sábado, 15 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 173

I – NOTÍCIAS

1- PSV da Wilson Sons Ultratug Offshore recebe prêmio da Petrobras
PSV Petrel. Wilson Sons
O Platform Supply Vessel (PSV) Saveiros Albatroz, da Wilson Sons Ultratug Offshore, joint venture entre o Grupo Wilson Sons e a chilena Ultramar, recebeu no final de janeiro um prêmio da Petrobras. A petroleira reconheceu a embarcação como destaque no desempenho operacional e de SMS na Bacia de Campos em 2013. O PSV, construído em 2003, presta serviço para a Petrobras desde que entrou em operação.
“Estar entre os quatro melhores barcos da frota da Petrobras – que compreende mais de 300 embarcações de mais de 50 empresas – é o reconhecimento do trabalho dedicado que prestamos para nossos clientes. Estamos muito felizes com essa premiação”, afirma o diretor executivo da Wilson Sons Ultratug Offshore, Gustavo Machado.
Todos os barcos que prestam serviço para a petroleira foram avaliados para o prêmio. Foi considerado o desempenho de cada um em diversos quesitos, como as taxas de acidente com pessoal, acidentes de processo marítimo e desempenho no Programa de Excelência Operacional no Transporte Aéreo e Marítimo (PEOTRAM). Após a análise, quatro embarcações receberam o prêmio.
O Saveiros Albatroz foi o primeiro PSV da Wilson Sons Ultratug Offshore, além de ser a primeira embarcação de apoio offshore construída pela Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá (SP). Hoje, a companhia possui uma frota de 18 PSVs, dos quais quatro entraram em operação em 2013.
Fonte: Ascom Wilson Sons

2- Petrobras vai contratar oito embarcações de apoio na 5ª rodada do Prorefam
Divulgação. Agência Petrobras
A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou a contratação de oito embarcações de apoio às suas atividades marítimas. Elas fazem parte do Terceiro Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). Nessa 5ª rodada foram contratadas quatro embarcações da empresa Bram, que construirá as unidades no estaleiro Navship, em Santa Catarina; três da Starnav, com construção programada para o estaleiro Detroit, também em Santa Catarina, e uma da Norskan, que usará o estaleiro STX (Vard), no Rio de Janeiro.
O Prorefam foi lançado em 2008 e prevê, ao todo, a contratação de 146 embarcações, em sete rodadas. O percentual de conteúdo local exigido na fase de construção é de 50% para as embarcações modelo Anchor Handling and Tug Supply (AHTS), e de 60% para as modelos Platform Supply Vessel (PSV) e Oil Spill Response Vessel(OSRV).
Até a 5ª rodada já foram contratadas 87 embarcações. Além disso, as propostas para a 6º rodada de contratações já foram recebidas no dia quatro de fevereiro e estão sendo analisadas tecnicamente. 
A 7ª rodada será lançada em março próximo e os respectivos contratos devem ser assinados no segundo semestre deste ano.
Fonte: Agência Petrobras

3- Graça Foster é indicada à lista de mais influentes no mundo dos negócios
A presidente da Petrobras, Graça Foster, está entre as 200 personalidades mais influentes no mundo dos negócios nos últimos 25 anos. A lista, feita pela emissora de TV norte-americana 'CNBC', será reduzida nos próximos meses a 25 pessoas, em referência ao 25º aniversário do canal. A escolha será feita diretamente pelos espectadores através do site www.cnbc.com/25.
Entre os consultores que participaram da seleção estão Herminia Ibarra, da Escola de Negócios Insead; Jeffrey Sonnenfeld, da Universidade de Yale e o ex-editor-chefe do Wall Street Journal, Paul Steiger. O critério de escolha foi a influência em mudanças significativas no cenário dos negócios, comércio, gestão ou comportamento humano que tenham contribuído para uma mudança mundial.
A 'CNBC' é um canal de TV a cabo especializado em negócios e pertence ao grupo norte-americano de televisão 'NBC'.
Fonte: Agência Petrobras

