segunda-feira, 23 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 147

I – NOTÍCIAS

1- Lobão afirma que ausência de grandes empresas não vai comprometer leilão
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou a lista com as 11 empresas que pagaram taxa de participação para a o primeiro leilão do pré-sal, referente ao Campo de Libra, na Bacia de Santos. A lista não inclui grandes empresas petrolíferas como Exxon, Chevron, British Petroleum (BP) e British Gas (BG).
Entre as empresas inscritas, três têm capital chinês: Cnooc International Limited (China), China National Petroleum Corporation (CNPC) e Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa). As demais são a Ecopetrol (Colômbia), Mitsui & CO (Japão), ONGC Videsh (Índia), Petrogal (Portugal), Petrobras, Petronas (Malásia), Shell (Anglo-Holandesa) e Total (Francesa). As empresas ainda terão que passar por um processo de habilitação para participar da licitação.
O ministro criticou o pessimismo de analistas em relação ao leilão, por causa da ausência de grandes empresas. Ele também disse que não se justifica a crítica ao fato de algumas das empresas que pretendem participar da licitação serem estatais. “Qual o mal nisso? A Petrobras é considerada estatal e é um orgulho brasileiro e uma grande petroleira nacional e com grande experiência em exploração em águas profundas”, disse.
Lobão esclareceu que, se houver apenas um consórcio apresentando propostas no dia 21 de outubro, o leilão não será comprometido. “Isso não mudaria nada, porque o bônus de assinatura e o mínimo de óleo que deverá ser destinado para a União teria que ser cumprido. Mas acreditamos que haverá mais de um consórcio, dois ou três”, disse o ministro.
A empresa vencedora será a que reverter o maior percentual do petróleo excedente à União. A Petrobras terá participação de no mínimo 30% no consórcio vencedor. A empresa que vencer o leilão terá que pagar um bônus de assinatura à União de R$ 15 bilhões.
Para o ministro, a ausência de empresas americanas na licitação do pré-sal não está relacionada às denúncias de espionagem envolvendo o governo dos Estados Unidos e a Petrobras. “As empresas que deixaram de participar tiveram as suas razões e eu não quero entrar na intimidade delas. As que estão inscritas são grandes empresas, são tranquilizadoras com a sua presença e elas darão sucesso a este que será um dos leilões mais importantes da história no mundo”, disse Lobão.
A área a ser licitada tem cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados. O volume de petróleo recuperável deverá oscilar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.
Fonte: Agência Brasil

2- Brasil terá supercomputador para óleo e gás
Carol Garcia
A companhia de óleo e gás BG Brasil é idealizadora e parceira no projeto de implantação do mais potente supercomputador da América do Sul. O equipamento voltado à pesquisa em geofísica vai receber investimento total de cerca de US$ 32,1 milhões, sendo US$ 21,7 milhões da BG Brasil. O projeto já foi submetido à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e também conta com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Governo da Bahia, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e do Senai.
“O supercomputador resultará em um centro de excelência em imageamento sísmico e modelagem de nível internacional, contribuindo significativamente pra estudos em campos complexos de óleo e gás, como os do pré-sal”, afirma o presidente da BG Brasil Nelson Silva. “Esta é uma oportunidade ímpar para a indústria de óleo e gás brasileira, em linha com os interesses do país”, complementa o executivo.
O supercomputador faz parte da estratégia de tecnologia da BG Brasil, que prevê o investimento de cerca de US$ 30 milhões em pesquisa e desenvolvimento em 2013. Até 2025, o BG Group, do qual a BG Brasil faz parte, deve investir até US$ 2 bilhões em tecnologia no país.
O lançamento do projeto aconteceu em paralelo à cerimônia para anúncio do Centro de Supercomputação para Inovação Industrial pelo Senai Bahia. Estavam presentes a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; o Secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governado da Bahia, Paulo Câmera; o Presidente da Fieb, José Mascarenhas; o Secretário Executivo do MCTI, Luiz Antônio Rodrigues Elias; e o Presidente da BG Brasil, Nelson Silva.
Imageamento sísmico de ponta para óleo e gás
O supercomputador tem capacidade para realizar 300 a 400 trilhões de operações por segundo (TFlops). A prioridade é o estudo e aprimoramento da tecnologia chamada Full Waveform Inversion (FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões industriais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Serão colaboradores nas pesquisas a Universidade de British Columbia (Canadá) e a Imperial College London (Inglaterra), ambas referências mundiais em FWI.
A metodologia FWI está sendo utilizada na otimização de atividades de óleo e gás no mundo. O supercomputador deve ser implantado em janeiro de 2014 no Senai Cimatec (Salvador) e é imprescindível para aplicação dessa metodologia que possui capacidade de revolucionar a forma pela qual dados sísmicos são adquiridos e processados, reduzindo custos e o impacto ambiental da operação.
*Na foto (da esquerda para a direita): o secretário Executivo do MCTI, Luiz Antônio Rodrigues Elias; o senador Walter Pinheiro (PT-BA); o presidente da Fieb, José Mascarenhas; secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governado da Bahia, Paulo Câmera; diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; e o presidente da BG Brasil, Nelson Silva.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

