sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 163

I – NOTÍCIAS

1- P-58 e TAD da P-61 seguem para suas locações em Parque das Baleias e Papa Terra
A Petrobras informa que a plataforma de produção FPSO P-58 e a plataforma de apoio à perfuração SS-88 TAD (Tender Assisted Drilling), projetos estratégicos do Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, estão a caminho das suas respectivas locações em Parque das Baleias e Papa Terra, respectivamente. 
A P-58 deixou no  dia (4/12), o Estaleiro Honório Bicalho, em Rio Grande (RS), onde foram concluídos os serviços de conversão e integração dos 15 módulos à unidade. A previsão é que a plataforma chegue ao complexo denominado Parque das Baleias, na Bacia de Campos, dentro de seis a oito dias, a depender das condições de mar. 
A Plataforma Semissubmersível-88 - TAD, construída nos Estaleiros Dalian Shipbuilding Industry Company-DSIC, na China, e Superior Derrick Services-SDS, nos EUA, está a caminho do Brasil com previsão de chegada em janeiro de 2014. Após a liberação pelas autoridades competentes, a plataforma seguirá para o campo de Papa-Terra, ao Sul da Bacia de Campos, onde atuará em conjunto com a plataforma de produção P-61, no campo de Papa Terra. 
P-58 
Do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês), a unidade tem capacidade para processar diariamente até 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural, dos reservatórios do pré-sal e pós-sal. 
A P-58 será instalada a cerca de 85 km da costa do Espírito Santo, em águas com profundidade de 1.400 metros. A esta serão interligados 15 poços produtores, dos quais oito do pré-sal e sete do pós-sal, e nove poços injetores dos campos de Baleia Franca, Cachalote, Jubarte, Baleia Azul e Baleia Anã, por meio de 250 km de dutos flexíveis e dois manifolds submarinos (equipamentos que transferem o petróleo dos poços para a plataforma). O escoamento de petróleo se dará por navios aliviadores; e o do gás natural, por gasoduto até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no município de Linhares, Espírito Santo. 
Junto com outros empreendimentos da Petrobras, a construção da P-58 consolida a expansão da indústria naval brasileira. A obra gerou cerca de 4.500 empregos diretos, 13.500 indiretos, e alcançou 64% de conteúdo nacional. A construção dos 15 módulos, a conversão do casco e a integração da unidade foram feitas no Brasil. 
Integrante do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC), a plataforma está entre as nove novas unidades que serão entregues à companhia em 2013. A cerimônia de conclusão das obras da P-58 ocorreu no Estaleiro Honório Bicalho, no último dia 8 de novembro, com as presenças da presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, e da presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster. 

Dados da P-58: 
Capacidade de processamento de petróleo: 180 mil barris/dia; 
Capacidade de tratamento e compressão de gás: 6 milhões m3 /dia; 
Conteúdo local: 64%; 
Capacidade de tratamento de água de injeção: 58 mil m³/dia; 
Capacidade de geração elétrica: 100 MW; 
Profundidade de água: 1.400 m; 
Acomodações: 110 pessoas; 
Peso total da plataforma: 63.300 toneladas. 

SS-88 TAD 
A SS-88 TAD é uma Plataforma Semissubmersível do tipo TAD (Tender Assisted Drilling), unidade que foi afretada pela Petrobras junto à empresa americana Bass Drill para prestação de serviços de perfuração e completação de poços. A SS-88 TAD trabalhará em conjunto com a Plataforma de Produção P-61 no campo de Papa-Terra. 
A SS-88 TAD, que será ancorada ao lado da Plataforma P-61, possui pacote modularizado de perfuração que será montado no convés da Plataforma P-61. A SS-88 TAD dará suporte de energia, acomodações, armazenamento de fluido de perfuração e sistemas de apoio para possibilitar a perfuração dos poços a partir da Plataforma P-61. 

