sábado, 15 de junho de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 134

I – NOTÍCIAS

1- Empresas investem em manutenção submarina
Fonte: Redação TN Petróleo/ Rodrigo Miguez 
Durante a plenária "Manutenção de Equipamentos Submarinos", Petrobras, Schulumberger, FMC e Siemens falaram sobre seus investimentos para garantir a integridade dos equipamentos e manter os níveis de produção de petróleo e gás. 
Lauro Puppim, gerente da Petrobras, falou sobre um dos mais recentes e importantes investimentos que a empresa vem realizando, no caso, com a implementação do Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef), nas Unidades de Operação Rio e Bacia de Campos (UO-Rio e UO-BC).
Segundo ele, o foco na UO-BC está em recuperar as perdas que a Petrobras vem registrando nos últimos anos, com queda de produtividade na Bacia de Campos, e voltar aos níveis de alguns anos. Já na UO-Rio, que tem atividades mais recentes, a intenção da empresa é evitar que haja queda na produção, principalmente por causa das plataformas, que tem mais tecnologia. 
"A manutenção é um excelente investimento, pois o retorno do valor aplicado é rápido", afirmou. "Por isso, o monitoramento é fundamental para garantir a integridade dos equipamentos submarinos da companhia", completou. 
Lauro disse que o Proef já vem apresentando resultados positivos e que a tendência é de crescimento das unidades até o cenário de 2019. Já Artur Eugênio, consultor sênior da FMC Technologies, mostrou o sistema de controle submarino de proteção sobre-pressão de Mexilhão, conhecido como HIPPS. 
"Os resultados tem sido muito bons em Mexilhão e desde o início a Petrobras teve a preocupação no treinamento do seu pessoal para garantir a integridade do sistema", afirmou. 
Segundo ele, o sistema funciona de forma que mostra se há a necessidade de se fechar uma válvula de uma árvore de natal molhada (ANM) ou de um manifold.
Apesar da importância, Eugênio disse que o sistema é muito pouco demandado e que a manutenção constante desse sistema é primordial, já que o nível aceitável de falha é de 1 em cada 1000 demandas. Para ele, o uso do HIPPS foi o que viabilizou economicamente o campo de Mexilhão. 

2- Mercado mais favorável ao etanol  
Os produtores de açúcar e etanol do Centro-Sul apostam as fichas no aumento do consumo doméstico do biocombustível para dar vazão à grande oferta de cana disponível para processamento nesta safra 2013/14. Traders estimam que o potencial de avanço da demanda interna de etanol na região supera 30%. Se confirmadas as projeções, o volume médio mensal subiria para cerca de 1,2 bilhão de litros.
Até o fim da safra, esse cenário poderá gerar um consumo acumulado adicional de cerca de 2 bilhões de litros de etanol hidratado, elevando a demanda interna total pelo produto a 13,5 bilhões de litros em 2013/14. "Nos dois primeiros meses da safra, abril e maio, ainda não houve reação. Nossas projeções consideram uma mudança nos volumes mensais a partir de junho", diz Martinho Seiiti Ono, presidente da SCA Trading.
A aposta do segmento é que o motorista da região Centro-Sul - onde há mais Estados nos quais o etanol tem maior viabilidade econômica em relação à gasolina - perceberá no bolso essa vantagem. No município de São Paulo, a maioria dos postos vendeu etanol a preços mais atrativos do que a gasolina na semana encerrada em 8 de junho. Além da capital - onde, na média, o preço do etanol equivaleu a 65,5% do preço da gasolina -, a vantagem se estendeu por todo o Estado. Quadro semelhante foi verificado em Goiás e em Mato Grosso.
Cada veículo flex do Estado de São Paulo consumiu, em 2009 em torno de 220 litros de etanol. Na época, os preços do biocombustível estavam baixos e a paridade com a gasolina alcançava 56%, bem abaixo de 70%, nível considerado limite para preservar sua competitividade em relação ao rival fóssil. Nos anos seguintes, problemas climáticos afetaram a produção de cana e a oferta de etanol. Os preços começaram a subir e desestimularam a demanda, de forma que, em 2012, cada veículo consumiu 82 litros de etanol no mercado paulista, conforme dados da SCA Trading. Nos 12 meses da safra 2013/14, o potencial, segundo Ono, é que o consumo atinja 110 litros.
Mas, para isso, será preciso que toda a queda dos preços do etanol na usina e toda a isenção tributária concedida à cadeia do biocombustível - R$ 0,048 por litro na usina e R$ 0,072 na distribuidora - sejam repassados aos consumidores. Na semana encerrada em 8 de junho, o preço do etanol na cidade de São Paulo ficou, em média, em R$ 1,769, ante os R$ 2,702 da gasolina. O potencial, segundo o presidente da SCA Trading, é que o preço médio do litro do etanol recue nos postos da cidade de São Paulo para R$ 1,70 o litro e o da gasolina fique em até R$ 2,70, o que deixaria a relação em 63%. 
Fabiana Batista
Fonte: Valor Econômico

