sábado, 6 de julho de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 137

I- NOTICIAS

1- Ariovaldo Rocha tenta presidir a Firjan 
Após 18 anos sob a batuta de Eduardo Vieira, a Federação das Indústrias (Firjan) poderá ser presidida por Ariovaldo Rocha a partir de agosto. Em todo esse período não houve chapa de oposição, pois o estatuto da entidade exige que qualquer candidatura conte com expressiva participação formal de sindicatos e, portanto, ao longo das últimas eleições isso não foi viabilizado. A entidade tem 104 sindicatos e uma chapa precisa ter mais de 40 adesões. Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval), foi procurado, há alguns meses, por algumas dezenas de presidentes de sindicatos, que lhe propuseram aceitar o desafio de renovar a casa da indústria. A partir daí, foram obtidas novas adesões, que já garantem a possibilidade de um salutar embate de chapas entre situação e oposição.
O bom trabalho nos estaleiros credencia Rocha. Realmente, houve apoio declarado do então presidente Lula, só que apenas o entusiasmo do chefe do governo não resolve tudo. Houve uma série de obstáculos, até que os estaleiros de todo o país passassem dos 2 mil empregados, de 2003, aos 72 mil de agora – dos quais cerca de metade em solo fluminense. Foi necessário injetar dinheiro no Fundo de Marinha Mercante, o que envolveu contatos com o Ministério dos Transportes.
Junto à Fazenda, conseguiu-se um fundo garantidor, pois todo armador tinha medo de que estaleiros – vindo de fase difícil – quebrassem, corroendo as finanças do contratante. Junto ao Ministério do Trabalho, conseguiu-se um acordo tripartite – empresários, trabalhadores e governo – de modo que o setor contasse com regras próprias; afinal, a aplicação de normas da construção civil causava multas ou confusão, pois um prédio é estável, enquanto o navio é feito de aço e flutua. Essas normas foram elogiadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Rocha quer transplantar o modelo de trabalho para os demais segmentos da indústria fluminense, não de forma genérica, mas específica. Um segmento precisa de crédito, outro de normas mais modernas e ainda alguns necessitam de redução na burocracia junto a órgãos estaduais e federais ou até mesmo de proteção contra dumping chinês, ou mesmo de um simples acesso viário. Cada demanda tem de ser vista caso a caso. O candidato quer ampliar o diálogo com as autoridades, em tom ameno, mas sempre cobrando resultados. Lembra ele que “papel não anda sozinho” e de pouco adianta mandar relatórios detectando problemas graves, se os diretores da entidade não se voltarem, dia a dia, sobre a evolução de cada processo na administração pública.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto

2- Projeto de R$ 10 bi da Petrobras recebe aval 
A Petrobras recebeu sinal verde para tocar o projeto que prevê a exploração do Bloco BC-20, o chamado campo de Papa-Terra, localizado na área sul da Bacia de Campos, a uma distância aproximada de 83 km da costa da cidade de Arraial do Cabo, litoral do Rio de Janeiro.
A licença prévia ambiental, conforme adiantado na manhã de ontem pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, foi assinada pelo presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior. O documento atesta a viabilidade do empreendimento. Agora, cabe a Petrobras viabilizar um conjunto de medidas de mitigação de impacto socioambiental para conseguir a licença de instalação do empreendimento, que permitirá a implementação efetiva do projeto.
A viabilidade do empreendimento é crucial para o plano de expansão de exploração da Petrobras. Em seu pico de produção, o campo de Papa-Terra tem previsão de entregar 21.326 metros cúbicos de óleo por dia, o equivalente a 134,1 mil barris de petróleo, diariamente. Para se ter uma ideia do que esse volume representa, trata-se de 6,6% de todo o petróleo produzido no Brasil, tomando-se como referência a produção registrada até fevereiro passado.
Os investimentos para viabilizar o empreendimento são avaliados em cerca de R$ 10,7 bilhões. No Campo de Papa-Terra, está prevista a instalação de duas plataformas, a P-61 e a P-63, com distância de aproximadamente 350 metros entre as duas unidades. A plataforma P-61 produzirá óleo a partir da exploração de 13 poços. Esse óleo será enviado para a P-63, que terá mecanismos para processar e estabilizar o óleo, além de separar a água e o gás natural. O óleo processado será alocado em navios, enquanto a água produzida será tratada e descartada no mar. O gás associado será comprimido, desidratado e usado como combustível.
Fonte: Valor Econômico/André Borges | De Brasília

