sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 54

I- NOTICIAS

1-Antonio Carlos Zem é nomeado presidente da FMC Corporation na América Latina
Fonte: Redação TN Petróleo
Antonio Carlos Zem foi nomeado presidente da FMC Corporation na América Latina. O executivo irá chefiar todas as unidades companhia nas áreas de Produtos Agrícolas, Químicas Especiais e Químicas Industriais.
Em nove anos, Zem elevou a FMC do 12º para 4º lugar no ranking das principais empresas de defensivos agrícolas do país, numa empreitada que demandou reestruturação completa do organograma da empresa. Com perfil ousado, o executivo criou novas frentes de trabalho, dividiu funções, distribuiu responsabilidades, fez do relacionamento com o cliente o foco principal da companhia e tratou agilizou a expansão do portfólio da empresa, até então muito desenvolvido, porém restrito às culturas de cana-de-açúcar e algodão. A meta é que até 2015 a FMC agrícola dobre seu faturamento no Brasil.
Para replicar o feito nas demais unidades da companhia, que está entre as líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologias para os setores agrícola, industrial e de consumo, a FMC Corporation viu na expertise de Zem a oportunidade ideal.
Com 33 anos de trabalho na FMC, Zem dá mais um salto na carreira, com o desafio de fazer saltar também a produtividade da empresa. Segundo Milton Steele, Vice Presidente da FMC Agricola, a promoção de Antonio Zem é parte primordial dentro da estratégia da companhia para aumentar seu crescimento em economias de rápido desenvolvimento.
“O escopo dessa função é similar ao do Presidente da Ásia e irá aumentar ainda mais a presença da FMC América Latina, estabelecendo uma organização dinâmica, focada nos clientes, no crescimento dos negócios rentáveis, no desenvolvimento de pessoas e na criação de uma imagem forte da FMC na região”, aponta.
Zem continuará comandando também o Grupo Agroquímico e terá a prioridade imediata o alinhamento de todos os negócios visando transformar a FMC ainda mais exitosa na América Latina. “Por mais complexa que essa multitarefa possa aparecer, ter as pessoas certas, capacidade de priorizar, motivar, alinhar e engajar são fundamentais para em pouco tempo implementar a estratégia de crescimento”.
Na opinião de Antonio Zem, por deter tecnologias voltadas a produtos destinados a crescente classe média, a empresa poderá rapidamente atingir os objetivos de crescimento. O Grupo Agrícola representa 80% do faturamento de todos os negócios que ele está assumindo, no entanto, as Divisões Químicas Especiais e Químicas Industriais deverão ter o crescimento muito acelerados.

