sábado, 13 de julho de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 138

I – NOTÍCIAS

1- ANP estuda a possibilidade de estender prazo de consulta a edital
A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a agencia reguladora está estudando a possibilidade de estender o prazo para os interessados enviarem contribuições na consulta pública da minuta do edital do primeiro leilão de área de pré-sal, no modelo de partilha. "Temos que medir a consequência disso mais à frente". Ela lembrou que a extensão desse prazo implicaria em um período menor para os técnicos da agência responderem a todos os questionamentos da indústria.
A executiva participou de uma coletiva de imprensa, realizada nesta sexta-feira (12), que tratou, principalmente, do leilão, marcado para o dia 21 de outubro, no Windsor Barra, no Rio de Janeiro.
Segundo Chambriard, o pré-sal de Libra será desenvolvido em módulos, com plataformas similares ao que será desenvolvido em toda a área de Cessão Onerosa. "Ou seja, a área poderá ser desenvolvida com um número entre 12 e 18 plataformas. Cada sistema de produção deverá ter de 8 a10 poços perfurados no mínimo". A ANP considera que as unidades cheguem a 150 mil barris de petróleo por dia, e que o pico de produção chegará, no mínimo, a 1 milhão de barris de petróleo por dia.
"Esse número depende do desenvolvimento do campo. Essa previsão é feita baseada no projeto básico da Agência", afirma Magda Chambriard, acrescentando que as premissas da agência reguladora levam em conta o primeiro óleo da fase de produção a partir do 5º ano do contrato.
Quando questionada sobre o investimento necessário para o campo, Magda preferiu exemplificar o possível valor de um poço no pré-sal. "Um poço perfurado no pré-sal pode custar US$100 milhões. Isso depois de uma curva de aprendizado", afirmou, dizendo que o que a ANP quer é um projeto otimizado das empresas, para que o valor para a sociedade se maximize.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação

2- ANP garante que o país se antecipa às questões do 'shale gas'
A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, garantiu que a agência reguladora está se antecipando às principais questões para assegurar que a exploração do gás não convencional (conhecido como shale gas) não repita os resultados negativos, observados em outros países, ao meio ambiente.
"O shale gas tem três questões que são muito importantes: é intensivo em perfuração de poços, exige grandes quantidades de fluido de perfuração, e seus fraturamentos devem ser projetados de forma a não atingir o aquífero - devem estar afastados há centenas de metros dos aquíferos", disse Chambriard durante coletiva de imprensa sobre o primeiro leilão do pré-sal, realizada nesta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro. Segundo ela, o país está se baseando nas curvas de aprendizao, principalmente, dos EUA. "Os Estados Unidos perfuraram, em uma área similar à brasileira, mais de de 4,5 milhões de poços, enquanto nós estamos em uma cifra de 27 mil".
Entre os cuidados primordiais da agência reguladora para a 12ª Rodada da ANP estão: o descarte de lama de perfuração, "que precisa ser reaproveitadas e já fazemos isso no Brasil", controle de fraturamento e a obrigação de revestimento do poço com tubo de aço. "Esses são cuidados mínimos que deverão ser considerados em projetos quando o desenvolvimento se tratar de gás não convencional", disse Chambriard.
A diretora geral da ANP lembrou da importância do aproveitamento do gás para levar energia para áreas remotas. "A possibilidade de descentralização de investimentos exploratórios com o gás em terra, no Brasil, levando energia para áreas remotas, é um projeto estruturante que não podemos deixar de lado", afirmou. Magda destacou que os lincenciamentos ambientais na fase de exploração de gás serão feito pelos órgãos estaduais. "Mas se o projeto resultante dessa exploração for de shale gas, isso será mais complicado, portanto será dirigido pelo Ibama", concluiu.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação

3- HRT decide não participar de 1ª Rodada de licitação do pré-sal
A petroleira brasileira HRT decidiu não participar da 1ª Rodada de licitação do pré-sal, que vai leiloar o prospecto de Libra, na Bacia de Santos. Marcado para 21 de outubro, será o primeiro leilão sob regime de partilha de produção. A empresa, que havia informado no início de quinta-feira que avaliava sua participação, comunicou no fim do dia que decidiu não participar da rodada.
Em nota, a petroleira disse que já analisou as minutas do contrato e do edital da licitação, publicados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na quarta-feira, e considerou os termos dentro do esperado. “No entanto, analisando os prazos envolvidos e as dimensões dos investimentos esperados, a empresa avalia que se trata de um ativo para as grandes companhias do petróleo mundial, que disponham de recursos financeiros e técnicos adequados para assumir os riscos de um projeto desta complexidade e envergadura”, afirmou.
A petroleira acrescentou ainda que se sente orgulhosa como companhia brasileira de petróleo em ser parte do setor, neste momento em que a ANP leva ao mercado “um projeto como este”.

