sábado, 15 de dezembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 112

I – NOTÍCIAS

1- LANÇAMENTO DA RONA ASSESSORIA COMERCIAL
Informamos a V.S.a que  entrou no ar  o site: www.ronaassessoria.com.br da empresa RONA ASSESSORIA COMERCIAL.
Trata-se de uma empresa especializada em alavancagem comercial, que possui uma abordagem completa para a atividade comercial. A RONA aplica as  melhores práticas em vendas complexas através de uma metodologia de trabalho, envolvendo: um processo organizado, um conjunto de habilidades e ferramentas, e um conjunto de normas de desempenho e de  comportamento.
A RONA ASSESSORIA COMERCIAL é especializada em  oferecer SOLUÇÕES para os desafios, problemas e gargalos de empresas, e por este motivo somos especializados em estratégias comerciais, reestruturação empresarial  e praticas inovadoras.
Possui a RONA um quadro de profissionais especialistas em algumas disciplinas, e serviços específicos, nas áreas de OIL & GAS & ENERGY, de METALURGIA & SIDERURGIA& MINERAÇÃO  e de ALIMENTOS & BEBIDAS & SAUDE.
Na RONA ASSESSORIA COMERCIAL  a diferença é feita por pessoas certas. Acesse o site, observe nossos PARCEIROS, a equipe de Executivos de Negócios, os Consultores Associados e as SOLUÇÕES que temos para alavancar o seu negocio.
E não deixe de ler as ultimas NOTICIAS do Blog sobre OIL & GAS & ENERGY, atualmente lidas por mais de 60.000 pessoas mensalmente.

2- IESA Equipamentos irá fabricar 135 Bocas de Sino para a Petrobras 
A IESA Equipamentos fechou recentemente um contrato para o fornecimento de 135 Bocas de Sino Multifuncionais, sendo 108 com a Tupi BV e 27 com a Guará BV, nas quais a Petrobras possui participação, que serão utilizadas nas concessões BM-S-9 e BM-S-11, localizadas na Bacia de Santos, que se estende desde o litoral sul do estado do Rio de Janeiro até o norte do estado de Santa Catarina. 
As Bocas de Sino serão instaladas nas FPSOs de número 66#, 67#, 68#, 69# e 70#, conhecidas como Plataformas Replicantes, e serão conectadas aos “Risers”, tubulações flexíveis que interligam as plataformas (FPSOs) aos poços, no fundo do mar, para a prospecção de hidrocarbonetos. 
Os equipamentos possuem 3,3 metros de altura e 48 polegadas de diâmetro e serão fabricados com 100% de componentes nacionais. O valor total dos contratos é de US$ 22 milhões e a estimativa é de que o último de uma série de lotes seja entregue em dezembro de 2013.
Fonte: IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. 

3- BG Group nomeia Chris Finlayson, ex-Shell, como CEO
O BG Group anunciou  Chris Finlayson, 56 anos, como seu novo executivo-chefe, sucedendo o lugar ocupado há 12 anos pelo engenheiro Frank Chapman, 59 anos, responsável por elevar a antiga estatal de energia britânica ao cenário internacional.Finlayson assume o cargo em janeiro, após dois anos como diretor executivo e de gerenciamento do BG Advance. 
Finlayson chegou a BG após mais de 30 anos na Shell, onde foi membro da equipe de liderança de Exploração e Produção, assumindo posições de destaque na Rússia, Nigéria, Brunei e Mar do Norte. Ganhou destaque graças a um histórico de entrega de projetos de grande escala, otimização da produção e desempenho operacional, e tem trabalhado com sucesso com parceiros em joint ventures, governos e companhias nacionais de petróleo. 
O BG Group foi criado em 1997 e opera em 27 países na África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul, produzindo cerca de 680 mil b/d.
Fonte: energiahoje 