3- Câmbio amplia defasagem nos preços da gasolina e do diesel  
A desvalorização do Real coloca pressão sobre os preços dos combustíveis no Brasil e deve ter forte impacto nas finanças da Petrobras. Cálculos feitos por consultorias especializadas a pedido do Brasil Econômico indicam que a defasagem no preço da gasolina chega a 28,6%.
No caso do diesel, a diferença entre o preço praticado pela estatal e a cotação norte-americana, usada como referência pela estatal, pode chegar a 15,8%. Analistas divergem com relação à possibilidade de novos reajustes ainda este ano.
Os cálculos do preço dos combustíveis consideram a cotação do Golfo do México e a taxa de câmbio. Embora apontem números diferentes, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e a consultoria Tendências detectaram um aumento na diferença entre as cotações internacionais e o valor de venda pela Petrobras nas últimas semanas, em virtude da desvalorização do real. Usando como referência o fechamento de ontem , a Tendências calcula defasagem de 28,6% no preço da gasolina e de 15,8% no preço do diesel.
Para o CBIE, que calculou com base nas cotações do dia 10 de junho, a gasolina e o diesel vendidos pela Petrobras estão 17,6% e 14,5% mais baratos do que no mercado internacional. A consultoria aponta que subiu 7,8 pontos percentuais desde o dia 30 de abril, último mês com fechamento de câmbio a R$ 2 por dólar. No caso do diesel, a elevação foi de 8 pontos percentuais. "A Petrobras perde com a venda, no Brasil, de um produto que compra mais caro no exterior", comenta o consultor Adriano Pires, do CBIE.
De fato, segundo suas contas, o litro da gasolina na região do Golfo do México custava o equivalente a R$ 1,627, ou R$ 0,28 acima do valor de venda pelas Petrobras. A diferença no preço do diesel era de R$ 0,28 por litro. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras vem importando, em 2013, uma média mensal de quase 500 milhões litros de gasolina e 1 bilhão de litros de diesel.
A diferença entre as cotações internacionais e o preço interno dos combustíveis foi a principal explicação para a queda de 36% no lucro da empresa em 2012: com o crescimento da demanda brasileira, sem aumento do parque nacional de refino, a solução foi buscar mais produtos no mercado internacional. No início do ano, com o objetivo de minimizar as perdas, o governo autorizou reajustes dos preços da gasolina e do diesel, em 6,6% e 5,4%, respectivamente. Em março, a empresa elevou novamente o preço do diesel, em 5%.
"A Petrobras já teve uma série de reajustes este ano e acho difícil que o governo autorize novo aumento", comenta o analista de petróleo do BES Securities, Oswaldo Telles. "A empresa vai ter que torcer para o câmbio recuar". Há grande preocupação com o impacto inflacionário de reajustes nos preços dos combustíveis - para minimizar este risco, o governo reduziu a carga tributária sobre a gasolina e o diesel quando autorizou os primeiros aumentos do ano.
"O cenário corrobora novo aumento nos preços ainda este ano", discorda o analista da Tendências Walter de Vitto, que, mesmo esperando um recuo na cotação da moeda norte-americana para R$ 2,10 no final de 2013, projeta reajustes de 7,5% para os dois produtos em setembro. "O governo não deve deixar muito para o final do ano, para evitar contaminação do ano eleitoral", argumenta o especialista.
Telles ressalta que, além do impacto nos custos dos combustíveis importados, a Petrobras deve sofrer com o impacto da desvalorização do Real em sua dívida. "A empresa tem uma posição exposta ao dólar muito grande", afirma. Em seu balanço do primeiro trimestre, a companhia informou que 55% de sua dívida de R$ 196 bilhões estão atrelados à moeda norte-americana. 
Nicola Pamplona
Fonte: Brasil Econômico 

