segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 20

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- OSX DECIDE CONSTRUIR ESTALEIRO NO PORTO DE AÇU
O Grupo EBX Decidiu instalar seu estaleiro no Complexo Industrial do Superporto do Açu, que está sendo construído em São João da Barra, no Rio. A escolha levou em conta uma série de vantagens competitivas, atestadas com estudos ambientais, operacionais e técnicos.
O cais do estaleiro terá 2.400 metros. Terá capacidade de expansão para até 3.525 metros e possui as mesmas capacidades produtivas originalmente previstas no plano de negócios da OSX.
Entre as outras vantagens, está o maior espectro de serviços que poderão ser prestados, incluindo reparos. O estaleiro será beneficiado pela sinergia logística com os demais empreendimentos que serão implantados no complexo industrial do Açu.
Os estudos de impacto ambiental estão em estágio avançado de análise técnica pelos órgãos responsáveis. O projeto deverá gerar 3.500 postos de trabalho na fase de construção e outros 10 mil, quando o estaleiro entrar em operação.

2- LANDIM E SANTANDER JUNTOS
O Banco Santander e a Mare Investimentos, de Rodolfo Landim (ex-presidente da OGX e da BR Distribuidora), Demian Fiocca (ex-presidente do BNDES e Nossa Caixa), Nelson Guitti (ex-MMX e BR) e Claudio Coutinho (ex-BBM e controlador do Banco CR2), se uniram para criar e gerir dois fundos de "private equity" destinados a investir em óleo e gás.
O projeto objetiva ter R$ 2 bilhões sob gestão no primeiro momento, divididos nos dois fundos ainda em estruturação. O que será voltado para investidores nacionais deverá captar entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões, enquanto o fundo para estrangeiros terá de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão. Rodolfo Landim diz que o grupo analisa empresas de equipamentos, serviços, logística e infraestrutura, mas que pode começar do zero colocando projetos de pé.
Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio

3-Petrobras busca sócios para Set Brasil
Fonte: Estadão
A Petrobras espera juntar os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, além dos bancos Santander e Bradesco, na empresa Set Brasil, que será criada para administrar sondas de perfuração de poços do pré-sal. Segundo fontes da estatal, a composição da nova companhia foi discutida ontem em reunião de diretoria e deve ser aprovada hoje pelo Conselho de Administração. A Petrobras deve ficar com 10% da nova Set.
Por enquanto, a nova empresa será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração com capacidade para até três mil metros de profundidade. A Set comprará as unidades e depois alugará à Petrobrás. A encomenda deverá ser fechada com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e faz parte da megalicitação para a contratação de até 28 unidades lançada pela Petrobras no ano passado.
O estaleiro foi o melhor classificado, com proposta de US$ 4,65 bilhões para as sete unidades. A companhia ainda não se manifestou sobre uma possível negociação com os demais proponentes para a construção dos outros pacotes. Porém, adiou o prazo de validade das propostas por pelo menos três meses, o que sinaliza que o processo ainda pode ter prosseguimento.

4-Fluke cresce 50% no Brasil
O aquecimento do setor industrial e o grande potencial do mercado brasileiro foram os fatores que contribuíram para o crescimento da Fluke, líder global em tecnologia portátil de teste e medição eletrônica.
A unidade brasileira, que há quatro anos ocupava a 20ª posição entre as subsidiárias, globalmente, subiu para a 8ª posição, e foi a que apresentou o melhor desempenho, com um crescimento da ordem de 50% em 2010.
De acordo com Fernando Kozik, diretor-presidente da Fluke Brasil, o País é o principal foco da multinacional no mercado de países emergentes do hemisfério sul incluindo a Rússia. Ele afirma ainda que a indústria brasileira é uma das mais exigentes em relação a qualidade e tecnologia. Por isso além de trazer para o país os principais produtos e soluções do grupo, a Fluke Corporation investe na expansão da atuação da empresa no país. A Fluke atua em todo território brasileiro e conta com uma equipe de 36 distribuidores e cerca de 700 funcionários.

