terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 23

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- Petrobras terá de captar pelo menos US$ 17 bi para investimento
Fonte: Agência Brasil
O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, informou que a empresa precisará captar pelo menos US$ 17 bilhões de dinheiro novo para investimento.
De acordo com Barbassa, a estatal precisará de US$ 262 bilhões até 2014. A Petrobras ja tem parte do dinheiro, que será retirada do próprio caixa ou de captações já realizadas no mercado financeiro.
Nas contas do diretor faltarão, entretanto, US$ 46 bilhões, dos quais US$ 29 bilhões seriam para amortização."Precisaremos de pelo menos US$ 17 milhões de dinheiro novo", declarou durante evento com uma delegação de empresários noruegueses no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

2-Companhias de petróleo e gás incentivam a adoção de ferramentas de mídias sociais
Uma pesquisa realizada pela Accenture e a Microsoft junto a 205 profissionais dos segmentos de óleo e gás revelou que o setor tem utilizado mais ferramentas on-line para conduzir suas atividades do que em relação ao ano passado.
Além disso, os colaboradores dessas áreas também usam mais as mídias sociais para aprimorar suas práticas de trabalho. O estudo demonstrou que aproximadamente três quartos dos consultados (74%) utilizam ferramentas de mídia social em Cloud Computing para colaboração nos negócios - um incremento em relação aos 62% do ano anterior (62%). Já 38% das pessoas afirmaram utilizar ferramentas públicas de mensagens instantâneas para colaboração nos negócios, o que significa um aumento de 11%. As redes sociais internas das empresas vêm logo em seguida entre as mais utilizadas (33%, um crescimento de 17% sobre o ano anterior).

3-Campo de Frade: Chevron reinjeta nos poços 100% da água utilizada na produção
Pioneira no Brasil na adoção da reinjeção, nos próprios poços, a Chevron Brasil tem um aproveitamento de 100% da água produzida e 100% da água utilizada no processamento de petróleo em seu campo Frade, na bacia de Campos. Esse procedimento elimina o descarte, diretamente no mar, da água utilizada no tratamento do óleo.
Em 2010, cerca de 4,5 milhões de barris de água foram reinjetados nos poços dedicados à reinjeção de água. Deste volume, 1,6 milhão de barris são provenientes do processo de tratamento do óleo e o restante é a própria água do mar utilizada para manter a pressão nos reservatórios. O sistema do FPSO Frade utiliza equipamentos básicos como hidrociclones e células flotadoras de óleo, formando uma planta que tem capacidade para tratar 130 mil barris de água produzida por dia e de injetar até 150 mil barris de água diariamente.

4-Tensão no Irã e na Líbia já afeta preço de petróleo
Fonte: Valor Econômico
A tensão crescente na Líbia e no Irã está preocupando o mercado de petróleo. O barril chegou a US$ 104 em Londres, na semana passada. Especialistas dizem que o movimento de alta tem relação com a situação no Oriente Médio, região que produz mais de 30% do petróleo mundial. Na Líbia, manifestantes convocaram para hoje um "dia de fúria".
O Irã é o quarto maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção de 4,17 milhões de barris por dia. A Líbia, é o 18º, com 1,79 milhão de barris, segundo o governo americano.
Na semana passada, manifestantes nos dois países entraram em choque com forças de segurança e grupos pró-governo. Na Líbia, governada por Muamar Gadafi há quatro décadas, o clima de temor se ampliou quando Israel disse que navios de guerra iranianos teriam cruzado o Canal de Suez e entrado no Mediterrâneo. A agência que administra o Canal disse que não havia recebido nenhuma notificação da passagem dos navios iranianos.

