sábado, 2 de fevereiro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 118

I – NOTÍCIAS

1- Casco da Plataforma P-63 está atracado no cais da Quip
Fonte: Redação Portal Naval 
A acertada operação de acesso da P-63 ao canal do Porto do Rio Grande terminou na quinta-feira por volta das 13h. A logística operacional teve início às 7 horas da manhã e o procedimento de atracação no cais da empresa Quip começou por volta das 12h, no local onde será integrada e comissionada.
A plataforma foi transportada até o canteiro da Honório Bicalho com o apoio de cinco rebocadores. A grande manobra foi promovida com a participação da BW Offshore, QUIP, Petrobras, Praticagem da Barra, Capitania dos Portos e Superintendência do Porto do Rio Grande.
No cais da Quip, a P-63 ficará ancorada no mesmo local onde estava ancorada a P-58, que por sua vez, ocupará a parte nova do cais construída pela empresa.
A plataforma será do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading Unit), vai atuar no Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, e está a cargo da Joint Venture Quip e BW Offshore. Este é o primeiro projeto de topside completo de uma empresa nacional, já que a Quip executou desde o projeto básico, de detalhamento, construção & montagem e comissionamento. Sua capacidade de produção será de 140 mil barris de óleo por dia e 1 milhão de m³ de gás. Ela será operada por um consórcio entre Queiroz Galvão e BW Offshore por um prazo de 30 meses antes de ser entregue definitivamente à Petrobras.
O diretor-geral da Quip, Miguelangelo Thomé, disse ser um orgulho para a equipe participar de um projeto de tamanha grandiosidade. Segundo ele, a vinda da P-63 até Rio Grande foi desafiadora, mas graças a dedicação e trabalho das equipes envolvidas na Joint Venture, o resultado foi extremamente positivo. “Fazemos questão de agradecer a Capitania dos Portos, a Praticagem e ao MWS pelo entendimento de nossas necessidades e o esforço para que fizéssemos toda a operação com total segurança e dentro dos prazos requeridos”.
A programação das operações também foi lembrada pelo gestor executivo da P-63, Bartolomeu de Morais. “Toda a operação de entrada foi realmente muito bem executada e agora teremos quatro meses intensos de trabalho pela frente em um cronograma desafiador, mas sabemos da competência da nossa equipe”, finalizou.

2- Empresa de Eike inicia novo processo de aumento de capital
Fonte: Redação  Portal Naval
A OSX, empresa do Grupo EBX que atua na indústria naval e offshore, informa que seu Conselho de Administração aprovou novo aumento de capital equivalente a aproximadamente US$250 milhões em decorrência do exercício da Put anunciado em 17 de outubro de 2012.
O valor total desse segundo aumento de capital decorrente da Put será de R$ 508.775.003,52 com a emissão de 12.796.152 ações ao preço de R$ 39,76. O capital social da OSX passará a totalizar R$ 3.532.543.908,41, representado por 306.508.560 ações. O direito de preferência na subscrição desse aumento deverá ser exercido até 05 de março de 2013 (inclusive), conforme Aviso aos Acionistas a ser publicado pela companhia.
Como já divulgado, a ação decorre do exercício da opção de subscrição (Put ou Opção) pela companhia, no valor equivalente em Reais a US$ 500 milhões, tendo sido a primeira parcela de US$ 250 milhões recebida pela Companhia em dezembro de 2012. Adicionalmente, a companhia possui o direito de exercer até março de 2014 o saldo remanescente do valor da Opção, que soma US$ 500 milhões adicionais.

