domingo, 8 de maio de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 32

I-NOTICIAS

1- Usina solar inaugurada
Fonte: Diário do Nordeste
A primeira usina de energia solar do País foi inaugurada pela a MPX Tauá. Agora, resta apenas a finalização da construção da rede elétrica de 13,8 KV, que ligará o empreendimento ao sistema da Companhia Energética do Ceará (Coelce); e a instalação do sistema de comunicação via satélite e da estação de medição.
A Usina Solar de Tauá possui 4.680 painéis fotovoltaicos para captar a luz do sol e convertê-la em energia elétrica. No total, o projeto possui capacidade para gerar 1 MW, suficiente para abastecer cerca de 1.500 residências. A MPX já possui autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para expandi-la para 5MW. Entretanto, a planta prevê uma expansão ainda maior, podendo atingir 50 MW.

2-GE adquire a CONVERTEAM
A especialista em conversão de energia, Converteam anunciou a assinatura de um acordo com a GE (General Eletric), segundo o qual todos os acionistas financeiros da Converteam se comprometem a vender suas ações para a GE.
Pierre Bastid, presidente e CEO da Converteam, declarou: “A GE é a parceira ideal para a Converteam. Nossa forte posição no negócio de conversão de energia é altamente complementar para a liderança global da GE na cadeia de valor de energia. Esta transação reforçará significativamente as ambições estratégicas da Converteam, de globalizar ainda mais seus negócios, fortalecer sua capacidade de atuação mundial e se tornar protagonista industrial de referência. Também ajudará a Converteam a adquirir a força e o alcance necessários para competir em grandes contratos internacionais. Estamos ansiosos pelas excelentes ofertas de conversão de energia que esta parceria trará para os nossos clientes, assim como pelos benefícios únicos que ela gerará para os nossos funcionários”.
John Krenicki, vice diretor e presidente da GE e CEO da GE Energy, acrescentou: “Soluções elétricas completas, de alta eficiência representam uma mega tendência em todo o cenário energético mundial. Nossos clientes nas indústrias chave demandam soluções mais confiáveis, eficientes e flexíveis a fim de aumentar sua competitividade. As pessoas de classe mundial e os produtos e serviços de conversão de energia da Converteam se conectam às diversas peças do nosso portfólio e nos permitirá oferecer soluções integradas aos nossos clientes.”

3-Petrobras vai lançar licitação para mais quatro FPSOs
Fonte: Redação TN Petroleo
A Petrobras deverá lançar ainda neste ano licitação para a compra de quatro navios-plataformas do tipo FPSO para operarem em áreas da cessão onerosa. A afirmação foi feita pelo presidente da PETROBRAS José Sérgio Gabrielli em coletiva durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2011.



4-REUNIAO DE DIRETORIA DA FINEP
A diretoria da FINEP aprovou um documento que sugere mudanças na estrutura do Marco Legal Regulatório do Sistema Nacional de C,T&I. O texto apresenta mais de 10 propostas de alteração legislativa, de forma a garantir maior integração e eficácia dos seus instrumentos de apoio financeiro a projetos inovadores. A proposta está fundamentada em três pilares básicos: revisão dos instrumentos do FNDCT voltados a empresas, definição mais clara e ampla para mecanismos de financiamento que ainda possuem insegurança jurídica (como o de Subvenção Econômica) e uma orientação definitiva sobre a divisão orçamentária e a cooperação entre ICTs e empresas.

5- OTC 2011
Estivemos na Feira de Petróleo , que segundo estimativas contabilizaram mais de 1200 brasileiros , uma delegação de pequenas e medias empresas organizada pelo SEBRAE/ONIP/FIRJAN e uma delegação de empresas de grande porte organizada pelo Consulado Americano.
A presença da Petrobras foi marcante com expressiva presença de profissionais do CENPES, TRANSPETRO, E&P, PETROBRAS INTERNACIONAL e PETROBRAS AMERICA.
As apresentações da Petrobras durante a Feira foram destaque, especialmente as do Carlos Tadeu/Gerente Executivo do CENPES e do Presidente da Petrobras Jose Gabrielli.