4- Petrobras Biocombustível inaugura ampliação de usina de biodiesel
A Petrobras Biocombustível inaugurou, em Montes Claros (MG), a ampliação da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro. A expansão representa um investimento de R$ 28 milhões, dos quais R$ 10 milhões foram destinados às obras, e a outra parte terá foco no fortalecimento da agricultura familiar no estado. A unidade produzirá 152 milhões de litros/ano, um acréscimo de 40% em sua capacidade de 108,6 milhões de litros/ano. O projeto é resultado do protocolo de intenções assinado em janeiro com o Governo do Estado de Minas Gerais. 
Com esta nova ampliação, a capacidade de produção será triplicada se comparada aos iniciais 57 milhões de litros/ano, volume com o qual a unidade deu partida em 2009. A iniciativa está alinhada ao mercado potencial para o biodiesel em Minas Gerais, segundo maior estado consumidor do País. “Com esse investimento, vamos ampliar a oferta, reduzir a necessidade de importação de outros estados para atender o mercado mineiro, ampliar os empregos e a renda agrícola na região”, afirmou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. 
A unidade gera atualmente 160 postos de trabalho no norte de Minas e já produziu até hoje cerca de 260 milhões de litros de biodiesel com excelência em qualidade, eficiência operacional e respeito às diretrizes e princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. O projeto de expansão da Usina Darcy Ribeiro amplia a capacidade total da Petrobras Biocombustível, empresa líder em vendas no setor, para 765 milhões de litros/ano. 
Para o vice-governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, esta expansão busca a autossuficiência do estado em biodiesel, um caminho inovador que a Petrobras assumiu como produtora global de energia, do petróleo ao biocombustível. "Como confirmam os leilões realizados este ano, é grande a aceitação do produto, sinalizando que o futuro está aberto para a expansão desse mercado energético. Por isso, Minas Gerais quer avançar nessa trilha que oferece alternativas claras de crescimento no Brasil e no mundo". 
O acordo firmado com o governo do Estado prevê ainda a geração de postos de trabalho na usina e na área de suprimento agrícola, além de contemplar o incremento da participação de agricultores familiares na cadeia do biodiesel, com a meta de atingir 4.500 pequenos produtores até 2014. 
Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro - As obras e a adequação de operações foram realizadas ao longo de 2012. Desde sua inauguração, em abril de 2009, a unidade passou por melhorias estruturais e de processos que viabilizaram, entre outros avanços, o atual patamar de produção. A unidade, que opera hoje em plena capacidade, integra o parque industrial da Petrobras Biocombustível, que opera cinco usinas e registrou sucessivos recordes de produção de biodiesel em 2012. 
Fonte: Agência Petrobras de Notícias 

5- FMC fornecerá equipamentos subsea para projeto da Statoil
A FMC anunciou que irá fornecer equipamentos subsea para o projeto Oseberg Delta 2, da Statoil. O contrato, com valor estimado em US$ 152 milhões, inclui cinco árvores de natal, cinco cabeças de poço e duas turbinas de pressão, além de sistemas de controle dos equipamentos.
Com previsão de entrega prevista entre 2013 e 2014, os equipamentos serão projetados e fabricados na Noruega e Escócia. O vice-presidente Sênior da FMC, Tom Halvorsen, afirmou que a empresa está contente de continuar fornecendo equipamentos para o desenvolvimento deste projeto da Statoil. As empresas possuem parceria no projeto de Oseberg Delta 2 desde 2005.
A FMC anunciou que irá fornecer equipamentos subsea para o projeto Oseberg Delta 2, da Statoil. O contrato, com valor estimado em US$ 152 milhões, inclui cinco árvores de natal, cinco cabeças de poço e duas turbinas de pressão, além de sistemas de controle dos equipamentos.
Com previsão de entrega prevista entre 2013 e 2014, os equipamentos serão projetados e fabricados na Noruega e Escócia. O vice-presidente Sênior da FMC, Tom Halvorsen, afirmou que a empresa está contente de continuar fornecendo equipamentos para o desenvolvimento deste projeto da Statoil. As empresas possuem parceria no projeto de Oseberg Delta 2 desde 2005.
Fonte: Redação TN Petroleo / Agência


