sábado, 17 de setembro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 51

I – NOTICIAS

1-Lançada pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê
Entrega simbólica da chave e ato de Lançamento da Pedra Fundamental do Estaleiro Rio Tietê em Araçatuba (SP) A presidenta da República, Dilma Rousseff, participou do lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê, em Araçatuba (SP). O evento simboliza o início das obras do estaleiro, responsável pela construção de 80 barcaças e 20 comboios hidroviários da Transpetro. Os camboios contribuirão para levar combustível mais barato para as fronteiras do Brasil e trazer o etanol de forma mais competitiva. Com investimentos de R$ 40 milhões, a construção vai gerar 500 empregos diretos e dois mil indiretos na cidade paulista. Já as embarcações terão investimentos de R$ 432,3 milhões e começam a operar em 2013.

2-Nova técnica quer converter casca de laranja em biocombustível
Uma parceria entre cientistas britânicos, brasileiros e espanhóis pretende testar uma nova tecnologia para transformar resíduos alimentares, como cascas de laranja, em compostos químicos e biocombustíveis.
Segundo os cientistas, o método desenvolvido pode permitir no futuro, potencialmente, que os restos de alimentos sejam processados tanto domesticamente quanto em escala industrial.
Os pesquisadores dizem que a tecnologia poderia prover uma fonte renovável de carbono, além de resolver o crescente problema global do destino do lixo.
Eles acreditam que o método, que trata os restos alimentares com microondas concentradas, pode extrair compostos químicos úteis que podem ser usados na produção de materiais e biocombustíveis.
O método foi apresentado nesta semana pelo professor James Clark, da Universidade de York, na Grã-Bretanha, durante o Festival Britânico de Ciência em Bradford.
Juntamente com pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade de Córdoba, na Espanha, ele formou a Orange Peel Exploitation Company (Companhia para Exploração de Cascas de Laranja, em tradução livre), para coordenar as pesquisas.

3-Nova técnica quer converter casca de laranja em biocombustível
Uma parceria entre cientistas britânicos, brasileiros e espanhóis pretende testar uma nova tecnologia para transformar resíduos alimentares, como cascas de laranja, em compostos químicos e biocombustíveis.
Segundo os cientistas, o método desenvolvido pode permitir no futuro, potencialmente, que os restos de alimentos sejam processados tanto domesticamente quanto em escala industrial.
Os pesquisadores dizem que a tecnologia poderia prover uma fonte renovável de carbono, além de resolver o crescente problema global do destino do lixo.
Eles acreditam que o método, que trata os restos alimentares com microondas concentradas, pode extrair compostos químicos úteis que podem ser usados na produção de materiais e biocombustíveis.
O método foi apresentado nesta semana pelo professor James Clark, da Universidade de York, na Grã-Bretanha, durante o Festival Britânico de Ciência em Bradford.
Juntamente com pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade de Córdoba, na Espanha, ele formou a Orange Peel Exploitation Company (Companhia para Exploração de Cascas de Laranja, em tradução livre), para coordenar as pesquisas.

4-Gigantes participam da OTC Brasil 2011
Empresas como Baker Hughes, Cameron, GE, Halliburton, Schlumberger e Weatherford participarão das palestras da Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil 2011). O evento acontecerá de 04 a 06 de outubro no Rio de Janeiro.
Entre os destaques da programação do evento estão as sessões técnicas que abordarão questões relevantes da exploração offshore, como os desafios e soluções inovadoras para o desenvolvimento acelerado de campos de petróleo, garantia de escoamento, reservatórios carbonáticos, engenharia de poço, entre outros temas relevantes para essa indústria.
Uma das sessões plenárias contará com a participação de especialistas da Schlumberger, Cameron e GE – empresas que anunciaram, nos últimos meses, a construção de centros de pesquisa no Brasil – e ainda de representantes da Associação Brasileira de Pesquisa e Desenvolvimento em Petróleo e Gás (ABPG), para debater os avanços tecnológicos consolidados a partir de parcerias entre universidades e a cadeia produtiva.
Uma segunda sessão plenária reunirá técnicos das quatro gigantes na área de serviços offshore – Halliburton, Baker Hughes, Weatherford e Schlumberger – para debater as oportunidades e desafios para a cadeia de fornecedores no Brasil.
Ao todo, em três dias de evento, a OTC Brasil 2011 terá 24 sessões técnicas, 10 sessões especiais e duas plenárias. Além disso, serão realizados seis almoços/palestra por dia com alguns dos principais participantes do evento, que vão discorrer sobre o projeto BC-10 (Parque das Conchas), os desafios do financiamento em tempos de crise, e experiências de várias operadoras no mercado brasileiro.
A plenária de abertura terá como tema “O Regime Regulatório Brasileiro para Atividades em Exploração Offshore e de Produção de Gas”, que será apresentado por representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Números da programação técnica OTC Brasil 2011
24 sessões técnicas
10 sessões especiais
2 plenárias
6 almoços/palestra por dia
Fonte:Redação Guia Óile Gas

