sexta-feira, 11 de outubro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 150

I – NOTÍCIAS

1- PIB da China deve ultrapassar 7,5% no 3º trimestre
No início do ano, a China estabeleceu que 7,5% seria a meta de crescimento anual para 2013
Nelson Ching/Bloomberg
Li Keqiang: o premiê disse que o país prestará mais atenção
à qualidade e eficiência do crescimento
Pequim - O crescimento econômico da China deve ultrapassar 7,5% nos três primeiros trimestres de 2013, à medida que indicadores econômicos recentes apontaram para sinais de recuperação, disse o premiê chinês, Li Keqiang.
Durante discurso na reunião de cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Brunei, Li disse que está confiante em igualar as metas para o crescimento econômico neste ano, de acordo com uma transcrição de seu discurso publicada pela agência de notícias estatal Xinhua.
No início do ano, a China estabeleceu que 7,5% seria a meta de crescimento anual para 2013. No primeiro semestre do ano, o produto interno bruto (PIB) chinês cresceu 7,6%, mais lento do que a taxa de crescimento de 7,7% em 2012 e 9,3% em 2011.
De acordo com o premiê chinês, a economia chinesa mostrou tendência de crescimento estável e reforçou que os indicadores econômicos, como o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), a produção industrial, o consumo de energia e as receitas fiscais se recuperaram.
Li acrescentou que a China continuará aprofundando as reformas e manterá a abertura política. Além disso, o premiê disse que o país prestará mais atenção à qualidade e eficiência do crescimento.
O escritório de estatísticas da China divulgará o crescimento da China no terceiro trimestre e no acumulado do ano em 18 de outubro. 
Fonte: Dow Jones Newswires.

2- Primeiro leilão do pré-sal poderá ter até quatro consórcios na disputa
Fonte: Agência Brasil 
O leilão do Campo de Libra, o primeiro para a área do pré-sal, deverá ter entre dois e quatro consórcios. A previsão é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A licitação está prevista para o dia 21 de outubro. “A possibilidade de um processo efetivamente competitivo, com a presença de sete das 11 maiores empresas do mundo nos leva a esperar que esse primeiro leilão será um grande sucesso”, disse Lobão.
A estimativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgada recentemente, era de que até três consórcios entrassem na disputa. No total, 11 empresas se habilitaram para participar do leilão e nove depositaram garantias para a operação. A empresa vencedora será a que oferecer o maior percentual do petróleo excedente à União.
Lobão disse que a expectativa do governo também é grande com a 12ª Rodada de Licitação, marcada para novembro, que terá foco nas áreas com gás não convencional. “Para essa rodada, mantemos elevada expectativa”.
A análise do ministro foi feita na tarde de ontem (10), durante a apresentação do estudo de Zoneamento Nacional de Recursos de Óleo e Gás, desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), sob coordenação do Ministério de Minas e Energia e com o apoio da ANP. O documento mapeia as zonas de importância para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás no país.
“O estudo vê em cada bacia sedimentar do país quais têm a maior probabilidade de petróleo e gás e orienta a política energética, mostrando a importância de cada uma das áreas”, explicou o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, o documento servirá como base para todo o planejamento na área de política e gás, como orientar licitações, implantações de refinarias, dutos e gasodutos.