4- Pequim deve fechar 300 fábricas poluidoras este ano
O governo municipal de Pequim anunciou que vai encerrar este ano 300 fábricas poluidoras para tentar "melhorar a qualidade do ar na cidade", considerada uma das capitais mais poluídas do mundo. A lista das fábricas será publicada até o fim de abril, adiantou a agência de notícias oficial chinesa.
De acordo com o novo plano para combater a poluição em Pequim, indústrias com grande consumo de energia, como de cimento e siderurgia, não serão, "em princípio", aprovadas pelo município.
"Manufaturas de mão de obra intensiva também não serão uma opção para o desenvolvimento da cidade", defende o plano, aprovado em 2013.
Pequim é a sede de um município com cerca de 20 milhões de habitantes e área superior à metade da Bélgica.
No último ano, desde janeiro de 2013 - mês em que Pequim teve apenas cinco dias de sol - a poluição tornou-se uma das principais fontes de descontentamento popular na China, ao lado da corrupção e das desigualdades sociais.
Em avaliação sobre a qualidade ambiental em 40 cidades no mundo, feita pela Academia de Ciências Sociais de Xangai e divulgada hoje na imprensa oficial, Pequim ficou em penúltimo lugar e foi considerada "imprópria para viver".
Fonte: Agência Brasil

5- Comperj já custa o dobro e acumula problemas
Uma das obras mais caras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção para a Petrobras, foi palco de um confronto de trabalhadores que acabou na semana passada com dois operários baleados e uma caminhonete incendiada. O conflito foi o último episódio de uma série de problemas sofridos pelo Comperj.
Projetado em 2006 por US$ 6,5 bilhões, terá sua primeira unidade inaugurada, na melhor das hipóteses, cinco anos depois do programado, em agosto de 2016, por pelo menos US$ 13,5 bilhões (R$ 32 bilhões, pelo fechamento de sexta-feira).
O valor compreende apenas uma refinaria (165 mil barris/dia), a menor de um total de duas previstas. Produzirá combustíveis e é uma das esperanças da Petrobras para reduzir importações, que chegam a cifras bilionárias por mês e castigam as ações da petroleira.
Em oito anos, o projeto já foi alterado várias vezes, o preço inflado e houve anos de atraso pela dificuldade de chegada de equipamentos. A unidade petroquímica que batizou o empreendimento não sairá como planejada inicialmente. A segunda refinaria, para 300 mil barris/dia, quase o dobro da primeira, ainda não tem investimentos garantidos. Essa é uma das incógnitas em relação ao plano de negócios, que a companhia pode levar a apreciação no Conselho de Administração no próximo dia 25.
Trabalham no canteiro de obras na região metropolitana do Rio uma multidão de 29,2 mil funcionários, que neste momento negocia reajuste anual de salários. Parte entrou em confronto na semana passada com o próprio sindicato que os representa, o Sinticom.
"Descontam no nosso contracheque de R$ 30 a R$ 60 por mês. E mesmo assim falta água, usamos banheiro químico, a comida é ruim, omitem acidentes de trabalho, sabotam a negociação de dissídio salarial. O sindicato trabalha para o patrão", disse Samuel Souza, um dos líderes do movimento.
Para o assessor do Sinticom, Marcos Hartung, no entanto, os conflitos têm um fundo político. "O Comperj é uma obra muito grande. É muito cobiçada por gerentes sindicais. Desde 2011 temos problemas com grupos radicais", disse. "Eles querem tomar o sindicato. Tem R$ 800 mil de arrecadação por mês por trás. Cresceu o olho".
Os trabalhadores, por sua vez, reclamam de luxo no sindicato, como o uso da caminhonete Amarok, da Volkswagen, que, no confronto, acabou incendiada. Na quinta-feira, durante os protestos, dois motoqueiros atiraram nos operários Felipe Feitosa, de 21 anos, que levou três tiros, e Franciuélio Rodrigues, de 20 anos, que levou dois. Ambos foram internados no Hospital Municipal Desembargador Leal Junior.
O delegado-assistente Pablo Valentim, da 71ª Delegacia de Polícia, investiga a possibilidade de que motoqueiros ligados ao sindicato tenham sido responsáveis pelo ataque.
O Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro) apoia os funcionários dissidentes e defende que o conflito com o Sinticom seja resolvido. "Apoiamos os trabalhadores em greve, alguns estão sem salário desde dezembro, falta até água potável", disse o secretário-geral do Sindipetro, Emanoel Cancella.
Desde o início o projeto foi envolto por controvérsias. A escolha do terreno para instalação foi a primeira delas. Na época, Itaguaí, também na região metropolitana, mas às margens da Baía de Sepetiba, com uma infraestrutura já montada, estava no páreo. Campos, no norte do estado do Rio, reduto eleitoral do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, oponente do atual governador, Sérgio Cabral (PMDB), também era opção.
Venceu Itaboraí, às margens da Baía de Guanabara, onde os trabalhos de terraplanagem seriam mais custosos e o licenciamento ambiental, mais difícil, por causa dos impactos.
Fonte: O Estado de S. Paulo


