terça-feira, 23 de novembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 13

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

 1- Brasil Ecodiesel vende Biodiesel em Leilão
A Brasil Ecodiesel vendeu 48 milhões de litros de biodiesel no 20º leilão desse produto realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O volume corresponde a 8% do total comercializado no certame.
Segundo a empresa, o preço médio ofertado foi de R$ 2,307 mil por metro cúbico (mil litros), o que corresponde a um deságio de 0,55% sobre o preço máximo estabelecido pela ANP. Os valores e volumes estão sujeitos a alterações até sua homologação.
O leilão foi promovido para atender à exigência de um percentual mínimo de 5% de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final a partir de janeiro. Os volumes serão entregues à Petrobras durante o primeiro trimestre de 2011.
Fonte: Valor Online

2-ETH Bioenergia caminha para a Liderança do Setor de Etanol
A ETH Bioenergia, empresa do Grupo ODEBRECHT, iniciou as operações da Unidade Alto Taquari, localizada no município de mesmo nome, em Mato Grosso. A unidade, sétima da empresa e primeira no estado, recebeu investimentos de R$ 1 bilhão nas áreas agrícola e industrial e produzirá etanol e energia elétrica a partir da biomassa de cana de açúcar e hoje já gera 1.500 empregos diretos e 3 mil indiretos.
A nova unidade tem capacidade instalada para processar 3,8 milhões de toneladas de cana por safra e produzir 360 milhões de litros de etanol e 380 GWh de energia elétrica. O início das operações da Unidade Alto Taquari eleva a capacidade produtiva do Polo Araguaia, que começou sua produção em agosto deste ano com a implantação da Unidade Morro Vermelho, em Mineiros (GO). Em 2011, mais duas unidades serão inauguradas, Costa Rica (MS) e Água Emendada (GO), concluindo o ciclo de investimentos neste Polo.
"O início das atividades em Alto Taquari representa mais um importante passo em nossa estratégia de alcançar a liderança do setor de bioenergia em 2012", destaca José Carlos Grubisich, presidente da empresa. "Por meio da concretização de mais este projeto, demonstramos o comprometimento da empresa com o seu plano de investimentos e a capacidade de realização de nossa equipe. O Estado do Mato Grosso foi um parceiro muito importante para transformarmos este projeto em realidade.", finaliza o executivo.
A ETH tem compromisso com a competitividade e sustentabilidade. As operações agrícolas da nova unidade são 100% mecanizadas para a produção de energia limpa e renovável a partir da biomassa. A empresa preserva o meio ambiente, contribui para o desenvolvimento das comunidades no entorno de suas operações e adota elevados padrões de saúde e segurança para seus integrantes. Mais de R$ 300 mil foram investidos na capacitação de pessoas da comunidade para as operações nas áreas agrícola e industrial do Polo Araguaia.
Assim, a ETH Bioenergia inicia a próxima safra, 2011/2012, com sete unidades em operação e capacidade instalada de moagem superior a 26 milhões de toneladas de cana.

3-Petrobras terá demanda de cinco a seis Plataformas por ano
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a demanda da Petrobras será de cinco ou seis novas plataformas de produção por ano, além de sondas e barcos de apoio e transporte.
“O futuro (da indústria naval) está presente no conjunto de contratos já assinados pela Petrobras e Transpetro com os estaleiros brasileiros. É necessário produzir petróleo, extrair petróleo do fundo do mar e da terra e, para isso, tem que ter sonda, plataforma, navio de apoio e rebocador”, disse Gabrielli, que participou do batismo do navio Sergio Buarque de Hollanda, no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro.

 4-Abertura das propostas para construção de sondas de perfuração
A Petrobras informou que realizou dia (19), reunião de abertura dos envelopes com as propostas apresentadas pelas empresas que participam da licitação para sondas de perfuração.
Segundo a Petrobras, as sondas deverão ser construídas no Brasil, com conteúdo nacional crescente, para exploração em águas ultraprofundas, incluindo os campos localizados na região do pré-sal.

