sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 172

I – NOTÍCIAS

1- Operários do Comperj são baleados em protesto
Dois manifestantes que participavam da mobilização no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, foram baleados na madrugada do dia 6 fev e levados para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros (Sindspetro), dois homens em uma moto se aproximaram do grupo, de cerca de 30 pessoas, e fizeram os disparos.
Felipe Feitosa, 21 anos, e Franciuélio Rodrigues, 20 anos, deram entrada na unidade de saúde por volta das 7h30. Felipe teve que passar por uma cirurgia e não corre risco de morte. Ele foi atingido por três tiros, um na barriga, um na coxa direita e outro na mão direita. Franciuélio foi atingido por dois tiros, um na mão direita e no tornozelo direito.
Os tiros acirraram a mobilização, que chegou a reunir 10 mil pessoas nesta manhã, de acordo com a Polícia Militar, que acompanha o protesto. Os manifestantes fecharam à RJ-116 e fizeram uma marcha do Comperj até o hospital onde os rapazes foram internados.
Os manifestantes reivindicam o pagamento dos salários de dezembro e pedem reajuste de 15%. Representantes do sindicato dos petroleiros se reuniram com a Petrobras para tentar por fim à paralisação. A maior parte dos trabalhadores do complexo é terceirizada e, segundo a Petrobras, os pagamentos feitos às empresas contratadas estão em dia.
Fonte: Agência Brasil

2- Governo quer térmicas a gás natural nos leilões
O governo pretende estimular a participação de termelétricas a gás natural nos próximos leilões de energia para aumentar a garantia de oferta e a segurança do sistema elétrico nacional. Com essa finalidade, o Ministério de Minas e Energia modificou as regras já para os leilões de geração deste ano, aumentando a competitividade desses projetos.
O governo elevou o teto permitido do custo variável unitário (CVU) - que engloba todos os custos operacionais do empreendimento, principalmente o do combustível - declarado pelas térmicas, de R$ 110 por megawatt-hora (MWh) para R$ 150 (MWh). Na prática, esse aumento viabiliza economicamente a participação de usinas que importam gás natural liquefeito (GNL).
A modificação está prevista na portaria 34 do ministério, de 28 de janeiro, que determinou a realização do leilão A-3 (que negocia energia para entrega a partir de 2017), marcado para 6 de junho. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, porém, a ideia é que a regra seja aplicada também para os leilões A-5 (que negociam contratos para entrega cinco anos à frente).
"Hoje, a grande questão é justamente o gás. O Brasil por enquanto depende do GNL para fazer a expansão. O que fizemos agora para o leilão A-3, até para dar um sinal para o A-5, foi aumentar o teto do custo variável unitário. Esse aumento foi justamente para atrair a térmica a gás. Com esse valor, ela eventualmente poderia se tornar viável. Estamos dando esse sinal para ver se viabilizamos térmicas que dependam de GNL", disse.
Segundo o presidente da EPE, o estímulo à participação de térmicas nos leilões está de acordo com o pensamento do governo de diversificar as fontes de energia do país. O principal motivo para essa guinada estratégica é o impedimento da construção de novas hidrelétricas com reservatórios de grande porte.
Com isso, a operação de térmicas se tornará cada vez mais frequente no país, quebrando um antigo tabu do setor elétrico brasileiro de que esse tipo de usina não pode operar "na base", ou seja de forma contínua. "É importante as pessoas entenderem que as térmicas fazem parte do nosso sistema. Ele não é apenas hídrico. Ele tem hidrelétricas, termelétricas, eólicas e outras. Temos que nos habituar, as térmicas vão operar com maior frequência", disse ele.
Tolmasquim também reforçou o discurso do governo de que não há risco de desabastecimento no sistema elétrico hoje, apesar do nível crítico dos reservatórios hidrelétricos. "É importante diferenciar o problema que aconteceu ontem [o apagão de terça-feira] com o risco de desabastecimento. Aquele foi um problema pontual, que poderia ocorrer em qualquer momento", afirmou o presidente da EPE.
O executivo admitiu que o cenário de chuvas para fevereiro é muito desfavorável. "Do lado positivo, o aumento da capacidade de geração, a diversificação da matriz [energética] e o aumento das linhas de transmissão estão fazendo com que a gente não tenha risco de desabastecimento. Apesar de, um lado, termos uma hidrologia muito ruim e, de outro, haver um consumo muito elevado, por causa do calor, o sistema está dando conta", disse.
Transparecendo muita tranquilidade, Tolmasquim disse que o governo não planeja até o momento acionar a termelétrica de Uruguaiana, da AES, movida a gás natural, na fronteira com a Argentina. A usina, de 600 MW de potência instalada, foi ligada em caráter de urgência no último verão para conter a queda do nível dos reservatórios hídricos.
"A térmica de Cuiabá é uma coisa que a Petrobras está vendo com o governo da Bolívia, mas não tem nenhuma decisão. Ainda está sendo avaliado. E, com relação à Uruguaiana, ainda não se está pensando nisso", disse Tolmasquim. "É uma usina que está aí e poderia vir a ser usada se fosse o caso também" completou o executivo, lembrando que para isso, seria necessário um acordo entre a Petrobras e o governo argentino, já que o combustível importado seria transportado pela rede do país vizinho.
Fonte: Valor Econômico

