sábado, 19 de abril de 2014

OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 182

I – NOTÍCIAS

1- Investimentos no setor podem ampliar o consumo de gás em SP em até 60% até 2020
Investimentos no setor podem ampliar o consumo de gás em São Paulo em até 60% até 2020
Para o subsecretário de Petróleo e Gás da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, Ubirajara Santos, desenvolvimento e competitividade são decisivos para atender demanda.
A necessidade de planejamento para estimular a demanda e a oferta sustentadas, em condições de concorrência, e a redução da carga tributária completam os principais pontos defendidos pelo subsecretário para ampliar as oportunidades da indústria do gás. Este e outros temas serão debatidos na 11ª edição do Gas Summit Latin America, que acontece entre os dias 13 e 15 de maio, no Hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro.
Considerado o maior consumidor de gás do Brasil, o Estado de São Paulo utiliza cerca de 18 milhões de m³ por dia do recurso natural. Deste montante, metade é importado da Bolívia e a outra parte é proveniente das Bacias de Campos, Santos e uma menor quantidade do Espírito Santo. Com um cenário promissor, a região paulista é um mercado potencial para o crescimento deste insumo. A estimativa é que o consumo do Estado aumente em 60% até 2020, segundo indicadores do setor.
O dado integra o parecer do subsecretário de Petróleo e Gás da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, Ubirajara Campos, que destaca que o setor tem que se desenvolver sustentavelmente, aumentando a competitividade dos preços do gás e regulando o abastecimento, com investimentos em infraestrutura para a distribuição e transporte, se quiser suprir essa necessidade futura.
Para ele, é fundamental que haja uma previsão para o setor e também definições consolidadas sobre a regulamentação. “As expectativas são enormes. O mercado tem potencial para crescer, mas dependemos muito desta infraestrutura de escoamento, transporte e distribuição e, basicamente, de preços regulares. Por isso é muito importante uma maior previsibilidade para viabilizar a oferta”, alerta.
Fonte: Redação TN/ Ascom Gas Summit Latin America

2- EUA produz 10% do petróleo mundial
A crescente produção de óleo não convencional (tight oil) tornou os EUA produtor de 10% do petróleo mundial, informou a EIA – Energy Information Administration. Os EUA produziram 3,2 milhões de barris dia de petróleo bruto, no quarto trimestre de 2013, de campos produtores não convencionais no Texas, Dakota do Norte e outras regiões.
Combinada com a produção de petróleo em águas profundas, a produção total dos EUA atingiu 7,8 milhões de bpd (barris de petróleo dia), se aproximando dos líderes mundiais de produção a Rússia e a Arábia Saudita, com possibilidade de ultrapassar esses tradicionais produtores de petróleo em pouco tempo.
Diante da nova realidade de expansão da produção de petróleo, o fim da proibição da exportação de petróleo bruto volta a ser um tema para debate no Congresso dos EUA. Texas e Dakota do Norte representam 63% da produção de petróleo não convencional.
Fonte: Redação TN Petróleo, com agências

3- Petrobras admite transferir produção de módulos da Iesa
Petrobras admite transferir produção de módulos do estaleiro da Iesa
Depois da deflagração da greve dos funcionários da Iesa Óleo e Gás em Charqueadas (RS), que paralisou desde ontem, terça-feira, as operações do estaleiro responsável pela construção de 24 módulos de compressão para plataformas do pré-sal para a Petrobras, a estatal admitiu oficialmente que os serviços podem ser transferidos para outro local.
“Estão sendo realizados esforços para manter a execução dos serviços no Rio Grande do Sul, mas para isto é fundamental que o prazo do contrato seja atendido”, afirmou a empresa, em nota divulgada na noite de ontem. O valor do negócio é de US$ 720 milhões, mas há opção de ampliação da encomenda para 32 unidades, o que elevaria a cifra para US$ 911,3 milhões.
Os funcionários protestam contra atrasos nos salários e a favor da regularização do recolhimento do FGTS.
Até agora, conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Jorge Luiz de Carvalho, nenhum equipamento foi concluído no estaleiro. O primeiro lote de seis módulos tem que ser entregue até julho, mas os funcionários pararam reclamando das “péssimas” condições de trabalho e cobram ainda melhorias no plano de saúde, alimentação e transporte gratuitos, adicional de periculosidade e regularização do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A Petrobras não comentou a informação do sindicato de que teria feito um adiantamento de US$ 166 milhões à Iesa na semana passada, mas informou que “desde o ano passado” tem se “empenhado” na busca de alternativas para manter a execução do contrato e “contornar as dificuldades oriundas da crise financeira do Grupo Inepar, do qual a Iesa Óleo e Gás faz parte”. 
Como solução imediata, a Petrobras disse que iniciou procedimento para efetuar pagamento direto aos empregados, fornecedores e prestadores de serviços envolvidos no projeto “Replicantes”, ao qual se destinam os módulos.
Em relação à greve, a estatal comentou que acompanha as negociações entre os trabalhadores e a Iesa e que espera “um desfecho adequado para ambas as partes o mais breve possível”. A empresa garantiu que os canteiros de obras de suas contratadas atendem às exigências da lei, “com instalações adequadas, incluindo vestiários, refeitórios, banheiros, ambulatórios e áreas de vivência”.
Em entrevista ao Valor, o secretário do Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik, disse ontem que o governo estadual espera que outra empresa se associe ao projeto de Charqueadas para garantir a produção dos módulos no local. A Iesa informou, também ontem, que o assunto está sendo tratado “em confidencialidade com a Petrobras; por isso não vai se manifestar”.
Depois da deflagração da greve dos funcionários da Iesa Óleo e Gás em Charqueadas (RS), que paralisou desde ontem, terça-feira, as operações do estaleiro responsável pela construção de 24 módulos de compressão para plataformas do pré-sal para a Petrobras, a estatal admitiu oficialmente que os serviços podem ser transferidos para outro local.
Fonte: Valor Econômico