3- Wilson Sons Estaleiros firma contrato para três embarcações 
Fonte: Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore 
A Wilson Sons Estaleiros assinou nesta terça-feira (2) contrato para construção de três embarcações para a empresa Geonavegação. Serão dois Oil Spill Recovery Vessels (OSRV) com capacidade de armazenagem de 1.080 m³ de óleo e um Platform Supply Vessel (PSV) de porte bruto de 5 mil toneladas. As embarcações, que têm previsão de entrega para 2015, serão construídas no complexo de estaleiros da Wilson Sons no Guarujá (SP) e somadas possuem valor aproximado de R$ 293 milhões.
A estratégia da Wilson Sons Estaleiros compreende a construção de um mix entre embarcações próprias e de terceiros, assim como prover serviços de docagem, reparos e manutenção, visando atender a demanda das companhias nacionais e internacionais de óleo e gás no Brasil.
A carteira de encomendas passa a contemplar 12 rebocadores – que vão atender à frota da Wilson Sons Rebocadores – e sete embarcações de apoio. Além das encomendas da Geonavegação, está prevista a entrega de três PSV 4500 para Wilson Sons Ultratug Offshore e um Remotely Operated Vehicle Supply Vessel (ROVSV) para a Fugro Brasil.

4- Reúso de água nas operações da Vale sobe para 77%
No lançamento de seu Relatório de Sustentabilidade, a Vale destaca, entre outros temas, os avanços em relação ao uso eficiente da água nas operações. Em sua totalidade, o índice médio de recirculação em 2012 foi de 77%, um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2011. Com isso, a Vale deixou de captar 1,227 bilhão de metros cúbicos de água de fontes naturais, o equivalente a cerca de duas vezes o consumo anual da cidade do Rio de Janeiro. Parte desse resultado é reflexo dos investimentos em tecnologias voltadas para o desenvolvimento de programas e ações focadas na redução da demanda e do consumo de água. Só em 2012 foram investidos US$ 125,9 milhões na gestão de recursos hídricos na Vale.
Na Mina do Sossego, localizada em Canaã dos Carajás (PA), a recirculação de água na usina de beneficiamento do cobre chega a 99%. O crescimento é resultado de melhorias que vêm sendo implementadas desde 2008, quando foi feito o balanço hídrico do projeto e desenvolvidas ações para diminuir o uso de água nova. Com o resultado no Sossego, houve uma redução anual no volume total de água captada de 900 mil metros cúbicos - que anteriormente era bombeada do Rio Parauapebas -, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes por seis meses.
Já no Complexo Minerador de Carajás, em Parauapebas, sudeste paraense, houve uma redução de 24% na captação devido às mudanças no processo de peneiramento do minério de ferro, que passou a ser feito a partir de sua umidade natural, eliminando a necessidade de água nova. Carajás representa cerca de 5% de toda a captação de água da empresa. "Hoje, das dez operações com maior captação de água, nove estão em regiões em que o risco de estresse hídrico, ou seja, o potencial de escassez, está abaixo de médio", explica Bernadette Backx, gerente de Recursos Hídricos da Vale.
Os resultados obtidos pela empresa refletem o alinhamento com os diversos esforços de cooperação pela água, contribuindo, assim, para garantir os múltiplos usos do insumo, atuais e futuros. A empresa participa ativamente de ações de engajamento para o desenvolvimento de políticas públicas, a partir de discussões globais e locais sobre a água. Pautada pelo compromisso de contribuir com o gerenciamento de recursos hídricos, ainda atua nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH), onde são discutidos e priorizados os usos da água nas bacias. Entre outros, a Vale participa dos CBHs dos rios Paraopeba, Velhas, Doce, Piranga, Piracicaba e Santo Antônio, todos em Minas Gerais. A empresa participa ainda de fóruns de discussões técnicas no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

5- ANP divulga regulamento para leilões do pré-sal 
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou ontem, segunda-feira (1º), resolução aprovando os procedimentos a serem adotados para a realização das licitações dos blocos do pré-sal. Segundo o regulamento, esses leilões serão promovidos e coordenados, na sua fase interna, pela Superintendência de Promoção de Licitações da ANP (SPL) e conduzidos, na sua fase externa, por uma Comissão Especial de Licitação (CEL), designada em portaria da diretoria da ANP.
As regras disciplinam, por exemplo, como devem ser as etapas de cada rodada de licitação, entre elas publicação do pré-edital, realização de audiência pública, publicação do edital e assinatura do contrato de partilha de produção.
Segundo a resolução, a SPL elaborará as minutas do edital das rodadas de licitações e dos contratos de partilha de produção, que serão submetidas à Diretoria Colegiada da ANP, para posterior aprovação do Ministério de Minas e Energia. A íntegra do regulamento pode ser acessada no Diário Oficial da União de ontem,segunda-feira.
Fonte: Agência Estado