4- ANP leiloará 250 blocos em novembro 
Fonte: Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore 
A superintendente de promoções e licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Cláudia Rabello, afirmou ontem que cerca de 250 unidades de exploração devem ser leiloadas na 12ª rodada de licitações de blocos exploratórios, nos dias 28 e 29 de novembro deste ano. O número de blocos e a realização da rodada, entretanto, ainda dependem de autorização do Conselho Nacional de Política Econômica (CNPE), prevista para o fim do mês.
Deverão ser leiloadas áreas, com potencial para gás natural em terra, nas bacias do Acre, Parecis, Paraná, Parnaíba, Sergipe-Alagoas, Recôncavo e São Francisco. O pré-edital da rodada, que será sob regime de concessão, deve sair até o fim de julho.
De acordo com Cláudia, a agência ainda não tem previsão de quanto cada bloco pode arrecadar com bônus, valor calculado com base em informações como volume de dados existentes para cada área, futuras descobertas, infraestrutura para escoar a produção e atratividade geológica.
Depois de cinco anos sem licitação de blocos de petróleo, 2013 será marcado pela realização de três grandes rodadas: 11ª, 12ª e a primeira rodada de licitação de áreas do pré-sal, sob regime de partilha, que vai leiloar o reservatório de Libra, na Bacia de Santos.
Cláudia afirmou ao Valor que novas rodadas de licitação só deverão acontecer de novo a partir de 2015. "Possivelmente não faremos novas rodadas de blocos exploratórios, nem do pré-sal, no próximo ano. Se houver, vai ser alguma rodada para pequenas empresas, de campos maduros", disse Cláudia, que participou de seminário sobre óleo e gás, organizado pela corretora de seguros JLT Re.
A superintendência de definição de blocos e de áreas de dados técnicos da agência reguladora trabalha constantemente em estudos para compreender quais áreas podem ser ofertadas em leilões futuros. Cláudia destacou que foram estudadas algumas áreas do pré-sal para serem incluídas na licitação deste ano, mas que ficaram de fora.
"Existem áreas do pré-sal já estudadas e que pensamos incluir nessa primeira rodada do pré-sal".
Fonte: Valor Econômico/Marta Nogueira | Do Rio