2-Sete BR e Ocean Rig acirram briga por pedido da Petrobras
Fonte: Valor Econômico
A licitação internacional aberta pela Petrobras para contratar serviços de afretamento de 21 sondas de perfuração marítima a serem construídas no Brasil tende a tornar-se alvo de um embate entre os dois concorrentes envolvidos no certame: a Sete Brasil, empresa da qual a Petrobras é sócia junto com bancos e fundos de pensão, e a operadora Ocean Rig do Brasil. A Sete BR entrou com recurso na Petrobras pedindo que a Ocean Rig seja desclassificada. Mas a Ocean Rig deve entrar até segunda-feira com pedido de impugnação do recurso apresentado pela Sete BR, segundo apurou o Valor.
No início do mês, a Ocean Rig apresentou as melhores propostas para construir e afretar cinco das 21 sondas à Petrobras. Na ocasião, a Ocean Rig ofereceu as taxas de afretamento mais baixas na concorrência, na faixa de US$ 584 mil por unidade por dia. Na sexta-feira, a Sete BR entrou com recurso junto à comissão de licitação da Petrobras pedindo que a Ocean Rig fosse desclassificada. E que a Sete fosse declarada ganhadora do certame.
Na licitação, a Sete BR apresentou duas propostas em parceria com vários operadores de plataformas: uma para construir 15 navios-sonda e outra para fazer seis unidades do tipo semi-submersível. As operadoras associadas à Sete BR são Queiroz Galvão Óleo e Gás, Odebrecht Óleo e Gás, Etesco / OAS, Petroserv, Odjfells e Seadrill. A Ocean Rig entrou na licitação de forma independente da Sete BR, o que surpreendeu parte do mercado.
O Valor apurou que o recurso da Sete BR se apoia em um tripé. A empresa questionou a ausência de CNPJ da Ocean Rig quando do envio, pela Petrobras, da carta-convite para as empresas participarem da concorrência, em 3 de junho (a inscrição cadastral da empresa é de 7 de junho). Também foram levantadas dúvidas em relação ao funcionamento do sistema de perfuração apresentado pela Ocean Rig, baseado em uma nova tecnologia chamada "dual drilling", que aumenta a velocidade de operação da sonda.
Esse projeto, desenvolvido pela empresa Huisman, tornou a proposta da Ocean Rig mais competitiva, segundo disseram fontes do setor. Por fim, a Sete BR discute no recurso a capacidade econômica da Ocean Rig de levar adiante o projeto de construção das cinco sondas em estaleiros nacionais. Quando da divulgação das propostas, no início do mês, noticiou-se que a Ocean Rig tem acordo com os estaleiros do grupo Synergy (Eisa e Mauá, no Rio) para construir as sondas.
A reportagem procurou ontem a Sete BR para falar sobre o recurso apresentado pela empresa à Petrobras, mas não obteve retorno. O jornal também tentou contato com a Ocean Rig, mas não foi possível localizar seus representantes. Procurada, a Petrobras disse que não comenta licitações em andamento.
Fontes que acompanham a licitação disseram que a Ocean Rig deve tentar impugnar o pedido de reconsideração da licitação feito pela Sete BR para que seja declarada vencedora das cinco sondas. Para a fonte, somente a Petrobras pode definir a capacidade do participante em executar o serviço licitado. Nesse sentido caberia à própria Petrobras solicitar esclarecimentos à Ocean Rig, se considerar necessário. Uma fonte da indústria naval afirmou que a própria Sete BR foi criada há pouco tempo.
Segundo a fonte, as condições apresentadas pela Ocean Rig atenderiam as exigências feitas no convite da Petrobras. E disse que a estatal utiliza critérios próprios e aqueles previstos no convite para averiguar a capacidade financeira do licitante. De acordo com um executivo do setor, no recurso apresentado à Petrobras a Sete BR alegou que a controladora da Ocean Rig, a empresa de navegação grega Dryship, enfrentaria supostas dificuldades financeiras, em especial depois do agravamento da crise econômica na Grécia.

3- CONTEÚDO LOCAL
A ANP iniciou o processo de notificação das petroleiras privadas que não cumpriram as regras de conteúdo local na fase exploratória dos blocos adquiridos na 5ª e 6ª rodada de licitações realizadas pela agência em 2003 e 2004. O levantamento feito pelo órgão regulador apurou multa conjunta para oito empresas no valor de R$ 29 milhões, mesmo aplicado à Petrobras.
As petroleiras privadas terão a mesma possibilidade de pagar a multa com 30% de desconto concedida à Petrobras, caso não recorram à Justiça. “A ANP não vai flexibilizar o rigor da fiscalização do conteúdo local”, afirmou na última terça-feira (19/10) o diretor da agência Florival Carvalho, durante palestra na abertura do Pernambuco Petroleum Business, que acontece até hoje em Ipojuca.
A Petrobras foi a primeira empresa fiscalizada pela ANP quanto aos índices de conteúdo local nas rodadas e acabou multada em R$ 29 milhões. A petroleira já pagou a multa.
Além da Petrobras, Maersk Oil, Aurizônia Petróleo, Petrosynergy, Partex, Arbi, BP, Petrogal, Petrorecôncavo, Shell, Sonangol Starfish, Statoil e W.Washington possuem áreas arrematadas nas duas rodadas. Pela indicação do diretor, a quase totalidade dessas empresas será multada.
Fonte: energiahoje

4-Fidens leva modernização do Inhauma
A mineira Fidens venceu a licitação da Petrobras para as obras de modernização e reativação do Estaleiro Inhauma, antigo Ishibras, no Porto do Rio de Janeiro. A empresa já foi declarada vencedora e a expectativa é que o contrato, no valor de R$ 250 milhões, seja assinado no início de novembro.
O contrato entre a Petrobras e a Fidens vai prever que todas as obras sejam realizadas em 16 meses a partir de sua assinatura. Serão feitos reparos no dique, no cais principal, reforma dos prédios, além da instalação de novos guindastes.
“É um desafio muito grande. Mas vamos trabalhar forte nesse contrato”, comenta o diretor de Óleo e Gás da Fidens, Marcos Silva, que participa da Pernambuco Petroleum Business, que acontece até hoje (20/10) em Ipojuca.
A Petrobras usará o estaleiro para a conversão dos quatro cascos dos FPSOs que serão utilizados na área da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. Os cascos já foram adquiridos e a empresa licita agora as obras de conversão das unidades. A área de Franco será a primeira da região a ser explotada e receberá um FPSO com capacidade de 150 mil bpd. As demais unidades entram em operação até 2020.
Fonte: energiahoje

