domingo, 15 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 146

I – NOTÍCIAS

1- Petrobras anuncia venda de ativos na Colômbia
A Petrobras comunicou que seu Conselho de Administração aprovou a alienação de 100% das ações de emissão da Petrobras Colombia Limited (PEC), para a Perenco, no valor de US$ 380 milhões.
Os ativos da Petrobras Colombia que fazem parte da transação incluem participações em 11 blocos de exploração e produção em terra com produção média líquida de 6.530 boed (barris de óleo equivalente por dia) além dos oleodutos de Colombia e Alto Magdalena, com capacidade de transporte de 14.950 bpd (barris por dia) e 9.180 bpd, respectivamente.
Segundo a estatal, a conclusão da transação está sujeita a determinadas condições precedentes usuais, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH).
A Petrobras continuará presente na Colômbia através de seus ativos de exploração no mar e distribuição, além de um bloco exploratório em terra.

2- OGX admite possibilidade de recuperação judicial
O presidente da petroleira OGX, Luiz Eduardo Carneiro, admitiu  a possibilidade de a companhia entrar com pedido de recuperação judicial. Segundo ele, no entanto, a empresa ainda tem condições de reverter o grave quadro financeiro em que se encontra, com dívidas de US$ 3,6 bilhões com credores internacionais e o caixa debilitado.
"A recuperação judicial é uma possibilidade. Mas espero não entrar [com o pedido]", disse o executivo, depois da assembleia geral extraordinária (AGE) que o elegeu membro independente do conselho de administração da petroleira. "Ao final desse processo, teremos uma empresa saudável, sem dívida, com capacidade enorme para fazer parcerias e ter novos ativos", completou.
Carneiro explicou que a companhia tem "perspectivas positivas" com relação à renegociação da dívida com credores internacionais. Ele, no entanto, não quis arriscar um prazo para a que a negociação seja concluída.
"É a empresa [OGX] que está a frente desse processo. Ele foi montado em julho e coordenado por nós. Ele [Eike Batista] participa com seus advisors [ Angra Partners ] porque é o controlador e precisa estar de acordo", explicou Carneiro.
O executivo disse também que a companhia vai "oxigenar os ativos". A aposta está nos quatro blocos arrematados na 11ª Rodada que a companhia manteve, nos 40% de participação no bloco BS-4, na Bacia de Santos - considerado por Carneiro "o melhor ativo da empresa" - e a redução de duas para uma única sonda.
Ontem, o diretor de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, afirmou que o interesse de investidores nos ativos das empresas do grupo X prova que "há sentido nos investimentos que estavam sendo feitos".
"Desde que começou a crise no grupo, repetimos que o importante era a qualidade nos investimentos que estavam sendo feitos. Há um movimento importante de novos investimentos no país, assumindo compromissos que o grupo X tinha", disse Ferraz, em evento no Rio de Janeiro.
O diretor afirmou que o banco tratou as empresas do grupo da mesma forma que trataria companhias do mesmo gênero, pré-operacionais. Quando questionado sobre o motivo de o grande volume de desembolsos que o BNDES fez ao grupo X exigindo fiança bancária, Ferraz disse que "o grupo não foi tratado com exceção".
Além de Carneiro, foram eleitos como membros independentes do conselho de administração da OGX Julio Klein Junior e Pedro Borba. As duas indicações, porém, foram problemáticas.
Acionistas minoritários entraram com pedido de impugnação da indicação de Klein Junior, alegando conflito de interesse, já que ele havia sido eleito no dia anterior para o conselho da coligada OSX, uma das principais fornecedoras da petroleira.
Já a indicação de Pedro Borba pegou os minoritários de surpresa. Ele foi indicado de última hora diante da impossibilidade de Leonardo Brunet assumir o cargo. Ainda não se sabe por que Brunet, que havia sido indicado pela Angra Partners, consultoria contratada para reestruturar o grupo EBX, não ficou com a vaga.
AGE foi marcada por protestos dos cerca de 20 minoritários participantes. Quando o secretário da AGE informou que havia água disponível para quem quisesse beber, um minoritário exclamou: "A gente não quer água. A gente quer petróleo. O petróleo que foi prometido".
Fonte: Valor Economico