5-Queiroz Galvão Óleo e Gás começa a operar sondas
A Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG) colocou em operação três sondas de perfuração onshore e a offshore Alpha Star nesta semana. As unidades terrestres QG-V, contratada pela Petrobras, e QG-VIII e QG-IX, com contrato com a HRT, foram transportadas por helicópteros para a a área de atuação, na Amazônia, desmontadas em módulos de até 2,5 toneladas.
A Alpha Star está em processo de avaliação no poço 2ANP1RJS, em Franco, na Bacia de Santos, em lâmina d'água de 1,9 mil m. O previsão é que o poço atinja a profundidade de 6.425 m. A unidade pode operar em lâmina d'água de até 2,7 mil m e tem capacidade de perfurar até 9 mil m.
A QGOP tem 17 sondas, sendo nove onshore e seis offshore em operação. A empresa aguarda ainda a entrega das sondas Amaralina Star e Laguna Star, em construção.
Fonte: energiahoje


II – COMENTÁRIOS

1-Good morning, ethanol!
Do ponto de vista mercadológico, o atual momento do etanolnão podia ser melhor. Primeiro, porque a demanda interna é maior do que a capacidade de produção da agroindústria canavieira, o que mantém estáveis os preços. Segundo, porque, no front internacional, são claros os sinais de que o mercado vai se abrir para o nosso combustível alternativo.
Entretanto, não cabe comemorar, pois nem tudo se resume ao sucesso comercial. Politicamente, por exemplo, o momento é bastante negativo. O preço elevado dos derivados da cana gera alguma pressão inflacionária numa hora difícil. E, quanto à abertura externa, o lado ruim é que não temos produção para atender a esse fantástico novo mercado.
Diante de tudo isso, alguém poderá perguntar de que adiantou o setor sucroalcooleiro ter crescido continuamente ao longo dos últimos trinta anos. Poderíamos argumentar que contribuímos para aliviar a crise do abastecimento de combustíveis, já que, hoje, a lavoura canavieira responde por 16% da matriz energética brasileira, oito vezes mais do que na época da criação do Proálcool, em 1975.
No entanto, ainda que seja positivo o balanço da nossa evolução, precisamos olhar para a frente e reconhecer que a única forma de sair do impasse atual é investir no aumento da produção, como aconteceu ao longo da última década, quando a expansão da cadeia do etanol superou o crescimento de quaisquer outros ramos da agricultura.
Foi um sucesso tão extraordinário, que se tornou interessante para o Brasil colocar o etanol na vitrine como uma prova da nossa capacidade de oferecer soluções contra as crises ambiental e energética. Na maior parte dos seus oito anos de governo, o presidente Lula usou o glamour do etanol em favor da imagem brasileira no exterior. Foi bom para todos, mas o clima mudou.
Embalado na onda de grandes investimentos em expansão agrícola e industrial, o setor saiu exaurido da crise financeira de 2008, tanto que muitas usinas mudaram de mãos, passando ao controle de grupos multinacionais. Chegamos a um momento rico, em que o setor desfruta de estabilidade produtiva, mas não dispõe de recursos para dar o salto que interessa ao País.
Uma das sequelas da crise é que, tanto na opinião pública como dentro do governo, sedimentou-se o conceito de que o setor sucroenergético não merece receber tratamento diferenciado porque não é confiável. Não cabe discutir se essa visão é justa ou razoável; queiramos ou não, a imagem não é favorável.
Reconheçamos, o problema é antigo. Mais de 50 anos depois, ainda hoje colhemos os frutos da nossa soberba. Por conta de dissidências não resolvidas, até hoje muitos membros da agroindústria canavieira cultivam sentimentos de desconfiança mútua, o que resulta no quadro de baixa representatividade que nos caracteriza.
A fragmentação da liderança é uma das marcas do setor sucroenergético. Embora seja uma entidade moderna, bem dirigida por Marcos Jank, a Unica - União da Indústria Canavieira, conta com um baixo índice de adesão dos empresários do ramo.
Infelizmente, a disputa de egos impede que uma única pessoa seja reconhecida como a voz de um setor cuja maior contradição interna é, paradoxalmente, decidir o que fazer com o caldo de cana - se mais açúcar ou mais etanol. Mais lamentável ainda é o caso do CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, um primor técnico mantido por poucos para o desfrute de todos.
Desde 2008, nós sabíamos que não teríamos etanol para sustentar a dupla demanda interna e externa, mas não resistimos à aposta do presidente Lula de que teríamos cacife para disputar simultaneamente o campeonato nacional e a copa mundial dos combustíveis renováveis. Pior, cometemos o equívoco de dar mais atenção a Washington do que a Brasília.
Se foi imprudência, ingenuidade ou irresponsabilidade, não importa; o importante é que precisamos adotar uma postura menos imediatista. Pés no chão, cabeça fria, vistas para o longo prazo: para sair da atual sinuca, o setor precisa de recursos de longo prazo, com taxas adequadas para sustentar investimentos típicos de infraestrutura.
A saída não é setorial, mas global. Há aí um problema de política energética que há muito tempo devia ter sido equacionado. É que o "tabelamento" do preço da gasolina limita o etanol. Em nome do futuro, seria bom que a relação etanol-gasolina fosse resolvida o quanto antes.
Se quisermos garantir o futuro da biomassa como fonte de combustíveis, precisamos não só aumentar a produção, mas também montar parcerias empresariais e fazer acordos com outros países, tomando cuidado para avaliar corretamente as oportunidades existentes, pois o mercado internacional de commodities agrícolas está sujeito a grandes distorções.
- Texto originalmente publicado na revista Opiniões - edição setembro de 2011
Maurilio Biagi Filho
Presidente do Grupo Maubisa e conselheiro da Unica %3 União da Indústria da Cana-de-açúcar