5-Etanol reduz emissões de C02
O uso de etanol na frota de veículos leves biocombustíveis evitou a emissão de 103.449.303 toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera nos últimos sete anos, segundo o Carbonômetro, ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) que calcula a quantidade do poluente que deixou de ser emitida com os carros flex.
Em comparação com a gasolina, o etanol emite 90% menos gases causadores do efeito estufa, de acordo com a Unica.
Os novos critérios adotados pela Organização Não-Governamental (ONG) "SOS Mata Atlântica" para compensação de emissões de CO2, mostram que as emissões evitadas desde 2003 equivalem ao efeito do plantio e manutenção de mais de 331 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
"Estas mais de 103 milhões de toneladas de CO2 evitadas pelos carros flex brasileiros equivalem à mesma quantidade que a Grécia emitiu em 2007 com a queima de combustíveis fósseis em geral," compara o consultor de Tecnologia e Emissões da Unica, Alfred Szwarc.

6-Petróleo em NY opera acima US$ 90 com euro forte
O preço dos contratos futuros do petróleo acentuou levemente seu movimento de alta, impulsionado pela apreciação do euro em relação ao dólar e em meio a dados do governo dos EUA que mostraram uma queda quatro vezes maior que a esperada nos estoques norte-americanos da commodity na semana passada, mesmo diante de uma redução na atividade das refinarias.
Por volta das 14h55 (de Brasília), o contrato do petróleo para fevereiro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) subia US$ 0,82, ou 0,90%, para US$ 91,93 por barril. Antes da divulgação dos dados sobre estoques, o contrato operava a US$ 91,79 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo para fevereiro tinha alta de US$ 0,87, ou 0,89%, para US$ 98,48 por barril.
Segundo o Departamento de Energia dos EUA, os estoques norte-americanos de petróleo caíram 2,154 milhões de barris na semana encerrada em 7 de janeiro. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam queda de 500 mil barris. Em Cushing, ponto de entrega física do petróleo negociado na Nymex, os estoques encolheram 117 mil barris.

7-Duke Energy compra Progess Energy por US$ 13,7 bilhões
Fonte: Estadão
A norte-americana Duke Energy Corp. fechou acordo para comprar a Progress Energy por cerca de US$ 13,7 bilhões, criando a maior empresa de serviços de utilidade pública dos EUA. Segundo os termos do acordo, a Duke trocará 2,6125 ações por cada ação da Progress e assumirá cerca de US$ 12,2 bilhões em dívidas.
A transação deverá aumentar o lucro ajustado da Duke no primeiro ano após a conclusão do negócio, prevista para ocorrer no final deste ano. A companhia combinada prestará serviços para 7,1 milhões de consumidores de energia nos EUA com um mix de carvão, gás natural, petróleo e energia renovável.


II – COMENTARIOS

1- Furnas pode investir R$50 milhões em P&D em 2011
Furnas poderá investir em torno de R$ 50 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento em 2011 com a contratação de novas propostas de projetos de P&D selecionadas nos programas 2010 e 2011. O Edital da Coleta para o Programa 2011 já está em preparação e deverá ser lançado no primeiro semestre deste ano.
A verba inicial é de aproximadamente R$ 28 milhões, que corresponde a 0,4% da receita operacional líquida da empresa no ano passado, conforme determina a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse valor, no entanto, pode dobrar e passar dos R$ 50 milhões, uma vez que existe verba disponível remanescente de ciclos anteriores. “Caso haja projetos de interesse da empresa com investimento mais elevado vamos contratar.
Ao todo, foram listadas pela empresa 28 demandas, boa parte delas ligada à área de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em alinhamento ao planejamento estratégico do Sistema Eletrobras, tais como Desenvolvimento de Metodologias de Aproveitamento de Resíduos, Modelagem Contínua da Dispersão de Poluentes, Monitoramento de Processos Erosivos, Participação Mecanismos de Mudanças Climáticas e Recuperação de Áreas Degradadas.
Para participar, os autores das propostas devem ser ligados a uma instituição de ensino superior ou a um centro de pesquisa, sem fins lucrativos. Uma comissão formada por profissionais da área das demandas que tiveram propostas selecionadas e da área de Gestão de Pesquisa e Desenvolvimento da estatal fará a seleção. Serão avaliados critérios como inovação, originalidade e viabilidade técnica e econômica. Outras informações referentes ao cronograma, documentação necessária e etapas do Programa, constam no edital disponível no site de Furnas.