II – COMENTÁRIOS

1- Setor de óleo e gás precisa de mudanças para manter competitividade
As incertezas e entraves no setor de óleo e gás no Brasil, relativos à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação, podem afastar investidores. Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja competitivo no setor, continue no foco do capital estrangeiro e suporte o desenvolvimento da indústria nacional. Caso contrário, o Brasil deve perder espaço para mercados em expansão como México e África Ocidental.
Segundo o Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, cinco áreas precisam de atenção e reavaliação para obtenção de melhores resultados em meio a expectativas positivas de desenvolvimento do setor: Capital Humano, Inovação Tecnológica, Infraestrutura, Investimentos e Modernização do Ambiente Regulatório, especialmente no que se refere à carga tributária.
Hoje o Brasil apresenta deficiências nesses cinco aspectos. A demanda por profissionais qualificados aumenta e não há cursos específicos para o setor de óleo e gás; existem tecnologias e insumos que não são supridos no mercado nacional; ainda é um desafio o gerenciamento dos vultosos e complexos investimentos no setor e a entrega bem sucedida de projetos é fundamental para manter a confiança do mercado; o país deverá desenvolver grande infraestrutura logística considerando a distância dos blocos do pré-sal com o continente (350 km) e desenvolver malha de gasodutos em regiões ainda deficitárias; além da necessidade de leis mais claras.
O estudo faz ainda um comparativo entre as políticas e resultados alcançados na Noruega e Inglaterra com os desafios que devem ser superados pelo Brasil. No caso da Noruega, o desenvolvimento se deu com o fortalecimento da indústria e a produção teve ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando as diferentes fases da exploração e produção. Além disso, houve forte financiamento de pesquisas para avanço tecnológico e foi adotado um regime tributário simples e transparente.
Já na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, opção que trouxe bons resultados no início, mas levou a uma produção irregular na fase de crescimento e uma forte queda a partir do ano de 2000. Não havia estratégia de estímulo à pesquisa e eram constantes as mudanças no regime fiscal.
“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirma Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.
Para Assis, não dá para exigir conteúdo local alto a curto prazo ao mesmo tempo em que se exige crescimento acelerado da produção. “É necessária a adoção de medidas claras e a criação de um ambiente regulatório que incentive a concorrência leal, o que teria impactos positivos para o desenvolvimento do setor de óleo e gás. Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, explica o executivo.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