5-OSX anuncia desenvolvimento da construção de unidades de exploração e produção
A OSX, empresa do Grupo EBX, informou sobre o andamento da construção das unidades de Exploração e Produção (E&P) que já foram encomendadas: FPSOS (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência) e WHPs (plataformas adequadas para águas rasas).
a) OSX-1 (FPSO): As obras de customização seguem em curso regular em Cingapura, acompanhadas por uma equipe operacional da OSX com 18 integrantes, em seguimento às atividades de pré-operação, visando ao início da produção no litoral brasileiro em 2011.
b) OSX-2 (FPSO): Encontra-se em fase avançada a licitação para o projeto e construção do FPSO OSX-2, que deverá contar com capacidade de processamento de 100.000 bpd, de compressão máxima de 4 milhões de m3/d e de armazenamento de 1,3 milhões de barris. As propostas técnicas e comerciais apresentadas pelos licitantes estão sob análise da Companhia, visando à assinatura do competente contrato de construção até o primeiro trimestre de 2011.
c) OSX-3 e OSX-4 (FPSOs): Foram assinados contratos de compra de dois navios-irmãos do tipo VLCC para conversão nos futuros FPSOs OSX-3 e OSX-4. Os navios têm previsão de entrega para a OSX em Fevereiro e Março de 2011.
d) WHP-1 e WHP-2: Encontra-se em andamento a elaboração do projeto conceitual das citadas WHPs e a Companhia vem negociando sua construção com empresas de engenharia. O drilling package que será instalado no convés das plataformas já está em fase de licitação, com previsão de recebimento de propostas ainda em Novembro de 2010.

OSX planeja instalar centro de pesquisa com a Hyundai no RJ
O foco será a transferência de tecnologia da Hyundai Heavy Industries, líder mundial em construção naval
Depois de definir o Rio de Janeiro como local de construção do estaleiro da empresa, a OSX, do empresário Eike Batista, já faz planos para instalar no Estado um centro de pesquisa e treinamento de pessoal junto com a Hyundai.
Ainda não há definição se o Instituto de Tecnologia Naval será instalado na capital do Estado ou perto do estaleiro, no Complexo Industrial do Porto do Açu, no norte fluminense.
A empresa sul-coreana tem 10% da subsidiária OSX Construção Naval.