II – COMENTÁRIOS

1- Pacote dos portos já atrai investimentos de R$ 21 bi
Com o fim das restrições à construção de portos privados anunciado na semana passada, grandes grupos já levaram ao governo 23 projetos novos. Somados, esses terminais exigirão investimentos de R$ 21,1 bilhões até o biênio 2016/17, segundo estimativas do Palácio do Planalto.
A principal novidade das medidas foi a liberação dos terminais privados para movimentar qualquer quantidade de carga de terceiros. Com isso, já saíram do papel projetos de grande porte. A Gerdau prepara investimento de R$ 2 bilhões nas imediações de Itaguaí (RJ). Uma cifra semelhante será investida pela Bahia Mineração, em Ilhéus (BA). Em Porto Velho (RO), a Hermasa tem projeto de R$ 120 milhões para movimentar granéis sólidos. Duas instalações para grãos, que somam pouco menos de R$ 150 milhões, poderão ser construídas em Santarém (PA), por Bunge e Cargill.
O Espírito Santo receberá dois grandes empreendimentos: o Porto Central, em Presidente Kennedy, e o Porto Norte Capixaba, em Linhares, da mineradora Manabi.
Nas próximas semanas, começarão a sair "chamadas públicas", em que o governo comunicará ao mercado a existência dos projetos, abrindo-os para concorrência. As chamadas terão 30 dias de duração. No decreto, o governo explicitará como serão definidos os critérios de escolha dos vitoriosos, se houver mais de um interessado. Qualquer empresa poderá oferecer, dentro do prazo de 30 dias, um projeto alternativo.
O pacote dos portos da semana passado também provocou protestos de operadores portuários contra a decisão da presidente Dilma Rousseff de relicitar 53 terminais públicos, arrendados à iniciativa privada antes de 1993. O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse ao Valor que o governo não atenderá às reivindicações de renovação dos atuais contratos e, provavelmente, também não pagará indenizações às empresas. A Antaq fará a análise de cada caso sobre a depreciação dos investimentos realizados pelos terminais. "Mas se contrato já venceu e a Antaq não havia autorizado nenhum investimento, entendo que não cabe indenização", disse o ministro.
Fonte: Valor Econômico Daniel Rittner 
Noticiário cotidiano - Portos e Logística

2- Brasil Offshore terá área de exposição 10% maior em 2013

A 7ª edição do Brasil Offshore, feira e conferência internacional da indústria de petróleo e gás, será realizada entre os dias 11 e 14 de junho de 2013, no Macaé Centro, na cidade de Macaé, Rio de Janeiro. O evento, que é o terceiro maior do mundo no setor, deverá ter área de exposição 10% maior do que a edição anterior, em 2011. A estimativa é que os estandes ocupem aproximadamente 40 mil m². 
O evento deverá receber mais de 51 mil visitantes e abrigará mais de 700 expositores representando 38 países, além de ter oito pavilhões internacionais. A organização é da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Sociedade de Engenheiros em Petróleo (SPE). 
O evento vem mantendo um crescimento desde a sua primeira edição, em 2001. Na época, 21,8 mil visitantes participaram da feira, que teve 240 expositores e área de exposição de 6,9 mil m². Desde o segundo ano, o número de visitantes, expositores e área de exposição têm aumentado, e em 2011 os números foram os maiores de uma edição: 700 expositores, 52,1 mil visitantes, reunidos em uma área de exposição de 36 mil m². Em 2013, a expectativa é que estes números aumentem ainda mais. 
Junto com a Brasil Offshore, será realizada também a Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás, que terá como foco a integridade das operações offshore, tema de relevância na bacia de Campos. As palestras irão abordar a questão de forma abrangente, desde os princípios básicos que tratem das instalações de produção, dutos e equipamentos submarinos, até questões ligadas à interface entre poço e reservatório. 
A Brasil Offshore é realizada a cada dois anos em Macaé, base das operações do setor de petróleo e responsável por mais de 80% da exploração offshore do Brasil. A bacia de Campos também é responsável por 47% da produção de gás natural no país. A bacia, com 35 anos de atividade, registra atualmente uma produção de mais de 1,7 milhão de barris de óleo e 28,5 milhões m3/dia de gas.
Fonte: energiahoje 