II – COMENTÁRIOS

1- Estaleiro da OSX no Rio pode gerar prejuízo bilionário para Eike Batista 
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore 
Um dos maiores elefantes brancos das empresas de Eike Batista, o estaleiro da OSX em 
São João da Barra (RJ) pode gerar ao grupo, sozinho, um prejuízo bilionário. A unidade da OSX foi planejada para ser o "maior estaleiro das Américas", com capacidade para integrar simultaneamente até 14 plataformas na primeira etapa, e investimento estimado em R$ 4,8 bilhões. Mas, sem o petróleo da coirmã OGX, as encomendas não vieram. E o estaleiro, de 2,5 milhões de metros quadrados de área útil, cais já erguido e galpões de pé, ficou ocioso.
A OSX busca alternativas para viabilizá-lo. Inicialmente, a ideia era vendê-lo, mas ninguém está disposto a pagar o valor previsto. "O projeto, como foi planejado, é inviável. Não há encomenda que pague a conta", diz uma fonte do setor naval.
Um dos principais candidatos seria o estaleiro Keppel, que já atuou em parceria com a OSX, tem encomendas bilionárias na carteira e um estaleiro maduro. Jurong e Estaleiro Atlântico Sul (EAS), entre outros, também chegaram a conversar sobre o assunto, mas já teriam desistido.
A perspectiva para a venda, pioraram nas últimas semanas. A estimativa é que a unidade não valha mais os bilhões aplicados pelo grupo de Eike, mas algumas centenas de milhões. 
Possíveis interessados esperam a situação se agravar para fechar a compra a preço de banana.
Para contonar o problema, um plano B, já está em curso: redimensionar a OSX para a nova realidade e mantê-lo no grupo. Ao invés de se tornar o maior estaleiro das Américas, como pretendia Eike Batista originalmente, se tornaria um estaleiro de médio porte, dedicado à construção de barcos de apoio para as petroleiras.
Para viabilizar a alternativa, porém, é preciso saldar as dívidas, em especial as de curto 
prazo. O dinheiro viria da venda da OSX 2, plataforma praticamente pronta que não tem 
serventia para o grupo. Seria usada nos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, anunciados como inviáveis comercialmente pelo grupo.
A OSX2 seria vendida por cerca de US$ 1 bilhão. Empresas especializadas em locação de plataforma estão avaliando a aquisição. Segundo fontes próximas à negociação, se a venda for fechada, a OSX conseguirá saldar as dívidas e se viabilizar como uma operação menor, mas rentável.
Em comunicado ao mercado, a empresa negou os rumores de que  recorreria a uma terceira alternativa: a recuperação judicial. "Trata-se de uma possibilidade legal disponível a qualquer empreendedora. Por parte da OSX, a diretoria da companhia não tem a intenção de utilizar-se de tal proteção legal", informou o comunicado.
Desvalorização. Apenas no primeiro trimestre deste ano, a OSX investiu mais de meio bilhão de reais no estaleiro, Nem todo o investimento programado, de quase R$ 5 bilhões, foi despendido. Mas o ativo já se encontra registrado no balanço referente até março por R$ 2,4 bilhões.
A OSX recebeu aprovação de prioridade de financiamento pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) de R$ 2,7 bilhões em junho de 2011, e depois uma linha adicional de R$ 1,5 bilhão. Não se sabe a cifra exata de quanto cada banco repassou, mas só a Caixa Econômica Federal financiou mais de R$ 1 bilhão. Ao menos Caixa e BNDES também fizeram empréstimos de curto prazo que vencem nos próximos meses.
A Caixa, em 27 de abril de 2012, concedeu R$ 400 milhões num empréstimo-ponte de 18 meses que vence no dia 19 de outubro. Em 28 de dezembro de 2012, foram repassados pela Caixa R$ 627,4 milhões, com carência de 36 meses e vencimento em junho de 2033, referente ao 1° desembolso do FMM.
Em 28 de dezembro de 2011, a OSX também recebeu R$ 427,6 milhões num empréstimo-ponte do BNDES com vencimento previsto para o próximo dia 15 de agosto.
A construção do estaleiro começou há exatos três anos. Até o ano passado, a previsão era de que a primeira fase iniciasse operações em março passado. A carteira de pedidos contratados já foi composta de 16 unidades destinadas à produção de petróleo e gás. As encomendas externas foram minguando e, na segunda-feira, veio o golpe fatal dentro do próprio grupo. A OGX anunciou que, por falta de petróleo para explorar, estava suspendendo a encomenda de cinco plataformas. As outras duas plataformas já em construção para a OGX, a OSX-3 e a WHP-2, receberão US$ 314 milhões da empresa de petróleo para sua conclusão.
Fonte: Sabrina Valle, de O Estado de S. Paulo

