sábado, 15 de setembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 100

I – NOTÍCIAS

1- Viagem de 13mil km testa biocombustível a partir do dendê
Um biocombustível que tem como base o óleo de dendê, foi testado por pesquisadores da Universidade Estadual da Bahia em uma viagem de 13 mil quilômetros, do Brasil até o Peru. Vários fatores foram analisados na pesquisa, entre eles, as mudanças climáticas saindo de uma temperatura ambiente de 30ºC para uma de -8ºC e até diferentes altitudes, como do nível do mar a até quase 5 mil metros de altitude.
O bom resultado do combustível, acende à possibilidade de expansão do mesmo a partir do dendê no país.
Hugo Rocha
Fonte: Agência UDOP de Notícias

2- Petrobras inicia produção do FPSO Cidade de Anchieta, no pré-sal da Bacia de Campos
A Petrobras iniciou a produção de petróleo do poço 7-BAZ-02-ESS, por meio do navio-plataforma Cidade de Anchieta. A plataforma está localizada no campo de Baleia Azul, no complexo denominado Parque das Baleias, na porção capixaba da Bacia de Campos. Essa plataforma, do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e exporta óleo e gás), destina-se exclusivamente à produção da camada pré-sal dos campos de Baleia Azul, Jubarte e Pirambu, localizados no Parque das Baleias, nos quais a Petrobras detém 100% de participação.
O FPSO Cidade de Anchieta produzirá petróleo de alto valor comercial (28 graus API). Afretado à empresa SBM Services Inc., essa plataforma tem capacidade para processar, diariamente, 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões m3 de gás. Instalado em águas de 1.221 metros de profundidade e a 80 km da costa, o FPSO escoará o gás produzido pelo Gasoduto Sul-Norte Capixaba até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no litoral capixaba.
A produção inicial do poço 7-BAZ-02-ESS está estimada em 20 mil barris por dia (bpd). Outros nove poços (seis produtores e três injetores de água) serão interligados à plataforma. A previsão é que o pico de produção, de 100 mil barris por dia, seja atingido em fevereiro de 2013.
O FPSO Cidade de Anchieta foi convertido no estaleiro Keppel, em Cingapura, e integra o projeto de desenvolvimento do pré-sal do Parque das Baleias.
12/09/12
Fonte: Agência Petrobras

3- Petrobras inicia produção no campo de Chinook, no Golfo do México
A Petrobras iniciou a produção no Campo de Chinook, que fica na costa dos Estados Unidos, no Golfo do México, informou a companhia na noite desta quinta-feira. Em junho, no período de preparação para a produção, 5,4 mil litros de fluídos hidráulicos vazaram de uma plataforma da Petrobras em Chinook.
Segundo a petrolífera, a produção foi iniciada no poço Chinook 4, perfurado a uma profundidade de cerca de 8 mil metros. O poço é interligado navio-plataforma BW Pioneer, localizado a 250 quilômetros da costa do estado americano de Louisiana,
Ancorado a 2.500 metros de profundidade, o BW Pioneer também está conectado ao campo de Cascade, cuja produção foi iniciada em fevereiro de 2012.
De acordo com comunicado da companhia, esse é o primeiro navio-plataforma a produzir petróleo e gás no setor americano do Golfo do México. Sua capacidade processamento é de 80 mil barris de petróleo e 500 mil metros cúbicos de gás por dia.
A Petrobras também informou ser a primeira companhia a desenvolver um campo de petróleo no Golfo do México utilizando navio-plataforma desse tipo.
A Petrobras detém 66.67% do campo de Chinook. O restante pertence à empresa Total Exploration.
Fonte: O Globo