3- China se torna o maior importador de petróleo  
A China alcançou mais uma posição de líder mundial, só que esta seus líderes não gostariam de ter. Em setembro, o país ultrapassou os EUA e se tornou o maior importador mundial de petróleo. A informação foi divulgada esta semana pelo governo americano. A nova condição foi obtida devido ao crescimento econômico acelerado e às fortes vendas de automóveis.
O consumo de petróleo da China superou a produção em 6,3 milhões de barris/dia (b/d), que o país teve de importar, segundo informou a Energy Information Administration (EIA) esta semana.
O boom econômico chinês elevou a renda e a influência global do país. Mas também estimulou a demanda por petróleo e gás importados, o que os líderes chineses veem como fraqueza estratégica.
O maior número de automóveis aumentou a poluição nas cidades chinesas. O governo está sob pressão interna e externa para conter a poluição e as emissões de gases.
Os EUA, com uma população de cerca de um terço da da China, ainda consome muito mais petróleo per capita. Em setembro, os americanos consumiram 18,6 milhões de b/d de petróleo e outros combustíveis fósseis líquidos, enquanto que a China usou 10,9 milhões, segundo o relatório "Perspectivas Energéticas de Curto Prazo" da EIA. A produção americana foi de 12,5 milhões de b/d, enquanto que a da China foi de 4,6 milhões.
A economia da China, a segunda maior do mundo, está esfriando, mas mesmo assim ainda deverá crescer quase 8% este ano, bem acima das previsões para os EUA. O mercado automobilístico chinês, o maior do mundo em termos de veículos vendidos, também está perdendo força, mas ainda assim as vendas subiram 11% em agosto.
Pequim está encorajando a produção de energias eólica e solar, além do uso de carros elétricos ou a gás natural. Mas a gasolina deve continuar sendo o principal combustível nas próximas décadas.
O governo vem lançando iniciativas para aumentar a intensidade energética, ou seja, aenergia consumida por unidade de produção econômica. E vem obtendo progresso, mas ainda está bem distante das economias desenvolvidas.
Até o fim da década de 1990, a China era autossuficiente em petróleo, graças ao vasto campo de Daqing, no nordeste do país. Mas o boom econômico sobrepujou sua capacidade de produção, ao mesmo tempo em que a produção das fontes já existentes deverá cair.
Agora o país depende das importações, especialmente da Arábia Saudita e do Irã. Os líderes comunistas veem isso como uma fraqueza estratégica por causa do risco de instabilidade no Golfo Pérsico e do isolamento político do Irã.
A EIA observou que a produção interna de petróleo chinesa foi prejudicada nos últimos dois meses pelas enchentes de verão.
As petroleiras estatais e suas parceiras estrangeiras estão investindo muito na busca de novas fontes de petróleo na China e no desenvolvimento de alternativas como o metano encontrado em jazidas de carvão. Mas ainda precisam encontrar novos depósitos de tamanho similar ao de Daqing.
Fora do país, as estatais chinesas vêm investindo bilhões de dólares no desenvolvimento de produção de petróleo e gás no Iraque, Ásia Central e África. O destino de parte dessa produção é a exportação para a China, mas a maior parte ainda é vendida em outros mercados.
Ao mesmo tempo, a demanda americana por petróleo importado diminuiu depois que a exploração do xisto abriu novas fontes internas de fornecimento. A demanda americana por petróleo e outros combustíveis líquidos cresceu cerca de 110 mil b/d, ou só 0,6%, nos primeiros nove meses do ano, em parte devido à melhora da eficiência dos motores de automóveis, diz a EIA, que prevê queda do consumo de 0,4% no ano que vem.
Os EUA continuarão sendo o maior consumidor de petróleo em 2014, com cerca de 18,7 milhões de b/d, uma queda em relação ao pico atingido de 2005, de 20,8 milhões. A AIE prevê que o consumo da China no ano que vem deverá ser de cerca de 11 milhões de b/d.
Joe McDonald - Fonte: Associated Press
Texto extraído do Valor Econômico

4- Cerca de 22 empresas mostraram interesse na 12ª Rodada de Petróleo e Gás  
Até a ultima 6ª feira,  22 empresas haviam manifestado interesse em participar da 12ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), afirmou há pouco a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Após se reunir com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para apresentar as áreas que serão ofertadas no Estado, Magda afirmou a jornalistas que o número de companhias interessadas no leilão "atende expectativas" e está "na ordem de grandeza esperada".
Magda ainda disse que há operadores de todos os portes interessados no leilão, desde grandes empresas com experiência em exploração de gás de xisto nos Estados Unidos, até operadores de menor porte sem experiência na exploração de gás convencional.
As empresas tem até o fim da tarde de amanhã, dia 11 de outubro, para manifestar interesse no leilão, marcado para os dias 28 e 29 de novembro, que ofertará áreas com potencial de descobertas de gás natural não convencional.
A taxa de participação, por bacia, varia de R$ 15 mil a R$ 30 mil. Serão 110 blocos em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba.
Em São Paulo, serão ofertados cinco blocos, que abrangem 40 municípios da região do Pontal de Paranapanema, próximo à divisa com o Paraná.
Segundo o governador de São Paulo, esta é uma região menos desenvolvida do Estado. "É uma grande notícia para São Paulo", afirmou Alckmin, que também disse acreditar que o Estado poderá aproveitar para prover bens e serviços para as futuras explorações de gás e petróleo no continente e na região do pré-sal.
10/10/13 - Tainara Machado
Fonte: Valor Online