2- Shell quer detalhes sobre conteúdo local na rodada do pré-sal
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, publicou esta quinta, no Diário Oficial da União, resolução  aprovando os parâmetros técnicos e econômicos dos contratos de partilha de produção para a primeira rodada do pré-sal.
Será o primeiro leilão sob o regime de partilha. Segundo o documento, a participação mínima da Petrobras no consórcio vencedor do leilão será de 30% e o valor do bônus de assinatura, de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 50 milhões serão destinados à União.
"A indústria falava entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões sobre o bônus mínimo. Veio no meio da faixa. Agora resta aguardar a Agência Nacional de Petróleo publicar o draft (rascunho) do contrato e o edital para podermos focar no modelo econômico", disse:
Ele espera que o edital seja publicado até o fim de julho. "Esse prazo nos dá conforto para estarmos prontos para saber se participamos ou não do leilão. Temos que saber o papel que a empresa vai ter dentro do consórcio", afirmou.
O executivo confirmou que a Shell tem encomendas de dois carregamentos de óleo da OGX. Ele disse que a transação não é um contrato, mas um compromisso, sem prejuízos financeiros caso a OGX não tenha óleo para entregar.
"Não existe dinheiro envolvido. Se o óleo estiver disponivel, o compromisso é entregar para a Shell", explicou.
Cenários da Shell
Nos próximos 30 anos, as cidades deverão usar 80% do total da energia do mundo, enquanto nos dias de hoje usam 66% dessa energia. Este é um dos panoramas do futuro previsto pela Shell no livro "Cenários sob novas lentes", lançado nesta quinta-feira (4), no Rio de Janeiro.
O estudo aponta ainda para a substituição parcial do carvão pelo gás, o que vai contribuir para uma rápida redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
André Araújo, presidente da Shell do Brasil, ao lançar o estudo, ressaltou que  o mundo é feito de parcerias, que não se decide nada sozinho.
"Após a crise global, o cenário é de volatilidade. O conceito de trabalhar dentro da volatilidade é o que a gente vive. O crescimento populacional, um cenário político que muda do Oriente para o Ocidente, mais demanda de  energia, água, alimentos são situações que levarão sociedade, empresas, governos e academia a se unirem para buscar as soluções", disse.
O professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edmar Almeida disse que a recente mobilização social que tomou conta das ruas do país no último mês é um exemplo do que pode ser a discussão sobre o futuro de energia.
"A tendência é que a sociedade tenha participação e manifestação mais forte no papel das empresas e do governo no setor de energia", disse.
Para ele, o futuro da energia passa pelo gás de xisto e pelas novas energias renováveis, com  algum protagonismo das energias convencionais, petróleo, gás convencional e carvão.
O professor considera o gás de xisto a vedete do planejamento energético, mas disse que existem problemas de mobilização de recursos tecnológicos e humanos.
"São desafios importantes a serem vencidos na exploração do gás de xisto, apesar do grande potencial do país. Esses desafios vão requerer outro tipo de capacitação das empresas que é abrir o debate com a sociedade".
Como exemplo, o professor citou os transportes nas grandes cidades, que motivaram alguns dos protestos que o país viu no último mês.
"O transporte é insustentável, inaceitável. Vão ter que ser discutidas regras sobre uso de automóveis. A ideia de que cada um pode pegar seu carro e ir para onde quiser está sob ameaça", disse.
Fonte: G1

3- Produção de petróleo cresceu 3,7% em maio
P-56/Agência Petrobras 
A produção de petróleo no Brasil em maio de 2013 foi de aproximadamente 1,993 milhões de barris por dia (bbl/d) em maio, o que representa aumento de em torno de 3,7% em comparação ao mês anterior e redução na faixa de 2,7% em relação ao mesmo mês em 2012. Foram produzidos em torno de 74,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (MMm³/d), um crescimento de aproximadamente 9,4% frente ao mesmo mês em 2012 e de 0,2% em relação a abril de 2013.
Queima de gás
Houve redução na queima de gás, que foi de aproximadamente 3,2 milhões de m³/d, queda de em torno de 11,3% se comparada ao mesmo mês de 2012 e de 18,1% frente a abril de 2013.  Este é o segundo menor nível de queima de gás natural desde junho de 2000. Neste período, somente no mês de abril de 2011 foi registrada uma queima menor, quando foi queimado um volume de aproximadamente 2,9 milhões de m³/d. Todo gás natural queimado foi oriundo de contratos de concessões na fase de produção.
O aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,7%.
Pré-sal
A produção do pré-sal em maio foi de 272,6 mil bbl/d de petróleo e 8,9 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 328,8 mil boe/d, uma redução de 8,1% em relação ao mês anterior. A principal justificava para a redução na produção do pré-sal foi a parada programada para manutenção da plataforma FPSO Cidade de Angra dos Reis, unidade produtora do campo de Lula, onde todos os poços são produtores do pré-sal.
Esta produção foi oriunda de 27 poços: 6BRSA631DBESS, 7BAZ2ESS, 7BAZ3ESS, 7BAZ4ESS e 7BAZ6ESS em Baleia Azul; 6BRSA806RJS em Caratinga e Barracuda; 6BRSA639ESS, 7BFR6ESS e 7JUB34HESS em Jubarte; 3LI0005RJS, 3RJS0168RJ, 4RJS0156RJ, 7LI0015DRJS e 7LI0017DRJS em Linguado; 3BRSA496RJS, 9BRSA716RJS, 9BRSA908DRJS e 7LL3DRJS em Lula;  6BRSA770DRJS em Marlim e Voador; 6BRSA817RJS e 3BRSA1017DRJS em Marlim Leste; 3RJS0159RJ e 7PM0017DRJS em Pampo; 7PRB1ESS em Pirambu; 1BRSA594SPS e 3BRSA788SPS em Sapinhoá; e 4RJS0265ARJ em Trilha.
Campos produtores
O campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o maior produtor de petróleo e o segundo maior produtor de gás natural, com um volume total médio de 336,2 mil barris de óleo equivalente por dia (Mboe/d). O campo de Manati, na Bacia de Camamu, foi o maior produtor de gás natural com uma produção média de 6,4 milhões de m³/d.
Em torno de 92,3% da produção de petróleo e gás natural foram provenientes de campos operados pela Petrobras. Aproximadamente 91,2% da produção de petróleo e 72,3% da produção de gás natural do Brasil foram explotados de campos marítimos. A produção de petróleo e gás natural no Brasil foi oriunda de 9.112 poços, sendo 793 marítimos e 8.319 terrestres. O campo com o maior número de poços produtores foi Carmópolis, Bacia de Sergipe, com 1.116 poços.
A plataforma P-56, localizada no campo de Marlim Sul foi a unidade com maior produção, aproximadamente 145,5 mil boe/d através de oito poços a ela interligados. O grau API médio do petróleo produzido no mês foi de aproximadamente 24,1°, sendo que 8,9% da produção são considerados óleo leve (>=31°API), 61,1%, óleo médio (>=22°API e <31°API) e 30,0%, óleo pesado (<22°API), de acordo com a classificação da Portaria ANP nº 09/2000.
Acumulações marginais e bacias maduras
Os campos cujos contratos são de acumulações marginais produziram um total de 86,8 bbl/d de petróleo e 26,7 mil m³/d de gás natural. Dentre esses campos, o de Bom Lugar, operado pela Alvopetro, foi o maior produtor de petróleo, com 34,7 bbl/d, e o de Morro do Barro, operado pela Panergy, foi o maior produtor de gás natural, com 25,2 mil m³/d.
A produção procedente das bacias maduras terrestres (campos/teste de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) foi de 177,9 mil boe/d, sendo 144,3 mil bbl/d de petróleo e 5,3 milhões de m³/d de gás natural. Desse total, 3,7 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 369 boe/d no Estado de Alagoas, 1.549 boe/d na Bahia, 21 boe/d no Espírito Santo, 1.557 boe/d no Rio Grande do Norte e 237 boe/d em Sergipe.
Fonte: Ascom ANP

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