segunda-feira, 29 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 14

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- Descoberta de Petróleo na Amazônia
A Petrobras informou que o teste de longa duração (TLD) na Amazônia confirmou a existência de acumulação de óleo leve (46º API) e gás natural no poço 1-ICB-1-AM (denominado "Igarapé Chibata nº 1"), em Tefé (AM), município distante 630 km de Manaus e 32 km da Província Petrolífera de Urucu.
De acordo com a empresa, os dados do teste até o momento indicam que a capacidade de produção do poço é de 2,5 mil barris de petróleo por dia, "o que é considerado um excelente resultado, em se tratando deste tipo de bacia no Brasil", diz a nota. O poço de 3.485 metros foi perfurado na Bacia do Solimões, Bloco SOL-T-171, no qual a Petrobras detém 100% dos direitos de exploração e produção.

2- Missão Empresarial Brasileira na África do Sul e Angola
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) realizam missão empresarial à África do Sul e Angola. O chefe da missão será o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral. No primeiro dia da missão, a Apex-Brasil fará o lançamento oficial em Luanda (Angola) do primeiro Centro de Negócios da agência no continente africano.
A Apex-Brasil oferece a estrutura básica para as rodadas de negócios e o transporte para os eventos previstos na programação oficial. Os empresários arcam com despesas de passagem aérea, hospedagem e alimentação, assim como eventuais custos de produção de material promocional. A maior parte do tempo disponível é utilizado para a realização das rodadas de negócios organizadas no formato conhecido como matchmaking one-on-one.

3- Teste de Etanol de Mandioca para Geração de Energia
O presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Pedro Carlos Hosken Vieira, assinou o Projeto de Geração de Energia Elétrica por meio de Etanol produzido da Mandioca. O projeto é feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Inedes), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Vale Soluções em Energia (VSE).
O modelo de teste será feito na Vila de Lindóia, comunidade que fica no município de Itacoatiara (a 177Km de Manaus). Serão instalados dois geradores modificados, de 250kW cada, na usina concessionária, que serão abastecidos de etanol produzido na Fazendo Experimental da Ufam, localizada na BR174. Todo o acompanhamento do processo será feito on line com transmissão de dados via Internet para a base em Manaus.
Para o coordenador corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Sistema Eletrobrás, José Carlos Medeiros, o projeto pode revolucionar o fornecimento de energia para pequenas comunidades isoladas. Uma tecnologia, que se obtiver sucesso poderá ser exportada.
Os investimentos são da ordem de R$3,8 milhões e o projeto tem prazo de 27 meses para execução. O projeto será desenvolvido pelo Inedes, em parceria com o Centro de Desenvolvimento Energético do Amazonas (CDEAM) da Ufam, além da VSE detentora dos motores adaptados para etanol de Mandioca.

4-Missão Brasileira á Zâmbia
A UCP e a UFCAR estiveram em Zâmbia para ajudar aquele País na elaboração do marco regulatorio da Política de Biocombustiveis.

II – COMENTARIOS

1- Incentivar a Bioenergia é Prioridade
Concluídas as eleições, o país inicia a tradicional reflexão sobre quais serão as prioridades do novo governo que se inicia em janeiro de 2011.
Em um momento favorável, marcado por uma transição política madura, estabilidade econômica e alto potencial de crescimento em diversos setores da economia, a nova administração definirá questões importantes para as indústrias brasileiras, entre elas a de bioenergia.
Os compromissos assumidos pela presidente eleita, Dilma Rousseff, durante o Top Etanol, um dos principais eventos da área, realizado em junho, mostram que a produção de etanol e energia de biomassa é prioridade.
Hoje, o setor fatura mais de US$ 30 bilhões -duplicou de tamanho nos últimos cinco anos e deve dobrar novamente até 2015- e emprega 1 milhão de pessoas. No entanto, importantes ações deverão ser tomadas para elevar sua atratividade nos mercados interno e externo.
É fundamental a manutenção da matriz energética brasileira como a mais limpa do mundo, com 47% da energia proveniente de fontes renováveis.
O novo governo tem a missão de consolidar um marco regulatório para os biocombustíveis que permita ao setor combinar competitividade e sustentabilidade no médio e longo prazos.
Outra questão importante é a definição de uma política para a matriz brasileira no longo prazo, levando em conta o potencial do pré-sal e da bioenergia no futuro das fontes energéticas. Essa decisão garantirá novos investimentos da iniciativa privada nacional e estrangeira.
A criação de uma política de precificação consistente, que considere uma revisão tributária, com isonomia da alíquota de ICMS nos diferentes Estados e sua menor incidência em relação aos combustíveis fósseis, também aumentará o acesso do etanol aos mercados e trará ganhos econômicos e ambientais para a população.
Divulgada nesta semana, a construção do etanolduto, que tem Petrobras como sócia e terá o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como principal financiador, melhora a eficiência da logística do etanol e a redução da emissão de CO2.
A decisão de construir esse modal, com parceria da iniciativa privada e pública, tornará o biocombustível mais competitivo, e ainda mais sustentável e acessível ao mercado internacional.
Apesar de todo o caminho percorrido e do sucesso da bioenergia no Brasil, o setor ainda não atingiu sua maturidade e tem um imenso potencial a ser explorado.
O setor necessitará da definição de regras claras e de planos de longo prazo para que novos investimentos sejam realizados. Dilma assumiu fortes compromissos para que o país garanta a liderança no setor de energia limpa e competitiva.

