domingo, 18 de novembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 108


I –  NOTÍCIAS

1- Com novas unidades, produção de biodiesel deve crescer 8% 
Com a concessão do selo Combustível Social a duas novas indústrias do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul, a produção de biodiesel deve crescer 8% no próximo ano. Localizadas nas cidades de Três Lagoas (MS) e Canoas (RS), as unidades de produção receberam o selo do Ministério do Desenvolvimento Agrário e vão produzir 252 milhões de litros/ano e 324 milhões de litros/ano, respectivamente.
Serão beneficiadas 5,5 mil unidades de agricultura familiar e 18 cooperativas gaúchas e paranaenses. Agricultores de Santa Catarina, São Paulo e Goiás também serão beneficiados. O Selo Combustível Social garante condições especiais para as empresas produtoras de biodiesel, como a participação nos leilões do combustível da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 
15/11/12
Felipe Patury
Fonte: Revista Época 

2- Ibama aprova megaporto de R$ 3,5 bi no Sul da Bahia 
Um dos mais importantes e polêmicos projetos de infraestrutura portuária do país vai sair do papel. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu sinal verde para a construção do Porto Sul, um megacomplexo portuário que será instalado em Ilhéus, no Sul da Bahia. Com investimentos estimados em R$ 3,5 bilhões e área total de 1,8 mil hectares, Porto Sul é defendido como empreendimento crucial para viabilizar o escoamento de minério do Sertão baiano, por ser o destino final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), malha que está sendo construída pela estatal Valec.
A licença prévia concedida pelo Ibama, conforme apurou o Valor, contempla a construção de um terminal de uso privativo da empresa Bahia Mineração (Bamin) e de um terminal de uso público. As duas estruturas serão usadas para o transporte de minério de ferro, soja, etanol e fertilizantes, entre outros granéis sólidos.
Para liberar a licença, o Ibama impôs ao governo baiano e à Bamin o atendimento a 19 ações compensatórias, além da implantação de 34 programas ambientais. Entre as medidas condicionantes estão projetos como o tratamento de resíduos sólidos, o incentivo à atividade pesqueira, a proteção à fauna terrestre e até um programa de prevenção à exploração sexual na região. Parte das ações exigidas pelo licenciamento deverá ter início imediato, enquanto outros projetos serão realizados ao longo da construção do porto e, em alguns casos, durante sua operação. O início efetivo das obras depende agora da comprovação de atendimento às condicionantes. A licença tem dois anos de validade.
A previsão é que a construção de Porto Sul gere cerca de 2,6 mil empregos diretos no auge das obras. O prazo total estimado para conclusão do empreendimento é de 54 meses. A partir daí, a estrutura passará a ser operada por cerca de 1,7 mil funcionários.
Desenhado para movimentar cem milhões de toneladas por ano, Porto Sul contará com ponte de acesso marítimo, na qual a atracação será a 3,5 km da costa. O porto, estudado há décadas, nasce dentro do novo modelo de concessão portuária preparado pelo governo. O projeto foi alvo de acusações de ambientalistas, que enxergam riscos de degradação em uma área de apelo turístico, cercada por riquezas naturais. Para viabilizar o empreendimento e reduzir suas fragilidades ambientais, o governo mudou o local de instalação, de Ponta da Tulha para Aritaguá. 
André Borges
Fonte: Valor Econômico 

3- Para ´The Economist´, alta da gasolina é chave para Petrobras 
Reportagem da revista britânica ´The Economist´ desta semana traz uma análise da gestão de Graça Foster na presidência da Petrobras. A estatal, de acordo com a matéria, agora entende que precisa concentrar seus esforços na extração de petróleo, para só assim conseguir receita suficiente para criar empregos em refinarias e redes de distribuição de combustível. A ´Economist´ cita frases da executiva que nada lembram a postura populista de seu antecessor, José Sérgio Gabrielli. "A Petrobras não acredita que o desenvolvimento do país seja o seu foco de atuação. Nem todo projeto que é bom para o país será executado, pois nem todos são economicamente viáveis", afirmou.
Graça vem tentando implantar um choque de gestão, segundo a Economist, para que a empresa volte a dar resultados. Em agosto, a estatal anunciou seu primeiro prejuízo trimestral em treze anos. As mudanças, nas palavras da presidente, estão sendo feitas em quatro partes e já são conhecidas pelo mercado: venda de ativos no exterior; metas individuais de desempenho para cada plataforma e gestor; melhoria nos controles de custo; e manutenção aprimorada. A executiva contou que, até o final de 2012, cada funcionário receberá uma carta assinada por ela mostrando as metas de cortes de custo. 