II – COMENTARIOS

1- A melhor Energia

Os projetos de eficiência energética podem ser a segunda maior fonte de energia, atrás apenas da hidroeletricidade, nos próximos 20 anos. Não bastasse este potencial estratégico, o uso eficiente de energia proporciona o uso mais inteligente dos recursos financeiros, preserva o meio ambiente e favorece a sustentabilidade do ciclo de negócios de energia. Todavia, nos faltam políticas públicas capazes de "premiar a eficiência" e fazer deslanchar este mercado promissor.
Diante da necessidade de investirmos na ampliação da geração de energia elétrica para sustentar o nosso crescimento econômico, temos um potencial energético formidável, justamente, nos projetos de eficiência energética. Talvez pela memória do risco de Apagão, nos anos de 2001 e 2002, ainda persiste a idéia de que a eficiência está associada a corte de energia, redução da produção, etc.
Um preconceito que começa a ser desmistificado, a partir dos dados do Plano Decenal no horizonte de 2019, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nele, os projetos de conservação de energia já respondem pela economia de 23,3 terawatt-hora (TWh), volume suficiente para poupar a construção de uma usina com capacidade de gerar 4.800 megawatt (MW), um potencial superior ao que será produzido pela hidroelétrica de Santo Antônio, no Pará, quem tem 3.450 MW de potência.
Se considerada a demanda total por energia, que inclui também o consumo de combustíveis, a economia pode ser ainda maior. A EPE calcula uma conservação de 4,5% da demanda global esperada para 2019 com os projetos de eficiência energética. Isso equivale a 257 mil barris de petróleo.
Estudo recente elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca que a economia poderia chegar a R$ 85 bilhões até 2030, em meio a um cenário de crescimento do país mais acelerado que a média global. Além disso, 250 milhões de toneladas de gás carbônico deixariam de serem emitidos na atmosfera.
Atualmente, existem vários equipamentos em processo de regulamentação pela Lei 10.295/01, mas há forte predominância para equipamentos de uso residencial e comercial (ex.: geladeiras, fogões, etc). Além de duas iniciativas federais que tem obtido melhor desempenho como o PROCEL e o PROESCO do BNDES.
Entretanto, o Brasil nunca teve uma política de eficiência energética de longo prazo, principalmente voltada para o setor industrial, responsável por 40,7% de toda a energia consumida no País. Enquanto a soma dos consumos de energia dos setores residencial, comercial e público responde por 15,8 do total consumido, justamente os setores melhor atendidos pelos programas federais.
Essa mudança de foco pode estar em curso, diante da expectativa em torno do Plano Nacional de Eficiência, que está sendo gestado no Ministério de Minas e Energia (MME) e que para ser para valer deve incluir propostas de linhas de financiamento vantajosas. A redução de juros e a expansão carência de linhas de financiamento são aspectos fundamentais para acelerar os programas do gênero.
Ainda segundo a CNI, as maiores oportunidades de economia de energia dentro da industria se concentram nas modernizações dos fornos, que respondem por 62,12% das oportunidades de eficiência energética do setor, seguida pelas reformulações nas caldeiras e sistemas motrizes.
Coordenador dos trabalhos sobre o tema, dentro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, há tempos estamos empenhados na elaboração e aprovação da Política Nacional de Eficiência Energética, que entre as premissas destaco:
- Associação de ações de eficiência energética a ganhos ambientais;
- Elaborar programas federais específicos para o setor industrial, estimulando o diálogo permanente entre a industria e o governo na sua elaboração;
- Estruturação e difusão de dados que permitam maior segurança nas decisões sobre projetos de eficiência;
- Instrumentos de fomento para a realização de diagnósticos de instalações industriais;
- Apoio a contratos de performance com ESCOs (Empresas de Serviço de Energia);
- Estímulo as PPPs (Parcerias Público Privadas) para pesquisa e desenvolvimento de equipamentos e processos industriais eficientes;
- Normas ISO para consumo de energia;
- Promover os chamados contratos de performance com o setor público;
- Aquecer o mercado de "Green Buildings" (prédios sustentáveis);
- A etiquetagem de produtos/empresas como critério para orientar as concessões de financiamentos/isenções fiscais pelo setor público.
- Criação das "Usinas Virtuais" e de um criar um mercado de contratos de ganho em eficiência energética;
- Adoção dos Municípios Energoeficientes;
- Utilizar o poder de compra do Estado para privilegiar produtos/empresas que estejam compromissadas com a eficiência energética.
Em suma, disseminar projetos de energia eficiente é o melhor caminho para aumentar a competitividade do nosso País, além de proporcionar redução de emissão de poluentes e de impactos ambientais e sociais, fazendo com que a eficiência energética possa, finalmente, desempenhar um papel estratégico na nossa matriz energética.
Arnaldo Jardim
Deputado federal e coordenador da subcomissão de Eficiência Energética da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados

2-Debate sobre novas pesquisas energéticas
Fonte: Agência Petrobras
O Gerente Geral de Negócios de Energia da Petrobras, Renato de Andrade Costa, e o coordenador na Gerência Executiva corporativa da área de Exploração & Produção (E&P), Eduardo Alessandro Molinari, ambos da Petrobras, participaram do 6º Fórum de Debates Brasilianas.org, evento que visa debater as novas pesquisas energéticas.
No primeiro painel do dia, sobre o tema ‘Novas fontes de energia’, Costa destacou a liderança da Petrobras no desenvolvimento de Pesquisa & Exploração de petróleo e gás no Brasil e no mundo. “A companhia lidera e avança nas barreiras tecnológicas explorando petróleo e gás em águas ultraprofundas, sendo a empresa com maior participação em campos desse tipo”.
A explanação de Molinari, que teve como tema “Exploração em águas profundas”, teve como foco a atuação da Petrobras na exploração de águas profundas em território nacional; as tecnologias desenvolvidas utilizando a Bacia de Campos como grande laboratório para o desenvolvimento desses componentes; os centros de pesquisas que estão em implantação e o descobrimento do pré-sal.
O executivo destacou a evolução das reservas no Brasil desde 1968, quando foi realizada a primeira descoberta no mar, até 2010, com o descobrimento em águas ultraprofundas. Molinari citou ainda a descoberta da Bacia de Campos, em 1974, e o início da exploração em águas profundas, em 1984.
“Terminamos 2009 com reservas provadas no Brasil de 14,2 bilhões de barris de óleo e gás equivalente, sendo 81% destas reservas localizadas em águas profundas e ultraprofundas.”