3- Técnicos do Porto do Rio conhecem programas ambientais em Itajaí
Os técnicos das áreas Ambiental e de Segurança do Trabalho da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Paulo Roberto de Oliveira e Juliano Baptista, realizaram visita técnica ao Porto de Itajaí. O objetivo da visita foi conhecer os programas ambientais desenvolvidos no porto, apontado pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) como referência entre os portos brasileiros com relação à questão ambiental.
“As ações desenvolvidas pelo Porto de Itajaí com relação ao meio ambiente fazem com que lideremos, já há algum tempo, o Índice de Desempenho Ambiental, avaliado anualmente pela Antaq”, informa a engenheira ambiental Medelin Pitrez dos Santos, que acompanha os técnicos durante a permanência em Itajaí. Na Superintendência do Porto eles foram recepcionados pelo diretor Executivo, Heder Cassiano Moritz.
Fonte: Assessoria de comunicação do  Porto de Itajaí 

4- Navio da Petrobras terá propostas de SBM, Modec e BW
A SBM Offshore, a Modec, e a BW Offshore estão competindo para fornecer um navio de produção à Petrobras, porque a maior produtora mundial em águas profundas busca se recuperar da mais baixa produção doméstica desde 2008, disseram duas fontes com conhecimento direto do processo.
As três construtoras de equipamentos de produção flutuante estão elaborando propostas para construir um FPSO que a Petrobras, que tem sede no Rio de Janeiro, planeja empregar no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque os termos do negócio são privados. A Petrobras planeja começar a produção no campo em 2017 como parte de seu plano de negócios para dobrar a produção até 2020.
A Petrobras não comenta processos de licitação em curso, disse a empresa em resposta a questões, enviada por e-mail. O escritório da Modec em Tóquio não respondeu aos pedidos por comentário por e-mail e telefone. O diretor de relações com investidores da BW, Kristian Flaten, não respondeu a um e-mail em busca de comentário. A SBM preferiu não comentar sua proposta em uma resposta por e-mail.
“Modec e SBM, essas são as que vêm tomando esses contratos nos últimos cinco anos”, disse Kristian Diesen, analista da Pareto Securities AS, por telefone, de Oslo. “Isto é muito importante, este é de longe o maior mercado único de FPSO”.
A Petrobras, que está sendo negociada próximo à maior baixa desde 2005 no mercado de ações depois que subsídios aos combustíveis e uma produção de petróleo bruto mais baixa que a esperada decepcionaram os investidores, está mudando seu foco de perfuração de exploração para desenvolvimento das descobertas existentes.
A empresa adicionou seis novas plataformas de produção desde novembro. Ao mesmo tempo, o número de sondas de perfuração no Brasil caiu, em dezembro, ao nível mais baixo desde 2010, segundo dados compilados pela Baker Hughes, uma fornecedora de serviços de petróleo.
Empreendimentos conjuntos
As exigências estritas para equipamentos de origem local tornam mais fácil para empresas parceiras de estaleiros brasileiros competir por equipamentos offshore, disse Diesen.
“A parceria da SBM com a Synergy no estaleiro Brasa, em Niterói, mostra que temos a capacidade e o controle para atender o volume local de projetos” desde que o estaleiro foi inaugurado, em 2012, disse Paula Blengina, porta-voz da SBM, por e-mail.
A Modec está construindo FPSOs para a Petrobras no estaleiro Brasfels, no estado do Rio de Janeiro. O estaleiro TCE, na Baía de Guanabara, no Rio, listou a BW como uma de suas clientes em seu site. A BW também trabalhou com o estaleiro Quip, no Rio Grande do Sul.
Em 2013, a produção doméstica de petróleo bruto da Petrobras caiu para 1,93 milhão de barris por dia, a mais baixa desde 2008, segundo dados de seu site.
Fonte: EXAME

