segunda-feira, 23 de maio de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 34

I – NOTÍCIAS

1-Energias renováveis: Câmara analisa política do país
A política do país para energias renováveis é tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados .
O objetivo da audiência, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), é avaliar os projetos relacionados à energia eólica, solar e de biomassa e sua relação com a sustentabilidade ambiental.
"O Brasil vem demonstrando sua intenção de aprimorar o uso de energias renováveis e diversificar as fontes de geração de energia, mas as iniciativas de política de governo ainda são tímidas", disse Cherini. Outro tema na pauta da audiência é o Projeto de Lei 630/03, que prevê leilões anuais de energia eólica e de biomassa e a criação de um fundo para financiar pesquisas e incentivar a produção de tecnologias para esse tipo de energia.
Fonte: Agência Ambiente Energia

2-Sobena comemora 49 anos de atividade
A Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) reuniu algumas das principais autoridades e empresários do setor naval em almoço comemorativo aos 49 anos de atividades da entidade. A entidade completou 49 anos no dia 15 de março.
Como de costume, durante o evento, que aconteceu no Windsor Guanabara, no centro do Rio, houve uma homenagem aos profissionais que prestaram serviços relevantes à engenharia naval brasileira e que se destacaram em suas atividades no ano passado.
Foram homenageados como destaques da engenharia naval: Nelson Luiz Coelho Alves, engenheiro da Vale e Carlos Eduardo Macedo, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

3-Anúncio de produção de gás eleva ações da OGX
Fonte: Valor Econômico
A primeira confirmação de viabilidade de produção divulgada ontem pela OGX pode ter marcado o início de uma reversão na trajetória de queda das ações da petroleira do grupo EBX, do empresário Eike Batista.
Os papéis da companhia acumulavam desvalorização de quase 30% no ano. Ontem, experimentaram uma alta de 7,8% - a maior registrada no dia na BMF&Bovespa. As ações encerraram o pregão cotadas a R$ 14,92.
Até 2013, a companhia estima que esses campos devem atingir uma produção de 5,7 milhões de metros cúbicos por dia de gás. O combustível deve ser consumido pelas usinas termelétricas da MPX - também do grupo EBX - que já possuem licença ambiental para serem instaladas na região.

4-Petrobras acelera o pré-sal e dinamiza projetos de estaleiros
Fonte: O Estado de S. Paulo
Com mais sondas de perfuração disponíveis e maior aprendizado sobre a área, a Petrobras acelerou investimentos no pré-sal no primeiro trimestre, ao perfurar oito poços no período.
De 2007 até 2010, foram 20, ao todo. Em apenas três meses, a Petrobras perfurou 40% do que havia feito nos três anos anteriores.
Para abrir poços do pré-sal, a Petrobras tem hoje seis sondas. Já encomendou mais sete ao estaleiro Atlântico Sul (PE) e à Sete Brasil, empresa criada para gerir as sondas e arrendá-las à Petrobras.
A Petrobras terá, no máximo, 10% da companhia, cujo controle é compartilhado com Santander, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, além dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef, Valia e Lakeshore Financial Partners Participações.

5-Petrobras e UFRN inauguram amanhã laboratório de geofísica aplicada
A Petrobras informou que irá inaugurar junto com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) o Laboratório de Geofísica Aplicada, construído no campus Universitário Central da UFRN, em Natal (RN).
Com investimento de R$ 1,3 milhão, o laboratório faz parte da Rede Temática de Geofísica Aplicada, uma rede de instituições nacionais de ciência e tecnologia coordenada pela Petrobras, voltada para pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas para a indústria de petróleo e gás.
Participam da solenidade de inauguração o reitor da UFRN, José Ivonildo do Rêgo, o diretor do Centro de Tecnologia da UFRN, Manoel Lucas Filho, o gerente da Geofísica do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), Rui Pinheiro Silva.
O Cenpes está entre os maiores centros mundiais de pesquisa aplicada à indústria de energia e a Petrobras é a empresa que mais investe em ciência e tecnologia no país.