O teste crucial para verificar se Graça está se submetendo ou não a desmandos políticos será o aumento do preço da gasolina, diz a Economist. Desde 2006, o governo federal vem impedindo a flutuação dos preços do combustível no país, a despeito das oscilações nas cotações internacionais, como forma de evitar um aumento maior da inflação. Por outro lado, a medida intervencionista tem afetado fortemente os resultados da empresa. Se Graça conseguir negociar com o Palácio do Planalto um aumento do preço da gasolina, será um sinal positivo de que o intervencionismo está sendo vencido, aponta a revista. 
Fonte: Portal Veja 

4- Transpetro e EAS chegam a um acordo sobre navios
A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, anuncia hoje que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) vai retomar a construção de quatro dos 16 navios cujos contratos de compra e venda, no valor de R$ 5,3 bilhões, foram suspensos pela estatal há quase seis meses. O acordo demorou quase o dobro do tempo que se previa para sair, mas ainda falta resolver a situação de 12 embarcações em torno das quais há negociações em curso. No total, a Transpetro encomendou ao EAS 22 navios por R$ 7 bilhões.
Na avaliação de fontes próximas às negociações, foi o entendimento possível até o momento. E atende tanto aos interesses da Transpetro como do EAS. Com o acordo, o EAS passa a ter encomendas que garantem a ocupação da capacidade instalada do estaleiro até 2018, considerando-se também a construção de sete sondas de perfuração contratadas pela empresa Sete Brasil pelo valor total de US$ 5,2 bilhões.
Depois da suspensão dos 16 navios, em maio, o estaleiro viu sua carteira de petroleiros ser reduzida para apenas seis embarcações, que foram mantidas no EAS porque tinham projeto de construção assegurado com a coreana Samsung. Curiosamente, a saída da Samsung da sociedade do EAS, em março, foi determinante para a Transpetro suspender os contratos dos 16 navios.
Agora, a Transpetro aceitou a proposta do EAS de contratar mais quatro navios com a Samsung, uma opção que o estaleiro tinha na relação comercial com os coreanos. Considerando-se que do primeiro ao sexto navio, o projeto já era Samsung, EAS e Transpetro chegaram a um acordo em torno da construção de um pacote total de dez Suezmax.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, considerou positivo o acordo, que, segundo ele, conclui a primeira parte da negociação com o EAS. De acordo com Machado, o acordo garante uma padronização nos projetos dos dez Suezmax. "Um ponto essencial [na construção dos navios] é garantir o projeto com acabamento avançado", afirmou. Ele disse que para os quatro Suezmax que estão sendo liberados agora o EAS cumpriu as três exigências feitas pela Transpetro: fechar acordo com parceiro internacional, apresentar plano de ação e um cronograma confiável de construção e entregar um projeto de engenharia que atendesse às especificações técnicas dos contratos. "Para os 12 navios restantes, estamos em processo de negociação. O estaleiro tem o parceiro tecnológico, mas falta definir quem vai fornecer os projetos dos navios", disse Machado.
A tendência é que o EAS contrate a japonesa IHI Marine United, divisão de construção naval e offshore da Ishikawajima-Harima Heavy Industries, para fornecer os projetos da 11º à 22º embarcação. Em junho, o EAS anunciou parceria técnica com a IHI. Na ocasião, o mercado interpretou que o acordo poderia ser o primeiro passo para os japoneses se tornarem sócios do EAS depois da saída da Samsung. Mas o Valor apurou que ainda não há decisão tomada pela IHI sobre o assunto.
Os japoneses tornaram-se peça-chave para a melhoria da produtividade do estaleiro, que, desde sua instalação, em 2007, enfrentou problemas de baixa produtividade, prejuízo de R$ 1,45 bilhão em 2011 e atrasos na construção de navios e de sondas de perfuração para a Petrobras. Nos navios da Transpetro, o atraso médio no cronograma de construção hoje seria de dois anos, segundo fontes do setor. Os atrasos levaram a Transpetro a multar o EAS, em maio.
Para transformar o estaleiro e melhorar os indicadores de produtividade, o EAS conta com 31 japoneses que estão trabalhando em suas instalações industriais, em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. 
Machado disse que os dez Suezmax serão entregues até 2016, de acordo com o seguinte cronograma: duas unidades em 2013; três, em 2014; duas, em 2015; e duas, em 2016. A conta perfaz nove navios considerando-se que o primeiro da lista, o João Cândido, foi entregue em maio com atraso de dois anos e custo de R$ 363 milhões, considerando o valor do contrato mais 21% de correção monetária.
Fonte: Valor Econômico/Por Francisco Góes | Do Rio
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

5- Petrobras contrata FPSO para Iracema Norte 
Ilustração TN Petróleo
A Petrobras informou  que, juntamente com a BG Group e Petrogal Brasil, e por meio de sua afiliada Tupi-BV, assinou carta de intenção com a Schahin Petróleo e Gás e a Modec para o afretamento do FPSO que será utilizado no projeto de desenvolvimento da produção da área de Iracema Norte, no bloco BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto contempla a interligação de 16 poços ao FPSO, sendo oito produtores e oito injetores. O início da produção está previsto para dezembro de 2015.
O FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) será instalado a 300 Km da costa brasileira, em profundidade de água de 2.234 metros. A plataforma terá capacidade de processamento de 150.000 bpd de petróleo e 8 milhões de m3/dia de gás natural. Será operada pelas empresas responsáveis pela construção e afretada ao consórcio pelo período de 20 anos. O cronograma do projeto prevê a entrega do FPSO após 35 meses da assinatura da carta de intenção.
O consórcio BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P do Brasil Ltda. (25%) e a Petrogal Brasil S.A (10%). 
A Petrobras informou hoje (14) que, juntamente com a BG Group e Petrogal Brasil, e por meio de sua afiliada Tupi-BV, assinou carta de intenção com a Schahin Petróleo e Gás e a Modec para o afretamento do FPSO que será utilizado no projeto de desenvolvimento da produção da área de Iracema Norte, no bloco BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto contempla a interligação de 16 poços ao FPSO, sendo oito produtores e oito injetores. O início da produção está previsto para dezembro de 2015.
O FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) será instalado a 300 Km da costa brasileira, em profundidade de água de 2.234 metros. A plataforma terá capacidade de processamento de 150.000 bpd de petróleo e 8 milhões de m3/dia de gás natural. Será operada pelas empresas responsáveis pela construção e afretada ao consórcio pelo período de 20 anos. O cronograma do projeto prevê a entrega do FPSO após 35 meses da assinatura da carta de intenção. 
O consórcio BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P do Brasil Ltda. (25%) e a Petrogal Brasil S.A (10%). 
Fonte: Agência Petrobras

6- Graça Foster é homenageada com a Medalha Pedro Ernesto
Graça Foster, presidente da Petrobras
Em cerimônia realizada  na Câmara do Municipal do Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, principal homenagem que o Rio de Janeiro presta às personalidades que mais se destacaram na sociedade brasileira em suas respectivas áreas de atuação.
A cerimônia contou com a participação da deputada federal Benedita da Silva, do deputado federal Luiz Sérgio, dos diretores da Petrobras José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Antônio de Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais); do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e do presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto.
O vereador Reimont Luiz Otoni, autor da homenagem à presidente da Petrobras, abordou, em seu discurso, o sucesso profissional de Maria das Graças Silva Foster, lembrando que é fundamental registrar histórias de pessoas que, ao longo da vida, ultrapassaram barreiras e se tornaram um exemplo a ser seguido.
"Seu trabalho é de grande contribuição ao país, ao estado e à cidade do Rio de Janeiro. A senhora ocupou diversos cargos, tem sido incluída em importantes rankings internacionais. Condecorar a senhora é deixar registrado na história da cidade do Rio de Janeiro a luta de uma mulher pela construção de um Brasil soberano”, disse.
Representando as mulheres da Petrobras, a gerente executiva de Exploração e Produção - Serviços, Cristina Lucia Duarte Pinho, ressaltou a capacidade de liderança da presidente e os desafios que ainda virão. "São 32 anos de dedicação à Petrobras e ao Brasil, mas a presidente ainda tem grandes desafios nos próximos anos. Sua competência e, sobretudo, sua coragem nos dão certeza de que alcançaremos nossos objetivos".
Cristina Pinho também falou do amor que Graça Foster tem pela Petrobras. "Como mulher, lidera com confiança e resolução, mas também com muito carinho." E ressaltou a importância de uma mulher ter assumido a presidência da maior empresa brasileira. "As mulheres brasileiras hoje ocupam 26% dos ministérios, 18% das cadeiras do Tribunal Superior, 2% do Senado e 13% da Câmara dos Deputados. Hoje, 15% dos executivos das principais empresas do mundo são mulheres”.
Na Petrobras, concluiu Cristina Pinho, “nós representamos quase 16% da força de trabalho e 15% das atuais posições gerenciais. É uma mulher a presidente da quinta maior empresa de petróleo do mundo, indicada pela revista Forbes como uma das mulheres mais poderosas do planeta".
O chefe de gabinete da presidente, Jorge Salles Camargo Neto, listou características que julga importantes no caráter de Graça Foster e que considera fundamentais para comandar uma empresa do tamanho da Petrobras. "Nessa executiva de sucesso há uma mulher simples. Ela assumiu a presidência da Petrobras, mas continua sendo a mesma pessoa, não mudou em nada”. E ressaltou: “A presidente tem um grande coração quando se trata de ajudar as pessoas. Não admite injustiças”.
Tendo um histórico profissional muito próximo ao da presidente da Petrobras, com quem trabalha há mais de 20 anos, José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia, representou os diretores da empresa na homenagem feita pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
“Meu caminho se cruzou com o da Graça ainda na década de 80”, contou Alcides Santoro. “Foi lá que conheci essa engenheira de caráter firme e determinado, uma profissional que sempre demonstrou extrema competência. Como diretora, em pouco mais de quatro anos transformou a área de Gás e Energia da Petrobras. Como exemplo de suas realizações podemos citar a ampliação do parque de fertilizantes nitrogenados, produto fundamental para a área agrícola brasileira e o impulso da geração termelétrica”.
Após as homenagens, a presidente da Petrobras disse que, ao ouvir os discursos, lembrou de importantes momentos de sua vida profissional e pessoal. Graça Foster falou da emoção que teve ao entrar, pela primeira vez, na sede da Petrobras. “Naquela época eu queria aprender e estava muito ansiosa. Minha ansiedade tem como fundamento contribuir para o crescimento da Petrobras e do meu país. Isso é o que faço ainda hoje. Agir para vencer desafios e obstáculos. Sonhar e trabalhar para o sucesso da Petrobras”.
A presidente agradeceu as homenagens, afirmando que divide com os amigos de jornada a alegria e o orgulho de receber a medalha tão importante. “Pedro Ernesto fez muito pela nossa cidade. Quando prefeito foi pioneiro na concessão de subvenções às escolas de samba, alegrando os morros que conheceu ainda estudante ao participar de campanha de vacinação contra febre amarela”, disse. Graça dedicou a medalha às meninas de origem humilde. “Dedico essa medalha a todas as meninas das comunidades do Rio de Janeiro que sonham como eu com a transformação social de nosso país”.
Em cerimônia realizada terça-feira (12) na Câmara do Municipal do Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, principal homenagem que o Rio de Janeiro presta às personalidades que mais se destacaram na sociedade brasileira em suas respectivas áreas de atuação.
A cerimônia contou com a participação da deputada federal Benedita da Silva, do deputado federal Luiz Sérgio, dos diretores da Petrobras José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento) e José Antônio de Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais); do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e do presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto.
O vereador Reimont Luiz Otoni, autor da homenagem à presidente da Petrobras, abordou, em seu discurso, o sucesso profissional de Maria das Graças Silva Foster, lembrando que é fundamental registrar histórias de pessoas que, ao longo da vida, ultrapassaram barreiras e se tornaram um exemplo a ser seguido.
"Seu trabalho é de grande contribuição ao país, ao estado e à cidade do Rio de Janeiro. A senhora ocupou diversos cargos, tem sido incluída em importantes rankings internacionais. Condecorar a senhora é deixar registrado na história da cidade do Rio de Janeiro a luta de uma mulher pela construção de um Brasil soberano”, disse.
Representando as mulheres da Petrobras, a gerente executiva de Exploração e Produção - Serviços, Cristina Lucia Duarte Pinho, ressaltou a capacidade de liderança da presidente e os desafios que ainda virão. "São 32 anos de dedicação à Petrobras e ao Brasil, mas a presidente ainda tem grandes desafios nos próximos anos. Sua competência e, sobretudo, sua coragem nos dão certeza de que alcançaremos nossos objetivos".
Cristina Pinho também falou do amor que Graça Foster tem pela Petrobras. "Como mulher, lidera com confiança e resolução, mas também com muito carinho." E ressaltou a importância de uma mulher ter assumido a presidência da maior empresa brasileira. "As mulheres brasileiras hoje ocupam 26% dos ministérios, 18% das cadeiras do Tribunal Superior, 2% do Senado e 13% da Câmara dos Deputados. Hoje, 15% dos executivos das principais empresas do mundo são mulheres”.
Na Petrobras, concluiu Cristina Pinho, “nós representamos quase 16% da força de trabalho e 15% das atuais posições gerenciais. É uma mulher a presidente da quinta maior empresa de petróleo do mundo, indicada pela revista Forbes como uma das mulheres mais poderosas do planeta".
O chefe de gabinete da presidente, Jorge Salles Camargo Neto, listou características que julga importantes no caráter de Graça Foster e que considera fundamentais para comandar uma empresa do tamanho da Petrobras. "Nessa executiva de sucesso há uma mulher simples. Ela assumiu a presidência da Petrobras, mas continua sendo a mesma pessoa, não mudou em nada”. E ressaltou: “A presidente tem um grande coração quando se trata de ajudar as pessoas. Não admite injustiças”.
Tendo um histórico profissional muito próximo ao da presidente da Petrobras, com quem trabalha há mais de 20 anos, José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia, representou os diretores da empresa na homenagem feita pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
“Meu caminho se cruzou com o da Graça ainda na década de 80”, contou Alcides Santoro. “Foi lá que conheci essa engenheira de caráter firme e determinado, uma profissional que sempre demonstrou extrema competência. Como diretora, em pouco mais de quatro anos transformou a área de Gás e Energia da Petrobras. Como exemplo de suas realizações podemos citar a ampliação do parque de fertilizantes nitrogenados, produto fundamental para a área agrícola brasileira e o impulso da geração termelétrica”.
Após as homenagens, a presidente da Petrobras disse que, ao ouvir os discursos, lembrou de importantes momentos de sua vida profissional e pessoal. Graça Foster falou da emoção que teve ao entrar, pela primeira vez, na sede da Petrobras. “Naquela época eu queria aprender e estava muito ansiosa. Minha ansiedade tem como fundamento contribuir para o crescimento da Petrobras e do meu país. Isso é o que faço ainda hoje. Agir para vencer desafios e obstáculos. Sonhar e trabalhar para o sucesso da Petrobras”.
A presidente agradeceu as homenagens, afirmando que divide com os amigos de jornada a alegria e o orgulho de receber a medalha tão importante. “Pedro Ernesto fez muito pela nossa cidade. Quando prefeito foi pioneiro na concessão de subvenções às escolas de samba, alegrando os morros que conheceu ainda estudante ao participar de campanha de vacinação contra febre amarela”, disse. Graça dedicou a medalha às meninas de origem humilde. “Dedico essa medalha a todas as meninas das comunidades do Rio de Janeiro que sonham como eu com a transformação social de nosso país”.
Fonte: Agência Petrobras


II –  COMENTÁRIOS

1- A hora da retomada 
A década de 2000 testemunhou um impressionante avanço do setor sucroenergético no Brasil. Embalado pelos bons fundamentos de mercado, sobretudo para o etanol, o setor cresceu a uma média de 10% ao ano até a safra 2008/2009.
O Mato Grosso do Sul soube aproveitar esse momento. Nosso setor, que havia levado quase trinta anos para atingir a marca de 10 milhões de toneladas, viu sua produção triplicar a partir de 2005. É justo dizer que não foram as nossas boas terras que levaram a isso. Tivemos e temos ambiente. Um governo estadual que entendeu a industrialização como vetor de desenvolvimento para o Estado, uma classe de produtores rurais tecnificada e empreendedora que viu na cana-de-açúcar uma oportunidade de diversificação. E, claro, uma FIEMS que tem sido fundamental no apoio à qualificação, evitando um "apagão" de colaboradores, uma necessidade premente no nosso setor.
E aí veio um problema. A crise econômica de 2008 afetou diretamente a oferta de recursos e indiretamente o preço das commodities, sacrificando assim os tratos culturais, renovação de canaviais e sobretudo a implementação de novos projetos. Em seguida, três safras consecutivas com problemas climáticos, entre outros que afetaram ainda mais a produção. O resultado disso é que o crescimento não só arrefeceu como, na safra passada houve involução do canavial, o que não ocorria desde 1999. Aqui no MS, ainda crescemos algo, fruto da inércia desse movimento de crescimento que começou cinco anos depois do resto do Brasil.
E hoje o País vive uma situação difícil de entender. No caso do etanol, temos um mercado potencial que cresce em um ritmo inédito. E ainda assim a participação do nosso combustível renovável - que já foi de 50% desse mercado - caiu a 36% nesse universo ainda maior. Ainda no etanol, os Estados Unidos abriram uma avenida de mercado para o produto brasileiro, à medida que o reconheceram como mais eficiente que o de milho no que tange a questões ambientais e eliminaram as tarifas de importação. 
A bioeletricidade é outro produto que tem um mercado ávido. Podemos dar a resposta que o Brasil precisa de forma mais rápida, mais barata e mais eficiente, já que as unidades produtoras ficam mais próximas dos grandes centros de consumo, reduzindo de forma significativa os custos de transmissão. São três Belo Monte adormecidas nos canaviais. E novamente o MS é um exemplo disso, com um parque moderno, já exportamos para o Sistema Interligado Nacional quase o equivalente a todo o consumo residencial de todo o Estado. 
O açúcar, uma commodity consolidada que permite às unidades planejamentos de longo prazo é outro produto que tem uma grande importância para o setor e para o Brasil, pelo importante papel que desempenha na nossa balança comercial (foi o segundo lugar na balança do MS no ano passado). E frequentemente tem sido vilanizado, por conta de uma visão distorcida de que que é por conta do aumento de sua produção que se fabrica menos etanol. Na verdade, a possibilidade de escolha das unidades com relação à mix de produção não é tão grande assim, podendo variar menos de 10%.
Ponto pacífico que os nossos mercados estão em expansão e/ou não atendidos , existe área ? Sim, e muita. Só no Mato Grosso do Sul existem 8 milhões de hectares em pastagens sub-aproveitadas. Isso é pouco menos de TODA a área de cana do Brasil. E essa oferta de terras se repete em outros estados. O mais importante disso é que existe potencial não só para a cana, mas para que outras culturas cresçam também. Nada de monocultura ou de prevalecência de uma atividade sobre outras.
Finalmente, o impasse. Dentro de um contexto tão favorável para o crescimento dessa atividade que traz desenvolvimento descentralizado, com municípios do interior vicejando de desenvolvimento. Que melhora o ambiente, no campo e nas cidades, que coloca o Brasil num posto de destaque no que tange às ditas economias verdes, nada tem ocorrido.
Para converter em realidade todo esse potencial seriam necessárias 120 novas unidades no Brasil até 2020. Só duas serão inauguradas na safra 2012/2013, por sinal aqui no MS.
A resposta para essa questão passa pela competitividade do nosso etanol. Como atrair investimentos pesados como são os requeridos pela nossa indústria num contexto em que o nosso principal concorrente, a gasolina, tem preços artificialmente mantidos abaixo do seu custo ?
E faço um ressalto, o setor sucroenergético NÃO advoga pelo aumento da gasolina, só pede que tenha tratamento semelhante. E não pede de graça. Oferece em troca investimento e desenvolvimento. 
Claro que temos sempre que olhar para dentro. E temos desafios importante no que tange à incorporação de novas tecnologias e aumento do investimento em pesquisa para aumentar essa competitividade. Já somos um exemplo disso e continuaremos sendo, cada vez mais.
Ainda no que tange ao que não nos cabe decidir ou resolver, é importante a implementação de políticas públicas de longo prazo, que definam o papel do etanol em nossa matriz energética. 
Estamos em um bom caminho. O Governo Federal mostrou sensibilidade ao problema e estabeleceu um canal de discussão com o setor, que tem levado suas propostas para o devido debate.
Vivemos, enfim, um momento fundamental na história do setor sucroenergético brasileiro. 
Roberto Hollanda Filho
Presidente da Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul - Biosul

2- EUA vão liderar produção mundial de petróleo 
Os Estados Unidos vão superar a Arábia Saudita e se tornarão os maiores produtores de petróleo até aproximadamente 2017, e exportadores líquidos até 2030, informa a Agência Internacional de Energia (AIE).
Este aumento da produção, associado a novas políticas destinadas a melhorar a eficiência na área energética, tornará os EUA "praticamente autossuficientes" para atender às suas necessidades de energia em cerca de duas décadas - numa "drástica reviravolta das tendências atuais" nos países mais desenvolvidos, mostra novo relatório divulgado pela AIE.
"Os alicerces dos sistemas globais de produção de energia estão mudando", afirmou em entrevista, antes da divulgação do documento, Fatih Birol, principal economista da organização com sede em Paris que elabora a publicação anual "Perspectiva Mundial de Energia". A AIE previra anteriormente que a Arábia Saudita se tornaria líder em produção até 2035.
O relatório também previu que a demanda global de energia cresceria de 35% a 46% de 2010 a 2035, dependendo da entrada em vigor das políticas propostas. A maior parte desse crescimento virá da China, Índia e Oriente Médio, onde os consumidores estão aumentando rapidamente. As consequências têm "enorme potencial" para os mercados globais de energia e comércio, informou o relatório.
Birol observou, por exemplo, que o petróleo do Oriente Médio, outrora destinado aos EUA, provavelmente seria enviado para a China. O carvão mineral nos EUA, cuja demanda está em declínio no mercado interno, já caminha rumo à Europa e à China.
Há vários componentes desta repentina mudança de rumo da oferta energética mundial, mas o principal é o reativação da produção de petróleo e gás nos EUA, particularmente pelo fato de terem sido encontradas novas reservas de petróleo e gás. A ampla adoção de técnicas, como fragmentação hidráulica e perfuração horizontal, tornou essas reservas muito mais acessíveis, e, no caso do gás, resultou num imenso excedente que provocou a queda violenta dos preços.
O relatório prevê que os EUA vão superar a Rússia, tornando-se os maiores produtores de gás em 2015. As afirmações categóricas e as previsões específicas da AIE conferem um peso maior às tendências que no ano passado se tornaram mais claras. "Essa conclusão impressionante confirma grande parte das recentes projeções", disse Michael A. Levi, pesquisador sênior em energia e meio ambiente para o Conselho de Relações Exteriores.
´Boa notícia´. Criada em 1974, depois da crise do petróleo, por um grupo de nações importadoras de petróleo, inclusive os EUA, a AIE monitora e analisa as tendências com a finalidade de garantir uma oferta confiável e sustentável.
Segundo Levi, o relatório da AIE é uma "boa notícia" para os EUA, pois destaca as novas fontes de energia. Mas recomendou cautela, pois ser autossuficiente não significa evitar a gangorra dos preços, estabelecidos pelos mercados globais. Além disso, observou, a projeção da AIE em relação à autossuficiência dos EUA pressupõe que o país aumentará o número de quilômetros rodados por litro de gasolina nos carros e a eficiência da energia nas casas. 
Segundo Birol, a previsão da AIE de um aumento da autossuficiência dos EUA foi de 55%, refletindo um crescimento da produção petrolífera, e 45% como reflexo da melhoria da eficiência energética, fundamentalmente por causa das novas normas de economia de combustível para carro do governo Obama. E acrescentou que serão necessárias medidas mais rigorosas para promover a eficiência da energia nos EUA e em muitos outros países.
O relatório afirma que vários outros fatores também poderão ter consideráveis efeitos nos mercados mundiais nos próximos anos. Entre eles, a recuperação da indústria petrolífera iraquiana, o que permitirá aumentar a oferta, e a decisão de alguns países, como Alemanha e Japão, de abandonar a energia nuclear após o desastre de Fukushima.
As novas fontes de energia ajudarão a economia americana, disse Birol, fornecendo energia barata ao mundo. A AIE estima que os preços da eletricidade serão cerca de 50% mais baratos nos EUA que na Europa, em grande parte por causa de um aumento do número de usinas a gás natural barato, o que poderia ajudar a indústria e os consumidores.
Mas a mensagem tem um significado mais grave para o planeta, em termos das mudanças climáticas. Embora o gás natural seja frequentemente enaltecido por produzir emissões de carbono relativamente baixas comparadas ao petróleo ou ao carvão, o novo mercado global de energia poderá favorecer a produção de níveis perigosos de aquecimento.
A redução da dependência dos EUA do carvão significará somente que o carvão irá para outros países, aponta o relatório. E o uso de carvão, agora o combustível mais poluente, continuará aumentando em outros locais do planeta. A demanda de carvão da China chegará ao pico em 2020, e permanecerá estável até 2035, prevê o documento, enquanto em 2025 a Índia ultrapassará os EUA como segunda maior consumidora de carvão.