3-Petrobras eleva aporte de recursos em Refinarias
Até o terceiro trimestre deste ano foram investidos globalmente pela Petrobras cerca de R$ 56,5 bilhões
A Petrobras deve acabar com as importações de petróleo e seus derivados até 2014, e para isso investe em refinarias. Segundo o diretor de Abastecimento e Refino , Paulo Roberto Costa, os investimentos feitos até agora para a construção de novas refinarias no Brasil aumentaram 100% na comparação com os do ano passado.
Até o terceiro trimestre deste ano foram investidos globalmente pela estatal R$ 56,5 bilhões. Deste valor, R$ 20,6 bilhões ficaram com a área comandada por Costa, que no ano passado apresentou aportes de R$ 5,3 bilhões neste mesmo período.
O executivo utilizou como argumento o aumento da demanda interna por derivados do petróleo, que ficou, segundo o último balanço da empresa, 11% maior se comparado a dados do mesmo período de 2009, mesmo com a queda de 2% na produção de petróleo, registrada até o fim do terceiro trimestre.
Até setembro, o consumo médio dos dois principais derivados de petróleo no País - gasolina e diesel - apresentou alta de 13,8%. A demanda por gasolina subiu 16% na comparação entre o terceiro trimestre de 2009 e deste ano; a de diesel aumentou 11,7%. Segundo Costa, essa alta do consumo de gasolina se deu por causa da elevação do preço do álcool, em função da queda da safra de cana-de-açúcar. Já até outubro, o consumo da gasolina cresceu 18%, o de querosene de aviação (QAV), 15%, e do óleo diesel, 10%.
Para atender a essa alta, estão no portfólio de projetos de refinarias da Petrobras, além da Abreu e Lima em Pernambuco, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e da atualização das refinarias mais antigas, a pré-operação da unidade de fios de poliéster na Petroquímica de Suape (PE) e as refinarias Premium I e II do Maranhão e do Ceará, cujos contratos para projetos básicos foram assinados no início de novembro com a UOP. Esses dois últimos projetos terão a capacidade de refinar 300 mil barris de petróleo diariamente. Com isso, segundo Costa, a previsão é de que em dez anos o Brasil dará um salto da décima para a quinta posição entre os maiores consumidores mundiais de petróleo, passando de 1,94 milhão de barris por dia para 2,79 milhões de barris por dia.
Segundo a Petrobras, com os investimentos na divisão de Abastecimento a empresa aumentou sua capacidade de produção de GLP (gás de cozinha) em 21 mil barris de petróleo diários (bpd), 42 mil bpd de nafta e 23 mil bpd de diesel. Esse crescimento foi proporcionado pela expansão da Refinaria Henrique Lage (Revap) na cidade de São José dos Campos (SP).
"As pessoas vêm dizer que o mundo não precisa de mais refinarias. O mundo pode não precisar, mas o Brasil precisa", afirmou, em entrevista coletiva. O principal argumento do diretor é que a capacidade de refino no País está próxima do limite, em torno de 90%, "e não dá para operar com esta capacidade 365 dias por ano, porque as refinarias precisam de paradas programadas para fazer manutenção".
De acordo com ele, a construção das refinarias previstas para o mercado brasileiro deve resultar em exportação dos combustíveis, caso o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em média 3,4% ao ano. "Se o crescimento do PIB ficar em torno de 5%, em média, ao ano, a capacidade das novas refinarias estaria esgotada apenas com o mercado doméstico. Se, por acaso, a elasticidade seguir o ano de 2010, vai faltar refino para atender o mercado brasileiro e vamos ter de reavaliar todo o processo de investimentos", disse o diretor da estatal.
Nos próximos anos, Paulo Costa destacou que a previsão é de um aumento ainda maior do consumo. Entre os motivos estão efeitos extraordinários, como a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil em 2014 e 2016, e a elasticidade da demanda que está se descolando do crescimento do Produto Interno Bruto.
"Tradicionalmente, para cada 5% de crescimento do PIB, a demanda crescia 2%, ou no máximo 2,5%, mas em 2010 isso se alterou: o PIB cresceu 7% e a demanda aumentou 10% em média", disse, lembrando que a retração de 0,2% em 2009 foi motivada pela crise econômica mundial.
Fonte: DCI,SP

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