P-61 
A plataforma P-61, hoje cem por cento concluída, é a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) a operar no Brasil e será instalada no campo de Papa-Terra. A partir dela serão perfurados e completados, 13 poços produtores. A construção do casco e integração foram realizados no Estaleiro BrasFels em Angra dos Reis (RJ). A construção do topside foi realizada em Cingapura. A obra gerou no Brasil cerca de 2.450 empregos diretos, 7.350 indiretos e atingiu conteúdo nacional de 67%. Seu deslocamento até a Bacia de Campos ocorrerá em dezembro de 2013. 
No campo de Papa-Terra, a P-61 e a TAD atuarão em conjunto com o FPSO P-63, que iniciou a produção de petróleo no último dia 11 de novembro.
Fonte: Agência Petrobras

2- Shell lança ao mar o casco da maior instalação flutuante do mundo
FLNG Prelude. Divulgação
Shell lança ao mar o casco da maior instalação flutuante do mundo, a Prelude FLNG
Unidade está em construção na Coréia do Sul
O casco de 488 metros de comprimento (maior que quatro campos de futebol) da instalação flutuante de gás natural liquefeito (FLNG) Prelude, da Shell, foi lançado para fora do estaleiro da Samsung Heavy Industries (SHI), localizado em Geoje, Coréia do Sul, onde a unidade está em construção. Uma vez terminada, a Prelude FLNG será a maior instalação flutuante já construída e irá desbloquear novas fontes de energia offshore, produzindo anualmente cerca de 3,6 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) para atender à crescente demanda por energia.
"Tornar a FLNG uma realidade não é tarefa simples", disse Matthias Bichsel, Diretor de Projetos e Tecnologia da Shell. "Um projeto dessa complexidade - tanto em tamanho quanto em engenhosidade - aproveita o melhor da engenharia, do projeto, fabricação e cadeia de suprimentos de todo o mundo. Chegar a esta fase de construção, considerando que o primeiro corte de aço foi há apenas um ano, é graças à equipe de especialistas que temos, que garante que as dimensões críticas do projeto de segurança, qualidade, custo e cronograma serão entregues."
A Prelude permitirá à Shell produzir gás natural no mar, transformá-lo em gás natural liquefeito e depois transferi-lo diretamente para os navios que o transportarão para os clientes. Ela irá permitir o desenvolvimento de recursos de gás que vão desde grupos de campos mais remotos, menores, para campos potencialmente maiores, através de múltiplos locais onde, por uma série de razões, um desenvolvimento em terra não é viável. Isso pode significar estratégias de desenvolvimento e implantação mais rápidas, mais baratas e mais flexíveis para os recursos que antes eram economicamente inviáveis ou limitados por riscos técnicos.
A Prelude FLNG é a primeira implantação da tecnologia FLNG da Shell e irá operar em uma bacia remota, 475 quilômetros ao nordeste de Broome, na Austrália Ocidental, por cerca de 25 anos. A unidade permanecerá no local durante todos os eventos meteorológicos, tendo sido projetada para suportar ciclones de categoria 5.
A Shell é a operadora da Prelude FLNG em uma joint venture com a INPEX (17.5%), KOGAS (10%) e OPIC (5%). 
Fonte: Redação TN/ Ascom Shell