5- Firjan realiza série de debates sobre gestão ambiental
A Firjan está promovendo uma série de palestras sobre gestão ambiental direcionadas a micro e pequenas empresas. Na ultima sexta-feira , na sede da entidade, localizada no Centro do Rio de Janeiro, o convidado foi o coordenador de Meio Ambiente da Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC), Abílio Faria, que falou sobre as políticas sustentáveis e a cadeia de fornecedores.
Os participantes do encontro receberam o "Manual de Gestão Ambiental para micro e pequenas empresas".
As próximas palestras serão em Friburgo (29), Duque de Caxias e Petrópolis (ambas dia 30). Informações e inscrições pelo 0800 0231 231 e 4002 0231. 
Fonte: Redação / Agência


II – COMENTÁRIOS

1- Nova regra da Petrobras afeta caixa de fornecedor
Fonte: Valor Econômico 
A nova sistemática adotada pela Petrobras para analisar aditivos contratuais e pleitos apresentados por fornecedores está levando empresas da cadeia de óleo e gás a enfrentar problemas financeiros. A necessidade da estatal de ter um maior controle do caixa também fez com que os fornecedores passassem a utilizar capital de giro próprio para financiar encomendas da petroleira. A combinação dessas medidas criou dificuldades para empresas que prestam serviços à Petrobras ou estão envolvidas diretamente em suas obras.
Nos casos mais graves, as companhias entraram com pedidos de recuperação judicial ou tiveram a falência decretada. Entre essas empresas, estão as baianas Tenace e GDK e a carioca Proen. A Tenace entrou com pedido de falência na comarca de Salvador enquanto GDK e Proen ingressaram com pedidos de recuperação judicial. Há também um grupo de empresas que está em processo de reestruturação do seu negócio. É o caso das empresas Jaraguá e Multitek.
Executivo de um grande grupo contratado pela Petrobras, que preferiu não se identificar, disse que a estatal continua pagando as faturas rigorosamente em dia. Mas afirmou que há um "represamento" na aprovação de pedidos ou aditivos aos contratos originais. Ele disse que um grupo com menos de dez empresas que tem grandes contratos com a Petrobras e muitas vezes atuam em consórcio têm entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões a receber da estatal. Os valores referem-se 100% a pleitos ou aditivos contratuais.
Em nota, a Petrobras afirmou que ainda não percebe "risco sistêmico" na sua cadeia de fornecedores como resultado de dificuldades pelas quais passam empresas que prestam serviços ou estão envolvidas em obras da estatal. "O que há são problemas localizados em poucos fornecedores de uma base de fornecedores de mais de 20 mil empresas. Cada empresa possui sua própria gestão financeira, que não é do conhecimento da Petrobras".
A partir de fevereiro, a Petrobras passou a centralizar na diretoria-executiva a aprovação de pedidos de cobrança adicionais feitos por fornecedores. Antes esses pleitos eram aprovados pelos próprios gerentes nas obras. Os pleitos ou aditivos surgem a partir de mudanças de escopo nos contratos. A razão para a apresentação de tantos aditivos e pleitos extras se relaciona, segundo um executivo, com a elaboração de projetos de engenharia, incluindo o projeto-conceitual, que depois precisam passar por modificações durante a obra, encarecendo a execução do empreendimento. A fonte disse que a Petrobras fez grandes contratações de projetos de engenharia no exterior. E esses projetos precisam passar por adaptações à realidade local, afirmou.
Em recente entrevista ao 'Valor', a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou: "Pleito e mérito não são sinônimos. Uma coisa é você chegar aqui e pleitear. A outra é você ter o mérito de. Mérito, para nós é dívida e tem de pagar. Sempre foi assim. O que mudou é que, desde de fevereiro deste ano, os pleitos entram pela diretoria. Não pelo coordenador do projeto, lá na base da pirâmide. Porque o coordenador do projeto não tem autoridade para autorizar mudança de escopo".
José Velloso Dias Cardoso, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), disse que a maioria dos fornecedores corresponde a empresas que dependem da Petrobras. "Quem está nesse mercado de óleo e gás, praticamente só tem um cliente: a Petrobras". Segundo ele, a estatal demora a reconhecer que um material foi entregue ou uma obra, concluída. "A partir do momento que a Petrobras reconhece, que dá entrada na nota fiscal, paga no vencimento". Cardoso disse que muitas vezes as mudanças nos contratos são propostas pela própria Petrobras. Mas acontece de, na hora de a obra ficar pronta, as alterações ainda não terem sido aprovadas pela diretoria.
Antonio Müller, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), sinalizou que a saída é a busca de um consenso. "Temos mantido contato frequente com a Petrobras visando a uma solução que atenda aos dois lados [Petrobras e fornecedores], em especial no aspecto fluxo de caixa". Segundo ele, a Abemi é favorável a que a Petrobras tenha capacidade de refino e um preço de combustível "conveniente" para poder investir.
O fluxo de caixa ao qual Müller se refere remete a uma prática que era adotada pela Petrobras no passado recente de fazer adiantamentos de pagamentos durante a obra. Essa prática é conhecida no mercado pelo jargão de "fluxo de caixa neutro". Esse sistema consistia na realização de pagamentos a cada etapa da obra que o fornecedor cumpria. Esse modelo foi abandonado e substituído, segundo fontes, pelo programa Progredir, criado pela estatal para estimular e facilitar o financiamento por bancos a fornecedores da cadeia de óleo e gás. Algumas empresas alegam que o programa não está operando como o previsto inicialmente.
Em resposta por escrito ao 'Valor', a Petrobras afirmou que o Progredir é um excelente meio pelo qual o fornecedor pode obter financiamentos de forma mais rápida e com menores custos. A empresa informou que realiza todos os pagamentos dos "compromissos reconhecidos" pela companhia de acordo com os prazos estabelecidos em contrato.
Perguntada se tornou-se mais exigente na análise de aditivos ou pedidos feitos pelos fornecedores, afirmou: "Não houve quaisquer modificações no procedimento de avaliação de pleitos por parte da Petrobras. O procedimento está consolidado na companhia e é de conhecimento do mercado há muitos anos. Todos os pleitos apresentados pelas empresas contratadas são submetidos à avaliação técnica por uma comissão constituída para este fim, bem como a uma avaliação jurídica. Caso tenham o mérito aprovado, os pleitos têm os seus valores negociados de comum acordo entre as partes".
Uma fonte da Petrobras que não quis se identificar negou que a empresa esteja devendo a fornecedores e afirma que a estatal "mantém rigorosamente em dia seus pagamentos", ressaltando que a empresa tem US$ 25 bilhões em caixa e, portanto, não tem motivos para atrasar pagamentos. Segundo ela, o problema com alguns fornecedores é reflexo da administração financeira dessas empresas. Entre os problemas apontados está o fato de algumas companhias terem se comprometido com obras além de sua capacidade de execução. "Ainda, na maioria dos casos, usaram recursos obtidos do Progredir para aplicar em outras atividades ou destinar a outros fins, não tendo agora como cobrir o buraco".