3- BP anuncia novo vice-presidente de segurança e risco operacional
A petrolífera britânica BP anunciou Bob Fryar como novo vice-presidente executivo para segurança e risco operacional. Segundo nota da companhia, ele se reportará diretamente a Bob Dudley, executivo-chefe da empresa. 
Atualmente, Fryar ocupa o cargo de vice-presidente executivo para produção na unidade de negócio "upstream" da BP. Ele fica nesse posto até 15 de fevereiro, quando assume a nova função, conforme informa a nota. 
Fryar vai substituir Mark Bly, que está se aposentando.
Fonte: Valor Econômico 

4- Petrobras entrega primeira carga de GNL à Sulgás
A Petrobras iniciou ontem, a entrega da primeira carga de Gás Natural Liquefeito (GNL), com 34 milhões de m³, à Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) para abastecer a Usina Termelétrica (UTE) Uruguaiana. 
O navio Excalibur, afretado pela Petrobras para transportar o GNL, ancorou no Porto de Bahía Blanca, na Argentina, no início da manhã de ontem com o GNL importado de Trinidad e Tobago. A operação de descarregamento do GNL foi iniciada às 16h42 (hora de Brasília) e teve a duração de 10 horas. 
Outra carga com 34 milhões de m³ de GNL será entregue à Sulgás em fevereiro, para abastecimento da UTE Uruguaiana, totalizando 78 milhões de m³, volume suficiente para gerar 164 megawatts durante, aproximadamente, 60 dias.
Fonte: Agência Petrobras 

5- Petrobras vence licitação e volta a investir na Bolívia
Quase sete anos após a estatização de seus ativos pelo presidente Evo Morales, a Petrobras volta a investir na Bolívia. Em 30 de dezembro, a estatal venceu licitação para explorar um campo de 1,1 milhão de hectares no Departamento de Santa Cruz, região que abriga as maiores reservas de gás natural do país.
A Petrobras informou ao Valor que vai assinar contrato de prestação de serviço com a estatal boliviana YPFB e estimou que os trabalhos no local podem começar no segundo trimestre. Não divulgou, porém, dados sobre o investimento previsto ou o tamanho das reservas.
Uma preocupação do governo é que a produção nas jazidas hoje operadas pela Petrobras na Bolívia deve começar a declinar a partir de 2017. Em um quadro de alta do consumo torna-se fundamental encontrar novas reservas, uma vez que o gás boliviano continuará sendo estratégico para o abastecimento no Brasil. Essa importância aumenta à medida que o país vai batendo recordes na demanda por gás. Só em novembro foram 70,9 milhões de metros cúbicos diários, alta de 41,5% em relação ao mesmo período de 2011, por conta do acionamento de termelétricas devido ao baixo nível dos reservatórios. De janeiro a novembro, a alta foi de 18,2%.
Fontes do governo brasileiro disseram que interessa ao Brasil continuar contando com o gás da Bolívia após o fim do contrato atual, em 2019. Ao Valor, a Petrobras informou que "pretende negociar oportunamente a renovação".
Do ponto de vista boliviano, o governo Evo Morales tenta assegurar a manutenção de seu principal cliente. O contrato entre Petrobras e YPFB prevê a exportação de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil, através do gasoduto Brasil-Bolívia. Só no ano passado, as exportações de gás da Bolívia somaram US$ 5,741 bilhões, sendo 75% desse valor ao Brasil. O gás é um produto essencial para a balança comercial do país vizinho, representando 48,8% de suas exportações.
Fonte: Valor Econômico/Fabio Murakawa  - Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