5-Bagaço de cana pode ser usado para fazer asfalto
O bagaço da cana-de-açúcar pode substituir a fibra de celulose e ser usado na composição do asfalto. A descoberta é do engenheiro civil Cláudio Leal, professor do Instituto Federal Fluminense, de Campos. O método já tinha sido testado com sucesso em laboratório e, nessa quinta-feira, foi para as ruas. Leal pavimentou um trecho de 50 metros na BR-356, na entrada de São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro. A experiência vai ser monitorada por seis meses.
Tese de Doutorado do professor, ele explica que o projeto transforma a fabricação do asfalto em um método mais simples e barato. O bagaço é usado como aditivo estabilizador para o asfalto, evitando que o cimento escorra durante as etapas de mistura ou aplicação do pavimento. Por conta de sua resistência, a aplicação do componente é muito eficaz no asfalto usado em rodovias com tráfego intenso.
Segundo Leal, esse sistema é mais simples, econômico e ecologicamente correto. "Utilizando o bagaço da cana evitamos a poluição do ambiente, reaproveitando um resíduo como recurso renovável. Embora as usinas utilizem boa parte do bagaço para produção de energia, cerca de 20% é lançado no meio ambiente", diz o pesquisador.
A vantagem econômica é que o bagaço da cana irá substituir a fibra de celulose feita na Alemanha - importada pelo Brasil - além de ser um produto em abundância na região.
O engenheiro ainda acrescenta que o processo usando o bagaço é bem simples. "Basta secar e peneirar, ao contrário do processo químico complexo que envolve a fibra", argumenta.
Fonte: eBand

6-Brasil vai financiar estudos de bioenergia em países do Oeste da África
O Ministério das Relações Exteriores e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram acordo de cooperação para financiar estudos na área de bioenergia em países da África. Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Máli, Níger, Senegal e Togo, todos integrantes da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa) serão beneficiados.
O acordo vai ajudar a diversificar a matriz energética desses países e para reduzir a dependência de petróleo. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que a instituição vai dar apoio aos projetos da área de biocombustíveis. "O Brasil é um dos líderes mundiais em biocombustíveis e bioenergia e esse processo requer que outros países se engajem nessas atividades e, do ponto de vista comercial, pode gerar oportunidades para o Brasil".
O Brasil celebrou com a Uemoa, em 2007, o Memorando de Entendimento na Área de Biocombustíveis, que prevê a elaboração de estudo de viabilidade para a produção e uso de biocombustíveis nos países que integram o bloco econômico do Oeste africano. O estudo determinará os locais para a implantação de projetos de bioenergia.
Fonte: Agência Brasil - ABr


