sábado, 14 de maio de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 33

I-NOTICIAS

1-OSX amplia encomendas e avança com licenciamento ambiental do maior estaleiro das Américas
A OSX informou hoje que fechou o primeiro trimestre de 2011 com importantes conquistas: a ampliação de sua carteira de encomendas e o avanço do licenciamento ambiental para início da construção de sua Unidade de Construção Naval - o maior estaleiro das Américas - no Complexo Industrial do Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ).
Empresa do setor naval offshore do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, a OSX obteve no período o pedido firme de mais três unidades de produção para atender a campanha exploratória da OGX.
Para o diretor presidente da OSX, Luiz Eduardo Carneiro, "os primeiros meses de 2011 foram marcados por eventos de grande importância para a companhia: a emissão da Licença Prévia para a UCN Açu, o pedido da OGX, empresa de óleo e gás do Grupo, para mais três navios.
Fonte: TN Petróleo

2-Após aquisição da Devon, BP anuncia interesse em explorar mais petróleo no Brasil
Fonte: TN Petróleo
Para aumentar a produção no Brasil mais rapidamente, a petrolífera britânica BP informou que não veio ao Brasil apenas para continuar o que a Devon já começou. A empresa considera o país estratégico e quer intensificar sua participação em mais blocos de petróleo. A afirmação foi feita pelo presidente da BP no Brasil, Guillermo Quintero, em encontro com jornalistas no Rio, sobre a aquisição de ativos da Devon pela BP Brasil.

3-EPE registra oferta de mais de 23 mil MW para leilões de energia
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já cadastrou 568 projetos de geração para os leilões de energia de reserva e usinas com início de suprimento três anos após a contratação (A-3). Ao todo, os empreendimentos somam uma oferta de 23.332 de megawatts (MW) de capacidade instalada, proveniente de fonte hídrica, eólica, biomassa e gás natural.
Os dois leilões estão previstos para ocorrer em julho com o objetivo de suprir o crescimento do mercado projetado para 2014. O leilão de reserva será voltado exclusivamente para as fontes eólicas e biomassa. Enquanto o leilão A-3 estará aberto à contratação de todas as fontes cadastradas.
Foi inscrita apenas uma hidrelétrica para contratação de energia proveniente da ampliação da capacidade da usina em 450 MW. As pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) cadastradas totalizaram 41 projetos que respondem 725 MW. O cadastro da EPE também registrou 429 centrais de geração de energia eólica (10.935 MW), 81 termelétricas à biomassa (4.580 MW) e 16 termelétricas a gás natural (6.642 MW).
De acordo com a EPE, a maior parte dos empreendimentos se cadastrou para os dois leilões. O único prazo para cadastramento que ainda não foi encerrado é o de projetos termelétricos a gás natural, que vai até o dia 19 deste mês.
O maior volume da capacidade de fonte eólica foi registrado nos estados do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia. Quase a metade do montante inscrito de termelétricas a gás natural está relacionada a projetos localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.

4-Florestas energéticas: uma boa alternativa
A biomassa de madeira responde atualmente por 8,7% da matriz energética mundial e 13,9% da brasileira. A oferta de biomassa florestal se dá por resíduos (florestais, industriais ou urbanos) ou plantações de florestas energéticas.
Os resíduos florestais e industriais são a maior oportunidade no curto prazo, enquanto a oferta oriunda de plantações de finalidade exclusivamente energética ainda é incipiente e está restrita a alguns países, mas tem grande potencial de desenvolvimento no longo prazo, em especial no Brasil.
A peletização diminui o teor de umidade da madeira e aumenta sua densidade, ampliando as possibilidades de comércio internacional, em face das diminuições do custo relativo do frete, de forma que o pellet de madeira é hoje a biomassa sólida para fins energéticos mais negociada no mundo.
O maior desenvolvimento desse mercado está intrinsecamenterelacionado a possíveis adoções de metas de redução de emissão de CO2 por países desenvolvidos e em desenvolvimento e deve ser impulsionado no futuro por meio do desenvolvimento de tecnologias relacionadas a gaseificação, biorrefinarias e segunda geração de biocombustíveis.
Fonte: Agência Ambiente Energia

5-ONU mostra que até 77% da energia poderá ser renovável em 2050
Fonte: Agência Estado
Até 77% da energia elétrica consumida no mundo poderá vir de fontes renováveis - como solar, eólica, hidrelétrica e biomassa - até 2050. O número poderá ser considerado um grande avanço ante a participação de só 13% dessas fontes em 2008, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda, dia 9, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o estudo, porém, o avanço depende de políticas públicas que ofereçam suporte para o desenvolvimento das fontes de energia limpa.