2-Perspectivas para os combustíveis
A produção do etanol poderá ser ampliada, além da expansão dos canaviais, com a ampla utilização da biomassa vegetal.
O ano de 2010 se encerrou com o PIB evoluindo em torno de 7,5%, o que poderá constituir uma expressiva taxa de crescimento mundial. Foi ano recordista em vagas no mercado de trabalho, com 240 mil oportunidades geradas, mensalmente.
Os investimentos estrangeiros na nossa economia no mencionado período estão estimados em US$ 31 bilhões.
Em face do crescimento exponencial da economia, o uso dos combustíveis fósseis ou renováveis da cana-de-açúcar também disparou, alcançando a evolução de perto de 10% ao final de 2010.
Cerca de 50% do consumo geral dos combustíveis correspondeu ao emprego do diesel, apesar da sua má qualidade e da poluição que o seu uso redunda. O Brasil optou, nos últimos quarenta anos, pelo transporte rodoviário com caminhões e ônibus movidos a diesel, preterindo as ferrovias, notadamente as locomotivas elétricas.
Hoje, em cada barril de petróleo (160 litros), a Petrobras refina perto da metade em diesel.
Para analistas, os preços atuais menos competitivos do etanol, em relação à gasolina, impeliram o brasileiro a usar mais o derivado do petróleo nos carros de dupla combustão (flex). Os preços do etanol, no período da entressafra, tendem a ser maiores que os da gasolina, cuja oscilação não é observada no mercado brasileiro, embora o petróleo já esteja perto de US$ 90 por barril. Contudo, houve nítida preferência do usuário por veículos híbridos, confirmada pela evolução das vendas.
A indústria automobilística deve, ainda, o desenvolvimento de um motor especial para o etanol, que, até agora, aproveita a carona da evolução tecnológica do motor a gasolina. Desta forma, o etanol deixará de gastar mais, volumetricamente, que a gasolina, embora com potência maior.
Em 2011, as importações dos principais derivados do petróleo continuarão ascendentes, pois a capacidade de refino da nossa principal estatal está exaurida.
No tocante ao etanol, não haverá falta em 2011, eis que a previsão de safra de 2011/12 é a oferta de mais de 30 bilhões de litros dos dois tipos: anidro (misturado à gasolina em 25%) e hidratado (destinado aos veículos flex).
A presidente Dilma inicia seu governo com o uso dos combustíveis no País aquecido, além de juros altos, dólar baixo, pouca liquidez, altos gastos públicos e sem implementação das obras de infraestrutura alardeadas pelo presidente Lula.
Indústria automobilística deve ainda o desenvolvimento de um motor especial para o etanol.
Luiz Gonzaga Bertelli
Presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e diretor da Fiesp

3-Petrobras busca sócios para a Set Brasil
Fonte: Estadão - 14/01/2011
A Petrobras espera juntar os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, além dos bancos Santander e Bradesco, na empresa Set Brasil, que será criada para administrar sondas de perfuração de poços do pré-sal. Segundo fontes da estatal, a composição da nova companhia foi discutida ontem em reunião de diretoria e deve ser aprovada hoje pelo Conselho de Administração. A Petrobras deve ficar com 10% da nova Set.
Outros 90% seriam divididos entre fundos de investimentos e instituições financeiras, conforme informou na semana passada o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa. Outra fonte confirmou ontem o nome dos parceiros com quem a estatal negocia. Segundo esse executivo, é ideia no futuro abrir o capital para outras operadoras de sondas, que atuariam como sócias minoritárias e trariam a experiência na administração e gerenciamento desses ativos.
Por enquanto, a nova empresa será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração com capacidade para até três mil metros de profundidade. A Set comprará as unidades e depois alugará à Petrobrás. A encomenda deverá ser fechada com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e faz parte da megalicitação para a contratação de até 28 unidades lançada pela Petrobras no ano passado. O estaleiro foi o melhor classificado, com proposta de US$ 4,65 bilhões para as sete unidades. A companhia ainda não se manifestou sobre uma possível negociação com os demais proponentes para a construção dos outros pacotes. Porém, adiou o prazo de validade das propostas por pelo menos três meses, o que sinaliza que o processo ainda pode ter prosseguimento. Segundo fontes, a intenção da estatal é de que a Set Brasil assuma essa negociação, até mesmo alterando o número de unidades encomendadas ou reavaliando riscos no projeto que possam ser minimizados para uma possível redução dos preços propostos.

