sábado, 20 de julho de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 139

I – NOTÍCIAS

1- Governo Federal vai leiloar 11 áreas no Porto de Santos
Fonte: Estadão  
O governo vai transformar em 11 as 25 áreas do Porto de Santos (SP) que pretende leiloar ainda este ano, pelo fato de os contratos de concessão terem vencido ou estarem por vencer. A informação consta do edital de licitação que deveria ter sido divulgado na quinta-feira (18), mas atrasou e ainda não tem data definida.
No total, serão oferecidos à iniciativa privada 1,1 milhão de metros quadrados, mas numa configuração diferente da atual. O governo vai aproveitar o fim dos contratos para unir áreas contíguas e permitir a instalação de terminais maiores. É o que os técnicos apelidaram de "desfavelização" do porto. Além disso, a intenção é organizar os terminais de forma a não ter, por exemplo, embarque e desembarque de produtos químicos perto de alimentos.
Para facilitar o processo, será necessário antecipar o encerramento de contratos. Há, por exemplo, áreas cujas licenças iriam até 2017. O mesmo procedimento está em curso nos portos do Pará, cujo edital deverá sair na mesma ocasião que o do de Santos. Em terras paraenses, as 26 áreas disponíveis, que somam 1 milhão de metros quadrados, serão convertidas em 20.
Capacidade
De acordo com a Secretaria de Portos, a junção de áreas em Santos vai aumentar a capacidade de armazenagem e melhorar a operação portuária, "tanto na recepção quanto no manuseio e atracação de navios". O órgão acredita que haverá racionalização no uso dos acessos terrestres aos terminais.
Os editais de Santos e Pará serão os primeiros de concessões de áreas em portos organizados após a aprovação da nova Lei dos Portos, no final de maio.

2- Câmara de Comércio Brasil-Alemanha promove workshop no RJ 
A Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK RJ) promoveu na sexta-feira (19), no edifício sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), um evento fechado sobre o setor de petróleo e gás e naval em conjunto com representantes da delegação do vice-ministro de Economia e Ciências da Alemanha, Hans-Joachim Otto. Na ocasião, foi debatida uma proposta de trabalho baseada na pauta elaborada na reunião ocorrida no dia 3 de julho entre a Petrobras e as principais empresas alemãs do setor. A ideia é mostrar para os representantes alemães os potenciais econômicos do Rio de Janeiro.
A abertura do evento contou com o presidente da AHK RJ, Sergio Boanada, com o cônsul-geral da Alemanha no Brasil, Harald Klein, e com o  vice-ministro de Economia e Ciências da Alemanha, Hans-Joachim Otto. Os palestrantes serão Luiz Carlos T. de Carvalho, assessor-chefe de Comércio e Investimentos da Secretaria de Estado da Casa Civil; Andrea Bedeschi, relações internacionais da Rio Negócios; Tami Vivas, especialista em relações internacionais do Centro Internacional de Negócios da Firjan, além de representantes da Sete Brasil, Schulz América Latina e Man Diesel & Turbo Brasil.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