4- HRT conclui teste de formação em poço da Bacia do Solimões
A HRT Participações em Petróleo informou que concluiu o teste de formação do poço 1-HRT-9-AM, no bloco SOL-T-191, na Bacia do Solimões.
O teste, realizado em reservatório da Formação Juruá, com espessura líquida de 36,4 metros, foi concluído com sucesso no dia 7 de setembro.
Conforme explicação companhia, foi aberto para teste um intervalo de 2.769 a 2.794 metros, demonstrando "excelentes características de fluxo em poço vertical", atingindo uma produção estabilizada de 510 mil metros cúbicos de gás natural por dia, em abertura de 32/64 polegadas.
Além disso, houve a tentativa de abertura de 40/64 polegadas, que resultou em uma produção acima de 700 mil metros cúbicos de gás natural por dia, no entanto este nível de produção ultrapassou a capacidade operacional da planta de teste e a abertura foi modificada para 32/64 polegadas.
O prospecto testado é parte de uma estrutura geológica de aproximadamente 56 km² de área, situada a sudoeste do Campo de Juruá, com capacidade para armazenar entre 10 e 32 bilhões de metros cúbicos de gás recuperáveis.
"A HRT estima que esta estrutura tenha potencial de vazão para produzir até 3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, quando atingir sua fase de desenvolvimento", comentou Milton Franke, diretor-presidente da HRT O&G, em comunicado.
Para Marcio Rocha Mello, presidente do Conselho de Administração da HRT, este resultado demonstra que a Bacia do Solimões possui "um dos maiores potenciais gaseíferos entre todas as bacias brasileiras, permitindo acelerar o plano de monetização do gás na região".
O poço 1-HRT-9-AM, em conjunto com descobertas anteriores realizadas nesta sub-região da Bacia, deverá fazer parte do plano de avaliação a ser submetido à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em "momento oportuno".
A HRT é operadora de 21 blocos na Bacia do Solimões, em parceria com a TNK-Brasil, uma subsidiária da TNK-BP, esta uma joint venture russa formada entre a BP e o consórcio AAR.
Fonte: Brasil Econômico

5- Dilma visita obras de plataformas em Rio Grande
Fonte: Jornal do Commercio
A presidente da República, Dilma Rousseff, estará em Rio Grande nesta segunda-feira (17) para acompanhar as atividades desenvolvidas no polo naval gaúcho. Dilma deverá visitar as obras da plataforma de petróleo P-55, no dique seco, e da P-58 e P-63, no canteiro da empresa Quip.
No caso da P-58, o casco da plataforma já se encontra no local e a expectativa é de que o casco da P-63 chegue até o final do ano ao município. Por enquanto, a companhia está trabalhando nos módulos dessa última estrutura.
A assessoria de imprensa da presidência da República ainda não divulgou os detalhes da viagem de Dilma ao Rio Grande do Sul. No entanto, é possível que ela venha para o estado antes da segunda-feira para compromissos pessoais.