5- QGEP conclui testes em Atlanta e anuncia licitação para FPSO
Testes indicam índice de produtividade próximo ao limite superior estimado de 6 mil a 12 mil bpd
A QGEP concluiu a perfuração e os testes do primeiro poço horizontal (7-ATL-2HP-RJS) do Sistema de Produção Antecipada (SPA) do campo de Atlanta e anunciou que, nos próximos dias, lançará uma licitação para contratação de um FPSO.
A petroleira receberá propostas para FPSOs com diferentes capacidades de produção, considerando dois cenários potenciais: continuar com o SPA ou prosseguir diretamente para o Sistema Definitivo. A decisão em relação à contratação do FPSO será baseada nos resultados do processo de licitação e no impacto na avaliação econômica do projeto. Em ambos os cenários, o primeiro óleo de Atlanta é esperado para o final de 2015 ou início de 2016.
Ainda segundo a QGEP, o consórcio prosseguirá com a perfuração do segundo poço horizontal do SPA. De acordo com a empresa, os testes de formação indicaram que as taxas de produtividade ficarão próximas ao limite superior do intervalo estimado de 6 mil a 12 mil bpd, quando os poços estiverem em condições normais de produção e equipados com a Bomba Centrífuga Submarina Submersa (BCSS) em sua capacidade total. Os resultados também confirmaram as características esperadas do reservatório e do óleo, com alta permeabilidade e 14° API.
O teste foi executado com sucesso em dois períodos de vazão distintos e foram obtidas vazões de 1.250 bpd e mais de 5.000 bpd, respectivamente. As vazões alcançadas estiveram sujeitas a limitações de produção associadas ao layout do teste e às facilidades de superfície, tais como a limitação da capacidade de estocagem, restrições de queima e baixa capacidade da BCSS.
Localizada no Bloco BS-4, a 185 km da costa da cidade do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos, Atlanta possui lâmina d'água de aproximadamente 1.500 metros. O poço foi perfurado em uma seção horizontal de 750 metros de extensão e um diâmetro de 9,5”. O reservatório perfurado é representado por arenitos com porosidade média de 38%.
A seção horizontal do poço foi revestida com telas e empacotada com gravel, que irá otimizar a produtividade do óleo, prevenindo os movimentos das areias do reservatório para o poço e os equipamentos de produção.
A Queiroz Galvão é a operadora do bloco, com 30% de participação, em consórcio com a OGP (40%) e a Barra Energia (30%).
Fonte: Energia Hoje/Por Ronaldo Rodrigues


II – COMENTÁRIOS

1- Tauil & Chequer promove seminário sobre seguros no setor petrolífero
Organizado pelo Tauil & Chequer Advogados, o seminário Petróleo & Seguros – Oportunidades, Produtos e Riscos acontece no próximo dia 18, de 15h as 19h, no auditório do IRB Brasil, localizado no Centro do Rio de Janeiro.
Durante o evento, serão debatidos temas como as oportunidades e riscos da indústria, o mercado internacional de seguros na área de petróleo e gás e o gerenciamento de crises no setor. O advogado Dennys Zimmerman, sócio do Tauil & Chequer, falará sobre questões controvertidas em sinistros de petróleo e gás.
Inscrições e mais informações: bd-brazil@mayerbrown.com ou pelo telefone (21) 2127 1717.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação 