3- Um ano a ser lembrado  
O ano de 2013 ficará marcado na historia da indústria do petróleo brasileiro pelo grande passo em relação à pesquisa em algumas bacias sedimentares de novas fronteiras, pela confirmação do potencial petrolífero de parte da área do pré-sal e pela pesquisa específica de gás natural em bacias terrestres.
Após um período de cinco anos sem rodadas de licitação de blocos exploratórios, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) promoveu a 11ª Rodada, em 14 de maio.
Onze bacias fizeram parte do leilão, que se concentrou na Margem Equatorial Brasileira, sendo que pela primeira vez todos os Estados do Norte e do Nordeste estavam representados.
Foram leiloados 289 blocos, sendo 94 em águas profundas, 72 em águas rasas e 123 em bacias terrestres, com um total de 155 quilômetros quadrados de áreas ofertadas.
O resultado do leilão foi considerado muito bom, pois, dos 289 blocos, 142 foram arrematados, com o governo arrecadando R$ 2,8 bilhões em bônus de assinatura e as empresas vencedoras assumindo o compromisso de investir R$ 7 bilhões nos programas exploratórios mínimos durante a primeira fase do contrato de concessão.
Ressalte-se que, na 11ª Rodada, concorreram 18 empresas estrangeiras e 12 nacionais.
Outro fato importante a ressaltar é que na maior parte das bacias terrestres o potencial petrolífero é para a descoberta de gás natural.
Portanto, espera-se que as atividades exploratórias confirmem esse potencial e o gás passe a ter papel preponderante na matriz energética do Brasil.
Ainda para este ano o governo programa a 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal, em outubro, e também a 12ª Rodada de Licitações, esta com foco no gás natural, com previsão para novembro.
A área ofertada na 1ª Rodada do Pré-Sal será o Prospecto de Libra, localizado na bacia de Santos, cuja descoberta se deu com a perfuração do poço estratigráfico 2-ANP2-RJS, em 2010.
A ANP estima um volume entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris de óleo "in situ", dos quais 8 bilhões a 12 bilhões de barris são recuperáveis --isto é, Libra poderá ter um nível de reservas bem próximo ao de todos os demais campos brasileiros somados.
Essa rodada do pré-sal é a primeira experiência que o Brasil fará no modelo de partilha da produção.
Isso porque a partir de 2010 entrou em vigor um regime de regulação misto; enquanto a lei 9.478/97 regula o regime de concessão, a lei 12.351/2012 estabeleceu para as áreas de um polígono do pré-sal e outras consideradas como estratégicas o regime de partilha da produção.
Para a 12ª Rodada, o regime será o de concessão, que incluirá as bacias sedimentares terrestres do Paraná, dos Parecis, do Parnaíba, do Recôncavo, do Acre e do São Francisco. Essas áreas ainda aguardam a aprovação do CNPE (Conselho Nacional de Políticas Energéticas) e a posterior autorização da presidente da República.
Visando a atrair investimentos estrangeiros para a 1ª Rodada do Pré-Sal, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, iniciou no início deste mês um road show pela Europa e pela Ásia.
O pré-sal é uma área com um potencial muito grande, mas que exige investimentos vultosos tanto na fase exploratória como no desenvolvimento e na produção.
É esperada uma grande disputa, em que o governo, além de arrecadar a vultosa quantia fixada em R$ 15 bilhões com o bônus de assinatura, espera obter da empresa ou consórcio vencedor uma elevada parcela do óleo a ser produzido como pagamento pelo direito de exploração.
Pela lei, a Petrobras terá necessariamente um mínimo de 30% de participação, além de ser obrigatoriamente a empresa operadora.
A volta dos leilões neste ano em grande estilo é sem dúvida motivo de comemoração. No entanto, as companhias de petróleo trabalham com planejamento e alocação de recursos visando o longo prazo.
Assim, a volta de uma programação de leilões com recorrência pelo menos anual a partir de 2014, como foi o padrão até a 10ª Rodada, em 2008, seria certamente muito bem-vista pela indústria. 
Rodolfo Landim - Engenheiro civil e de petróleo, é presidente da
Ouro Preto Óleo e Gás e sócio-diretor da Mare Investimentos
Fonte: Folha de S. Paulo  

4- China assume liderança mundial em energia solar
O reinado da Alemanha, no que diz respeito a energia solar, chegou ao fim. A China garantiu sua posição como líder mundial no setor devido à instalação de 3 gigawatts de utilização em escala da fonte energética. Em menos de um ano, o país construiu 40 novas usinas de energia solar com capacidade de produção de mais de 1 GW cada uma delas. A locomotiva ajudou a elevar o potencial global para 15GW. Só entre dezembro de 2012 e julho de 2013, houve um aumento de 35% na produção de energia solar entre os 596 parques espalhados por todo o mundo.
Fonte: TN Sustentável