5-Cadeia do biodiesel quer um novo marco regulatório para o setor
Representantes da cadeia produtiva do milho e do biodiesel apresentaram as reivindicações para o desenvolvimento da produção de biodiesel no Brasil ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, que responde interinamente pela pasta.
A reunião aconteceu antes da posse, ontem, da Frente Parlamentar do Biodiesel, no Congresso Nacional, em Brasília.
A criação do novo marco regulatório para o setor e a elevação da mistura de biodiesel no diesel mineral dos atuais 5% para até 20% nos próximos dez anos, percentual que traria investimentos de R$ 28,1 bilhões para esta cadeia produtiva no mesmo período, são algumas das reivindicações.
Segundo Erasmo Battistella, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Biodiesel (Aprobio), a capacidade instalada do setor já é mais que o dobro do necessário para abastecer o mercado de 5% de mistura, conhecido como B-5. De uma capacidade de 5,1 bilhões de litros, o Brasil produziu, em 2010, apenas 2,4 bilhões de litros. "Podemos chegar ao B-20 em dez anos, com a produção de 14 bilhões de litros", disse o executivo. Battistella afirma que o governo está, no momento, fazendo um mapeamento do setor de biodiesel para a elaboração de um marco regulatório. "Com o novo marco definindo o aumento de mistura, o setor poderá planejar o seu futuro no longo prazo", disse.
A demanda para um novo marco regulatório não é nova. Há dois anos a mistura do biodiesel está parada em 5%, enquanto a capacidade instalada cresceu, provocando uma depressão nas cotações do combustível renovável e reduzindo as margens das empresas. O aumento da mistura possibilitaria a reocupação da capacidade ociosa, hoje em 53%, e uma volta do crescimento do setor.
Para Battistella, a expansão do setor seria acompanhada por um crescimento da participação da agricultura familiar na cadeia produtiva. Atualmente, 103 mil famílias estão vinculadas à produção de oleaginosas para produção de biodiesel, número que cresceria para 154 mil famílias se a mistura fosse elevada para 10%, e para 531 mil famílias se chegasse a 20%. Além disso, o executivo estima que o Brasil economizaria cerca de US$ 43 bilhões em importação de diesel no período entre 2010 e 2020 se a mistura fosse elevada para 20% até 2020.
Participaram da reunião dirigentes da Ubrabio e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), parlamentares e membros dos setores de suínos, avicultura, sementes, máquinas e rações, além do secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone.
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços



II– COMENTARIOS

1- Participação internacional no desenvolvimento de Suape é tema de debate no evento
Redação – Portos & Navios
Os investimentos internacionais foram tema de debate no segundo dia do Pernambuco Petroleum Business, encontro internacional de negócios em Porto de Galinhas, Pernambuco. De acordo com a cônsul dos Estados Unidos em Recife, Usha Pitts, é impressionante como o Nordeste tem crescido e prova disso é quantidade de vistos que o consulado americano emitirá até o fim de 2011.
“Serão emitidos 100 mil vistos até o fim do ano. Os números mostram que atualmente o Nordeste vive uma nova fase. A taxa de crescimento do estado é duas vezes maior que a média nacional, o que é muito relevante”, explicou Usha.
A cônsul americana fez questão de salientar para o fato de que o Nordeste ainda não tem a visibilidade internacional que deveria e se preocupa que outros países também tenham uma percepção equivocada como a dos Estados Unidos. “Ainda existe uma percepção errônea de que tudo que acontece no Brasil é no Rio de Janeiro ou São Paulo. Na imaginação norte-americana, o Nordeste ainda não é referência. Entretanto, aqui é onde as coisas estão acontecendo, principalmente no setor petrolífero”, ressaltou Usha ao lembrar que o Brasil e Estados Unidos são parceiros naturais.
Turid Eusebio, embaixadora da Noruega, disse que apesar da distância e do tamanho da Noruega, que tem menos de 5 milhões de habitantes, o país é o sétimo maior investidor no Brasil. “Atuamos em mineração, papel e celulose, estaleiros, alumínio, etanol e atividades petrolíferas. Temos uma forte estratégia de investimentos no país. Mais de 25% da frota offshore brasileira estão nas mãos de empresas norueguesas. O Nordeste pode ser incluído nestes investimentos, mas precisa mostrar que tem este desejo”, salientou.
A Alemanha foi representada pelo cônsul geral da Alemanha no Recife, Thomas Wülfing, que disse que hoje vive no melhor país do mundo e que possui as maiores riquezas naturais. “Os alemães têm relações com o Brasil há mais de 100 anos”, enfatizou.
O Canadá, Reino Unido e Países Baixos também foram representados. Hoje (20), último dia do evento, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, ministrará a primeira palestra “Projetos de investimentos no Nordeste nas áreas social, cultural e de infraestrutura básica”. O governador de Pernambuco Eduardo Campos fará o encerramento do encontro.