II-COMENTÁRIOS

1-Bioenergia traz um novo cenário de inovação e tecnologia
O Brasil iniciou a safra de cana-de-açúcar em meados de abril e possui hoje mais de 430 unidades produtivas espalhadas por 22 Estados, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).
A história de sucesso que assistimos hoje reflete o processo de amadurecimento e de evolução vividos por esse setor nos últimos anos e a crescente demanda mundial por combustíveis limpos e renováveis.
O grande desafio das empresas de bioenergia é elevar sua competitividade e crescer de forma sustentável, além de reunir as competências necessárias, tangíveis e intangíveis, que garantirão novos investimentos para o aumento da produção brasileira de etanol e deenergia elétrica. Já no médio e longo prazos, entretanto, o diferencial virá do desenvolvimento de tecnologias de ruptura.
Há anos o setor busca e obtém maiores ganhos de produtividade nas áreas agrícola e industrial, mas pouco tem sido feito no desenvolvimento de novos produtos e de novas aplicações.
Processos químicos e bioquímicos inovadores permitirão o desenvolvimento de moléculas mais complexas e de maior valor agregado, de forma cada vez mais competitiva, garantindo novas aplicações em diversos setores produtivos.
Outro importante foco deve ser a busca constante por variedades de cana-de-açúcar com performances cada vez mais elevadas.
Os programas de melhoramento das variedades de cana-de-açúcar do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), por exemplo, utilizam modernas técnicas para obter variedades mais resistentes a pragas e a doenças, além de maior produtividade agrícola.
A intensificação de parcerias entre empresas, pesquisadores e institutos gerará maior estabilidade e rendimento nas operações agrícolas e industriais. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, no entanto, ainda são heterogêneos no país.
É essencial que o processo de inovação seja integrado à reflexão estratégica do setor bioenergético e que as empresas destinem recursos e energia para alavancar seu potencial de criação de valor.
Em março, a boa notícia foi o anúncio, feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep): o Paiss (Programa de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico).
Essa iniciativa visa o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias para a biomassa, com investimento de R$ 1 bilhão até 2014.
O desafio é fazer com que os recursos de fomento à inovação cheguem, de fato, às mãos das empresas e que todos -governo, iniciativa privada e instituições de pesquisa- trabalhem juntos em tecnologia e em gestão empresarial para que o setor de bioenergia do Brasil se transforme por meio da inovação.
Texto originalmente publicado no jornal Folha de São Paulo do dia 06/05/2011
José Carlos Grubisich - Presidente da ETH Bioenergia

2-Coppe vai monitorar desempenho do primeiro ônibus urbano movido a gás e diesel do Rio de Janeiro
A incubadora Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou que seus pesquisadores vão monitorar durante um ano os testes do ônibus flex urbano movido a gás e diesel do Rio de Janeiro lançado pelo Governo do Estado.
O veículo abastecido com uma média de 70% de gás natural veicular (GNV) e 30% de diesel vai emitir 20% a menos de gás carbônico que os ônibus convencionais, movidos exclusivamente a diesel. O objetivo é avaliar a viabilidade do uso do combustível nas frotas que circulam no Estado, projeto este que já foi estudado em 1985.
O monitoramento do desempenho energético do novo combustível será coordenado pelo professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, Marcio de Almeida D’Agosto, e conta com financiamento da Faperj.
Segundo o professor da Coppe, o objetivo é assegurar um transporte menos poluente, que emita menos CO2 na atmosfera, e que seja economicamente viável. “Realizamos um estudo preliminar em 2010, no qual simulamos o uso de 70% de GNV nas frotas de municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. O resultado mostrou que o uso desse percentual é viável do ponto de vista econômico. Por isso, estamos otimistas em relação a esse projeto”, afirmou Marcio D’Agosto.
Neste mesmo período os testes preveem o uso de índices de gás ainda maiores na composição do combustível. Segundo D’Agosto, técnicos da empresa Bosch, fabricante do sistema de injeção diesel-gás, estão otimistas e acreditam ser possível abastecer o veículo com 90% de GNV.
“Como os motores usados nos ônibus são de ciclo-diesel, de ignição por
compressão, é necessário um percentual mínimo de diesel para iniciar a queima do motor. Quanto menos diesel for necessário, maior poderá ser o percentual de gás no total da composição”, explica Marcio.
Fonte: TN Petróleo

3-Conteúdo local na exploração de petróleo será tema de palestras promovidas pelo ABS GROUP
O ABS Group, empresa fornecedora global e independente de serviços de gerenciamento de riscos e certificações do setor de óleo e gás, vai promover palestras para empresas da cadeia de óleo e gás no Rio de Janeiro. O objetivo do evento - nessa primeira edição exclusivo para convidados - será o de ampliar o conhecimento dos profissionais sobre o tema, as exigências da lei e as dificuldades do processo de certificação.
A iniciativa ocorre em momento bastante oportuno, no qual a Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) anun ciou a decisão de ampliar a fiscalização sobre o conteúdo nacional declarado por empresas que arremataram blocos de exploração, como a Petrobras.
“O governo, por meio da ANP, está preocupado em garantir o cumprimento da legislação, que estabelece o índice de conteúdo local contratual a ser atendido, e a ABS, que atua como certificadora credenciada na avaliação desse conteúdo, quer contribuir com o setor, abordando de forma detalhada a questão”, destaca Eugênio Singer, CEO do Grupo ABS no Brasil. Ele observa que o processo de certificação do conteúdo local terá que ser agilizado em função do pré-sal.
A multa de R$ 28 milhões aplicada, recentemente, à Petrobras, por descumprir essa legislação, demonstra a necessidade de as empresas que arremataram os blocos de exploração terem maior conhecimento sobre como ampliar o conteúdo local.
“É fundamental manter a competitividade no custo de aquisição dos equipamentos e plataformas instaladas pelo setor de petróleo no país, mas isso pode ser obtido respeitando-se a regra de conteúdo local, por meio da ampliação da participação da indústria nacional em bases competitivas e sustentáveis”, diz Singer. Para ele, esse processo deverá garantir o incremento da capacitação e desenvolvimento tecnológico local, o aumento da qualificação profissional no país, além da geração de emprego e renda no Brasil.
O ABS Group é uma das empresas credenciadas pela ANP para certificação de conteúdo local e detém grande parte do market share desses serviços no Brasil. O ABS é também uma das maiores empresas certificadoras do setor de óleo e gás no Brasil e no mundo, atuando ainda em engenharia naval, gestão e análise de risco, capacitação e treinamento e sustentabilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário