domingo, 7 de abril de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 126


I – NOTíCIAS

1- Setor naval terá US$180 bilhões em encomendas até 2020
Estaleiro Rio Grande - Polo Naval (*Foto: PoloNaval.com.br)
Com uma demanda de mais de 600 embarcações entre plataformas, sondas e embarcações especializadas até 2020, o setor naval e offshore no Brasil vive um de seus melhores momentos em muitos anos. Somente com os pedidos dessas embarcações, que atenderão em sua maioria ao setor de óleo e gás, o movimento de recursos será da ordem de US$180 bilhões nos próximos oito anos.
Segundo Augusto Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), durante o Naval Summit 2012, em 2016, o país terá 37 estaleiros espalhados pelo país, alcançando os 100 mil empregos diretos e alcançando a estabilidade no setor.
“Queremos construir uma indústria consistente e permanente, como acontece em países como Noruega, Grã-Betanha, Coreia e Cingapura”, afirmou. Para ele, o setor vive um “momento mágico”, com mercado de longo prazo, apoio da Petrobras e do sistema financeiro, além de uma indústria cada vez mais preparada.
Fonte: Redação do Portal Naval

2- Polo de construção pode receber R$ 200 milhões
O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) pode receber um investimento da ordem de R$ 200 milhões para a formação de mais um polo de fábricas. Trata-se do cluster que a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) planeja construir. No entanto, os 90 hectares necessários para o empreendimento ainda não tem o Ceará como destino certo, segundo o presidente da Coopercon, Marcio Novaes, pois a entidade também negocia com o complexo industrial e portuário pernambucano de Suape.
Noventa hectares de área serão necessários para o empreendimento. Foto: Marília Camelo
"Nós temos o interesse de resolver isso no mais breve espaço de tempo com a definição do governo do Estado do Ceará. O governador Cid Gomes disse que tem todo o interesse, mas chegou a hora de sair do interesse e partir para a formalização e diretamente para o negócio", declarou ontem pela manhã durante visita ao Cipp, quando percorreu de helicóptero com cooperados todo o complexo e visitou as instalações da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE) e o Porto do Pecém.
Novaes contou que o prazo esperado por ele para anunciar o destino do Cluster é maio, quando ele irá à Seul, na Coreia do Sul, acompanhado de Cid Gomes para fechar a vinda do principal negócio do cluster: uma fábrica da Hyundai no valor de R$ 100 milhões e que ocupará uma área de cinco hectares.
Parceiro espanhol
Ele revelou ainda que uma indústria espanhola especialista no trabalho com aço também está interessada no cluster. Além desta, o presidente da cooperativa contou quer já tem definido uma fábrica de gesso, outra de concreto e uma de corte e dobra de aço, a qual necessita de mais cinco hectares para se instalar.
"A Coopercon quer colocar todas as indústria ligadas à construção civil e ao próprio mercado imobiliário tudo no Pecém. E a na construção civil temos a vantagem de o emprego de mão de obra ser muito intensivo", ressaltou na presença do presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede), Alexandre Pereira, e o diretor de Infraestrutura da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Neves.
De olho no setor imobiliário
Outra oportunidade de negócios mencionada pelos cooperados da construção civil na visita foi a demanda por moradia no Pecém. De acordo com eles, "todos os cooperados tem interesse em fazer as casas, pois, no Cipp, deverão ter pelo menos 30 mil unidades e não é só de Minha Casa, Minha Vida (MCMV)".
Diante da provocação, Eduardo Neves adiantou aos empresários que o Plano Diretor do complexo dispõe de áreas pré-destinadas a determinados setores e voltou a propor uma reunião na Adece para definir terrenos apropriadas para a construção de condomínios e casas na região.
"É muito bom vocês virarem um pouco as costas para Fortaleza e olharem para cá, pois a mão de obra básica vai ser tirada desses municípios vizinhos e nós vamos ter demanda de casas para cá", afirmou. Sem nada oficialmente definido na visita, eles marcaram de se encontrar na Adece no próximo dia 18.
Competição com Suape
Os empresários ainda provocaram os representantes do governo estadual no que diz respeito às vantagens oferecidas por Suape para a instalação do Cluster em terras pernambucanas. Segundo contaram, o governo de lá chega a doar terrenos para os investidores do complexo, o que não acontece no Ceará. De pronto, o diretor de Infraestrutura da Adece rebateu: "Nós orientamos o empresário a comprar direto do proprietário, pois o governo daqui só pode fazer isso por lei - que não temos - e dependendo do interesse do Estado no negócio, ele pode compensar o gasto do terreno com serviço como terraplanagem".
Negócios com a CSP
Mesmo sem o polo de construção civil definido para o Pecém, a Coopercon já possui propostas para atuar ao Cipp, de acordo com Novaes. A demanda partiu da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a qual, segundo ele, precisa de alguém que faça o corte e a dobra do aço usado nas obras do empreendimento dentro do canteiro. "Hoje, no Ceará, trabalhamos no mercado com cerca de 30 mil toneladas por ano, o que gera de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões de negócios de aço e eu não imagino para a construção da siderúrgica um valor menor que esse", estimou, depois de afirmar que a demanda da CSP ainda não foi repassada para a Coopercon.
ZPE elabora plano de negócios
Um dos anfitriões para os empresários da construção civil que visitaram o Pecém ontem, o presidente da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE), Eduardo Macêdo, disse que o órgão dirigido por ele está planejando um plano de negócios para definir o público alvo e em quais regiões do Brasil e do mundo o Ceará deve captar novos investidores para o empreendimento. O trabalho deve ser finalizado nas próximas semanas.
Macêdo contou que o documento é fruto do trabalho de uma nova diretoria da ZPE do Ceará, a comercial, que elabora, junto do plano específico para a captação, uma política comercial e um plano de divulgação e marketing.
Referências apontam foco
"Mas nós já temos duas grandes referências que apontam a nossa vocação. Uma é a pauta de exportação do Estado do Ceará e a pauta de exportação do Porto do Pecém. Isso nos dá uma pista. E a outra é a vocação que se inicia agora com estas duas grande âncoras, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e a Vale Pecém", observou.
Com isso, Eduardo Macêdo diz entender "que a ZPE do Ceará pode se tornar um cluster de indústria de base, como a siderúrgica e a mineração".
Atualmente, ele contou que os profissionais encontram-se todos na sede administrativa do órgão, no Pecém, em treinamento. A primeira carga da CSP, anda armazenada no porto, deve ser recebida por eles para o primeiro processo alfandegário da ZPE ainda este mês.
Inauguração oficial
Sobre a inauguração oficial, que esperava a presidente Dilma Rousseff, Macêdo foi ponderado: "a nossa operação é em todos os aspectos uma referência para o País. Temos o maior projeto de ZPE do Brasil e somos pioneiros. Muita gente trabalhou para isso e não é uma bandeira só do Ceará. Por tudo isso, eu acho que merece uma atenção em esfera nacional". 
Fonte: Diário do Nordeste,CE 

3- Brado deve investir R$ 1,2 bi em cinco anos 
A Brado Logística, voltada a movimentação em contêineres controlada pela América Latina Logística (ALL), trabalha com volume de investimento total de até R$ 1,2 bilhão em cinco anos. Antes, o número estimado era de R$ 1 bilhão. Em reuniões recentes, os executivos da controladora chegaram a dizer que o numero poderia ficar abaixo do inicialmente previsto.
O presidente da Brado, José Demeterco, informou ontem durante apresentação a jornalistas que o valor continua previsto em torno de R$ 1 bilhão no período de cinco anos. "De um R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão", disse. O período de investimentos vai até 2016, segundo informou a companhia. Até hoje, a Brado já investiu R$ 250 milhões. Parte do montante é de "equity" e parte foi aplicada por meio de financiamentos.
A companhia espera um volume de movimentação 60% maior em 2013, em comparação a 2012. O maior crescimento vai ser registrado no Paraná e em Santa Catarina, impulsionado pelas commodities. "Vemos um crescimento grande do granel na movimentação por contêiner", diz Demeterco. 
A companhia está em negociações avançadas para a entrada de um novo sócio. A engenharia financeira para sua expansão depende dos recursos do novo acionista. Hoje, a ALL tem 80% da companhia e a Standard Logística, os outros 20%. 
Fonte: Valor Econômico

4- Licitação de petróleo tem 71 interessados
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, informou ontem que 71 empresas manifestaram interesse na 11ª rodada de licitação de petróleo e gás. Essas companhias estão espalhadas em 21 países, incluindo o Brasil. Magda afirmou que certamente haverá ágio nessa rodada e "será grande". 
Prevista para 14 e 15 de maio, a rodada vai licitar áreas de petróleo e gás em 11 Estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste. "A rodada não vai atrasar de jeito nenhum", garantiu a diretora da agência. "O interesse é muito grande porque tem áreas muito boas nessa rodada", disse, ao se referir a regiões de águas profundas. 
Magda espera que todas as empresas interessadas sejam qualificadas para o leilão. Isso porque a ANP adotou diversas ações para "explicar as regras para que ninguém fique de fora". Sobre o ágio, explicou que o preço mínimo tem que ser superado. Por ser mínimo, "menos que isso não dá". 
Fonte: Valor Econômico

5- Caos no Porto de Santos tende a se agravar, diz AEB 
O caos logístico observado nos arredores do Porto de Santos (SP) em meados de março, com o início dos embarques da safra recorde de soja, tende a se agravar entre maio e junho, na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. "O problema foi observado com o embarque da parcela menor da soja, imagina quando coincidir o restante da safra com as safras de açúcar e milho", sugeriu, sinalizando que a dificuldade de março foi "virtual" e se transformará em "real" entre maio e junho.
De acordo com Castro, uma eventual queda das cotações das commodities e a manutenção dos atuais patamares de custo logístico farão com que o País perca competitividade. "Hoje, o cenário é cômodo, enquanto as cotações atuais estiverem elevadas, mas se voltarmos às condições de 2000, o País quebra", disse, durante apresentação na conferência Infraportos, que se realiza paralelamente à feira Intermodal, em São Paulo. Ele lembrou que às cotações de soja, açúcar e minério dão sinais de terem entrado em viés de baixa. "A soja chegou a US$ 580-US$ 590 a tonelada, hoje está em US$ 530 e devem cair quando a começar a safra nos Estados Unidos", disse. Castro também alertou que os custos logísticos elevados e a ineficiência operacional afastam o Brasil da globalização e inibem a atração de investimentos.
O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, também avaliou que o País precisa melhorar a infraestrutura portuária para elevar os padrões de competitividade do País. Segundo Brito, um ambiente regulatório com regras claras e duradouras, além da redução da burocracia, são condições para a atração de investimentos.
"Leva-se 5,7 dias para liberar uma carga no Brasil, em relação a um dia em países mais avançados e dois nos países asiáticos. Isso não é condizente com o que queremos", disse. "A fatura desse custo vai para a carga, o usuário, o exportador, o importador", acrescentou. Ele defendeu o desenvolvimento de rotas alternativas de escoamento, mais baratas e "mais compatíveis" com a questão ambiental, por exemplo, usando os Portos Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA) para o embarque de soja. Também salientou a necessidade de investimentos em armazenagem, uma vez que o país hoje tem capacidade para armazenar apenas 30% da safra anual. "Nos Estados Unidos, a capacidade é de dois anos de safra", comparou.
Fonte: Agencia Estado


II _ COMENTÁRIOS

1- O GNV anda esquecido no Brasil 
A partir de 2007, o aumento dos preços do gás natural no mercado doméstico e as incertezas a respeito do fornecimento de gás da Bolívia, juntamente com o incentivo à expansão da frota de veículos bicombustíveis movidos a gasolina e etanol, reverteram a forte expansão do mercado de Gás Natural Veicular (GNV), que vinha ocorrendo no Brasil desde 2000.
Assim, o volume de conversões anuais, que atingiu 272 mil veículos em 2007, caiu para apenas de 24 mil em 2012, enquanto o volume de gás consumido pelo segmento veicular, reduziu-se de um pico de 7 milhões de metros cúbicos por dia (MMm3/d), em dezembro de 2007, para cerca de 5,5 MMm3/d, em dezembro de 2012. 
Atualmente, o mercado de GNV representa 11% do volume de gás natural comercializado no Brasil e apenas 2% do consumo de energéticos nos transportes.
A queda no interesse pelo gás natural como combustível para veículos automotivos acontece justamente quando o consumo dos demais combustíveis, como a gasolina e o diesel, apresentam elevadas taxas de crescimento que, por sua vez, não encontram correspondência na ampliação da oferta nacional. O resultado foi o crescimento de 73% na importação de gasolina.
A capacidade de processamento do parque de refino brasileiro já está sendo plenamente utilizada há algum tempo, enquanto o setor de etanol, que deveria funcionar como alternativa ao consumo da gasolina, vive uma profunda crise. 
Some-se ao exposto, o desalinhamento dos preços dos combustíveis, que incentivou o consumo da gasolina.
Mesmo sem incentivos, a frota movida a gás natural veicular tem tido papel importante para atenuar a deterioração da balança comercial de derivados. 
De acordo com dados da Abegás, em 2012, caso a frota movida a GNV utilizasse a gasolina como combustível, teria sido necessária a importação de cerca de US$ 2,4 bilhões a mais de gasolina, que se somariam aos US$ 3,05 bilhões registrados naquele ano, ou seja, um aumento de 78% nas importações. 
No caso do diesel, com 10% da frota pesada nas seis principais capitais, seria possível uma redução de US$ 1,245 bilhões FOB por ano na importação deste combustível, o equivalente a dois meses de importação. 
Enquanto no Brasil o GNV anda esquecido, nos Estados Unidos, empresas como a Clean Energy Fuels, a Royal Dutch Shell e a chinesa ENN estão investindo em redes de postos de abastecimento de gás natural para caminhões nas estradas norte-americanas. 
A iniciativa tem como objetivo desenvolver uma infraestrutura para caminhões pesados abastecidos pelo barato e abundante gás natural. Além disso, a medida tem por finalidade se beneficiar do boom do gás de xisto nos EUA. 
Frente às possibilidades de crescimento da oferta de gás, diante das reservas do pré-sal, dos campos de gás não associado e, até mesmo, da possibilidade de extração de gás não convencional em território brasileiro, é necessário o reposicionamento do GNV como combustível estratégico, a fim de que a sociedade brasileira possa se apropriar das vantagens econômicas, sociais e ambientais do uso do gás natural como combustível veicular.
*Texto originalmente publicado no Brasil Econômico. 
Adriano Pires
Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) 