3- Suspensa tramitação conjunta de recuperação de OSX e OGX
A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a tramitação por dependência da recuperação judicial de OSX e OGX. A liminar foi concedida em um recurso da espanhola Acciona, uma das principais credoras da empresa de construção naval do grupo X, com uma dívida de R$ 300 milhões. Atualmente os dois processos correm na 4ª Vara Empresarial do Rio.
Na prática, a medida paralisaria o processo de recuperação judicial da OSX até o julgamento do mérito do recurso em que a Acciona pede a separação dos processos. Mas o desembargador Gilberto Guarino, da 14ª Câmara Cível, entendeu que isso poderia agravar a crise financeira da empresa de construção naval e causar mais prejuízos aos credores.
Assim, permitiu que o juiz da 4ª Vara Empresarial, Gilberto Clovis Matos, continue tomando medidas "necessárias e urgentes" que evitem o total congelamento da recuperação. É possível, entretanto, que a análise dos pedidos de impugnação de créditos na recuperação judicial da OSX fiquem parados. Isso pode significar um atraso na entrega do plano de pagamento da empresa aos credores.
Redistribuição
Caso o desembargador julgue o recurso da Acciona procedente em sua decisão final, o processo de recuperação da empresa OSX será redistribuído para outra vara empresarial. O novo juiz vai analisar o processo do zero e provavelmente indicar outro administrador judicial para a empresa. Por enquanto a Deloitte foi designada para atuar nas recuperações de OGX e OSX.
O desembargador levou em conta que os grupos são conglomerados distintos, com ativos, dívidas e credores independentes. O reflexo da crise econômica da OGX sobre a OSX não seria argumento suficiente para gerar a conexão entre os processos. Para ele não há risco de decisões conflitantes caso as recuperações judiciais corram em separado.
Assessorada pelo escritório Antonelli & Associados, a Acciona alegou no pedido de liminar que os processos não devem ser acompanhados pelo mesmo juiz porque os grupos têm situações financeiras distintas - a OSX teria mais chances de se recuperar da crise - e interesses conflitantes.
A análise é de que a reunião dos casos poderia prejudicar os credores da OSX. A empresa é uma das maiores credoras da petroleira, mas não há consenso quanto ao valor devido. Na lista de credores da OGX aparece uma dívida de R$ 2,4 bilhões, mas que pode superar os R$ 3 bilhões segundo fontes.
Quando encaminharam o pedido de recuperação judicial da OSX - que incluiu a OSX Brasil, a OSX Construção Naval e a OSX Serviços Operacionais Ltda - os advogados da companhia de Eike Batista pediram que o processo fosse enviado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida da recuperação judicial da OGX. Segundo eles, embora sejam independentes, as empresas de construção naval e de petróleo sempre atuaram de forma integrada. Também destacam a posição relevante da OSX na lista de credores da OGX. O pedido de distribuição conjunta havia sido deferido em 19 de novembro e a recuperação judicial, no dia 25.
Fonte: Agência Estado