6- SKF apresenta tecnologias que reduzirão paradas com manutenção
A SKF do Brasil traz para o Brasil quatro novas tecnologias que ajudam a reduzir as paradas não programadas com manutenção e a melhorar a produtividade industrial. A companhia apresenta as soluções durante a Expoman 2012 - 27ª Exposição de Produtos e Equipamentos para Manutenção, de 10 a 13 de setembro, na capital fluminense. A empresa sueca demonstrará em seu estande o analisador de motores elétricos Baker Explorer 4000, o Microlog Inspector (equipamento para coleta de dados e inspeção de equipamentos), o alinhador de eixos a laser e um atuador eletromecânico modular.
De acordo com Paulo Manoel, gerente de vendas de monitoramento da condição da SKF do Brasil, ainda há desconhecimento de algumas empresas em como melhorar seu desempenho produtivo adotando apenas boas práticas de manutenção. “Não há mais espaço para empresas que olham para a manutenção como um item adicional da operação. As empresas que enxergaram a manutenção como um item estratégico de negócios, conseguiram ganhos expressivos nos últimos anos. A tecnologia ajuda e muito nesse sentido”.
Além desses lançamentos, a SKF terá em seu estande informações e modelos de algumas de suas soluções para o mercado de manutenção. Entre elas, o cilindro elétrico que substitui o cilindro pneumático, produtos para transmissão de potência, rolamentos industriais, lubrificador automático, endoscópio, vedações, lâmpada estroboscópica, sistema de monitoramento online, coletores e analisadores de dados de vibração, serviços de gerenciamento de ativo e repotencialização de rolamentos.
A SKF apresenta palestra e trabalhos técnicos, até 13 de setembro, para tratar de temas relacionados à manutenção industrial. Nesta quarta-feira (12), das 14h às 16h, José Guilherme Pelição Pancieri, da Vale, e Silas Santana, da SKF, apresentam o trabalho técnico “Estudo do comportamento dinâmico do moinho 210M001 unidade de pelotização de Vargem Grande com ODS e simulação”.
Em 13 de setembro, das 8h às 10h, Ulysses Monteiro Machado, da Transpetro, e Silas Santana, da SKF, mostram o trabalho “Análise dinâmica avançada dos sistemas de bombeio principal do terminal de Angra dos Reis”.
A SKF do Brasil traz para o país quatro novas tecnologias que ajudam a reduzir as paradas não programadas com manutenção e a melhorar a produtividade industrial. A companhia apresenta as soluções durante a Expoman 2012 - 27ª Exposição de Produtos e Equipamentos para Manutenção, de 10 a 13 de setembro, na capital fluminense. A empresa sueca demonstrará em seu estande o analisador de motores elétricos Baker Explorer 4000, o Microlog Inspector (equipamento para coleta de dados e inspeção de equipamentos), o alinhador de eixos a laser e um atuador eletromecânico modular.
De acordo com Paulo Manoel, gerente de vendas de monitoramento da condição da SKF do Brasil, ainda há desconhecimento de algumas empresas em como melhorar seu desempenho produtivo adotando apenas boas práticas de manutenção. “Não há mais espaço para empresas que olham para a manutenção como um item adicional da operação. As empresas que enxergaram a manutenção como um item estratégico de negócios, conseguiram ganhos expressivos nos últimos anos. A tecnologia ajuda e muito nesse sentido”.
Além desses lançamentos, a SKF terá em seu estande informações e modelos de algumas de suas soluções para o mercado de manutenção. Entre elas, o cilindro elétrico que substitui o cilindro pneumático, produtos para transmissão de potência, rolamentos industriais, lubrificador automático, endoscópio, vedações, lâmpada estroboscópica, sistema de monitoramento online, coletores e analisadores de dados de vibração, serviços de gerenciamento de ativo e repotencialização de rolamentos.
A SKF apresenta palestra e trabalhos técnicos, até 13 de setembro, para tratar de temas relacionados à manutenção industrial. Nesta quarta-feira (12), das 14h às 16h, José Guilherme Pelição Pancieri, da Vale, e Silas Santana, da SKF, apresentam o trabalho técnico “Estudo do comportamento dinâmico do moinho 210M001 unidade de pelotização de Vargem Grande com ODS e simulação”.
Em 13 de setembro, das 8h às 10h, Ulysses Monteiro Machado, da Transpetro, e Silas Santana, da SKF, mostram o trabalho “Análise dinâmica avançada dos sistemas de bombeio principal do terminal de Angra dos Reis”.
Fonte: Redação TN Petróleo