O relatório adverte que somente um terço das reservas comprovadas de combustíveis fósseis deveria ser utilizado até 2050, a fim de limitar o aquecimento global em 2 graus Celsius, como muitos cientistas recomendam. Mas essa restrição é improvável sem um tratado compulsório até 2017, que exija que os países limitem o aumento das suas emissões, concluiu Birol. 
Elisabeth Rosenthal
Fonte: O Estado de S. Paulo

3- Com desaceleração, importação deixa de atrair empresas 
A importação não está mais atraindo empresas. Desde 2005 a quantidade de importadoras aumentou ano a ano de forma significativa e ininterrupta. Neste ano o número de companhias importadoras ainda é maior que a do ano passado. Desde maio, porém, o aumento de empresas perdeu ritmo e a estimativa é de que a quantidade de importadores em 2012 fique praticamente estável em relação a 2011.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), até maio havia 32.307 empresas que importaram, ou seja, 603 importadoras a mais que os primeiros cinco meses do ano passado. A diferença do número de empresas veio caindo a cada mês e no acumulado até setembro foram registradas apenas 228 empresas importadoras a mais que o mesmo período de 2011. Isso, porém, dizem especialistas, reflete muito mais a desaceleração interna e não significa que o produtor doméstico esteja recuperando seu espaço ou tomando o lugar do fornecedor externo.
O câmbio estabilizado em nível próximo a R$ 2 também contribuiu com a perda de atração da importação, mas não conseguiu ainda fazer mais empresas aderirem à exportação.
Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), diz que o aumento de empresas exportadoras precisa acontecer por meio da diversificação de produtos vendidos ao exterior. Para isso, novas empresas precisam aderir à exportação, principalmente as de médio e pequeno porte, que também poderiam trazer produtos de maior valor agregado aos embarques. "A exportação é muito concentrada em alguns itens da pauta e, como resultado, também em número de empresas", argumenta o economista da Funcex.
Atualmente o minério de ferro, a soja e o petróleo, os três principais produtos embarcados pelo Brasil, respondem por 30,5% do valor exportado. De janeiro a setembro deste ano, apenas 240 empresas foram responsáveis por 78,1% dos valores embarcados. Esse grupo de empresas exportou acima de US$ 100 milhões.
José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que o cenário atual, porém, não é muito propício para atrair empresas para a exportação. Embora o câmbio tenha ficado mais vantajoso, afirma ele, a desaceleração da demanda internacional e os sinais de recuperação lenta são desestimulantes.
No caso do Brasil, diz Castro, o efeito Argentina também faz diferença para as exportações brasileiras. As medidas de restrição às importações pelo governo da Argentina, inclusive para as de origem brasileira, contribuem para derrubar ainda mais a quantidade de empresas que exportam. O país vizinho muitas vezes é o principal destino das vendas ao exterior de algumas empresas em setores como têxtil ou calçados, por exemplo. De janeiro a setembro, os embarques para a Argentina caíram 20,2%, redução bem maior que a queda da média total, de 4,95%.
Para Branco, além do cenário internacional, os entraves burocráticas internos funcionam como empecilhos para ampliação do número de empresas que exportam. Para estimular os pequenos e médios a olhar para o mercado externo, defende, é preciso uma política de governo voltada para isso. "Há alguns programas nesse sentido, mas é preciso ter uma política mais ampla, persistente e de longo prazo nesse sentido", argumenta.
Em relação aos desembarques, diz Branco, a estabilização na quantidade de empresas que importam neste ano não significa, necessariamente, nova tendência. Mesmo que o dólar se mantenha perto dos R$ 2, estima o economista, o número de importadores pode voltar a crescer se houver aceleração da economia doméstica no próximo ano.
Nem mesmo um real mais desvalorizado em relação ao do ano passado, diz ele, desestimularia as importações no caso de reaquecimento do mercado doméstico. Além disso, como o cenário internacional continua com demanda fraca, o Brasil seria mais uma vez assediado com a superoferta de vários fornecedores estrangeiros.
De forma semelhante à exportação, a importação tem ficado cada vez mais concentrada entre as empresas. Das 38.743 empresas que fizeram importações de janeiro a setembro deste ano, 218 desembarcaram acima de US$ 100 milhões e responderam por 60,8% dos valores desembaraçados. Em 2000, eram 74 empresas que importavam acima de US$ 100 milhões e foram responsáveis por uma fatia de 43,7% do valor total desembarcado de janeiro a setembro. 
Marta Watanabe
Fonte: Valor Econômico

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