4- Portos brasileiros podem lucrar com lixo
Em 2012, os 22 portos que participam do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes nos Portos Marítimos Brasileiros da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP?PR), coordenado pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG/Coppe/UFRJ), geraram 1,6 mil toneladas de lixo reciclável que podem ser transformar em possibilidade de negócio. Para se ter uma ideia do potencial econômico desses resíduos, o valor de mercado no primeiro trimestre de 2013 para apenas três tipos de materiais equivalentes a 35 mil toneladas de metal, papel limpo e plástico, chegou a R$ 15,2 milhões. Nos portos europeus é comum o aproveitamento de resíduos e mesmo receber resíduos de outros locais para uma valorização.
No entanto, para alcançar este objetivo de transformar o lixo em renda é preciso que os portos implementem um programa contínuo de coleta seletiva. Atualmente, 9% dos portos visitados fazem a separação de seu lixo e 11 possuem centrais de resíduo, algumas delas precisando de adequação.
Além do lixo reciclável, resíduos denominados como perigosos, lixo comum, orgânico e de construção civil foram identificados durante o trabalho dos pesquisadores. O resultado deste levantamento e recomendações constam do Guia de Boas Práticas Portuárias, lançado dia 5 de dezembro, em Brasília. O Guia foi desenvolvido pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais - IVIG/COPPE/UFRJ e Programa de Planejamento Energético (PPE) da COPPE/UFRJ, para a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR).
A publicação propõe um modelo de gestão integrado dos resíduos, efluentes líquidos e medidas de manejo e controle da fauna sinantrópica nociva (ratos, pombos, insetos e outros animais), com indicações de boas práticas de gestão ambiental que garantam uma melhoria da eficiência das atividades portuárias.
No caso dos efluentes líquidos, variados tipos são gerados pela operação portuária em terra e pelas embarcações. O principal deles é o esgoto sanitário e o problema central é a carência de sistemas de tratamento. Nas áreas arrendadas, 4% dos portos visitados possuem estações de tratamento e 14% deles está ligada rede pública de esgotamento sanitário. Nos portos localizados em municípios onde exista rede pública para coleta e tratamento de efluentes sanitários, a conexão com a rede é a melhor solução técnica para tratamento e disposição do efluente sanitário gerado nas edificações dos portos, de acordo com o Guia.
As águas pluviais, por sua vez, são fontes alternativas importantes que devem ser aproveitadas, devido às grandes áreas de telhados e pátios disponíveis nas áreas portuárias, e apresentam qualidade superior aos efluentes considerados para reuso. O aproveitamento de águas pluviais demanda estudos para cada situação, mas as recomendações básicas incluem a implementação de sistemas de reuso de água de telhado, desenvolvendo projeto do sistema de coleta de água de chuva.
De acordo com os pesquisadores, esta água, após as etapas de tratamento, podem ser usadas na lavagem de pisos, de equipamentos e de veículos, minimizando a demanda do consumo de água potável da concessionária de serviço público.
Finalmente, no quesito fauna sinantrópica nociva, as equipes de campo identificaram seis tipos: pombos, roedores, baratas, mosquitos, moscas e escorpiões. Todos eles foram observados e catalogados e estão disponíveis em um banco de dados com informações qualitativas e quantitativas. A maior parte das espécies encontradas foi de insetos, roedores e pombos, especialmente nos terminais que possuem movimentação e armazenagem de grãos perecíveis.
A recomendação do Guia é intensificar os programas de manejo e controle dessas espécies, com a criação do Programa de Controle Integrado de Fauna Sinantrópica Nociva, que inclui medidas preventivas (boas práticas e educação), corretivas (instalação de barreiras e armadilhas) e controle químico (desinsetização e desratização). O Guia lista 22 medidas de controle gerais para evitar a entrada, o alojamento e a propagação desses animais para evitar problemas significativos para a economia portuária, a saúde dos trabalhadores e ao ambiente como um todo.
Rede de Competências
A pesquisa que resultou neste Guia foi desenvolvida por uma Rede de Competências, formada por 17 Instituições, entre Universidades Federais e Estaduais, Institutos ou Centros de Pesquisa, localizados em 14 estados. Com quase 300 pesquisadores, entre professores, doutores, mestres, graduados e estagiários, sob a coordenação geral e orientação técnica do PPE/COPPE/UFRJ, a Rede desenvolveu trabalhos e linhas de pesquisa em temas de interesse estratégicos, como: legislação e regulação ambiental, gestão de resíduos, gestão ambiental, logística, energia, tecnologias verdes e gestão ambiental portuária.
Baseado no Guia, a equipe também produziu 22 Manuais de Boas Práticas Portuárias para cada um dos portos integrantes do Programa, adequando-o às necessidades locais e características específicas de cada Porto. Este manual fornece orientações das práticas operacionais para cada instalação portuária, garantindo condições ambientais seguras em conformidade com a legislação
Fonte: Ascom Coppe - 05/12/2013 


II – COMENTÁRIOS

1- Opep: preços de petróleo não devem oscilar muito em 2014
O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdallah Salem el-Badri, disse que os preços de petróleo não devem subir ou cair de maneira acentuada no próximo ano. 
Falando a repórteres após a decisão da Opep de manter as quotas de produção de óleo por mais seis meses, Abdallah Salem el-Badri afirmou esperar que 2014 não seja complicado. Segundo ele, poderá ser um "ano normal" no qual o preço do petróleo brent deverá continuar a ser negociado entre US$ 100 e US$ 110 por barril. 
"Eu acho que a decisão de manter a produção atual é excelente", disse o secretário-geral. "Neste momento, todo mundo está feliz e queremos continuar assim." 
Para El-Badri, o mercado deve permanecer bem equilibrado no futuro previsível. Na última quarta-feira, os países membros da Opep também estenderam o mandato de el-Badri por mais um ano.
Fonte: Dow Jones Newswires