3- GE Oil & Gas tem novo presidente
A GE anunciou esta semana o executivo Lorenzo Simonelli como novo presidente da divisão de óleo e gás da companhia. Simonelli era CEO da divisão de transportes da GE, que agora está sob o comando de Russell Stokes. Ambos tomarão posse no dia 1º de outubro.
Simonelli, de 40 anos, é um veterano na GE. Com 19 anos de casa, era presidente e CEO da GE Transportation desde 2008. Em 1994 ele se graduou no Programa de Gestão Financeira da GE. Simonelli atuou como CFO da Americas for Consumer & Industrial, e ocupou posições de liderança nos setores de eletrodomésticos, iluminação, distribuição elétrica e motores.
Stokes, de 42 anos, que sucederá Simonelli como presidente e CEO da GE Transportation, também é um veterano na GE, com 16 anos de empresa. Recentemente, o executivo era vice-presidente de serviços globais em transportes. Anteriormente, passou pela GE Aviation e ocupou funções de desenvolvimento de finanças, risco e de negócios da aviação e de iluminação. 
Fonte: Redação TN/ Ascom GE

4- OGX faz nova mudança na composição de sua diretoria
A OGX comunicou ao mercado que Roberto Bernardes Monteiro não é mais o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.
Segundo a empresa de óleo e gás do grupo EBX, tais cargos ficarão vagos até a eleição, em reunião do Conselho de Administração a ser oportunamente convocada, de novo diretor a ocupá-los.
Fonte: Ascom OGX

5- Embraer pode criar empresa para atender indústria naval
Fonte: Redação TN, com Valor Econômico 
Recentemente, a Embraer contratou o executivo Daniel Noczydlower com um propósito: que ele se torne o CEO de sua nova companhia. Segundo reportagem do Valor Econômico a Embraer está criando um braço de negócio para atender os segmentos de petróleo, gás e naval.
A criação da nova companhia faz parte da estratégia de diversificação das operações da Embraer. De acordo com o jornal, a companhia vai atuar, por exemplo,  com tecnologia embarcada para o gerenciamento de operações de navios e plataformas e até uma parceria é cogitada pela Embraer.
Ainda segundo o Valor, a americana Sikorsky é uma das empresas que estariam sendo analisadas pela Embraer para um possível acordo.