2- Barra Energia adquire 30% de Bloco Exploratório
A Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás Ltda confirmou ontem que firmou dois acordos independentes para adquirir uma participação total de 30% no bloco BS-4, em águas profundas da Bacia de Santos, das empresas Chevron Brasil Atlanta e Oliva Exploração e Produção Ltda (20%) e da Shell Brasil Petróleo Ltda (10%), conforme antecipou a Agência Estado nesta manhã.
O consórcio é formado atualmente pela Shell (40%) que é a operadora do bloco, Petrobras (40%) e Chevron (20%). Em agosto, a Queiroz Galvão anunciou negociação para aquisição da fatia restante de 30% da Shell no bloco. O BS-4 está localizado a 185 km da costa, a sudeste da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d''água de aproximadamente 1.550 m.
A área engloba os campos de Atlanta e Oliva, portadores de óleo pesado em reservatórios do pós-sal a cerca de 2.400 m de profundidade, com grau API entre 14º e 16º. Em nota, a Barra Energia informa ainda que, de acordo com os planos de desenvolvimento submetidos pela operadora Shell e aprovados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)em 24 de junho de 2009, os dois campos somam um volume superior a 2,1 bilhões de barris de óleo "in situ".
A Barra Energia ressalta também que o BS-4 se situa em área de alta prospectividade para os reservatórios do pré-sal, estando localizado cerca de 50 km a nordeste do poço descobridor do campo de Libra, potencialmente um dos maiores campos descobertos no pré-sal até hoje. Ainda conforme a empresa, toda a documentação pertinente será submetida à ANP para sua aprovação final.
"Nosso posicionamento estratégico na área do pré-sal fica fortalecido com estas novas participações. Somadas à recente aquisição de 10% do bloco BMS-8, as do BS-4 representam importante diversificação para o nosso portfólio por incluir potencial exploratório no pré-sal, além de dois campos já descobertos em reservatórios mais rasos no horizonte do pós-sal", declarou, na nota, João Carlos de Luca, diretor presidente da Barra Energia. "Este é mais um importante passo na execução de nossa estratégia de construir um portfólio de alta qualidade de ativos de exploração e produção de petróleo no Brasil", acrescentou.
"Esta aquisição amplia significativamente a posição da Barra Energia na província do pré-sal, atualmente uma das províncias petrolíferas mais prolíficas do mundo e, consequentemente, alvo de enorme interesse da indústria petrolífera", afirmou Renato Bertani, diretor executivo da Barra Energia, no mesmo comunicado. "Continuamos avaliando e buscando outras boas oportunidades de negócios com vistas a diversificar nossa carteira de projetos, e priorizando o objetivo de criar uma empresa brasileira comprometida com a excelência técnica e com as melhores práticas empresariais."
Os principais investidores da Barra Energia são o First Reserve Corporation e afiliadas do Riverstone Holdings LLC.
Fonte: Agência Estado

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