4-Petrobras anunciará estimativas de reservas provadas
A Petrobras anunciará as estimativas atualizadas de suas reservas provadas. A informação foi confirmada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Ele deixou a sede da Petrobras em Brasília, onde participou de reunião do Conselho de Administração.
No caso da informação que será dada pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) este ano, estarão incluídos os volumes de reservas provadas nos campos de Lula e Cernambi, chamados de Tupi e Iracema antes da declaração de comercialidade feita no mês passado.
Quando declarou a comercialidade, a Petrobras estimou em 6,5 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) o volume recuperável total em Tupi e de 1,8 bilhão de BOE em Iracema.
Na época, a Petrobras lembrou que nesses volumes estavam incluídas as reservas provadas, prováveis e possíveis e que "apenas um percentual disso" seria incluído nas reservas provadas em janeiro.
No ano passado, a companhia tinha 12,143 bilhões de BOE de reservas provadas no critério da Securities and Exchange Commission (SEC) e 14,865 bilhões de BOE pelo critério da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, na sigla em inglês).

5-Petrobras bate recordes de vendas de Gasolina e QAV
Fonte: Agência Petrobras
A Petrobras registrou, no mês de dezembro de 2010, recordes históricos de vendas de gasolina e querosene de aviação (QAV). O volume de gasolina comercializado no último mês do ano totalizou 1 milhão 966 mil m3 (12 milhões 366 mil barris/mês ou 399 mil barris/dia) o que marcou mais um recorde histórico, superando em 50 mil m3 (314 mil barris) o recorde anterior, de março de 2010, quando o percentual de álcool anidro adicionado na gasolina estava reduzido de 25% para 20%.
Contribuíram para este resultado a sazonalidade típica do mês e a alta nos preços do etanol hidratado desde meados de junho, que tornou a gasolina o combustível de preferência para proprietários de veículos flex-fuel na grande maioria dos estados brasileiros.
No ano de 2010, houve um aumento de 17,8% nas vendas de gasolina pela Petrobras em relação a 2009, reforçando a relevância do papel da Companhia como principal fornecedor de combustíveis para a frota de veículos.
As perspectivas para os próximos meses apontam para uma manutenção do aquecimento nas vendas, em função da maior frota de veículos leves incorporadas ao longo de 2010 no mercado brasileiro (venda de 3,3 milhões de veículos) e da entressafra da cana-de-açúcar.
As vendas de QAV pela Petrobras no último mês de dezembro totalizaram o volume de 585.450 m³ (119 mil barris/dia). Este volume representa um aumento de 4,9% em relação ao recorde anterior, registrado no mês de julho de 2010, cuja marca foi de 557.860 m³ (117 mil barris/dia).

6-Comperj transforma Itaboraí na Dubai de RJ
Fonte: O Globo
O município de Itaboraí, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já vem sendo chamado de Eldorado e até de Dubai, emirado rico em petróleo do Oriente Médio. Esses são alguns nomes dados por diversos empresários em referência aos impactos econômicos que vem provocando na região a construção pela Petrobras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o Comperj vai atrair entre 320 e 700 indústrias para os municípios nas cercanias do empreendimento, nos próximos cinco anos.
O Comperj gerou seis mil empregos em 2010. Este ano, o número deve ficar entre 10 mil e 11 mil. Como a mão de obra na cidade de Itaboraí não tem qualificação, o Município está promovendo um esforço de capacitação, conversando com o governo estadual e federal para trazer escolas técnicas e profissionalizantes.
Sem isso, vamos ficar sem as melhores vagas - aponta Saíde Abrão, secretário de Trabalho de Itaboraí

Nenhum comentário:

Postar um comentário