II – COMENTÁRIOS

1- É preciso avançar no biodiesel
O desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil teve origem na necessidade de suprir a crescente demanda brasileira por combustíveis, especialmente a partir dos aumentos nos preços do petróleo da década de 70 e, posteriormente, das crescentes exigências ambientais.
As soluções encontradas foram o desenvolvimento do etanol e do biodiesel. Em 2004, o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, para aproveitar as vantagens ambientais, macroeconômicas e sociais do biocombustível.
O objetivo do programa era incentivar a produção de biodiesel a partir do cultivo de pequenos produtores, especialmente nas regiões Nordeste e Norte, utilizando principalmente os óleos de mamona e dendê.
Em 2011, segundo o Mistério de Minas e Energia (MME), foram produzidos 2,7 bilhões litros de biodiesel, 12% a mais do que em 2010, levando o Brasil a ocupar a segunda colocação no ranking dos produtores de biodiesel.
O setor conta com 65 unidades produtoras de biodiesel, com capacidade para produzir 6 bilhões de litros anuais. O faturamento do setor, em 2011, foi de R$ 6 bilhões (US$ 3,1 bilhões) e a produção do biocombustível gera 1,3 milhão de empregos, envolvendo mais de 100 mil famílias de pequenos agricultores no fornecimento de matéria-prima.
Das cinco matérias-primas de origem vegetal, utilizadas como base para a produção do biodiesel (mamona, algodão, girassol, dendê e soja), apenas a soja tem sustentado, na prática, o projeto, sendo a origem de 80% da produção do biocombustível.
Na verdade, a produção de biodiesel contribuiu para o aumento do valor adicionado da cadeia da soja, uma vez que cria demanda para o óleo de soja, incentivando o plantio.
Diante deste cenário, seria interessante que o setor busque uma maior diversificação de matérias-primas.
Neste sentido, é interessante chamar à atenção para a iniciativa da Vale, que desenvolve o projeto Biopalma, no Pará, cuja expectativa é alcançar uma produção de 500 mil toneladas por ano até 2019, quando a lavoura de 35 mil hectares atingir maturidade. Outra matéria-prima que merece atenção é o sebo, que atualmente corresponde a 15% da produção nacional de biodiesel.
A soja é hoje o esteio do programa de incentivo ao biodiesel e será a principal matéria-prima ainda por muito tempo. No entanto, a diversificação de matérias-primas deve ser uma meta a ser alcançada.
De fato, o Brasil possui um território vasto e uma diversidade de climas e culturas, que possibilitam o desenvolvimento eficiente de várias matérias-primas para a produção do bidiesel.
Portanto, é preciso o desenvolvimento de um conjunto de políticas, como uma agenda de aumento da participação do biodiesel na mistura, de forma a dar previsibilidade e incentivos que estimulem a diversificação de matérias-primas.
Como qualquer biocombustível, o biodiesel precisa de políticas públicas de longo prazo, capaz de ajudar o país a atender as questões ambientais, a gerar empregos e colocar o país na vanguarda de produtor de biocombustíveis.
*Texto originalmente publicado no jornal Brasil Econômico, de 13/09/12
Adriano Pires
Fonte: Brasil Econômico
Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

2- Petrobras quer aumentar produção de etanol para atender demanda por combustível
A presidente da Petrobras, Graça Foster, está defendendo o incremento da produção de etanol como resposta ao aumento da demanda por combustível no Brasil. Ela apresentou o plano de investimentos da empresa até 2016 em audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Infraestrutura (CI) do Senado, presidida pelo senador Delcídio do Amaral (PT).
De acordo com Graça, o incremento na produção de álcool é a solução mais simples para enfrentar uma eventual redução na oferta de gasolina.
O presidente da CAE afirmou que o aumento da produção de etanol trará efeitos positivos ao meio ambiente, além de suprir a demanda por um volume cada vez maior de combustível.
"A presidente Graça Foster está estruturando a empresa no sentido de criar os mecanismos necessários para implementar um programa ambicioso, de mais de U$S 220 bilhões nos próximos cinco anos. Ela ressaltou que o preço da gasolina não vai variar ao sabor das variações do preço do petróleo, lá fora, até porque o governo da Dilma tem compromisso com o controle da inflação", destacou o senador.
Graça disse que a Petrobras tem planos para o etanol, destacando a criação da Petrobras Biocombustíveis, em 2008. "Se tivéssemos participação maior do etanol hoje, as dificuldades seriam menores". Segundo ela, em algum momento os preços do etanol e da gasolina irão se aproximar, chegando a um intervalo que ela chamou de "convergência adequada".
A presidente da Petrobras ressaltou que o Brasil tem descoberto óleo em volume significativo. "Sabemos construir para gerenciar e sabemos operar. Com esse óleo descoberto, quando começamos a aparecer, vamos recuperar o valor de nossas ações. Posso dizer aos acionistas comprarem mais ações da Petrobras", afirmou.
Gabriel Neris
Fonte: Campo Grande News