5- Maior demanda por energia faz crescer oferta de emprego em petróleo e gás
A combinação de uma população que cresce a cada dia e que tem contribuído para a crescente demanda por energia, combinada com o número de profissionais se aproximando da aposentadoria e com o baixo número de profissionais sendo formados, desencadeia um problema que afeta o mundo todo: a falta de engenheiros na indústria petrolífera.
Atualmente no Brasil, são formados, em média, 40 mil engenheiros por ano, mas a carência chega ao dobro disso. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), até 2020, esse número deve chegar a 95 mil, para sustentar um crescimento econômico anual de 4%. Em um ano, o salário médio dos engenheiros da área de petróleo, óleo e gás aumentou 39,41%. 
Projetos complexos - como os ligados ao pré-sal - dão uma nova dimensão à guerra por talentos: a necessidade de atrair indivíduos para compartilhar conhecimento através de múltiplas localidades e em todos os níveis. A participação do pré-sal na produção brasileira de petróleo deve passar de 2% em 2011 para 18% em 2015 e para 40,5% em 2020.
Os desafios que existem só podem ser resolvidos através do desenvolvimento de uma mão-de-obra verdadeiramente globalizada, estabelecendo uma orientação entre colegas de trabalho para transmitir o conhecimento da equipe de engenharia sênior para os trabalhadores iniciantes. Até 2015, serão necessários 300 mil novos profissionais, segundo a Federação Nacional dos Engenheiros.
Fonte: Revista TN Petroleo


II – COMENTÁRIOS

1- Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes
No período de 04 a 08 de novembro de 2013 a Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes – ANPET conjuntamente com a Universidade Federal do Pará - UFPA, e a Universidade da Amazônia - UNAMA, realizarão o XXVII ANPET - Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes, este ano com sua primeira edição na região norte do país. O evento deverá reunir cerca de 500 participantes e nele serão apresentados e discutidos mais de 250 artigos técnicos e científicos relativos a transportes. O evento abrigará também Seminários, Mesas Redondas, Mini-Cursos, Conferências, abrangendo as mais diversas áreas de conhecimento do setor. Além disso, conta-se com espaço disponível (estandes) para empresas e instituições interessadas em divulgar os avanços tecnológicos e científicos do setor, na forma de uma Feira Expositiva que busca apresentar uma Mostra Técnica do Setor de Transportes.
Esta será uma ótima oportunidade para discutir temas que afetam os diversos setores de transportes e seus representantes, assim como a complexa região Amazônica e seus desafios para o desenvolvimento da mobilidade sustentável no Brasil”, explica Márcio D’Agosto, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET). Os temas abordados serão: Infraestrutura de Transportes; Sistemas Aeroviários, Cicloviários, Hidroviários e Ferroviários; Sistemas Inteligentes de Transportes (equipamentos de tráfego e sinalização); Uso do Solo Urbano e Transportes; Bilhetagem Eletrônica; Segurança Viária; Logística; Financiamento para Sistema de Mobilidade Urbana e Meio Ambiente.
Fonte: Assessoria