5- Eike Batista reduz participação na OGX para 58,9%
11/06/2013 | 10h26 
O empresário Eike Batista reduziu sua participação na petrolífera OGX de 61,1% para 58,9% em maio, de acordo com documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, o empresário vendeu 70,5 milhões de ações no mês passado, por R$ 121,9 milhões.
As operações de venda se concentraram nos dias 24, 27, 28 e 29 e foram intermediadas pelo Itaú BBA. Os papéis foram vendidos em linha com o preço médio de cada pregão e um pouco acima da cotação de fechamento. Nos quatro dias, as ações fecharam a sessão em baixa. A queda acumulada de 23 a 29 de maio foi de 20%.
As ações da OGX despencaram 9,63%, para R$ 1,50, no dia 29, depois de já ter perdido 5,14%, para R$ 1,66, no dia anterior. Na ocasião, operadores chamaram atenção para as fortes vendas da Itaú Corretora. No dia 29, a instituição encerrou com saldo líquido vendido de 16,2 milhões de ações, quase quatro vezes a posição da segunda maior vendedora do ativo, a Ágora, com 4,2 milhões de ações.
Em uma primeira avaliação, analistas acreditavam que o próprio Itaú, que é credor do grupo de Eike Batista, pudesse estar executando as ações dadas em garantia de empréstimos.
Agora, fica claro que o próprio Eike foi o vendedor, possivelmente por uma necessidade de fazer caixa, o que acentuou ainda mais a tendência de baixa das ações de sua própria empresa.
Ao todo, os negócios feitos pelo controlador nos quatro pregões representaram 15% do giro do papel no período. No dia 24, quando foram vendidos 21 milhões de papéis, a contribuição para o volume financeiro de OGX foi a mais representativa, de 30%.
O empresário Eike Batista reduziu sua participação na petrolífera OGX de 61,1% para 58,9% em maio, de acordo com documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, o empresário vendeu 70,5 milhões de ações no mês passado, por R$ 121,9 milhões.
As operações de venda se concentraram nos dias 24, 27, 28 e 29 e foram intermediadas pelo Itaú BBA. Os papéis foram vendidos em linha com o preço médio de cada pregão e um pouco acima da cotação de fechamento. Nos quatro dias, as ações fecharam a sessão em baixa. A queda acumulada de 23 a 29 de maio foi de 20%.
As ações da OGX despencaram 9,63%, para R$ 1,50, no dia 29, depois de já ter perdido 5,14%, para R$ 1,66, no dia anterior. Na ocasião, operadores chamaram atenção para as fortes vendas da Itaú Corretora. No dia 29, a instituição encerrou com saldo líquido vendido de 16,2 milhões de ações, quase quatro vezes a posição da segunda maior vendedora do ativo, a Ágora, com 4,2 milhões de ações.
Em uma primeira avaliação, analistas acreditavam que o próprio Itaú, que é credor do grupo de Eike Batista, pudesse estar executando as ações dadas em garantia de empréstimos.
Agora, fica claro que o próprio Eike foi o vendedor, possivelmente por uma necessidade de fazer caixa, o que acentuou ainda mais a tendência de baixa das ações de sua própria empresa.
Ao todo, os negócios feitos pelo controlador nos quatro pregões representaram 15% do giro do papel no período. No dia 24, quando foram vendidos 21 milhões de papéis, a contribuição para o volume financeiro de OGX foi a mais representativa, de 30%.
Fonte: Valor Online

6-Especialistas debatem sobre a integridade dos reservatórios
TN Petróleo / Dirceu Bampi, da Petrobras 
A integridade dos reservatórios de petróleo e gás nos campos produtores no país foram tema de debate de especialistas do setor hoje no segundo dia de Brasil Offshore e o primeiro com as plenárias. Participaram da sessão integrantes da Petrobras, OGX, Schlumberger e Statoil. José Sergio Daher, Consultor Técnico de Reservatórios da Petrobras afirmou durante a sua apresentação que manter a integridade dos reservatórios é primordial para uma boa manutenção da produção de óleo e gás. Segundo ele, os principais problemas de integridade que são detectados nos poços dos reservatórios são de origem geomecânica e são fatores de perda de produção. 
Para melhorar esses aspectos da integridade, o especialista apontou algumas soluções como o uso de fibra ótima no monitoramento online dos reservatórios, manifolds 100% operacionais e melhorar cada vez mais a geofísica na questão da aquisição de dados. 
"A preocupação com a integridade do reservatório, além da procupação com as plataformas, é uma mudança de cultura que aos poucos vai acontecendo", afirmou. Já para Dirceu Bampi, engenheiro de Reservatório da Petrobras, que falou sobre o processo de desenvolvimento da produção de petróleo nos reservatórios incluiu alguns pontos-chave no momento da definição de um reservatório a ser explorado, como por exemplo a caracterização do reservatório, o TLD. Para ele, desde o início é preciso pensar no tipo de poços que serão usados no reservatório. 
Fonte: Redação TN Petróleo/Rodrigo Miguez