2- Transformações geopolíticas no setor energético
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, declarou que o Brasil será um dos principais contribuintes para o acréscimo na oferta de petróleo no mercado mundial e ressaltou que a demanda segue crescente nos países em desenvolvimento. Gabrielli participou de reunião ministerial promovida pela Agência Internacional Energia (IEA), em Paris. “Há uma mudança ocorrendo do setor de energia”, disse em discurso durante almoço com ministros e presidentes de empresas do setor.
Gabrielli explicou que a demanda por petróleo está migrando dos países da Europa, Estados Unidos e Japão para os países emergentes, como Brasil, China, Rússia, África do Sul. “É uma grande transformação na geopolítica e no mercado de logística do petróleo”, enfatizou. Segundo o executivo, a IEA mostrou que, ao contrário do que se poderia imaginar, a demanda global por petróleo aumentou durante a crise.
No Brasil, a demanda por petróleo cresceu 10,5% em 2010, e 19% por gasolina no mesmo ano, exemplificou. A expectativa é que o consumo no País passe dos atuais 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), para 3 a 3,3 milhões de bpd em 2020. “A Petrobras aumentará em 2,3 milhões de barris sua capacidade de produção diária de petróleo e terá acréscimo de produção líquida de aproximadamente 1 milhão de barris em 2015. Em 2020, produzirá quase 5 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil”, destacou.
Também explicou que a volatilidade nos preços do barril é provocada pela situação de alta liquidez e baixas taxas de juros. “Os volumes que são comercializados nos contratos financeiros do petróleo são nove vezes maiores em relação aos contratos reais de petróleo, isso leva à volatilidade no preço, e leva o petróleo a se tornar uma commodity financeira”, disse.
Investimentos em refino
Ao estabelecer a relação entre o atual cenário e o papel que a Petrobras deve desempenhar, Gabrielli declarou que o que o Brasil precisa “aumentar os investimentos na capacidade de refino. As oportunidades para investimentos são vastas em países como China, Oriente Médio, África e Brasil. Estes mercados estão crescendo, haverá mais e mais demanda nos países emergentes”. Gabrielli adicionou outras áreas em que a Companhia vai investir nos próximos anos: “vamos investir não somente na capacidade de refino, mas também desenvolver meios de comunicação, robótica, procedimentos de segurança, logística e tecnologia da informação, entre outros. É uma obrigação que a Petrobras precisa adotar, e adotará.”
O presidente da Petrobras também participou de coletiva de imprensa juntamente com Fatih Birol, economista-chefe da IEA, e Fulvio Conti, presidente da empresa italiana Enel. Birol explicou que nos próximos 25 anos, 10 trilhões de dólares serão necessários em investimentos para atender a demanda de petróleo projetada até 2035. A Petrobras investirá US$ 224,7 bilhões até 2015, observou Gabrielli. Em sua fala, resumiu os principais pontos do debate realizado durante a manhã: a demanda por derivados do petróleo continuará a crescer, a acessibilidade econômica será uma questão chave, a segurança da atual produção é de extrema importância, e, em conclusão, haverá uma necessidade por novas fontes de produção e uma delas será o Brasil.
O presidente da Companhia também ressaltou a necessidade de aumentar a capacidade da cadeia de fornecedores e o desafio de combinar demanda crescente com redução de emissões. “Isso pode ser alcançado com novas alternativas de combustíveis e uso mais eficientes das fontes atuais de energia”, disse.
A reunião ministerial da IEA tem como tema principal “Our energy future: secure, sustainable together” e reúne até amanhã, em Paris, autoridades de governos de países-membros (Estados Unidos, Europa e Japão), de países convidados, como Brasil, China, Índia, Rússia, Chile, México e Estônia, além de representantes da indústria de energia.
Fonte: Agência Petrobras de Notícias

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