3- As Insensibilidades Sucro-Energéticas 
Este texto tem o objetivo de discutir a grande falta e sensibilidade da sociedade brasileira e notadamente do Governo Federal, com os aspectos ligados ao setor sucro-energético. De maneira didática, resumo nossa falta de visão e a consequente perda de grande oportunidade de desenvolvimento econômico, social e ambiental, em 11 insensibilidades, descritas a seguir. 
   1 - Insensibilidade econômica. Diferentemente do setor de etanol nos EUA, o etanol no Brasil carece de um plano estratégico feito pelo Governo e pelo setor privado, que diga de maneira simples, que metas devemos atingir em 2020, por exemplo. Um plano que contemple quanto se deseja que a frota flex use de etanol, quanto iremos exportar de açúcar, quanto etanol será adicionado na gasolina, enfim, uma visão de médio e longo prazo que permita previsibilidade ao investidor.
Estas metas poderiam trazer para a produção de cana pelo menos 8 a 10 milhões de hectares de pastagens, notadamente degradadas, gerando grande desenvolvimento econômico e investimentos por todo o Brasil, mas principalmente em Minas Gerais, no Centro Oeste e o Semi-Árido, com irrigação. 
O fraco desempenho do PIB Brasileiro neste ano, um dos piores do mundo emergente, mostra que sem esta insensibilidade, talvez o quadro do PIB seria outro. Tivemos um Governo que se preocupou fortemente com a distribuição de renda, o que é louvável, mas deixou de lado a agenda da geração de renda, ou seja, a agenda da competitividade de nossas empresas, para que pudessem produzir mais, exportar mais, e assim, gerar mais PIB. O resultado disto está aí. Um PIB aquém do necessário. Nos dois primeiros anos do Governo Dilma andamos de lado.
   2 - Insensibilidade social e de exclusão - fazendo as 100, 120 novas usinas necessárias para o Brasil até 2020, teríamos a geração de 100 a 120 mil postos de trabalho. Com isto promoveríamos a inclusão e o desenvolvimento social. O Governo e parte dos Procuradores da República, do Ministério Público também são insensíveis com os fornecedores de cana, uma vez que ficam fazendo seguidas e mais complexas exigências a um setor que nos últimos dez anos trabalhou de graça para a sociedade brasileira, sem ganhar nada, como os dados de custos e preços atestam.
   3 - Insensibilidade ambiental - a falta de etanol para abastecer a crescente frota flex (3 milhões de novos automóveis por ano) e o aumento do consumo de gasolina está fazendo com que o Brasil deixe de atender as metas ambientais fixadas pelo país nas instituições internacionais. Como as emissões do etanol estão em 10 a 15% das emissões totais de gasolina, somente no Estado de São Paulo, de acordo com o Consema, entre 2009 e 2011 houve um aumento de emissões de 3,4 milhões de toneladas de CO2 pela troca do etanol pela gasolina. 
Por mais incrível que possa parecer, as ONG´s ambientalistas não abraçam a causa do etanol, criando uma campanha, por exemplo "veta Gasolina", como a eficiente campanha "veta tudo Dilma" que orquestraram durante os debates do Código Florestal. 
Um exemplo desta falta de sensibilidade do Governo na questão ambiental está a recente regulamentação que vai obrigar os postos de combustível a divulgar o benefício econômico do etanol (a equação dos 70%), mas por que não incentivar os postos a divulgarem o benefício ambiental do etanol? Isto não está na regulamentação.
   4 - Insensibilidade em relação a trabalho e capacitação - O Brasil tem uma das legislações trabalhistas mais anacrônicas entre os países produtores de cana, e isto aumenta muito os custos de produção no campo e nas Usinas, além de uma indústria de indenização instalada no setor. O trabalhador no Brasil teve grande ganho salarial nos últimos dez anos, mas pouquíssimo ganho de produtividade. Mão de obra hoje é desvantagem competitiva a quem opera no Brasil, reduz a capacidade de geração de renda de nossas empresas. Isto aconteceu em cinco anos.