2- OGX deve deixar lições ao mercado
A ascensão e queda da OGX vai entrar para a história como um dos casos mais emblemáticos do mercado de capitais. Como ocorreu com a quebra da Sadia e da Aracruz, após apostas das duas empresas em derivativos cambiais de risco, a trajetória meteórica de cinco anos da empresa na Bovespa tem tudo para virar o motivo central de algumas lições.
Desde o julgamento da Sadia, em 2010, não há dúvidas sobre a responsabilidade que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atribui ao conselho de administração e seus participantes na gestão e fiscalização do negócio.
No caso da OGX, o saldo da discussão será a qualidade da comunicação e o velho hábito das companhias de vestir a noiva da melhor maneira possível, algumas vezes, beirando o limite do disfarce.
No foco da questão, está o papel dos executivos no diálogo com o mercado, em especial aqueles com responsabilidade legal - ou seja, presidente e diretor de relações com investidores, além do controlador.
A CVM, na Instrução 480, é bastante clara. Diz em seu artigo 45: o diretor de relações com investidores (DRI) é responsável pela prestação de todas as informações exigidas pela legislação e regulamentação do mercado. Mas o dever desse executivo não diminui o dos demais administradores. "A responsabilidade atribuída ao diretor de relações com investidores não afasta eventual responsabilidade do emissor, do controlador e de outros administradores pela violação das normas legais e regulamentares que regem o mercado", completa a mesma regra, no artigo 46.
A OGX é uma oportunidade para a CVM explorar a aplicação dessas regras de comunicação, assim como Sadia e Aracruz foram sobre os deveres do conselho de administração. A comunicação com o mercado é de responsabilidade direta do presidente da companhia e de seu diretor de relações com investidores.
Eike Batista, idealizador e controlador da OGX, sempre esteve à frente do conselho de administração. Como controlador, é o maior acionista e, portanto, também é o principal afetado pela perda de valor do negócio.
Comunicação é responsabilidade do presidente e do diretor de relações com investidores
A gestão executiva sempre ficou nas mãos de profissionais de mercado. O primeiro presidente foi Luiz Rodolfo Landim, que ficou até abril de 2009, dez meses após a estreia da companhia na bolsa. O cargo então foi assumido por Paulo Mendonça, que ficou até junho do ano passado, quando foi substituído por Luiz Eduardo Carneiro, já em meio ao agravamento da crise de confiança que começou a se abater sobre a empresa em 2011. Na diretoria de relações com investidores, Marcelo Torres conduziu os trabalhos até abril de 2012, quando a área passou aos cuidados de Roberto Monteiro. Cabia a esses executivos, portanto, a tarefa de frear e filtrar os arroubos otimistas do controlador.
A OGX, de 2008 a 2013, divulgou 114 fatos relevantes. Para se ter uma ideia de volume, desde fevereiro de 2003, após instalação do atual sistema eletrônico da CVM, a Ambev, a maior companhia da bolsa brasileira, emitiu 41 comunicados deste tipo e a Petrobras, um total de 155.
Os comunicados da OGX chamavam atenção pelo conteúdo técnico. Dos textos, a parte com linguagem simples e acessível eram, na maioria das vezes, as aspas do então diretor presidente Paulo Mendonça ou do próprio controlador Eike Batista. Quase sempre, mais do que traduzir os dados técnicos, essas declarações comemoravam as informações e falavam da campanha exploratória "promissora" da empresa.
Essa foi a rotina durante 2009 e boa parte de 2010: uma longa sequência do registro de presença de "hidrocarbonetos" nos poços da empresa. Foi nesse período que o valor de mercado da OGX atingiu sua máxima.
A companhia chegou à Bovespa às vésperas do estouro da crise, em junho de 2008, com uma oferta pública inicial de R$ 6,7 bilhões. Em novembro de 2007, havia levantado US$ 1,3 bilhão com investidores privados, sem abrir capital, para ter recursos para o leilão dos campos.
Em sua história, a companhia investiu US$ 7 bilhões, entre campanha sísmica, pagamento de bônus de exploração e perfuração. Para tanto, captou com ações e papéis de dívida um total de US$ 9,4 bilhões.
Quando estreou na bolsa, a OGX foi avaliada em R$ 35 bilhões. Já nasceu grande. Mas, em outubro de 2010, após os primeiros resultados da campanha exploratória, ultrapassou a cifra de R$ 75 bilhões de capitalização. Chegou a ser, portanto, a maior empresa privada não financeira atrás apenas das três gigantes - Ambev, Petrobras e Vale.