3- Ventos podem garantir energia limpa até 2030
Um estudo da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, afirma que as fontes de vento disponíveis no planeta são muito maiores do que as necessárias para suprir a demanda por energia de um modo limpo e econômico no mundo até 2030.
A maior parte do potencial eólico necessário está sobre os oceanos, afirmam os cientistas. Para determinar o potencial máximo de vento do planeta, eles criaram um modelo atmosférico em 3D, levando em conta o uso de turbinas de vento para extração da energia do ar circulante.
Os pesquisadores dizem que há um limite para a quantidade de energia que pode ser extraída da atmosfera. Eles calcularam qual seria o potencial eólico a 100 metros acima do nível do solo, altura média do eixo das turbinas de vento.
Pelo estudo, publicado no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America", os ventos do planeta podem produzir mais de 250 terawatts se forem instaladas turbinas em toda a superfície do globo a 100 metros do solo.
O número equivale a mais de 16 vezes a energia consumida pela população do planeta em 2008. Já a 10 quilômetros acima do nível do chão, altura em que os ventos adquirem velocidade muito maior, a produção energética pode chegar a 380 terawatts. Em 2008, o consumo de energia em todo o planeta foi de aproximadamente 15 terawatts, segundo reportagem da revista "The Economist".
Se for considerada apenas a superfície do planeta que é coberta por rochas e solo (sem levar em conta mares, rios e oceanos), e se forem instaladas turbinas também no litoral, a produção chegaria a 80 terawatts, segundo os pesquisadores.
Ponto de saturação
Autores do estudo, os cientistas Mark Jacobson e Cristina Archer chegaram à conclusão que há um ponto de saturação para o número de turbinas usadas para extrair energia eólica. Segundo eles, no ponto de saturação nenhuma turbina consegue extrair mais de 59,3% da energia cinética do vento para transformá-la em elétrica.
Os cientistas calcularam que 4 milhões de turbinas operando a 100 metros do solo e produzindo 5 megawatts cada uma poderiam suprir uma demanda de 7,5 terawatts - mais da metade do que é consumido hoje em termos de energia elétrica no mundo.
Criar "fazendas de vento" em locais geograficamente escolhidos, com um número fixo de turbinas, pode aumentar a produtividade da energia eólica, diz a pesquisa. Os cientistas sugerem também aproveitar a colocação de turbinas nos oceanos e regiões marítimas para otimizar os ganhos com este tipo de energia.
Um estudo da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, afirma que as fontes de vento disponíveis no planeta são muito maiores do que as necessárias para suprir a demanda por energia de um modo limpo e econômico no mundo até 2030.
A maior parte do potencial eólico necessário está sobre os oceanos, afirmam os cientistas. Para determinar o potencial máximo de vento do planeta, eles criaram um modelo atmosférico em 3D, levando em conta o uso de turbinas de vento para extração da energia do ar circulante.
Os pesquisadores dizem que há um limite para a quantidade de energia que pode ser extraída da atmosfera. Eles calcularam qual seria o potencial eólico a 100 metros acima do nível do solo, altura média do eixo das turbinas de vento.
Pelo estudo, publicado no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America", os ventos do planeta podem produzir mais de 250 terawatts se forem instaladas turbinas em toda a superfície do globo a 100 metros do solo.
O número equivale a mais de 16 vezes a energia consumida pela população do planeta em 2008. Já a 10 quilômetros acima do nível do chão, altura em que os ventos adquirem velocidade muito maior, a produção energética pode chegar a 380 terawatts. Em 2008, o consumo de energia em todo o planeta foi de aproximadamente 15 terawatts, segundo reportagem da revista "The Economist".
Se for considerada apenas a superfície do planeta que é coberta por rochas e solo (sem levar em conta mares, rios e oceanos), e se forem instaladas turbinas também no litoral, a produção chegaria a 80 terawatts, segundo os pesquisadores.
Ponto de saturação
Autores do estudo, os cientistas Mark Jacobson e Cristina Archer chegaram à conclusão que há um ponto de saturação para o número de turbinas usadas para extrair energia eólica. Segundo eles, no ponto de saturação nenhuma turbina consegue extrair mais de 59,3% da energia cinética do vento para transformá-la em elétrica.
Os cientistas calcularam que 4 milhões de turbinas operando a 100 metros do solo e produzindo 5 megawatts cada uma poderiam suprir uma demanda de 7,5 terawatts - mais da metade do que é consumido hoje em termos de energia elétrica no mundo.
Criar "fazendas de vento" em locais geograficamente escolhidos, com um número fixo de turbinas, pode aumentar a produtividade da energia eólica, diz a pesquisa. Os cientistas sugerem também aproveitar a colocação de turbinas nos oceanos e regiões marítimas para otimizar os ganhos com este tipo de energia.
Fonte: G1

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