II – COMENTÁRIOS

1- Evento encerra com recordes 
Fonte: Revista TN Petróleo
Após quatro dias de evento, o mercado de petróleo e gás amplia suas projeções e traz boas perspectivas para a economia nacional. A Brasil Offshore (Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás) reuniu em quatro dias cerca de 51 mil visitantes e mais de 1.000 marcas expositoras.
O evento, terceiro maior do mundo no setor, é palco para apresentações de produtos, serviços, tecnologia e estudos que impactam diretamente no mercado. Prova disso, são os negócios fechados no evento e a partir dele. Dados da Reed Exhibitions Alcantara Machado, promotora do evento, revelam que o poder de compra do público credenciado para visitar o evento, nesta edição, passou de R$ 300 milhões. Alguns negócios já são fechados durante a exposição, como a Bauer Kompressoren, que vendeu durante o evento um produto que havia levado apenas para expor. “A quarta-feira foi o melhor dia do evento para nossa participação. Um bom canal para networking, definitivamente. Durante a feira, inclusive, vendemos um compressor de R$ 80.000,00” comenta André Magalhães, Gerente de Área da companhia. Outra parte dos negócios chega a se estender por até seis meses, resultado de contatos iniciados no evento.
Mais um indicador positivo são os números das Rodadas de Negócios, realizadas pela Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo). Este ano, foram realizados 550 encontros com a participação de 98 fornecedores - ante 320 encontros da edição anterior da Brasil Offshore, realizada em 2011.  A Onip credita a esses encontros uma movimentação em torno de R$ 196 milhões, contra R$ 170 milhões realizados na edição passada. Somado o poder de compra do público visitante com o montante das Rodadas de Negócios, a Brasil Offshore 2013 gerou  negócios na ordem de R$ 500 milhões.
Paulo Octávio Pereira de Almeida, Vice Presidente da promotora, explica que a Brasil Offshore 2013 foi o start para as diferentes demandas que o setor de petróleo e gás vive no país. “Se um dia a Brasil Offshore estava direcionada à Bacia de Campos, na região de Macaé (RJ), hoje atrai empresários e autoridades de todo o país. O Brasil tem um grande desafio nas mãos: as principais bacias petrolíferas do país, Campos e Santos, vivem momentos antagônicos. A primeira está numa região madura, e a segunda, ganha cada vez mais relevância pelas recentes oportunidades de exploração do pré-sal. Para esses dois contextos, a Brasil Offshore foi decisória - ora pelo conteúdo técnico apresentado em suas conferências, ora pelo poder de negócios e convergência gerado entre visitantes e expositores”.
Ponto alto do evento, a conferência da Brasil Offshore 2013 reuniu 1.035 congressistas. Pela primeira vez, a participação não teve custos para o público, o que contribuiu para o aumento da participação de profissionais qualificados nas palestras. “A conferência mostrou que subsea é o grande tema a ser trabalhado, nos próximos anos. A demanda por esses equipamentos é muito clara e intensa, por isso, a discussão a respeito dos procedimentos, metodologias e novas tecnologias, serão fundamentais daqui para frente para que a garantia da integridade desses equipamentos seja adotada já na fase de projeto fortalecendo a cultura de prevenção na indústria de petróleo e gás. Destaco também a expressiva participação internacional de conferencistas, contribuindo para a difusão de novos conhecimentos e networking”, explica Carlos Victal, Gerente de Responsabilidade Social do IBP e membro do Comitê Técnico da Conferência. A conferência organizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e SPE (Society of Petroleum Engineers), contou, com 44 palestrantes, 25% internacionais. Em três plenárias e oito sessões técnicas, o pilar dessa edição foi “Integridade: Quando Você Deve Se Preocupar?”. As palestras trouxeram conhecimento técnico em perfuração, completação e reservatório.
No último dia da feira, a Prefeitura de Macaé garantiu a 8ª edição do evento, durante assinatura do contrato de cessão do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro, com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, para o primeiro semestre de 2015.
A garantia da cessão foi feita pelo prefeito, Dr. Aluízio, por meio de documento oficial. A cerimônia de assinatura contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico da Prefeitura de Macaé, Lincoln Weinhardt, do presidente da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur), Luiz Renato Lucas Martins, do vice-presidente executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Paulo Octavio Pereira de Almeida, além do diretor da feira, Igor Tavares.
Para o prefeito, a Brasil Offshore é importante para impulsionar o desenvolvimento econômico do município, que deve estar acompanhado do desenvolvimento social. “Macaé precisa, de fato, ser a grande cidade do petróleo e este governo, junto à população, trabalha todos os dias para isso, junto com o Governo do Estado, Governo Federal, Poder Legislativo, empresas e instituições que queiram o desenvolvimento do município. Porém, o grande protagonista desta história deverá sempre ser a população, a sociedade, os cidadãos, e seus grandes parceiros devem ser a indústria do petróleo, a universidade e o governo municipal”, destacou.