3- DNIT inicia manutenção do canal de navegação do Rio Madeira
Fonte: Ascom /DNIT 
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou no dia 1º de setembro os serviços de dragagem de manutenção da Hidrovia do Rio Madeira. A dragagem, ou desassoreamento, irá retirar sedimentos e bancos de areia do canal de navegação.
O serviço tem como objetivo garantir maior segurança na navegação de grandes e pequenas embarcações no canal do Rio Madeira, além de permitir o tráfego permanente na hidrovia, facilitando o escoamento de cargas e o transporte passageiros.
A manutenção se estenderá ao longo de 1.092 quilômetro do rio Madeira, entre as cidades de Porto Velho (RO) e Humaitá (AM). Serão priorizados os locais mais críticos, ocorrendo em sete pontos destintos:
Rondônia (RO): Tamanduá, Cujubim/Mutum, Vila de São Carlos, Curicacas e Papagaios.
Amazonas (AM): Ilha do Salomão, Três Casas.

4- Chevron e Transocean assinam TAC sobre vazamento
O Ministério Público Federal (MPF) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Chevron Brasil, a Chevron Latin America e a Transocean Brasil, responsáveis pelos vazamentos de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro de 2011 e em março de 2012.
O termo prevê obrigações inéditas de precaução e prevenção de novos incidentes e de compensação pelos vazamentos ocorridos no Campo de Frade. Com isso, duas ações civis públicas movidas pelo MPF em Campos dos Goytacazes poderão ser extintas, segundo o Ministério Público Federal.
O termo será assinado nesta sexta-feira, 13, às 15h, no Rio de Janeiro, com representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Ibama. O TAC será homologado na 1ª Vara Federal. 
Fonte: Agência Estado.

5- MPX muda de nome e passa a ser Eneva 
A MPX Energia anunciou, após assembleia geral extraordinária, ter aprovado a alteração do nome da companhia, que passa agora a se chamar Eneva S.A. Segundo divulgou a companhia, o nome é composto pela letra "E", de "energia", combinada à palavra "Neva", que remete a "nova". O nome simboliza uma nova fonte de energia, em busca constante por soluções inovadoras e transformadoras.
Segundo a empresa, a mudança do nome refletiria uma nova fase da companhia, que desde maio tem seu controle compartilhado entre Eike Batista e a E.ON, que adquiriu 24,5% das ações do empresário.
A Eneva informou ontem que a E.ON, por ser um dos acionistas controladores, apoiará de forma significativa a empresa, contribuindo ativamente na gestão da companhia e na implantação dos projetos.
A Eneva inicia sua trajetória com uma carteira de ativos operacionais de 1.780 MW de capacidade instalada, localizados nos estados do Ceará, Maranhão e Amapá, além de mais 1.100 MW em construção.
Fonte: Diário do Nordeste,CE 

6- A venda da CBO 
Há alguns meses, noticiou-se interesse do grupo Fischer em vender sua parte marítima, composta pela empresa de navegação CBO, especializada em barcos de apoio, mais o estaleiro Aliança – produtor dos mesmos barcos – e de unidade industrial que supre o estaleiro. O mercado estimava o valor de venda em R$ 1 bilhão, e se dizia que o motivo foi o atraso, no Governo Dilma, na contratação desses barcos, diante da situação financeira da Petrobras.
Em seguida, a Petrobras reiniciou a contratação de barcos – a estatal faz contratos de médio prazo com armadores, que em seguida encomendam as unidades aos estaleiros – e se soube que o grupo Fischer – dono da gigante de sucos Citrosuco Paulista – estava decidido a continuar no negócio.
Agora, no entanto, voltam a circular comentários de que os grupos Promon e BTG Pactual, com apoio da estatal BNDESPar, fariam nova oferta para ficar com o complexo marítimo da família Fischer.
Fonte: Monitor Mercantil