4- Revolução causada pelo gás de xisto tem bases sólidas.
A euforia da indústria norte-americana com a exploração de gás de xisto, chamada até de "revolução" por causa dos enormes impactos econômicos que vem tendo e ainda deverá provocar, tem bases sólidas. Pelo menos é o que afirma Fernando Musa, presidente da Braskem America, uma das empresas que estão apostando forte nos benefícios da nova fonte de energia e de matéria-prima.
"Nós fóruns em que participo, todo mundo fica falando sobre o que vem, a revolução do shale gas [gás de xisto], mas há cinco anos todos estavam falando que a indústria iria desaparecer nos Estados Unidos. Agora estão falando que é a bonança. O que será que a gente vai estar falando daqui a cinco anos?", disse Musa a um grupo de jornalistas brasileiros em teleconferência nos Estados Unidos –o executivo estava em seu escritório na Filadélfia, e os jornalistas, em Houston.
A julgar pela orientação dos investimentos da Braskem, dentro de cinco anos a indústria ainda estará em expansão. Principal produtora de polipropileno nos Estados Unidos, onde tem cinco fábricas em operação, a empresa está com projeto para entrar na produção de polietileno, para se beneficiar do custo mais baixo e da oferta abundante do etano gerado pela exploração do gás de xisto.
Segundo Fernando Musa, o desafio é o custo e a volatilidade do preço da matéria-prima que usamos, que é o propeno. “Hoje nos Estados Unidos todas as centrais petroquímicas que podem estão convertendo para usar o máximo de etano possível, porque o etano está muito barato. Isso cria uma bonança para os players que estão na cadeia etano/eteno, mas cria um desafio para nós".
Isso tende a mudar ao longo dos próximos anos, acredita ele, por conta de uma espécie de efeito cascata benéfico que o etano venha a ter na produção de outras matérias-primas. ou te dar a minha visão. "Minha visão é que nós vamos ter nos Estados Unidos mais propeno, o que é boa notícia; nós vamos ter um propeno [com preço] menos volátil, e isso vai ser muito bom para o nosso negócio”.
Essas são algumas das especulações sobre os impactos da revolução do gás de xisto, que promete energia e matéria prima barata e abundante, o que dá margem à euforia comentada por Musa. O entusiasmo é justificado, no entender do executivo.
"A cada dia que passa, toda vez que interajo com os agentes da industria, a euforia está um pouco maior, mas em cima de dados concretos. Algumas coisas vão se desenvolvendo, as reservas são maiores, a capacidade é maior, então a euforia é maior. Acaba sendo uma onda de euforia em cima de uma maré muito forte que vem vindo. Tem um pouquinho de espuma na ponta? Com certeza tem, mas que a maré é forte e vai durar, não é uma marezinha de duas horas, é uma maré mais longa, não tenho muita dúvida não."
Mesmo com tanta confiança, ele lembra que não é capaz de prever o futuro. "Se eu tivesse uma bola de cristal eu não estaria aqui, estava lá com Bill Gates e Warren Buffet fazendo filantropia do tamanho da filantropia que eles fazem", concluiu Musa.
Fonte: Rodolfo Lucena – Folha de São Paulo
17/04/2014  