2- Evento reunirá os maiores líderes da indústria de energia no RJ
Fonte: Ascom/ IBP 
De 29 a 31 de outubro, o Rio de Janeiro receberá um dos maiores eventos de petróleo e gás do país, a OTC Brasil 2013. Estarão presentes os executivos de empresas como Petrobras, Schlumberger, Total, Shell, Chevron, Baker Hughes, ExxonMobil e BP. Organizada pela OTC e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), a conferência e a exposição têm foco na indústria offshore brasileira em águas profundas.
A programação inclui a apresentação de mais de 250 trabalhos técnicos selecionados por profissionais do setor, avaliando todos os aspectos dos sistemas de perfuração e poços offshore, estruturas flutuantes e produção submarina avançada, bem como a complexa gestão de integridade para mantê-las em funcionamento.
A sessão de abertura, no dia 29, tem como destaques a presidente da Petrobras, Graça Foster e Lars Christian Bacher, vice-presidente executivo internacional para desenvolvimento e produção da Statoil.
Dentre as novidades da OTC Brasil para este ano, há uma série de almoços-palestra apresentando executivos e especialistas para discutir questões nacionais e internacionais do setor energético.
No dia 30, o destaque vai para o painel “As perspectivas de exploração e produção no Atlântico Sul”. Moderada pelo presidente do IBP, João Carlos de Luca, a sessão apresentará os pontos de vista das empresas operadoras sobre novas fronteiras exploratórias em ambos os lados do Atlântico Sul. O painel contará ainda com o diretor de E&P da Petrobras, José Formigli; com o vice-presidente executivo para exploração da BG, Malcolm Brown; Mark Shuster, vice-presidente executivo para exploração da Shell; Eunice Carvalho, presidente da Chevron Brasil; e Rocky Becker, vice-presidente para as Américas da ExxonMobil.
No último dia, dois almoços-palestra estão em evidência. Conduzidos pelo CEO da Sete Brasil, João Ferraz, e pelo consultor de conteúdo da presidência da Petrobras, Paulo Alonso, os encontros vão tratar da construção de novas plataformas e do credenciamento de fornecedores.
Além do conteúdo técnico, a OTC Brasil terá uma exposição com as mais recentes tecnologias e equipamentos de mais de 250 empresas brasileiras e estrangeiras. Países como Estados Unidos, Canadá, China, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Noruega são alguns dos expositores presentes na feira.