2- Novo plano de negócios desafia Graça Foster
Perdido o embate sobre reajustes, o grande problema da presidente da Petrobras, Graça Foster, é desenhar o plano de negócios 2014-2018. Terão que ser incluídos investimentos iniciais no campo de Libra, dando continuidade aos planos que não podem parar, enquanto a companhia continuará perdendo patrimônio para subsidiar combustíveis. As premissas de financiabilidade do plano atual preveem o dólar a US$ 1,85 e o petróleo a US$ 100. Mas em 2013 a cotação média está em US$ 2,1465 e do petróleo brent em 108,70. 
Também não será fácil negociar o ajuste no preço dos 5 bilhões de barris adquiridos na cessão onerosa. O campo de Franco, sozinho, deve ter mais de 5 bilhões de barris. E o contrato prevê ajuste no preço para cima ou para baixo, dependendo da economicidade e dos preços do petróleo. Como o pré-sal se mostrou mais produtivo e o petróleo subiu, esses barris devem custar mais caro do que o preço médio de US$ 8,51 negociado em 2010. Mas ninguém vê de onde a Petrobras pode tirar dinheiro para essa despesa em 2014. 
O plano atual vai até 2017 e soma US$ 236,7 bilhões de investimentos. Os projetos estão diferenciados de modo que US$ 207,1 bilhões se referem àqueles em implantação. Incluem refinarias e áreas adquiridas na cessão onerosa. O tratamento que será dado no plano às refinarias do Ceará e Maranhão, hoje nos projetos em avaliação, ainda é incógnita. 
Os projetos em análise não são discriminados e somam US$ 30 bilhões. Ali deve estar incluída, por exemplo, a fábrica de fertilizantes em Minas. Apesar de o mercado não enxergar espaço para investimentos em obras de grande porte, mesmo contando com o alívio do fim das obras da RNEST (PE) em novembro, aumentou a percepção de que a empresa não controla seus investimentos ou receitas. 
"A alternativa que ela tem para acomodar tudo é deixar de lado projetos mais rentáveis para fazer aqueles que são mais do interesse do seu controlador", afirmou ontem um analista. 
Ontem o mercado não "comprou" a informação da Petrobras sobre a metodologia de reajuste. Quando informou, em 30 de outubro, que a diretoria apresentou proposta ao conselho, a Petrobras dizia textualmente: "a metodologia contempla reajuste automático do preço do diesel e da gasolina, em periodicidade a ser definida". 
Embora houvesse ressalva de que a fórmula teria um mecanismo para impedir o repasse da volatilidade dos preços internacionais, o termo "reajuste automático" estava lá, e apenas o período estava em discussão. Quase um mês depois, quando anunciou a decisão sobre a aprovação da nova política de preços (que não parece tão nova), a estatal disse que deu início à implementação da política, mas os parâmetros seriam sigilosos. 
Não mencionou que foi abandonada a ideia de reajuste automático, mas como ele não foi mencionado e o reajuste inicial foi tímido, o mercado supôs que ele estava descartado. Agora, após intervenção da CVM, esclareceu que "a metodologia de precificação aplicada a partir de 23 de novembro contém parâmetros baseados em variáveis como preço de referência dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido, se no Brasil ou importado". Com exceção do critério de origem, que parece ter sido incluído a pedido de Dilma Rousseff (que não concorda que combustível produzido no país tenha preço atrelado ao câmbio), não parece haver grande surpresa nos parâmetros. A defasagem ante o preço internacional sempre foi calculada com base nesses indicadores. A dúvida continua sendo sobre o que foi aprovado na sexta.
Fonte: Valor Econômico

3- Estoques de petróleo nos EUA recuam em mais de 5 milhões na semana
Os estoques de petróleo dos Estados Unidos recuaram em 5,6 milhões de barris na semana terminada em 29 de novembro, em relação à anterior, para 385,8 milhões de barris. 
As reservas de gasolina, segundo relatório do Departamento de Energia americano, tiveram alta de 1,8 milhão de barris na semana passada, somando 212,4 milhões de barris. 
Os estoques de destilados, por sua vez, avançaram em 2,6 milhões de barris, alcançando 113,5 milhões de barris. 
As refinarias utilizaram 92,4% da capacidade operacional na semana passada, acima da taxa anterior.
Fonte: Valor Econômico

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