   5 - Insensibilidade com o setor de bens de capital - O Brasil desenvolveu ao longo dos últimos 50 anos uma indústria de bens de capital destinada ao setor sucro-energético admirada mundialmente, geradora de inovações e muitos empregos. Hoje este setor encontra-se em enorme dificuldade pois praticamente não se fazem mais usinas novas devido ao baixo retorno do investimento. Suas vendas caíram e a crise se instalou no setor desde 2008. Isto poderia ter sido evitado se tivéssemos uma visão estratégica da bioenergia.
   6 - Insensibilidade com a balança comercial - aqui o fato é grave. A lacuna de etanol competitivo no mercado interno está fazendo com que o Brasil importe uma quantidade brutal de gasolina. A estimativa é que o Brasil gaste em 2020 US$ 58 bilhões em importações de gasolina, recurso hoje inexistente no escasso saldo comercial do Brasil, que deve passar a déficit até 2017. 
Fora isto, poderíamos ter mais etanol para atender todo o espaço aberto nos EUA para o etanol de cana, além de ter mais açúcar para exportar. Se o Brasil conquistar 60% do crescimento do consumo mundial de açúcar até 2020, poderia trazer no período US$ 80 bilhões ao país. Este é um grave problema da falta de visão do Governo brasileiro, prejudicando a balança comercial, que não vai bem.
   7 - Insensibilidade de logística e abastecimento - ao zerar a CIDE na gasolina, o Governo retirou R$ 7 bilhões que seriam investidos em infra-estrutura logística, na já combalida logística brasileira. Fora isto, ao não planejar adequadamente, estimular a venda de carros novos, e não dispor de suficiente estrutura para importação, o Governo poderá ver faltar gasolina no Brasil, o que prejudicará fortemente sua popularidade.
   8 - Insensibilidade com a Petrobras - ao importar gasolina mais caro que o preço vendido aqui dentro do Brasil, o Governo força a área de abastecimento da Petrobrás a prejuízos incalculáveis, afetando o valor da empresa, a capacidade de investimento e sua vida econômica. A Petrobrás vêm se desfazendo de ativos para pagar esta conta. Até quando?
   9 - Insensibilidade com a inovação - diversas empresas estão trazendo inovações que permitem um uso muito maior da cana. Estas vão desde o plástico, o diesel, o querosene, a gasolina de cana, e com a escassez de cana, estas oportunidades não poderão ser aproveitadas na velocidade necessária ao Brasil.
   10 - Insensibilidade com a comunicação e posicionamento - no exterior só se fala bem, só se elogia a cana e sua capacidade de suprir energia. Aqui no Brasil, na maioria das vezes o que se tem são críticas infundadas, o que demostra, por parte do Governo e da sociedade, uma profunda falta de entendimento dos benefícios que todos recebemos por termos a cana instalada no Brasil.
   11 - Insensibilidade tributária - por ser de fontes renováveis e não poluentes, o etanol, a bioeletricidade da cana mereceriam um tratamento tributário absolutamente diferente do observado na gasolina, nas outras formas não renováveis de eletricidade. Não é o que se observa. Idem para a bioeletricidade da cana.
Feitas estas ponderações, é fácil se chegar a uma conclusão que existe por parte do Governo Federal, principalmente, mas também dos Governos Estaduais, e consequentemente da sociedade brasileira, uma miopia impressionante com as possibilidades que a cana poderia trazer em desenvolvimento econômico, social e ambiental. Há anos que alerto via palestras e artigos na grande imprensa de todos estes problemas, mas lamentavelmente a inoperância nesta área é inacreditável.
Com medidas adequadas o Governo brasileiro promoverá o crescimento do PIB via investimentos em geração de energia, algo fundamentalmente estratégico no mundo e não via consumo, que hoje representa a maioria das medidas de estímulo tomadas. Investimentos estes que vão gerar produção, impostos, empregos e interiorização de desenvolvimento.
Resta esperar que alguma destas insensibilidades atropele fortemente o Governo, para que este se movimente, antes tarde do que nunca e se sensibilize para esta enorme perda econômica, social e ambiental que tivemos. 
*Texto originalmente publicado na Revista Opiniões, edição de dezembro de 2012. 
Marcos Fava Nenes
Professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.

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