2- Meu porto, minha vida 
Chega a ser espantosa a reação geral quanto ao recorrente fenômeno do congestionamento de caminhões no porto de Santos. Afinal, todo ano isso acontece, e não só em Santos, mas também em Paranaguá. 
Há anos, os mais diversos especialistas comentam que o principal gargalo do agronegócio brasileiro é infraestrutura e logística. E vêm pedindo rapidez na implementação das obras do PAC ligadas ao tema. 
E neste ano, com uma safra recorde de grãos (especialmente da soja, uma vez que colheremos 85 milhões de toneladas, superando pela primeira vez a safra americana), era superevidente que teríamos esse triste espetáculo das filas quilométricas para descarregar nos portos. 
Além disso, ao largo do porto, dezenas de navios ancorados esperam para carregar os grãos oriundos das competitivas zonas produtoras, ou para descarregar os fertilizantes que os mesmos caminhões levarão de volta àquelas regiões, para que seus agricultores já se preparem para a safra do ano que vem. 
Com isso, os produtores perdem duas vezes: como os caminhões demoram para descarregar a soja --ou o milho--, acabam servindo de armazém. Mas um armazém caríssimo, evidentemente, sem falar na irritação que toma os motoristas que perdem tempo, dinheiro e ficam mais dias longe de casa. 
Mas também perdem pela demora do descarregamento de fertilizantes dos navios, pois cada dia parado ao largo tem um custo, chamado "demurrage", que vai a dezenas de milhares de reais por dia. Ora, quem paga isso? O produtor, é lógico, uma vez que esse custo adicional lhe é repassado no preço do fertilizante. 
É claríssima, então, a perda dos agricultores em geral, representada pelos custos inflados e em função de um problema sobre o qual eles não têm nenhuma responsabilidade. Os mais prejudicados são os produtores de regiões distantes, uma vez que as cargas vêm por caminhão, muito mais caro do que trem, que também não há suficientemente. 
Pelo menos parte do custo também é repassada aos consumidores, de modo que todo mundo perde.
Mas há algo ainda mais grave. No ano passado, o agronegócio brasileiro teve um saldo de US$ 79 bilhões em sua balança comercial externa: essa é a diferença positiva entre o que o setor exportou e importou. E o saldo comercial total do Brasil foi de US$ 19 bilhões, incluído o agronegócio. Ou seja, o desempenho do agro salvou o saldo do país e, de quebra, garantiu as reservas cambiais. 
Portanto, quanto mais o agronegócio exportar, melhor será para o país. Não apenas para o agricultor, mas para todos os brasileiros, que se beneficiam do fato. 
Outro dado: há dez anos, em 2002, o agronegócio exportou US$ 24,8 bilhões. No ano passado, US$ 95,8 bilhões, quase quatro vezes mais. Ora, de novo todo o país e seus cidadãos ganham com esse crescimento, que cria riquezas, renda e empregos diretos e indiretos. 
E, se deixarmos de exportar, sofrem todos os brasileiros. 
As dificuldades de logística já fizeram a China cancelar dez navios de soja encomendadas ao Brasil, ameaçando fazer o mesmo com outros tantos ou mais. E se a moda pega? 
Bem, depois de anos de incisivas reclamações de técnicos e exportadores, o governo finalmente tomou decisões importantes quanto às concessões na área de rodovias e ferrovias, abrindo ao setor privado uma oportunidade de investir com lucro. Isso vai acontecer, mas demora, não só pelo fato em si (projeto e execução), mas também pela burocracia, especialmente das licenças ambientais. 
E, por último, o governo e o Congresso estão trabalhando vigorosamente em uma medida provisória que busca equacionar o problema dos portos, com boa chance de obter avanços notáveis. Aliás, nos últimos dias as filas até melhoraram com essa perspectiva. 
Esperamos que, em três ou quatro anos, as filas intermináveis sejam coisa do passado. E todos os brasileiros possam se beneficiar do aumento das exportações e, com orgulho, dizer: "Meu porto, minha vida"...
*Texto originalmente publicado na Folha de S. Paulo, no dia 29/03/13 
Roberto Rodrigues
Engenheiro agrônomo e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas

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