José Carlos Grubisich
Presidente da ETH Bioenergia
*Texto originalmente publicado no jornal Folha de São Paulo


2-Projeto que desonera verbas para inovação terá sanção presidencial
O projeto de lei de conversão 11/2010, que concede desoneração tributária aos recursos governamentais destinados à inovação e à pesquisa tecnológica, aprovado pelo plenário do Senado, deverá ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade disse que o projeto de lei de conversão em que se transformou a Medida Provisória 497 é fundamental para consolidar a inovação como estratégia empresarial. Alinhou também como essencial para estimular o processo de inovação nas empresas a Medida Provisória 495, que estabelece, nas compras governamentais, margens de preferência de até 25% às empresas que investem em inovação.
A MP 495 estava prevista para ser votada no plenário do Senado na noite desta quinta-feira (25), como resultado, em parte, de solicitação feita pela CNI aos senadores de maior rapidez na sua tramitação, revelou Andrade.
O secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia afirmou que dispositivos como o projeto de lei de conversão 011/2010 e a MP 495 demonstram que o Brasil avançou no marco regulatório sobre inovação, mas lamentou que muitas empresas desconhecem os benefícios existentes para estimular a atividade inovadora.

3-Introdução do gás natural muda matriz energética da Região Norte
Fonte: Agência Petrobras
A Petrobras registrou o início da geração de energia elétrica com gás natural na Região Norte, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. As Usinas Termelétricas (UTEs) Tambaqui (95 MW), Jaraqui (76 MW) e Manauara (85 MW), localizadas em Manaus, integram o parque termelétrico da Petrobras e estão iniciando a operação com gás natural. A capacidade instalada dessas três usinas, para operar com gás natural, é de 256 MW.
As três usinas venceram o leilão realizado em 2004 pela Eletrobras – Amazonas Energia, concessionária de energia estadual e, no ano seguinte, assinaram contratos com essa distribuidora para fornecimento de 60 MWmédios de energia, cada uma, durante 20 anos, a partir de 2006, totalizando 180 MWmédios, volume suficiente para suprir até 19% da demanda média da capital amazonense.
A execução das obras para adequar essas usinas termelétricas (UTEs) à operação com gás natural faz parte do processo de mudança da matriz energética da região Norte do País, com a substituição do óleo combustível e do diesel pelo gás natural na geração de energia elétrica. Os investimentos realizados na construção de duas novas plantas nas UTEs Tambaqui e Jaraqui e na conversão dos motogeradores da UTE Manauara, para operarem com gás natural, totalizaram R$ 267 milhões.
A operação com gás natural no parque termelétrico de Manaus foi viabilizada com a construção, pela Petrobras, do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, cuja capacidade atual é de 6,75 milhões de m³/dia, dos quais 5 milhões são destinados à geração termelétrica.
A UTE Tambaqui, localizada no Distrito Industrial II de Manaus, entrou em operação comercial com óleo combustível em janeiro de 2006 e, com gás natural, em 24/09/2010, sendo a primeira termelétrica a gerar energia elétrica com gás natural na Região Norte do País. A UTE Jaraqui, localizada no bairro Aparecida, em Manaus, iniciou a operação comercial com óleo combustível em abril de 2006 e, com gás natural, em novembro.

4-Petrobras cria empresa para operar sondas
Fonte: Folha de S.Paulo
A Petrobras decidiu não ser a operadora das 28 sondas em processo de licitação e vai criar, junto com investidores, uma empresa focada na gestão dos equipamentos, usados na prospecção de petróleo. A nova companhia a ser constituída será a proprietária das sondas.
A Petrobras está prestes a anunciar os vencedores da megalicitação para a construção da sondas de perfuração, concorrência que movimentará até US$ 30 bilhões.
A cifra é recorde e está próxima à do projeto do trem-bala, orçado em US$ 33 bilhões.
A nova empresa será contratada pela Petrobras, que alugará as sondas por dez anos. A companhia deverá ter participação minoritária da Petrobras, entre 5% e 10% do capital.
A Petrobras já negocia com os potenciais sócios da nova companhia, que será controlada "majoritariamente por investidores brasileiros". Entre eles estão os fundos de pensão, que terão um papel de destaque na empresa que vai gerir as sondas.
Segundo a Petrobras, a nova empresa terá a responsabilidade de contratar a construção das sondas, fiscalizar as obras, levantar os financiamentos e escolher a futura empresa que vai administrar a operação no dia-a-dia.
No que tange ao financiamento, não está descartada a possibilidade de obter recursos no mercado de capitais, por meio, por exemplo, do lançamento de ações. "Mas tal decisão ficará na alçada da direção da empresa", ressalva a Petrobras.
Entre as vantagens de não ser proprietária das sondas, a Petrobras cita o fato de evitar a consolidação de dívidas no seu balanço e de minimizar os desembolsos de caixa durante a fase de construção.
Entre as regras da concorrência, estão a exigência de compra de 60% de equipamentos e serviços provenientes do Brasil e a construção exclusivamente em estaleiros instalados no país.

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