6- Chegada da P-63 a Rio Grande reforça time de gigantes no polo naval
Rio Grande, cidade-sede do polo naval gaúcho, recebeu mais uma gigante . A P-63 atracou durante a tarde no estaleiro da Quip, onde será finalizada e convertida em plataforma de petróleo. Pela primeira vez, três plataformas podem ser vistas ao mesmo tempo no porto do sul do Estado, enquanto um casco está sendo erguido dentro do dique seco do Estaleiro Rio Grande (ERG). E, mesmo sendo o maior volume de construções até agora desde o início da indústria offshore, a região ainda não vive o pico de contratações previsto para o setor.
O auge desta fase da indústria naval deverá ocorrer na segunda metade do ano. Por esta época, o Estaleiro Brasil (EBR), na cidade vizinha de São José do Norte, começará a ser construído, o que atrairá pelo menos dois mil trabalhadores ainda em 2013. Ao todo, cerca de 15 mil pessoas deverão atuar diretamente na indústria naval no sul do Estado.
A rigor, a chegada da P-63 não altera o panorama de empregos de Rio Grande. Isso porque a Quip já estava construindo os módulos antes de o navio atracar na cidade. Assim, as cerca de 1,5 mil pessoas envolvidas no projeto deverão continuar com suas funções. Também em razão desta antecipação, a tendência é que a plataforma fique pronta rapidamente. A previsão da Quip é que ainda no primeiro semestre de 2013 ela já possa começar a viagem para a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, onde atuará no Campo de Papa Terra.
A P-63 traz duas diferenças em relação às demais plataformas construídas no Estado. A primeira é que o projeto é totalmente brasileiro. Desde a montagem do projeto básico até o comissionamento (início da operação), tudo foi executado pela Quip. A segunda é que ela será operada por um consórcio entre a Queiroz Galvão (uma das acionistas da Quip) e a BW Offshore por um prazo de 30 meses antes de ser entregue definitivamente à Petrobras. Normalmente, as plataformas são assumidas pela Petrobras assim que chegam ao local de extração de petróleo.
A manobra de entrada da P-63 ocorreu sem qualquer transtorno. Com boas condições climáticas e de maré, a gigante de 334 metros de comprimento por 58 metros de largura e 70 metros de altura foi transportada por cinco rebocadores desde a entrada da barra até o estaleiro. Lá, assumiu o lugar onde estava a P-58, que, por sua vez, foi levada para a parte nova do cais da Quip.
A plataforma será do tipo FPSO (sigla em inglês para unidade de produção, processamento e armazenamento de petróleo) e terá capacidade para processar 180 mil barris de petróleo por dia. O investimento é de mais de R$ 2,5 bilhões.

Obras em andamento

·         P-63 Construída pela Quip
334 metros de comprimento
58 metros de largura
70 metros de altura (equivalente a um prédio de mais de 20 andares)
Produção: 180 mil barris de petróleo/dia
1,5 mil empregos diretos
Operação: Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos-RJ
·         P-58 Construída pela Queiroz Galvão
330 metros de comprimento (mais de três vezes a distância entre as traves da Arena do Grêmio)
56 metros de largura
56 metros de altura
Produção: 180 mil barris de petróleo/dia
Operação: Campo de Baleia Azul, no Espírito Santo
·         P-55 construída pela Quip
Quadrada, com 94,32 metros de lado (o equivalente a um quarteirão)
55 metros de altura
Produção: 180 mil barris de petróleo/dia
Operação: Campo de Roncador, na Bacia de Campos-RJ
Investimento: R$ 3,4 bilhões.
·         Oito cascos construídos pela Ecovix
23,2 metros de calado
288 metros de comprimento

O que ainda está por vir
Estaleiro Rio Grande 2
Navios-sonda (Ecovix)
Estaleiro Wilson Sons
Estaleiro EBR, em São José do Norte,
2 plataformas FPSO (P-74 e P-76)