2- Maersk vai levar ao governo lista com principais gargalos no Brasil
Soluções para o excesso de burocracia e para a falta de infraestrutura terrestre no acesso ao porto de Santos (SP) lideram o ranking de medidas para destravar o comércio brasileiro via marítima. As ações encabeçam uma lista das 20 principais soluções reunidas pela Maersk Line, o maior armador do mundo no transporte de contêineres.
O relatório, produzido após evento com participantes da cadeia logística, traz um diagnóstico de gargalos conhecidos há anos, mas que ainda não tiveram solução ou, quando encaminhados, não alcançaram o resultado esperado. Em 2012 os portos brasileiros movimentaram 8 milhões de Teus (unidade padrão de um contêiner de 20 pés), a mesma marca do porto de Los Angeles (EUA) no período.
"Não buscamos achar culpados, mas sim soluções", diz Peter Gyde, presidente da Maersk Line no Brasil. A empresa pretende apresentar o relatório ao governo na tentativa de que mais medidas sejam adotadas neste ano. "Algumas necessitam de grandes investimentos que levam tempo, como rodovias e ferrovias, mas outras não", afirma o executivo. Como incentivos fiscais à cabotagem. E a criação de um portal que consolide toda a papelada necessária na operação dos navios.
Segundo Mario Veraldo, diretor comercial da Maersk Line no Brasil, é necessário harmonizar numa mesma plataforma os agentes que intervêm no comércio exterior, algo que o programa federal Porto Sem Papel prometeu fazer. Hoje, diz ele, não há sincronia de atuação. "Há órgãos que, mesmo já recebendo a informação online, exigem o documento impresso", disse Veraldo.
As medidas valem para os portos em geral, mas Santos recebeu destaque por concentrar quase 40% do volume de contêineres nacional.
Fonte: Valor Econômico 

3- Fator: economias de Brasil e China inverterão papéis
Brasil e China deverão inverter os papéis ao longo da década à medida que o país sul-americano dá maior peso às exportações e à modernização de sua infraestrutura como vetores de crescimento e o gigante asiático desenvolve o seu mercado consumidor interno, segundo avaliação do estrategista-chefe do Banco Fator, Paulo Gala. Esse cenário, afirmou o executivo, vai proporcionar oportunidades interessantes a investidores fundamentadas em desvalorização cambial, subida de juros e preços atrativos na Bovespa.
"Haverá uma espécie de inversão de papéis entre Brasil e China nos próximos anos e quem entender esse momento poderá ganhar dinheiro tanto na renda fixa quanto na renda variável", disse Gala, durante e evento Perspectivas & Estratégias 2014, do Banco Fator.
De acordo com o estrategista, o Brasil passou por um período de forte crescimento decorrente do destravamento do crédito, mas essa situação provocou desequilíbrio entre bens comercializáveis e serviços em relação à participação dos setores dentro do Produto Interno Bruto (PIB). "O reequilíbrio será conduzido pelo câmbio e esse movimento deve ser a marca da economia do País nos próximos anos", afirmou, durante palestra no evento.
Em relação às exportações, Gala destacou a desaceleração da economia chinesa com consequente queda da demanda por commodities e, portanto, recuo de preços de produtos agropecuários e minerais. "Nesse mundo novo o Brasil não mais conseguirá sobreviver à base de commodities", afirmou.
As oportunidades de investimentos decorrentes de todo esse cenário, na opinião de Gala, se darão por meio de três pilares: câmbio, juros e ações na Bolsa de Valores. Na análise do estrategista, a desvalorização cambial "veio para ficar" e, inclusive, rendeu bons frutos para quem investiu neste tipo de aplicação em 2013 - segundo ele, uma das melhores do ano passado. Sobre investimentos em renda fixa, Gala disse que poucos países do mundo oferecem uma rentabilidade tão alta quanto o Brasil.
No caso de investimentos em renda variável, o estrategista do Banco Fator afirmou que a Bovespa apresenta atualmente preços atrativos para muitas das ações negociadas e o potencial de crescimento está naquelas ligadas ao setores de infraestrutura e educação, além das empresas com exposição ao câmbio. "Não tenho nenhuma dúvida de que a Bolsa vai voltar a subir quando o resultado do desenvolvimento da infraestrutura brasileira impactar positivamente nos balanços das companhias", disse.
Fonte:  Estadão por Wladimir D'Andrade 

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