2- Energia eólica mundial cresce 12.5% em 2013
Deposit Photos
Mercado anual em baixa; retomada do crescimento em 2014
O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC) divulgou  as estatísticas referentes ao mercado eólico em 2013, apresentando uma capacidade cumulativa global de 318.137 MW, um aumento de quase 200.000 MW nos últimos cinco anos. No entanto, o mercado anual caiu quase 10 GW para 35.467 MW, atribuível à queda vertiginosa nas instalações norte-americanas, devido à lacuna política criada pelo Congresso dos EUA em 2012. Embora 2013 tenha marcado outro ano difícil para a indústria eólica, com “apenas" 12,5% de crescimento acumulado, as perspectivas para 2014 e nos anos seguintes parecem muito mais positivas. 
"Fora da Europa e dos EUA, o mercado global cresceu discretamente no ano passado, liderado pela China e um ano excepcionalmente forte no Canadá. Enquanto o hiato político nos EUA impactou fortemente o ano de 2013, a boa notícia é que os projetos em construção nos EUA totalizaram mais de 12.000 MW no final do ano, um novo recorde. As instalações europeias ficaram atrás por somente 8%, mas com uma concentração insalubre do mercado em apenas dois países - Alemanha e Reino Unido ", disse o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer.
O GWEC destaca os números das grandes instalações da China, observando que a fase de consolidação para a indústria chinesa, que começou após o ano de pico em 2010, parece ter acabado. "A China é, novamente, um mercado em crescimento, o que é uma boa notícia para a indústria. O compromisso do governo para a energia eólica foi reforçada, mais uma vez, elevando a meta oficial para 2020 em 200 GW, e a indústria tem respondido", continuou o Sawyer.
A Índia tem uma nova “Missão Eólica”, o Brasil contratou 4.7 GW de novos projetos em 2013 e a reforma do setor elétrico agitará o mercado nos próximos anos. Apesar de alcançar somente 90 MW em instalações durante 2013, a África apresentará crescimento com novas instalações em 2014, liderada pela África do Sul, Egito, Marrocos, Etiópia, Quênia e Tanzânia. 
"Os mercados que não são membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no geral, são muito saudáveis, e há um fluxo constante de novos mercados emergentes na África, Ásia e América Latina. Com os EUA, aparentemente de volta aos trilhos, pelo menos para os próximos dois anos, o principal desafio é estabilizar os mercados europeus, onshore e offshore, que tem sido abalado por indecisão política ao longo dos últimos anos", disse Sawyer.
GWEC espera que as instalações de 2014 retornem, pelo menos, aos níveis de 2012 e, provavelmente, os ultrapasse. As previsões do GWEC para os próximos cinco anos (2014-2018) serão divulgadas em abril. 
Fonte: Redação TN/ Ascom ABEEólica

3- FPSOs e refino na mira da Siemens em 2014
Empresa prevê licitações de epecistas para compra de equipamentos de refino ao longo deste ano
A alemã Siemens aposta que o ano de 2014 reserva novas encomendas de equipamentos para FPSOs construídos no Brasil ou afretados e uma nova onda de contratações para o Comperj.  “Estamos esperando licitações de epecistas que ganharam projetos de unidades de UGH, URE e UPGN”, contou o diretor da divisão de Óleo e Gás da Siemens no Brasil, Welter Benício, para quem o ano de 2013 foi positivo, com a retomada das contratações para o offshore e no Comperj.
Welter Benício, da Siemens: FPSOs e Comperj
(Marcus Almeida, Somafoto)
A expectativa para o pré-sal é de incremento a partir de 2015, com as primeiras contratações para o campo de Libra. “O investimento de US$ 15 bilhões em bônus no campo é como uma garantia de contratações para o mercado” assinalou Benício, que também está otimista em relação ao início dos projetos da Premium 1 e UFN 3 e 4.
Por hora, a empresa descarta investimentos em expansão em função da base instalada versus a demanda atual. “Temos capacidade para atender todo o mercado elétrico mais a demanda de óleo e gás”, disse Welter, que cogita a ampliação da linha de turbomáquinas e máquinas rotativas, como compressores, apenas em 2015, caso a empresa feche contratos para o offshore ainda este ano.
Para este ano, a empresa prevê investimentos na nacionalização de componentes elétricos para sistemas submarinos, como jumpers, com o objetivo de melhorar o atendimento local nos contratos com as operadoras brasileiras.
Fonte: Energia Hoje / Por Ricardo Vigliano

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