Hoje, após admitir que a impossibilidade de operar seus principais poços, a companhia está avaliada em R$ 1,6 bilhão.
A partir de 2009, quando começaram as surgir os primeiros resultados dos estudos exploratórios e o registro dos hidrocarbonetos, o mercado chegou a questionar a quantidade de fatos relevantes para relatar apenas o indício da existência de petróleo nos poços. Para uma minoria crítica, os fatos relevantes já eram uma maneira da OGX vestir a noiva ao mercado.
Mas a maioria dos investidores, otimistas com a perspectiva do negócio, destacavam que a comunicação era a esperada para uma companhia pré-operacional. Entendiam que a OGX estava prestando contas ao mercado sobre o que fazia com os bilhões captados. No limite, estava sendo transparante.
A dinâmica da comunicação da companhia só mudou quando o cenário deixou de ser tão azul. E as novidades, já não tão boas, não eram mais alvo de fatos relevantes. Viraram comunicados ao mercado.
A partir de 2011, vieram as primeiras decepções. As informações negativas trouxeram frustrações pelo conteúdo e pela forma.
Em abril de 2011, um relatório da consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M) apontou para um volume menor de óleo do que o esperado para a OGX. A reação da administração foi minimizar o resultado. Mendonça chegou a comparar o relatório com o personagem "Benjamin Button", do cinema, alegando que a avaliação "nasceu velha".
Pouco menos de um ano depois, em março de 2012, os investidores souberam de novidades pouco animadoras sobre o campo Waikiki por meio de apresentações feita pela OSX. Por fim, a maior frustração veio, então, em junho de 2012 - antes da declaração de inviabilidade comercial. A produção do principal campo em atividade ficou em 5 mil barris diários, quando o esperado eram 15 mil barris.
Contar boas novas com festa e minimizar notícias ruins tende a ser prática corriqueira das companhias abertas. O limite desse comportamento não está nada claro e a expectativa é que a questão seja avaliada agora pela CVM.
Contar boas novas com festa e minimizar notícias ruins tende a ser prática corriqueira das companhias abertas
A mesma Instrução 480 que aponta o diretor de relações com investidores como responsável pela comunicação diz em seus artigos 14 e 15: "O emissor deve divulgar informações verdadeiras, completas, consistentes e que não induzam o investidor a erro" e "Todas as informações divulgadas pelo emissor devem ser escritas em linguagem simples, clara, objetiva e concisa".
O Valor apurou que as decisões da CVM de colocar em revisão as Instruções 358 e 480 têm como objetivo colocar no papel aprendizados com a vida prática das companhias - muitos deles com o Grupo X.
Há preocupação em deixar claro o que é um fato relevante e quais são os princípios gerais da boa comunicação com o mercado.
A ideia da existência de princípios gerais é que eles possam ser aplicados e cobrados, pela CVM, sobre divulgações feitas em qualquer plataforma, seja a comunicação oficial, seja comentários e declarações em redes sociais.
O Twitter, por exemplo, era amplamente usado por Eike Batista para demonstrar a confiança na empreitada. Suas declarações costumavam gerar grande repercussão.
Por enquanto, o que está sendo investigado, conforme apurou o Valor, é se a OGX forneceu as informações corretas no momento adequado e prontamente. Não há, até o momento, suspeitas de comportamentos mais graves, como fraude.
Outro saldo que deve ficar da destruição de mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado é o reforço de uma lição aprendida fora do Brasil com o estouro da crise financeira a partir dos Estados Unidos: nada substitui a diligência dos investidores e acionistas.
A despeito da investigação que a CVM conduz na companhia, diversos especialistas destacam que muitas bandeiras com alertas importantes estavam escancaradas ao mercado há tempos.
Além do fato de o negócio ser de elevado risco, afinal a OGX é uma companhia pré-operacional de exploração de petróleo, as frustrações com a comunicação feita pela empresa e rotatividade incomum no quadro de executivos e até de conselheiros deveriam ter sido consideradas pelos investidores.
Desde 2008, cresce a cobrança para que os acionistas sejam mais participativos na atuação junto às empresas, no lugar de simplesmente venderem as ações quando ficam descontentes.
Fonte: Valor Econômico

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