras, nos próximos anos, consumiria 30% desse valor. O presidente global da GE Oil & Gas, Lorenzo Simonelli, enfatizou a importância do investimento para a empresa, como parte da estratégia de se dedicar à cadeia de óleo e gás brasileira. “Essa base logística é um marco essencial dos investimentos da GE. Juntos, conseguimos alcançar com sucesso essa primeira fase e nos próximos anos já vislumbro a conclusão das novas fases, essenciais para a indústria de óleo e gás no Brasil, com a dragagem do canal para que possamos receber as embarcações”, afirmou.
Ainda no primeiro trimestre de 2014, será inaugurado também no Rio um centro de pesquisas, com investimentos de R$ 500 milhões. O centro será voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias em linhas flexíveis para otimizar o desempenho em grandes profundidades.
Para Marcelo Soares, presidente global da WellStream, os investimentos são prova incontestável da credibilidade da GE com o Brasil, e principalmente com o Rio de Janeiro. “Viemos para investir, crescer e gerar negócios e empregos no Estado. Essa base logística e o centro de pesquisa na Ilha do Fundão são apenas o começo. Outros investimentos estão a caminho”.
Fonte: Redação TN Petróleo

5- Centros de pesquisa começam a movimentar economia carioca 
Todo economista concorda que a inovação é a forma mais nobre de gerar riqueza e conhecimento. O Rio, que nos últimos cinco anos recebeu 15 dos 18 centros de pesquisa internacionais que aportaram no Brasil, confirma este avanço: somente no Parque Tecnológico da UFRJ, no Fundão, estão trabalhando 1.500 pesquisadores, que chegarão a cinco mil quando o parque, criado há dez anos, estiver em seu auge. Mas, além de aplicações práticas, sobretudo para o desenvolvimento da exploração do petróleo, a região da Cidade Universitária - que conta também com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras e a UFRJ - já tem outro dado concreto a comemorar: o maior salário médio da cidade, de R$ R$ 6.799,67 por mês.
Fonte: Assessoria


II – COMENTÁRIOS

1- Fabricante de aços especiais instalará unidade em Seropédica
A cadeia da indústria do petróleo e gás do estado do Rio de Janeiro ganhará um elo estratégico com a instalação da Forjaria Marcora do Brasil, em Seropédica. Com investimentos de R$ 120 milhões e criação de cem postos de trabalho, a indústria fornecerá até 40 mil toneladas/ano em aços especiais para utilização em equipamentos de exploração em condições submarinas. 
Com previsão de iniciar as operações em julho de 2015, o projeto é uma parceria entre as italianas Forgiatura Marcora e Fomec, e a brasileira Gaia Partners. Atualmente a empresa fornece para o país por meio de sua unidade em Milão. 
“A vinda de uma forjaria para o Rio de Janeiro confirma a excelente parceria entre nossa prefeitura e o Governo do Estado em prol de melhor qualidade de vida, com empregos e renda vindo com novos investimentos”, disse o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, Wilson Beserra. 
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, o investimento se enquadra nos esforços que vêm sendo feitos pelo governo com foco no mercado subsea. “A instalação de uma forjaria adensa ainda mais a cadeia produtiva disponível para a indústria de óleo e gás. O investimento é fruto da política de atração desenvolvida pelo governo, que busca ampliar os fornecedores em atuação no estado”, avaliou. 
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços dispõe de mecanismos para a atração de novos empreendimentos, como concessão de incentivos, infraestrutura e financiamento. Estima-se que, até 2020, serão investidos US$ 100 bilhões em equipamentos submarinos, como árvores de natal molhadas, cabeças de poço e conexões. Para atrair fornecedores do segundo e do terceiro elo da cadeia, a Secretaria está desenvolvendo o polo fluminense de subsea.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sedeis

2- Leilão 12ª Rodada ANP  teve 72 blocos arrematados
Na foto, da esquerda para à direita: os diretores da ANP,
Helder Queiroz; José Gutman; a diretora-geral
Magda Chambriard e Waldyr Barroso. 
A 12ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) teve 72 blocos arrematados, com um total de 12 empresas ofertantes - sendo oito brasileiras e quatro estrangeiras. Com um bônus total de R$ 165.196.596,08 e investimento mínimo previsto de R$ 503.525.800,00, o leilão teve 47.427,60 km² de área arrematada.
"Essa rodada buscou semear a cultura do gás natural no Brasil, focando a exploração onshore", afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. Segundo a executiva, em 2000 o gás natural correspondeu a 5% de nossa matriz energética, e em 2011 o insumo representa 10%.
"No Brasil, o gás vem ocupando espaço na matriz elétrica e também na energética em geral. O gás em terra abre novas perspectivas ao mercado nacional, podendo compensar também a infraestrutura de gasodutos existente no país". "Esperamos a rápida monetização do gás no país, assim como ocorre nos Estados Unidos, que atualmente possui capacidade considerável em eletricidade devido ao gás", disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann.
Chambriard listou como os grandes sucessos da rodada: a pujância da Bacia do Paraná que surpreendeu a Agência, a região do Acre - que marca o desenvolvimento exploratório no Norte do país, e o reforço na Bacia do Parnaíba dando continuidade aos blocos ofertados na 11ª Rodada e reiterando a importância das bacias maduras que continuam atrativas, como Sergipe-Alagoas e Recôncavo. "Sergipe-Alagoas brilhou nesta rodada. Ela foi responsável por 24 dos 72 blocos com ofertas vencedoras", completou.
Sobre Parecis e São Francisco que não receberam ofertas, a diretora geral da ANP comentou: "É possível que as empresas não tenham se interessado por essas áreas por falta de conhecimento. Por isso vamos continuar investindo em estudos na região".
Perspectiva para 2014
Chambriard indicou que em 2014 não deverá acontecer rodadas de licitações. "2014 será um ano de reflexão interna na ANP. Acreditamos ser um ano de estudos com o objetivo de fazer um trabalho mais profundo oferecendo para a sociedade um resultado ainda maior", afirmou.
Segundo ela, a Agência lançará o próximo Plano Plurianual de Geologia e Geofísica, continuará com a perfuração de poços extratigráficos no Mato Grosso, além de fazer um balanço com todas as informações coletadas em 2013.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação

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