II – COMENTÁRIOS

1-Etanol, uma causa nacional!
Com diálogo, respeito e conhecimento do assunto é possível construir soluções para praticamente todos os conflitos e problemas.
Porém para negociar uma alternativa viável para todos os envolvidos é preciso sinceridade e transparência nas intenções.
Novamente a questão do etanol está na berlinda. Inúmeros artigos, matérias, entrevistas tem deixado o consumidor final, que é o grande motor da nossa economia completamente confuso.
O governo diz uma coisa, os donos de postos de combustível outra e os empresários sucroenergéticos outra.
Em qual versão acreditar? Sendo o que interessa é a certeza que não irá faltar o etanol, e que os preços sejam comandados pelo mercado. A economia de mercado é e sempre deverá ser o grande regulador. Se o preço não está alinhado com as expectativas procura-se outro produto. E é exatamente isso que vem ocorrendo, com o consumidor optando pela gasolina.
A moderna visão de gestão, sempre coloca o consumidor no centro de suas decisões estratégicas e como tal merece total respeito.
Já afirmei em diversos outros artigos: Precisamos gerar um forte e consistente relacionamento com os consumidores buscando a fidelização ao etanol.
O etanol não é um simples combustível. É um combustível especial, mais do que um combustível estratégico, deveria ser tratado como uma causa de orgulho nacional.
Desenvolver a tecnologia inovadora de plantar, colher, processar e produzir um combustível limpo e renovável merece o reconhecimento da população.
Não podemos permitir que o etanol, após tanto nadar, atravessando grandes ondas de progresso e de crises, morra na praia.
Não podemos nos esquecer que comparar o preço do etanol que é livre, com o da gasolina não faz o menor sentido, pois a gasolina tem seu preço regulado pelo governo e não acompanha as variações do mercado internacional há mais de 5 anos.
A busca de soluções passam obrigatoriamente por investimentos em estoques reguladores e maior estímulo para novos investimento no setor. Precisamos de mais 15 usinas para suprir o abastecimento do mercado até 2020.
É hora de sentarmos à mesa, com espíritos voltados para a construção de uma alternativa ganha-ganha. Onde todas as partes envolvidas devem ganhar. E para um ganhar, não é preciso destruir o outro.
Em negociação, o caminho para o sucesso é sempre a construção de um novo caminho, onde contemplem os interesses de todos os lados dentro de uma nova realidade.
Isso me faz lembrar, a famosa história árabe:
Certa vez o pai ao morrer, deixou 17 camelos para seus filhos. Sendo 50% para o mais velho, 1/3 para o do meio e a nona parte para o mais novo.
Como 17 não é divisor de um, dois, três,criou-se um grande problema. Como dividir estes 17 camelos para os irmãos. Após muito quebrar a cabeça e já quase em guerra, os irmãos resolveram buscar ajuda de uma conhecida sábia.
Após analisar bem a situação, a mulher voltou e disse: "Eu não sei se posso ajudá-los na resposta, o que posso fazer é dar mais um camelo para vocês."
Agora com um camelo a mais, os irmãos ficaram com 18 camelos, aí bingo, pensaram, 50% de 18? 9 camelos para o mais velho. 1/3 dos 18? 6 camelos para o filho do meio. A nona parte de 18? 2 camelos para o mais novo. E ao somarem, 9 + 6 + 2= 17 camelos !!!! ainda sobrou um camelo. Que foram devolver para a sábia.
Buscar uma nova forma de pensar o problema, nos ajuda a resolvê-lo.
No último dia 11/05, a Presidenta Dilma, nomeou 4 grandes empresários e ministros para a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade. Esta Câmara irá auxiliar o governo na elaboração de ações para desenvolvimento social, equilíbrio fiscal e desenvolvimento sustentável.
Os empresários são Jorge Gerdau (Gerdau), Abílio Diniz (Grupo Pão de Açúcar), e os dois outros, vejam que boa notícia, já atuaram no setor sucroenergético, inclusive tive o privilégio de atuar com ambos, Antonio Maciel Neto (Suzano) que atuou no grupo Itamarati (Usinas Itamarati) e Henri Philippe Reichstul que foi presidente da Brenco. A eles boa sorte neste grande desafio e que possam ajudar na valorização do setor.
Sempre em frente, com etanol!!!
Aparecido Mostaço
Administrador, Diretor de Gente e Gestão, Sócio-Diretor Energia Humana Consultoria