II – COMENTÁRIOS

1- China deve se tornar o maior importador de petróleo
O mercado mundial de petróleo alcançará um marco no mês que vem, quando a China ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior importador mundial líquido de petróleo, se as projeções da Divisão de Informações sobre Energia, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, estiverem corretas.
A mudança chama a atenção para a mudança das relações internacionais impulsionada pelo persistente crescimento das importações de petróleo da China e pela queda vertical das compras externas do produto pelos EUA. A Agência Internacional de Energia (AIE), o órgão de monitoramento do mercado que assessora os países ricos, projeta que as importações americanas de petróleo do Oriente Médio vão cair de 1,9 milhão de barris/dia em 2011 para apenas 100 mil b/d em 2035.
No mesmo período, as importações chinesas do petróleo da região deverão aumentar de 2,9 milhões de b/d para 6,7 milhões de b/d, segundo as projeções.
Com um ritmo de desenvolvimento inferior às esperanças anteriores em torno do petróleo de xisto, a autossuficiência da China energética ainda está muito distante. Alguns anos atrás, as discussões sobre o crescimento acelerado da demanda da China por produtos energéticos sempre foram pautadas pela crescente competição - ou mesmo pelo potencial conflito - com os EUA para garantir acesso aos escassos volumes do produto.
Mas Carlos Pascual, o representante especial do Departamento de Estado dos EUA para questões energéticas internacionais, argumenta que é do interesse americano que a China consiga suprir suas necessidades por energia e deixe de causar a disparada dos preços do petróleo. "A capacidade da China de atender à sua própria demanda será um importante fator controlador dos preços mundiais", diz ele.
Erica Downs, do Brookings Institution de Washington, argumenta que a demanda chinesa por energia pode também trazer vantagens. A China pode estar preparada para desempenhar um papel maior na salvaguarda dos fluxos mundiais de petróleo, diz ela.
Preocupações com segurança energética "podem obrigar Pequim a desempenhar um papel mais relevante na neutralização de uma ameaça ao livre fluxo de petróleo procedente do golfo Pérsico: o fechamento do estreito de Ormuz pelo Irã".
No entanto, a possibilidade de os Estados Unidos e outros países ficarem satisfeitos com uma frota naval chinesa estacionada no golfo são outros quinhentos, diz Michael Levi, do Conselho sobre Relações Exteriores. "Na prática, duvido que muitos formuladores americanos de políticas públicas gostarão da ideia de a China policiar as rotas marítimas regulares do Oriente Médio à Ásia", diz ele. "E tenho certeza de que o Japão não gostará." 
Fonte: Valor Econômico