5- Presidente da Petrobras esclarece compra de Pasadena


II – COMENTÁRIOS

1- Novas regras do regime especial de Repetro impulsionam empresas do setor
Com as novas regras do regime aduaneiro especial de exportação e importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural (Repetro), novas oportunidades surgem para as empresas que trabalham na área.
Sendo habilitada no Procedimento Aduaneiro de Linha Azul, a empresa beneficiária do Repetro, ao efetuar o despacho aduaneiro, não necessita apresentar garantia e, como já tem o Termo de Garantia simplificado, o desembaraço aduaneiro pode ser feito em até poucas horas.
"Os bens já podiam ser depositados em área não alfandegada e agora passam a poder ter operações de teste, reparo, manutenção, restauração, beneficiamento, montagem, renovação ou recondicionamento dos bens. A Receita Federal apenas exige o controle destas movimentações em tempo real", explica o diretor executivo da LDC Comex, Paulo Cesar Alves Rocha.
De acordo com o executivo, outra grande possibilidade é da empresa beneficiária do Repetro possuir também habilitação para o Regime Aduaneiro de Depósito Especial, com o qual a empresa pode ter um estoque estratégico de peças que sejam utilizadas na manutenção ou substituição de partes, pedindo transferência de Regime ou nacionalizando as peças conforme sua necessidade.
A LDC Comex Experienced é uma empresa especializada em consultoria e sistemas de comércio exterior e atua na terceirização das operações dos diversos Regimes Aduaneiros Especiais existentes. 
Fonte: Redação TN/ Ascom LDC Comex

2- Publicada nova resolução da ANP para registro de produtos.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP publicou no Diário Oficial da União do dia 14 de abril a Resolução nº22/2014, que estabelece os critérios de obtenção do registro de graxas e óleos lubrificantes destinados ao uso veicular e industrial e aditivos em frasco para óleos lubrificantes de motores automotivos, bem como as responsabilidades e obrigações dos detentores de registro.
Essa resolução vem sendo discutida com o mercado há vários anos e estabelece também os níveis mínimos de desempenho permitidos para a produção e comercialização no mercado brasileiro, substituindo a Resolução nº10 de 2007, salvo as disposições contidas em seus artigos 5º e 7º, que permanecerão em vigor durante o prazo de 180 dias, a partir de 14 de abril de 2014.
A ANP, visando atender às reivindicações dos produtores, flexibilizou as datas da segunda etapa para entrada em vigor dos níveis mínimos obrigatórios.
Os níveis mínimos para os óleos de motor são: API SJ ou ACEA (2012) para o ciclo Otto e API CG-4 ou ACEA(2012) para o ciclo Diesel, em uma primeira etapa, e para API SL e API CH-4 ou ACEA(2014) na segunda etapa. Os prazos limites sugeridos para a entrada em vigor do novo regulamento foram alterados pela própria ANP, para os seguintes:

  1ª ETAPA
  2ª ETAPA
Produção e Importação
  31/12/2014
  01/01/2017
Distribuição
  31/03/2015
  31/03/2017
Comercialização ao consumidor final
  30/06/2015
  30/06/2017

Além de vários outros aspectos alterados da resolução anterior, a Resolução nº 22/2014 introduziu o controle para os lubrificantes utilizados na indústria alimentícia no item X do artigo 7º, com o seguinte texto, indicando que deverá ser encaminhado a ANP: “certificado de que produto e produtor atendem a norma ISO 21.469 –Safety of machinery – Lubricants with incidental product contact – Hygiene requirements – emitido por organização acreditada pela norma ISO 17.065 – Conformity assessment – Requirements for bodies certifying products, processes and services, no caso de óleos e graxas lubrificantes para aplicações que requeiram a especificação contato alimentar incidental.
A situação dos aditivos aftermarket, ficou estabelecida no item XV do artigo 7º, com o seguinte texto: ... “em casos de aditivos em frasco, relatório dos testes de mistura do aditivo com o óleo lubrificante automotivo de categoria API mais recente, na proporção indicada no rótulo do produto, nas sequências IIIG (ASTM D-7320), VG (ASTM D- 6593) e OM 5011A (ACEA) e/ou de teste internacionalmente aceito que comprove o não prejuízo ao desempenho do óleo lubrificante

3- Café da Câmara Brasil Texas durante a OTC 2014, em Houston-EEUU

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