2-Mão de obra é desafio para setor de petróleo
Com estabilidade política e econômica e a abertura do mercado, o Brasil é um país "inevitável" para um número cada vez maior de empresas do setor de óleo e gás. Principalmente porque a Petrobras, a empresa mãe do setor no Brasil, tem um plano bilionário de investimentos do qual ninguém quer ficar de fora. Essa é basicamente a visão de Francisco Aristeguieta, diretor da área de serviços financeiros do Citibank para a América Latina e México, sobre a situação atual do país, que tem condições incomparáveis de atração de investimentos, oportunidades e desafios. "O mais difícil já se logrou, que é o modelo político e o processo fiscal estável, sem inflação", afirma.
O executivo aponta entre os desafios do país prover a indústria de engenheiros, técnicos e principalmente infraestrutura capazes de preparar tantos eventos simultâneos que vão exigir maciços investimentos como a Copa do Mundo de futebol de 2014, a Olimpíada de 2016 e o plano estratégico da Petrobras para o pré-sal. Com alguns parceiros, a estatal prevê aumentar de 2 milhões para 3 milhões de barris por dia a produção de petróleo até 2014/2015 e para 5 milhões de barris/dia em 2020. Os investimentos programados até 2014 são de US$ 224 bilhões, mas estão em fase de revisão. Somente o pré-sal da bacia de Santos vai absorver US$ 73 bilhões em investimentos até 2015, dos quais 74%, ou US$ 54 bilhões, virão da Petrobras e o restante dos seus parceiros (BG, Repsol, Galp e Shell, entre outros). "Será um desafio para o país prover todas as pessoas, os talentos, os trabalhadores e a infraestrutura para fazer tudo o que é preciso ao mesmo tempo", lembra Aristeguieta.
Michael Roberts,, chefe global do corporate banking e de crédito de capitais do Citibank, compara a situação atual do Brasil, que ele considera desafiadora, à da Noruega na década de 70, no início da exploração de petróleo no Mar do Norte. Ele lembra que na época o país nórdico encontrou as primeiras reservas e atraiu empresas que levaram tecnologia e capital.
A grande diferença com relação ao Brasil é que a Noruega é menor e com necessidades energéticas que puderam ser atendidas facilmente, permitindo a exportação de excedentes da produção de petróleo e a formação de um fundo soberano bilionário. Já o Brasil é um país gigante que descobriu grandes reservas no momento em que ainda tem um enorme mercado para ser atendido.
Os dois executivos avaliam como correta a decisão do governo brasileiro de atrair não apenas a indústria como a transferência de tecnologia para o mercado local no momento em que o país se prepara para viver um "boom" no setor. O próprio Citi começou a investir nesse nicho no país há cerca de dois anos, contratando pessoal com conhecimento sobre a indústria. Além da Petrobras, a sua carteira de clientes no Brasil conta com Odebrecht, Repsol, Chevron, El Paso, Anadarko, Baker Hughes, Transocean, Statoil, Cameron e as chinesas Sinochem e Sinopec.
Roberts compara a situação do país com a Rússia, exportador onde não há segurança regulatória e onde é difícil empresas estrangeiras operarem, e a China, que não produz o suficiente para atender a própria demanda e precisa focar na produção fora do país, para concluir que o Brasil é o melhor local para se estar. "É no Brasil que estamos dispostos a financiar mais projetos. O país tem uma série de atrativos e isso explica o êxito do aumento de capital da Petrobras."
Cláudia Schüffner
Fonte: Valor Econômico

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