2- China pode aceitar supernavios da Vale 
A Vale está apostando em uma melhora da economia chinesa para que a demanda pelo minério de ferro aumente. Isso poderia abrir caminho para seus supernavios, os chamados Valemax, abastecerem diretamente o mercado para o qual foram projetados, mas onde hoje enfrentam restrições.
A decisão do governo chinês de afrouxar as regras para o atracação desses navios poderia ser uma grande vantagem para a maior produtora de minério de ferro do mundo.
O tamanho do Valemax, maior embarcação de carga em operação hoje, é praticamente o dobro dos cargueiros que ficam em segundo lugar. O supernavio da Vale tem porte de 400.000 toneladas e foi desenvolvido pela mineradora para reduzir a desvantagem de estar mais longe do mercado chinês do que suas concorrentes BHP Billiton e Rio Tinto, que têm operações na Austrália.
Temendo a concorrência, armadores chineses, incluindo a China Ocean Shipping (Group) Co., promoveram um bem-sucedido lobby no início de 2012 para essencialmente proibir o Valemax, classificando-o como "uma questão de monopólio e concorrência desleal" e citando preocupações de segurança.
O governo chinês, seduzido pelo argumento das siderúrgicas e outras empresas de que os navios podem significar minério de ferro mais abundante, e consequentemente mais barato, está considerando repassar aos portos, individualmente, a decisão quanto ao tamanho dos navios que podem receber.
Os portos chineses podem receber navios para até 300.000 toneladas de porte, apesar de alguns já terem começado a construir instalações para receber navios maiores como o Valemax.
O presidente da Vale Minerals na China, João Mendes Faria, disse ontem que o país asiático pode importar minério de ferro a um custo mais eficiente se as autoridades abrirem os portos aos navios Valemax. "A decisão está nas mãos da China."
No fim de agosto, o Ministério dos Transportes divulgou uma proposta preliminar para permitir que as autoridades portuárias aceitem navios maiores que os limites atuais, desde que acatem restrições de segurança e outras exigências.
Analistas dizem que a linguagem da proposta é vaga, mas pode abrir as portas para o Valemax. "Minha interpretação é que isso irá permitir navios com capacidade nominal superior a 300.000 toneladas de porte", diz Bonnie Chan, analista da Macquarie Securities. Mas a embarcação ainda pode ser obrigada a transferir parte da carga para outros navios menores antes de chegar ao porto para atender aos limites de segurança do cais, diz o texto da proposta.
O Ministério dos Transportes não quis comentar. Uma autoridade que trabalha com a proposta disse que ainda está ouvindo a opinião da indústria e que nenhuma decisão foi tomada.
Faria disse que a Vale não recebeu nenhum comunicado oficial das autoridades chinesas, mas que está ansioso por ver que rumo tomarão as regras. "A nova regulação pode indicar como as coisas vão avançar."
A Vale encomendou os primeiros de 35 navios Valemax em 2008 a estaleiros asiáticos, a um custo de mais de US$ 100 milhões cada. Ela é dona de 19 supernavios e tem outros 16 por meio de contratos de leasing. Mas eles têm atracado fora da China - principalmente nas Filipinas - e usam navios menores para levar a carga da Vale aos portos chineses.
A China produz quase metade do aço mundial. Em 2012, a Vale vendeu 148 milhões de toneladas de minério de ferro para o país, comparado com 60 milhões de toneladas para outros mercados na Ásia, incluindo Japão e Coreia do Sul. A Vale mantém uma previsão "muito positiva" para a demanda da China e espera que Pequim mude suas regras de ancoragem, disse Faria.
As importações chinesas de minério de ferro entre janeiro e agosto cresceram 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os preços do minério de ferro caíram 12% este ano, mas Faria disse acreditar que os preços "não cairão de maneira significativa" nos próximos anos.
"Neste ano, vendemos tudo", disse. "Para os dois próximos anos, temos recebido indicações de que venderemos tudo. Então, não temos preocupações."
Faria disse que a nova liderança na China parece estar pressionando as empresas - estatais e privadas - a enfrentar mais as realidades de mercado. "O ambiente para nossos negócios na China estão ainda melhores", disse.
Fonte: Valor Econômico