II – COMENTÁRIOS

1- Odebrecht quer operar em escala comercial a partir de 2016
Até agora, cinco projetos que visam produzir etanol celulósico e somam investimentos de R$ 1,198 bilhão estão contratados ou aprovados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além dos que já estão em estágio avançado, ou seja, buscam a escala comercial, há os que se propõem neste momento a implantar uma unidade de demostração (até 3 milhões de litros) e também os que ainda estão validando a tecnologia para quebrar a celulose da biomassa e extrair açúcar.
É o caso da Odebrecht Agroindustrial (antiga ETH Bioenergia) que conclui no fim de outubro a segunda etapa dos testes para comprovar a viabilidade da tecnologia que escolheu para produzir o biocombustível de segunda geração. Desde julho, amostras de bagaço de cana de suas usinas brasileiras - são nove que devem processar 25 milhões de toneladas de cana neste ciclo 2013/14 - estão sendo enviadas à Dinamarca, para a planta de demonstração da parceira no projeto, a Inbicon.
Alguns ajustes foram feitos para essa última etapa de testes. Se for confirmada a competitividade do processo, a Odebrecht prevê que em 2016 será possível colocar em operação sua primeira usina de etanol celulósico em escala comercial, diz o vice-presidente de operações e engenharia da Odebrecht Agroindustrial, Celso Luiz Tavares Ferreira.
A planta também será integrada a uma usina de primeira geração e terá capacidade semelhante à da fábrica que está sendo construída pela GranBio: 80 milhões de litros de etanol celulósico por ano. "Com a decisão de integrar a primeira e a segunda gerações, vamos reduzir em 30% a necessidade de investimento", diz.
Quando a fase de testes for concluída, terá demandado aportes de R$ 8 milhões, que vieram da Finep, via Programa de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), iniciativa conjunta da Finep e do BNDES.
Desde que os testes começaram, conta o executivo, foram feitas diversas alterações nos processos para encontrar as enzimas e insumos mais adequados. No começo, diz Ferreira, os rendimentos estavam muito baixos. Mas, a partir desses ajustes, explica ele, a produtividade aumentou, o que reduziu em 35% o custo de produção inicial.
Ferreira prevê que o etanol celulósico vai ampliar em 30% a produção do biocombustível da companhia, com o uso do bagaço e da palha da cana. "Vai ser complementar, ou seja, vai ajudar a aumentar a produtividade, extraindo mais etanol a partir da mesma quantidade de biomassa".
Após a validação da tecnologia, a empresa formatará um projeto de viabilidade econômica. A Inbicon deve continuar a sociedade com a Odebrecht na implantação e gestão da tecnologia. "Provavelmente, será feita uma joint venture com a Inbicon, que será sócia na tecnologia e na produção do etanol celulósico", explica Ferreira.
O BNDES aprovou a construção de uma planta de demostração de etanol celulósico, que pertence ao Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que tem grandes grupos como Copersucar e Raízen como sócias. O Centro já começou a implantar a unidade com capacidade para 3 milhões de litros por ano na usina paulista São Manoel. A previsão é que a fábrica entre em operação no próximo ciclo, o 2014/15.
Fonte: Valor Econômico

2- Brasil precisa investir R$ 600 bilhões para driblar gargalos
Fonte: Jornal do Commercio 
O déficit da área de transportes no País já soma R$ 600 bilhões. Este seria o montante necessário para suprir os gargalos imediatos do setor, conforme estudo desenvolvido pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC). Segundo o diretor da estatal, Hederverton Santos, mesmo que metade do investimento já esteja sendo aplicada em programas como o PAC, ainda faltam iniciativas que resolvam a carência do eixo que a EPL chama de “estruturante”. “Basicamente, é necessário investir em complementação de linhas da malha ferroviária e na remodelação de quase a totalidade (20 mil quilômetros) da malha rodoviária brasileira”, sinalizou o executivo durante o Fórum de Infraestrutura e Logística, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha, nesta quinta-feira, em Porto Alegre.
Além de trabalhar a longo prazo no Plano Nacional de Logística Integrada, a  EPL tem avaliado a viabilidade de “novas ondas de investimentos” em estudo em conjunto com o MBC e deve apresentar o resultado ao Ministério dos Transportes em breve. Santos afirma que o Brasil perde em competitividade para outros países ao investir pouco em infraestrutura. “A análise do que precisa ser feito partiu dos polos onde estão as 10 principais cadeias produtivas do Brasil e como se dá o deslocamento da produção e ligação entre elas”, resume o diretor da EPL.
Um estudo do transporte de cargas realizado em 2010 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também identificou os polos produtivos dos três estados da região Sul e o tipo de transporte utilizado, além dos destinos das produções dentro e fora do País. Em sua palestra no fórum sobre logística, o presidente da entidade, Heitor José Müller, lembrou que o levantamento foi entregue à Empresa Brasileira de Logística do governo federal e apresentado também ao governo estadual e a diversas prefeituras do Rio Grande do Sul.
“Com as novas tecnologias, o setor agrícola está produzindo cada vez mais por hectare (a produção cresceu 24% sem que aumentasse as áreas), e tudo isso precisa ser transportado. Se nada for feito até 2020, será um caos”, argumentou Müller, ao defender iniciativas como as duplicações de estradas, por exemplo. “O caminho desde as áreas de produção até o porto do Rio Grande é muito longo, e gasta-se muito tempo com os caminhões enfileirados, porque não há duplicação nestas rodovias”, reclamou. “A grande maioria das indústrias já fez o dever de casa: implementou equipamentos, aumentou funcionários, reduziu custos para competir. Mas do portão para fora, continuam os problemas.” Com altos gastos em logística, a perda de produção e da atividade industrial no Estado e no País é uma das consequências, lembrou Müller. “O nosso PIB seria bem maior se não existissem as amarras da falta de infraestrutura”, sentenciou.

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