2- Japoneses acertam aquisição de 25% do EAS 
Fonte: Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore 
Um grupo de empresas japonesas liderado pela IHI Corporation - antiga Ishikawajima Harima Heavy Industries - acertou a compra de 25% do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) por R$ 207 milhões. As negociações se estenderam por mais de um ano, incluíram reuniões com a Petrobras, o principal cliente do EAS, e até mesmo uma visita do presidente da IHI Corporation, Tamotsu Saito, ao Rio para reuniões com a estatal. Em um segundo movimento, previsto para ser concluído até dezembro, os japoneses devem aumentar para 33,3% sua participação no estaleiro pernambucano.
Na primeira etapa das negociações, a fatia dos japoneses no EAS será distribuída entre a IHI, com 60,44% da fatia de 25%, JGC (24,62%) e JMU (14,92%). Dessa forma, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que hoje controlam o EAS meio a meio, serão diluídas na operação de aumento de capital para entrada dos japoneses, ficando com 37,45% de participação cada uma.
A IHI é um conglomerado industrial que já teve um grande estaleiro no Brasil, o Ishibrás. O grupo deixou o país em 1994 e voltou no fim de 2010. A JGC (iniciais de Japan Gasoline Company) é uma empresa global da área de engenharia, com 85 anos de existência. Já a JMU é resultado da fusão da IHI Marine United, divisão de construção naval e offshore da Ishikawajima, com a Universal Shipbuilding. No Japão, a JMU tem diversos estaleiros: os maiores em Yokohama, Aichi e Kure.
Osami Imai, presidente da IHI do Brasil, afirmou que é de interesse do grupo de empresas japonesas deter até um terço do EAS. Esse processo poderá fazer com que outras instituições e companhias japonesas invistam no estaleiro. Existe a previsão de que os acordos de acionistas prevendo a compra de 25% do EAS pelos japoneses possam ser assinados, no Japão, no fim deste mês. A assinatura coincidiria com a visita que a presidente Dilma Rousseff tem prevista para o Japão nos dias 27 e 28 de junho. Imai disse que a remessa dos R$ 207 milhões deve ser feita no início de julho. Para fazer o investimento no EAS, os japoneses estão constituindo uma sociedade de propósito específico, a Japan EAS Investimentos e Participações Ltda.
Imai disse ao Valor que a decisão da IHI de investir no estaleiro brasileiro considerou o potencial de desenvolvimento do pré-sal. "A IHI entende que o pré-sal é um projeto nacional que aumenta a força global do Brasil", disse o executivo. Segundo ele, o acordo para entrada dos japoneses no EAS prevê transferência de tecnologia e da experiência das empresas do país na construção naval e offshore com o objetivo de melhorar a produtividade e a eficiência do estaleiro. Nesse ponto, a responsabilidade do sócio japonês passa a ser também com o cumprimento dos prazos de entrega de navios e sondas de perfuração à Petrobras.
Desde 2007, o estaleiro enfrentou problemas de baixa produtividade, prejuízos e atrasos na construção de navios e de sondas. No total, o estaleiro tem em carteira 22 navios encomendados pela Transpetro, a subsidiária de logística da Petrobras, por R$ 7 bilhões. A Sete Brasil, empresa que tem a Petrobras como sócia, encomendou sete sondas ao estaleiro por US$ 5,2 bilhões.
Desde o ano passado, quando a IHI Marine United acertou um acordo de transferência de tecnologia com o EAS, profissionais japoneses passaram a trabalhar no estaleiro. A produtividade e os resultados do estaleiro começaram a melhorar. Em 2011, o EAS teve prejuízo de R$ 1,47 bilhão. No ano passado, o prejuízo caiu para R$ 138 milhões. Hoje há cerca de 30 engenheiros da IHI trabalhando no EAS. Com a entrada no capital do estaleiro, os japoneses passarão a ter também assentos tanto na diretoria-executiva do EAS quanto no conselho de administração da empresa.
Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes | Do Rio

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