3- Brasil teme que espionagem na Petrobras afete lance em leilão do pré-sal 
A denúncia de espionagem na Petrobras pelo governo dos Estados Unidos gerou preocupações de que os norte-americanos tenham tido acesso à estratégia da estatal brasileira no leilão do pré-sal, o que poderia afetar os lances realizados por outras companhias na licitação da reserva de Libra, disse uma fonte do governo brasileiro nesta segunda-feira.
Na avaliação da fonte, que falou à Reuters sob condição de anonimato, empresas norte-americanas poderiam usar informações confidenciais da Petrobras para preparar suas ofertas no leilão. E isso reduziria a concorrência e os lances ofertados ao governo brasileiro pela exploração da área de Libra.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a denúncia de espionagem não afeta o cronograma nem as regras do certame, uma vez que as informações sobre Libra, a maior área exploratória de petróleo do país, já estão disponíveis para as empresas interessadas no leilão.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o cronograma do primeiro leilão do pré-sal sob o sistema de partilha, previsto para dia 21 de outubro, está mantido e que as regras da licitação não serão alteradas.
De acordo com reportagem veiculada no domingo pelo programa "Fantástico" da Rede Globo, o governo norte-americano espionou as redes de computadores de empresas como Petrobras e Google, conforme documentos vazados da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
Em nota divulgada no domingo, o diretor do Departamento dos Serviços de Inteligência dos EUA, James R. Clapper, afirmou que não é segredo para ninguém que o país coleta informações sobre questões econômicas e financeiras, especialmente para proteger cidadãos norte-americanos e os interesses dos aliados da nação. Mas ele ressaltou que o governo não compartilha segredos comerciais com companhias.
A reportagem não informou quando a suposta espionagem aconteceu, quais dados podem ter sido obtidos ou o que a agência estava buscando.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa concorda que, se realmente ocorreu espionagem envolvendo Libra, há risco de que lances do leilão sejam influenciados por tais informações.
"A história do petróleo sempre mostra que desde sempre ele é muito disputado pelos países", disse Costa, que atualmente é consultor. "Libra é uma área que não se tem igual no mundo, nesse tipo de leilão, aberto a outras empresas, é algo muito valioso", acrescentou, ponderando que é preciso antes de tudo confirmar se realmente houve espionagem.
Segundo ele, a diretoria da Petrobras nunca desconfiou de espionagem, porque sempre confiou em uma série de sistemas de proteções de que dispõe.
DILMA FURIOSA
A presidente Dilma Rousseff afirmou em nota divulgada nesta segunda-feira que, se confirmadas, as denúncias de espionagem na Petrobras mostrariam que os interesses da agência norte-americana são econômicos e estratégicos, e não o de garantir a segurança norte-americana.
"Se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos", informou nota assinada pela presidente.
Na semana passada, a Rede Globo já havia veiculado denúncias de que a agência do governo norte-americano espionou comunicações privadas de Dilma.
"Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", disse a presidente na nota.
REGRAS
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela de óleo destinada à União. Mesmo que não participe do consórcio vencedor, a Petrobras será, por lei, operadora de Libra e terá participação mínima de 30 por cento na área.
Como a Petrobras será a operadora de qualquer maneira e a partilha garante ao governo poder decisão, as bases do leilão não têm como ser afetadas, afirmou uma segunda fonte, também pedindo para não ser identificada.
"É diferente de uma reserva em que não se sabe o que há. Nessa, a reserva já é estimada e, além disso, a operação será pelo sistema de partilha, com mais poderes exercidos pelo governo", disse.
Libra será leiloada em um único bloco, porque o governo brasileiro teme que uma divisão em lotes poderia criar impasses jurídicos, com a possibilidade de um campo vazar óleo para o outro e a necessidade de acordos de unitização entre empresas, um imbróglio que ocorre quando há interligação entre reservatórios.
O programa Fantástico obteve as informações sobre a espionagem dos EUA na Petrobras por intermédio do jornalista e advogado norte-americano Glenn Greenwald, que escreve para o jornal britânico The Guardian. Greenwald, que mora no Rio de Janeiro, vem trabalhando junto com o ex-analista da NSA Edward Snowden para expor os programas de espionagem dos EUA.
A denúncia sobre a Petrobras pode complicar ainda mais um impasse diplomático entre os EUA e o Brasil provocado pela suposta espionagem da NSA às chamadas telefônicas e emails da presidente Dilma Rousseff.
ROAD SHOW
A ANP informou que concluiu no fim de semana um roadshow internacional para divulgar a primeira rodada do pré-sal. A equipe da ANP apresentou em Cingapura, Londres, Houston, Tóquio e Pequim informações sobre a área de Libra.
A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse a potenciais investidores que Libra é uma oportunidade única no mundo, tanto pelo volume estimado --de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo-- quanto pela quantidade de informações disponíveis, pois já existe importante descoberta na área, com óleo produzido e analisado, disse a assessoria de imprensa da agência reguladora.
Fonte: Reuters

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