Fonte: ZERO HORA


II – COMENTÁRIOS

1- Balança comercial tem maior déficit mensal da história
Fonte: Agência Brasil  
A balança comercial brasileira fechou o primeiro mês do ano com déficit de R$ 4,035 bilhões, pior resultado mensal desde o início da série histórica em 1993. Anteriormente, o resultado mais fraco havia sido déficit de US$ 1,7 bilhão em dezembro de 1996. O saldo negativo é três vezes superior ao déficit de R$ 1,3 bilhão registrado em janeiro de 2012. A diferença é resultado do forte volume de importações e à queda nas vendas para os principais parceiros comerciais do Brasil.
As compras do país ficaram em US$ 20,003 bilhões, resultado recorde para meses de janeiro, contra exportações de US$ 15,968 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As importações do Brasil cresceram 14,6% ante janeiro do ano passado e 3,9% em relação a dezembro.
Na comparação anual, aumentaram as compras de produtos dos Estados Unidos. Houve elevação de 32,1% na aquisição de gasolina, veículos de carga, veículos para via férrea, motores geladores elétricos, aviões, óleos combustíveis e outros. Do Oriente Médio vieram petróleo, produtos químicos e eletroeletrônicos, com alta de 2,7% e da África crescimento de 21,2% em função do petróleo, gás e da castanha de caju. Na comparação mensal com dezembro, a compra de combustíveis e lubrificantes do exterior teve alta de 55,7%.
As exportações retrocederam 1,1% na comparação com janeiro de 2012 e caíram 26,5% frente ao mês passado. A queda anual foi puxada pelo petróleo (-69,5%), café em grão (-16,2%), farelo de soja (-11,9%), fumo em folhas (-7,1%), minério de cobre (-8,9%) e pela carne de frango (-4,5%). O recuo deveu-se principalmente aos produtos básicos, já que as vendas externas de manufaturados e semimanufaturados cresceram 6,6% e 1% respectivamente. As exportações de bens básicos recuaram 5,9%.
De acordo com o ministério, nos últimos 12 meses, houve decréscimo nas vendas para os principais mercados que adquirem bens do Brasil. As exportações para os EUA caíram 19,6% na comparação anual. Os motivos foram redução das compras petróleo bruto, celulose, autopeças, partes de motores para veículos, café em grão, semimanufaturados de ferro e aço, motores, geradores elétricos e compressores.
O comércio com a China recuou 5,8% devido à retração nas vendas de medicamentos, partes de motores de veículos, plásticos, suco de laranja congelado e autopeças. Para a América Latina e Caribe as exportações caíram 5%, e para o Mercosul, 0,1%. A Argentina foi a maior responsável pela queda no comércio com o bloco latino-americano, com retração de 2,3% na aquisição de tratores, pneus, papel e cartão; de motores para veículos, veículos de carga e bombas e compressores brasileiros.
As exceções na queda das exportações brasileiras foram os mercados da Europa Oriental (alta de 50,9%), Oriente Médio (elevação de 25,5%), União Europeia (aumento de 9,1%) e África (alta de 2,6%).

2- Reajuste de Combustíveis e a Petrobras 
O governo anunciou  um aumento dos preços de gasolina e diesel na refinaria, de 6,6% e 5,4%, respectivamente,. Com o reajuste, o preço da gasolina na refinaria aumenta de R$ 1,26 por litro para R$ 1,34 por litro. Já o preço do diesel na refinaria, passou de R$ 1,30 para R$ 1,37. Como as margens brutas dos postos hoje são muito pequenas e não há mais CIDE para acomodar o reajuste, o preço da gasolina ao consumidor será impactado (calcula-se cerca de 4% de reajuste na bomba).
É importante lembrar que esse aumento só foi possível devido à queda das tarifas elétricas, uma vez que o governo está usando o controle de preços para conter a inflação. Ou seja, nesse caso houve uma transfusão de sangue da Eletrobras para a Petrobras.
Considerando a situação atual da Petrobras, o reajuste dos combustíveis deve trazer um aumento de receita em torno de R$ 540 milhões por mês. Por outro lado, a defasagem continua. A defasagem da gasolina, considerando o novo reajuste de 6,6%, com relação ao preço no Golfo do México é de -11%. Para o diesel, considerando o novo reajuste de 5,4%, a nova defasagem é de -20,7%. Ou seja, a Petrobras ainda vai ter muito prejuízo com a importação de combustíveis. Inclusive, a expectativa do mercado é que o volume de importações tende a aumentar, considerando atrasos previstos na expansão da capacidade de refino e crescente demanda doméstica.
Para completar, os recentes resultados frustrantes da empresa, a estagnação da produção de petróleo e o ambicioso plano de investimentos, estão levando a alavancagem financeira da empresa para os limites do chamado investment grade, ameaçando o acesso privilegiado da empresa ao mercado de capitais estrangeiro.
O reajuste de hoje, mesmo proveitoso para a Petrobras, ainda foi muito abaixo do que seria necessário para afastar preocupações com o fluxo de caixa, um reajuste de cerca de 15-20%. Foi também abaixo do que era antecipado pelo mercado, algo em torno de 7-10%. Por este motivo, a reação inicial do mercado foi bastante negativa, com as cotações das ações preferenciais da empresa caindo cerca de 4,5% no início da tarde. O anúncio antecede o resultado do 4º trimestre da Petrobras, que será divulgado semana que vem (04/02).
Fonte: *Texto originalmente divulgado no Portal O Globo em 31/01/2013. 
Adriano Pires
Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) 