II-COMENTARIOS

1- COMPERJ
O ciclo dinâmico da economia brasileira, especialmente do setor petróleo, e a vizinhança do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) criaram um novo polo de atração de indústrias no município de São Gonçalo, região metropolitana da capital fluminense. Em uma área deteriorada do bairro de Guaxindiba, à margem da rodovia BR-101, 15 empresas já instaladas ou em instalação projetam investir R$ 376 milhões até 2015 e se organizam para melhorar a infraestrutura local.
São Gonçalo é a segunda cidade mais populosa do Estado do Rio de Janeiro e funciona principalmente como dormitório de trabalhadores pobres. O Complexo Industrial e Empresarial de São Gonçalo (Ciesg) nasce em um terreno histórico para a cidade que abrigou de 1932 a 1986 a fábrica de cimento Mauá, que tinha ferrovia e canal de navegação próprios, mas até hoje não tem água encanada.
Fechada, a cimenteira deixou de herança no local algumas fábricas do ramo, como a Kerneos (cimento refratário) e a Chryso (aditivos para cimento), e um terreno plano de 7,5 milhões de metros quadrados, adquirido em meados da década passada por dois investidores. É na área de 2,5 milhões de m2 à esquerda da BR-101 para quem está indo em direção ao norte do Estado que está hoje a maior concentração de empresas e onde está sendo formalizada a criação do Ciesg.
"Em 2006, quando já havíamos adquirido a área, surge a notícia da instalação do Comperj que abriu novas perspectivas para o projeto", conta Ricardo Campos, diretor da Sirisa Participações e Investimentos, dona da área. Campos disse que precisou se associar a um investidor francês para viabilizar o projeto que ele batizou de Tecnopark Barão de Mauá, onde, segundo ele, está investindo R$ 13 milhões. Outra área, de 5 milhões de m2, foi comprada por um investidor da capital fluminense.
O traçado da estrada que vai ligar o Comperj ao terminal que a Petrobras construirá na localidade de Praia da Beira, embrião de um futuro porto de barcaças, a cerca de 6 quilômetros do Ciesg vai, vai passar pelo terreno do complexo, mas Campos não lamenta a perda de área. Ao contrário, fecha os olhos e sonha com uma espécie de Houston brasileira na terra do cantor e compositor Seu Jorge, com todo o trajeto da rodovia margeado de indústrias do setor petróleo. Ele já planeja a desobstrução do canal de 1.350 metros ligando a área do complexo à baía de Guanabara.
Por enquanto, não é o Comperj que está povoando o Ciesg. O maior fluxo vem do setor petróleo, mas da área de exploração de óleo e gás no mar (offshore). A Logshore, uma das líderes do processo de organização do complexo, foi a primeira a se estabelecer no terreno. "Aqui era uma área de 'desova' de cadáveres. Compramos o terreno a R$ 1 o m2, e já está custando R$ 200", relata Renato Temperini, diretor da Logshore, empresa que é também concessionária do porto de Niterói, hoje totalmente especializado no apoio a Offshore.
Com cem empregados, a Logshore está investindo R$ 52 milhões, ampliando o parque de tubos e equipamentos para empresas que operam na bacia de Campos (RJ). Temperini explica que, embora mal urbanizada e sem água encanada (as empresas perfuram poços para se abastecerem), a área possui gás canalizado e fibra ótica, além de energia elétrica.
Em março os empresários da área reuniram-se com o vice-governador Fernando Pezão, que é também secretário de Obras, e receberam a promessa de agilizar o abastecimento de água que beneficiará também os 40 mil habitantes pobres dos bairros da área.
As empresas querem que o município faça melhorias na região e estenda às empresas do Ciesg benefícios fiscais praticados em outras áreas da cidade, como a redução da alíquota de 5% do Imposto sobre Serviços (ISS). O secretário de Desenvolvimento de São Gonçalo, Adolpho Konder, que vem sendo o contato dos empresários com o município, foi procurado mas não respondeu aos recados deixados.
Apesar da vocação petrolífera, o maior investimento programado vem do setor de fármacos e equipamentos médicos. A B. Braun, multinacional que tem fábrica em outro bairro de São Gonçalo (Arsenal), vai aplicar € 100 milhões (R$ 230 milhões). A Aliança (grupo Ficher), está investindo R$ 40 milhões e a Brasco (Wilson Sons) investe R$ 30 milhões.
Fonte: Valor Econômico/Chico Santos

2- TRANSIÇÃO NO COMANDO DA VALE
A transição de comando na Vale começou há duas semanas. Nesse período, o novo presidente executivo da mineradora, Murilo Ferreira, tem dado expediente diário na empresa, do início da manhã ao final da tarde. Ele está instalado numa sala do 19º andar, o mesmo onde despacha Roger Agnelli, que lhe foi cedida pelo presidente do conselho de administração da empresa, Ricardo Flores, para que possa receber pessoas e se reunir com os diretores-executivos para se informar sobre os negócios da companhia. No dia 20/05, sexta-feira, Agnelli deixa a presidência da Vale pela manhã e Ferreira assume em seguida.
No fim da semana passada, ocorreu a primeira baixa na diretoria da Vale, com a saída de Carla Grasso, diretora-executiva de Recursos Humanos e Serviços Corporativos. Por vontade própria, depois de chegar a um acordo com a empresa, a executiva deixou a mineradora onde trabalhava desde 1997, logo depois que a Vale foi privatizada.
Durante essa fase de transição, o convívio entre os "dois presidentes" da Vale - o que vai sair e o que vai entrar - tem sido cordial, mas pouco se cruzam, segundo testemunhas. As salas que ocupam no 19º andar ficam em extremos opostos. Ferreira é discreto e não se manifesta em relação aos assuntos da companhia, pois Roger ainda é o presidente.
O foco do novo presidente nessas idas a Vale, segundo fontes próximas, tem sido o contato com a diretoria-executiva para se atualizar dos assuntos da empresa, da qual saiu em 2008, e avaliar como funciona a nova estrutura funcional da diretoria. No ano passado, Agnelli fez uma grande alteração nessa estrutura. Foram muitas as mudanças nas funções dos executivos. Alguns diretores tiveram suas funções completamente alteradas, como o caso de José Carlos Martins, que respondia pelas operações de minério de ferro e passou a cuidar da área de marketing, vendas e estratégia.
Ferreira pretende verificar se esse modelo de gestão operacional está funcionando e se os executivos se adaptaram bem às novas funções. Caso contrario, mesmo antes de pensar em nomes para a diretoria, terá que fazer mudanças na estrutura.
O convívio recente vem sendo bom para Ferreira conhecer os novos diretores. Muitos deles são desconhecidos do presidente nomeado, como Guilherme Perboyre Cavalcanti, que substituiu Fábio Barbosa na direção executiva de Finanças e Relações com Investidores, Eduardo Jorge Ledsham, diretor-executivo de exploração, energia e projetos, e Mário Alves Barbosa Neto, de fertilizantes. Do tempo em que Murilo era diretor da Vale, só restam no time de executivos José Carlos Martins e Tito Martins.
Fonte: Valor Econômico Vera Saavedra Durão

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