4- SEP e Marinha firmam acordo
Redação TN/ Secretaria de Portos 
A Secretaria de Portos (SEP) e a Marinha do Brasil firmaram na última terça-feira (9) um Termo de Cooperação para viabilizar, por meio da Base de Hidrografia da Marinha, levantamento hidrográfico, atualização de documentos cartográficos e planejamento para a implantação de sinalização náutica nos portos brasileiros. O encontro ocorreu na Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, em Niterói, RJ.
Através desse instrumento, assinado pelo Ministro dos Portos, Leônidas Cristino e pelo Vice-Almirante Marcos Nunes de Miranda, Diretor de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, a SEP repassará à Marinha recursos financeiros no valor de R$ 6,6 milhões, para a compra de equipamentos e realização dos serviços. Os recursos foram previstos nos “Estudos para o Planejamento do Setor Portuário – PAC – Nacional” e “Dragagem e Adequação da Navegabilidade no Porto de Santos (SP) no Estado de São Paulo”.
O cronograma dos trabalhos prevê para o primeiro semestre o reconhecimento da área do Levantamento por equipe técnica; a execução do Levantamento Hidrográfico no canal de acesso ao porto; a manutenção dos bancos de dados, treinamento e carga de dados oriundos do projeto de levantamento e sinalização náutica; processamento dos dados do Levantamento Hidrográfico pelo Centro de Hidrografia da Marinha; e confecção e disponibilização de Folha de Bordo com a batimetria atualizada.
Para o segundo semestre de vigência estão planejadas a produção da nova edição da Carta Náutica referente ao trecho levantado; e a elaboração e apresentação do projeto de implantação de sinalização náutica do trecho incluído no Levantamento Hidrográfico. No terceiro semestre ocorrerá a distribuição da nova Carta Náutica para os agentes e postos de venda; e o acompanhamento da implantação e inspeção final dos sinais projetados.
Segundo o Ministro, parcerias com a Marinha precisam ocorrer para a segurança da navegabilidade de todos os portos nacionais.

5- Petróleo de xisto atrai competição 
Fonte: Noticiário cotidiano – Revista Portos & Navios
Tantas empresas entraram no negócio de fraturamento hidráulico que o preço desta técnica crítica para a exploração de petróleo e gás de xisto despencou nos últimos anos, forçando as pioneiras do serviço a criar novas tecnologias para se diferenciarem.
Schlumberger Ltd., Halliburton Co. e BJ Services, firma que é agora uma subsidiária da Baker Hughes Inc., antigamente faziam todos os trabalhos de fraturamento hidráulico nos Estados Unidos, ajudando as petrolíferas a extrair petróleo e gás natural das outrora inexploráveis formações de xisto e deflagrando um boom de produção no país.
Mas seus vultuosos lucros atraíram a concorrência e provocaram a criação de novas unidades de fraturamento por empresas independentes. Agora, a participação de mercado delas na técnica de bombeamento sob pressão - a etapa principal do processo de fraturamento, no qual uma mistura de água e químicos é injetada dentro do poço para romper (ou "fraturar") as formações rochosas e liberar o petróleo ou o gás - vem diminuindo à medida que concorrentes menores e mais baratas provam que podem fazer serviço semelhante.
A Halliburton, que faz mais bombeamento que qualquer outra companhia de serviços para o setor, viu sua margem de lucro na América do Norte cair de 27,5% em 2011 para 18,4% em 2012. No primeiro trimestre deste ano, a margem da empresa, que tem sede em Houston, Texas, foi de 16,3%.
A participação das três empresas no mercado de bombeamento sob pressão da América do Norte baixou de 85% dez anos atrás para 63% em 2012, segundo o Barclays.
"Uma coisa que odiamos como empresa é entrar numa licitação e ter 20 pessoas contra você", diz Mario Ruscev, diretor de tecnologia da Baker Hughes. "Não é um bom modelo de negócios."
As companhias de serviços deram mostras de otimismo cauteloso no fim do primeiro trimestre, julgando que os preços do bombeamento sob pressão atingiram o ponto mínimo e vão começar a se recuperar ainda este ano.
Um aumento na produção de petróleo significa mais trabalho para as frotas de equipamentos de fraturamento que estavam ociosas. Se o preço do gás natural subir, isso pode significar que as empresas exploradoras que frearam a perfuração nos campos de gás na época de excesso de suprimento retomem as operações - e, em tese, também aumentem as margens das empresas petrolíferas de serviços. Mas poucos esperam uma volta aos tempos do início do boom do xisto, quando a demanda pelos serviços de fraturamento superava a oferta de equipamentos disponíveis para o trabalho.
Pequenas empresas de serviços em campos petrolíferos, como a Nabors Industries Inc., a Basic Energy Services Inc. e a Patterson-UTI Energy Inc., têm comprado empresas de bombeamento sob pressão para aumentar sua presença no setor. E novatas vêm provando que barreiras para a indústria do gás de xisto, como o custo dos equipamentos e os conhecimentos técnicos, não são insuperáveis.
As grandes empresas de serviços petrolíferos, de capital aberto, estão tentando combater a concorrência usando seus orçamentos maiores para fabricar equipamentos mais potentes e mais eficientes. Também esperam se destacar pelo esforço de oferecer aos clientes melhores informações sobre o que acontece no subsolo.
Nos primeiros dias do boom da perfuração, as petrolíferas se concentravam em abocanhar áreas promissoras e correr para perfurar, mas Ruscev diz que elas agora estão mais receptivas a uma assessoria técnica que envolve "mais inteligência".
"Tudo é uma questão de risco. Se procurarmos as empresas e provarmos que podemos reduzir o risco de forma significativa, é obvio que elas vão pagar pela assessoria", diz ele.
A nova preferência das empresas exploradoras e produtoras de petróleo pelas jazidas de xisto rico em petróleo do que gás natural favorece as grandes empresas de serviço, pois essas áreas necessitam de mais produtos químicos especializados e outras tecnologias. Já o gás natural de xisto pode ser extraído com "força bruta" por concorrentes menores, disse James West, analista do Barclays.
Mas os métodos de alta tecnologia nem sempre são recompensados. O diretor-presidente da Schlumberger, Paal Kibsgaard, disse a analistas em abril que os clientes americanos não têm demonstrado muito entusiasmo pelos esforços da empresa para tornar a perfuração de poços de xisto mais eficiente, nem por seus investimentos em tecnologias para o xisto. A Schlumberger, sediada em Houston, Texas, gasta mais em pesquisa e desenvolvimento do que a Halliburton e a Baker Hughes, somadas.
Fonte: Valor Econômico/Alison Sider | The Wall Street Journal


II – COMENTÁRIOS

1- FMM vai analisar concessão de prioridade a embarcações e estaleiros
O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) vai se reunir, no próximo dia 2 de agosto, para analisar a concessão de prioridade a projetos de 28 empresas postulantes a financiamentos do Fundo. Participarão os integrantes da nova composição do CDFMM.  Com a publicação do Decreto nº 8.036 de 28 de junho último, foram incluídos no Conselho os três principais agentes financeiros do Fundo da Marinha Mercante: BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal; além da Casa Civil da Presidência da República e da Petrobras nas deliberações do Conselho.  
Conforme a Portaria GM nº 253, de 2009, uma vez aprovados, os projetos estarão aptos para contratação com os agentes financeiros dentro do prazo de 360 dias a contar da publicação do resultado da reunião no Diário Oficial da União. Somente após a contratação, os desembolsos de recursos do Fundo da Marinha Mercante poderão ser iniciados.  
O Fundo da Marinha Mercante é a principal fonte de financiamento de longo prazo destinada a promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileira. Em 2012, o Fundo contratou R$ 12,2 bilhões em projetos e investiu R$ 4,8 bilhões.
Fonte: Jornal Agora,RS 

2- AIE prevê que a demanda de petróleo crescerá em 2014  
A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê que em 2014 a demanda de petróleo crescerá com força graças à recuperação econômica depois de ter começado a melhorar em 2013.
A agência energética dos países desenvolvidos publicou sua primeira previsão detalhada para 2014, em que espera uma alta do consumo em 1,2 milhão de barris em relação a 2013.
A demanda alcançaria assim um novo recorde de 92 milhões de barris diários (mbd), graças a uma melhora da economia mundial.
Apesar do recorde não ser uma surpresa - o consumo mundial de petróleo bate regularmente seu nível a cada ano - este ritmo significaria uma aceleração em relação a 2013, que ao final do ano, terá registrado um aumento da demanda de cerca de 930.000 barris diários.
Este resultado significa uma revisão para cima da demanda de cerca de 145.000 barris diários este mês, a 90,8 mbd, disse a AIE em seu relatório mensal.
Um clima incomumente frio para a temporada na OCDE se traduziu em uma demanda surpreendente, em um momento do ano - o segundo trimestre - em que a demanda costuma alcançar seu ponto mais baixo´, disse a agência com sede em Paris.
Segundo a AIE, o frio aumentou a demanda em 645.000 barris por dia adicionais no segundo trimestre.
Contudo, estas previsões para 2013 e 2014 não leva em conta a revisão para baixo de 0,2 ponto percentual do crescimento econômico mundial este ano e no próximo anunciado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado muito tarde para entrar no relatório mensal, explica a agência.
Segundo o FMI, o crescimento mundial deveria chegar a 3,1% este ano antes de acelerar a 3,8% no próximo.
Na quarta-feira, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou que prevê um crescimento de 1,04 mbd da demanda no próximo ano, devido, também a uma previsão de melhora econômica.
Os motores deste crescimento serão os países emergentes, apesar de os sinais de desaceleração na China começarem a preocupar.
Segundo a AIE, o gigante asiático e segunda economia mundial representará apenas 385.000 barris diários adicionais de consumo no próximo ano.
Quanto à oferta, a AIE destaca que o mercado petrolífero mundial está tenso pelos incidentes na Líbia, Nigéria e Iraque, que reduziram a produção da OPEP em 370 mil barris diários.
Além do impacto da situação no Egito, cujo canal de Suez é vital para o transporte de petróleo, os preços subiram devido às inundações no estado canadense de Alberta e pela redução da produção das refinarias nos Estados Unidos, apesar de uma situação 
Fonte: UDOP

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