3- Regime de partilha é o melhor para exploração do pré-sal
Fonte: Agência Brasil  
O leilão do Campo de Libra, primeiro do pré-sal, programado para o dia 21 deste mês, "será um sucesso", não só pelo tamanho das reservas, estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo, mas também pela absorção de investimentos pela indústria local, avaliou em entrevista à 'Agência Brasil' a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
A mudança do regime de concessão para o sistema de partilha não trará prejuízo para o país, garantiu. A dirigente salientou que o regime de partilha já faz parte do portfólio de todas as grandes petroleiras globais. Isso inclui a Petrobras, “quando atua na Nigéria, em Angola”. Por isso, afiançou que o contrato de partilha não é um desconhecido da indústria do petróleo. “Ao contrário, ele é alguma coisa comum na indústria do petróleo e, tanto quanto o contrato de concessão, as grandes petroleiras sabem lidar bem com ele”.
Segundo a diretora-geral da ANP, o regime de concessão funcionou e ainda funciona bem no Brasil. “Mas, quando nós vamos para áreas de menor risco, como é o caso do pré-sal, e de alto potencial, ou seja, nós estamos em busca de jazidas gigantes, o regime de concessão acabaria dando para o estado brasileiro uma participação aquém do desejado”.
Tomando como exemplo o Campo de Marlim, na Bacia de Campos, que foi o que mais produziu até hoje no Brasil, em águas profundas, Magda assegurou que a exploração da área não tem sequer 60% de participação governamental. “Algumas vezes, fica quase lá, outras retrocede um pouquinho, dependendo do preço do petróleo”.
De acordo com o edital, cada consórcio pode ter, no máximo, cinco empresas, mas a diretora-geral estimou que as 11 companhias que manifestaram interesse no leilão podem se associar de diversas maneiras. Magda lembrou que as empresas participantes são de grande porte mundial. “Se nós olharmos o ranking das empresas que terminaram 2012 com maior valor de mercado, na primeira dúzia, sete estão participando da nossa licitação. Nós só podemos ficar felizes”.
A diretora-geral da ANP acredita que a indústria e, em especial, a engenharia nacional, estão preparadas para enfrentar os desafios do pré-sal. Ela explicou que, se houver demanda, a indústria vai se habilitar a fornecer. “Não podemos ficar esperando que a indústria forneça o bem, porque o serviço virá sempre a reboque da encomenda, e não vice-versa, já que não é um produto de prateleira”, argumentou.
Magda acrescentou que, em 1998, quando a ANP assinou os primeiros contratos de concessão, o investimento em pesquisa e desenvolvimento era bastante reduzido. Ao longo dos últimos dez anos, foram investidos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) US$ 13,5 bilhões. Ela prevê que, para os próximos dez anos, mais US$ 15 bilhões devem ser investidos no setor, dando uma nova dimensão ao país em P&D.
O mesmo ocorre em relação ao desenvolvimento da indústria local. Magda citou o exemplo da indústria naval, que vem experimentando uma retomada na última década, após um grande período de estagnação. “É o ressurgimento da indústria naval. Hoje, nós temos estaleiros trabalhando para a indústria do petróleo, desde o Nordeste até o Sul do país. É um resultado palpável de inserção tecnológica, de aumento de capacitação, de fornecimento de bens brasileiros”.
Falando também à 'TV Brasil', Magda Chambriard admitiu que, após a licitação de Libra, a primeira coisa que vai mudar é que as empresas vão ter confiança de que o pré-sal “é uma coisa de grande porte, uma coisa alavancadora de desenvolvimento, capaz de uma inserção de tecnologia e de agregação de bens e serviços gigantesca”.
Ela informou que, tanto nos contratos de concessão como de partilha, está previsto que 1% do faturamento bruto dos grandes campos de petróleo e gás deve ser investido em pesquisa e desenvolvimento nas universidades e centros de pesquisa brasileiros, em prol da sociedade do Brasil.
“Se eu imaginar que Libra será uma área que poderá ter um pico de produção superior a 1 milhão de barris por dia, eu consigo imaginar o montante de investimento que poderá advir em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, fruto desse desenvolvimento”, destacou.

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