3- Muito tarde e muito pouco 
O reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel não muda substancialmente as coisas. A Petrobrás segue arrochada pelo governo Dilma.
Os cálculos sobre as perdas com o atraso dos reajustes variam de um consultor para o outro. Mas, provavelmente, apenas em 2012, ultrapassaram os R$ 20 bilhões. Em vez de fazer da Petrobrás uma alavanca do desenvolvimento nacional, o governo Dilma continua usando o caixa da empresa para fazer política de preços. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu ontem que, desde 2006, os combustíveis foram reajustados em apenas 6% - "o que é menos do que a inflação", disse.
Tanto a Petrobrás, hoje dirigida por administradores fiéis à aliança de governo, como o próprio governo vêm repetindo que a política "busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazos" - está assim no comunicado da Petrobrás divulgado na noite de terça-feira. Trata-se de repetição vazia, uma vez que não há critério. Os reajustes não obedecem a nenhuma regra e só são feitos quando a capacidade de geração de recursos da Petrobrás apresenta notórios sinais de deterioração. A qualquer momento, por exemplo, se espera o rebaixamento da qualidade dos títulos da Petrobrás. Sua capacidade de endividamento foi e continua sendo duramente atingida. Se houver melhora mínima nas condições da economia global, como se espera, as cotações do barril do petróleo Brent saltarão para acima dos US$ 115 por barril, nível em que estão hoje, e as distorções se ampliarão.
Essa política não está errada apenas porque dá um tratamento populista para os derivados de petróleo. Está errada, principalmente, porque sabota a política de investimentos da Petrobrás aprovada pelo próprio governo federal.
Há seis meses, a Petrobrás avisou em seus documentos que seu Plano de Negócios (investimentos), de US$ 236,5 bilhões até 2016, só poderia ser cumprido caso houvesse reajuste de 15% em seus produtos. Foram autorizados apenas 6,6% para a gasolina e 5,4% para o óleo diesel, acompanhados pelo aviso de que não haveria outros em 2013. São reajustes de longe insuficientes para recompor as perdas passadas da Petrobrás. Pelos cálculos dos analistas Bruno Montanari e Guilherme Bellinetti, do Grupo Morgan Stanley, ouvidos pela Agência Estado, mesmo com essa correção, os preços internos em relação aos pagos pela Petrobrás nas suas importações ficarão cerca de 10% mais baixos, no caso da gasolina, e de 20%, no do diesel. 
Além disso, a gasolina se manterá subsidiada à custa da saúde financeira da Petrobrás. Preços assim vantajosos no varejo continuarão estimulando o consumo de gasolina, pressionando importações e deteriorando a capacidade de investimentos da Petrobrás. Ao mesmo tempo, os preços artificiais da gasolina seguirão achatando os preços do etanol e desestimulando investimentos em cana-de-açúcar e na expansão das destilarias.
Ontem, o mercado financeiro voltou a punir as ações da Petrobrás como forma de mostrar a política irracional a que está sendo submetida. As ações ordinárias caíram 5,12% e as preferenciais, 4,76%.
*Texto originalmente publicado no jornal O Estado de São Paulo em 31/01/2013 
Celso Ming - jornalista
Fonte: O Estado de S. Paulo

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