II – COMENTARIOS

1-Petrobras revê plano de negócios e mercado projeta valor recorde
Fonte: Valor Econômico
Enquanto a Petrobras revisa seu novo plano de investimentos para o período 2011-2015, o mercado tenta antecipar qual será o aumento em relação ao atual plano estratégico, que prevê desembolsos de US$ 224 bilhões até 2014.
O novo plano ainda está sendo desenhado pelas diversas áreas e as previsões variam. Alguns analistas estimam que poderá aumentar para US$ 240 bilhões (média de US$ 48 bilhões/ano) a US$ 250 bilhões.
Também vai influenciar numa alta dos custos a oferta do campo Libra, gigante no pré-sal da bacia de Santos descoberto em área da União pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e que será oferecido para a primeira partilha de produção no Brasil. Até o momento o governo não deu indicações de quando a área será oferecida, o que deve ser decidido diretamente pela presidente Dilma Rousseff.
No plano atual, que está sendo revisto, a média de investimentos é de US$ 44,8 bilhões ao ano. Até setembro somavam US$ 33,4 bilhões. Se repetir o comportamento de 2009, quando o investimento do último trimestre subiu 40% em relação aos meses anteriores, deve fechar 2010 tendo aplicado de US$ 45 bilhões a US$ 46 bilhões. Se valores dessa grandeza se concretizarem, ela fechará 2010 com investimentos bem superiores aos US$ 35,6 bilhões de 2009. O resultado será conhecido na próxima sexta-feira, quando será divulgado o último de 2010.
A questão que se coloca é se a Petrobras - mesmo recentemente capitalizada, e ao fim de setembro com US$ 28 bilhões em caixa - conseguirá arcar com tamanho desembolso, em projetos que só darão retorno no longo prazo. Em relatório, o Credit Suisse ressalta que, embora o preço do petróleo tenha tendência de alta - a estimativa é de US$ 85 por barril em 2011 e 2012 e de US$ 80 a partir de 2013 em termos reais -, não será surpresa se o fluxo de caixa livre da companhia, já significativamente negativo, se deteriore ainda mais. A alavancagem subiria dos atuais 16% para acima de 30% no prazo de quatro anos, conforme teria sido sinalizado pela administração da companhia em entrevistas recentes.
Ainda que admita que a produção da Petrobras crescerá mais que a de seus pares nos próximos anos, o banco destaca que mesmo usando como premissa o plano atual de investimentos, aportes de US$ 46 bilhões por ano, é possível calcular que o fluxo de caixa livre anual da estatal deve permanecer no território negativo de US$ 16,7 bilhões até 2014, aumentando a alavancagem para 25,6% ao fim do período.
O banco projeta que o novo plano deve ficar em torno de US$ 250 bilhões, ou talvez pouco mais. Quanto maior o plano, maior o risco de o caixa ficar apertado. A Petrobras tem captado, em média, US$ 15 bilhões por ano para completar os investimentos, já que a geração de caixa é inferior aos dispêndios.
O Credit Suisse destaca, ainda, que a estatal "está entre as empresas com menor retorno sobre o capital investido na indústria", uma reversão significativa do ocorreu na última década. "E enquanto uma grande quantidade de ativos em construção ajudam a explicar isso, acreditamos que essa tendência é o preço a ser pago pela deterioração da disciplina de capital no refino e aumento da intensidade de capital da companhia na exploração e produção."
O mercado faz suas contas para tentar antecipar os números do novo plano e existem preocupações com o aumento das despesas e mesmo o baixo crescimento da produção, apesar da enorme quantidade de reservas adicionadas nos últimos anos. O Credit Suisse destaca inclusive a queda da produção dos campos já maduros da bacia de Campos que se acelerou a partir de 2009 e que respondem por quase metade da produção da Petrobras no Brasil. Um exemplo é Marlim, cuja produção vem caindo uma média de 20% ao ano. "Isto implica uma necessidade urgente de a Petrobras acelerar as adições de capacidade ou de aumentar os seus esforços de desenvolvimento do pré-sal de Campos e descobertas no Albiano", afirma o banco suíço em relatório assinado por Emerson Leite e Marcos Guerra.
Em 2011 a Petrobras vai perfurar 162 poços, dos quais 53 no mar, orçados em US$ 4 bilhões. E as calculadoras já acrescentam o custo de projetos necessários para exploração das áreas do pré-sal que a Petrobras adquiriu no processo de capitalização sob a forma de cessão onerosa. Para explorar essas áreas a estatal deve investir algo próximo a US$ 10 bilhões, segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli no ano passado. Esse dinheiro será gasto na perfuração de oito poços nas áreas de Florim, Franco, ao redor de Iara, de Tupi, em Tupi Nordeste, no sul de Guará e em Peroba. Dependendo dos resultados, outros quatro poços deverão ser perfurados nessas áreas.
No horizonte até 2015 serão realizados os maiores investimentos para construção das novas refinarias como o Comperj, no Rio, e a refinaria do Nordeste, em Pernambuco, que ficam prontos no fim de 2013. E a refinaria do Maranhão, de maior porte, está prevista para o fim de 2014. O avanço das obras vai pressionar os gastos e à medida que o plano avança na década vão incluir uma parcela mais significativa dos gastos para desenvolvimento da produção nas áreas do pré-sal da bacia de Campos, como Lula, Cernambi e Guará, que a Petrobras explora em parceria com a BG, Repsol, Galp e Partex. Até 2014 também serão instaladas mais duas plataformas no pré-sal para produção antecipada nos campos Guará e na área chamada Nordeste de Tupi.
A aquisição dos direitos exploratórios de Libra pode pressionar o caixa porque os interessados na área farão oferta por meio de um bônus, mas ganha quem oferecer para a União a maior parcela do petróleo que será produzido, deduzidos os custos. Qualquer que seja o valor oferecido, a Petrobras será "arrastada" no processo porque terá de ser a operadora da área com participação obrigatória de no mínimo 30%. E se tiver que pagar preço muito elevado como bônus e iniciar os investimentos para produção o novo plano de investimentos pode atingir os maiores valores. A forma como será oferecido a primeira partilha ainda parece não ter consenso no governo.
A PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, também pode influenciar os investimentos da Petrobras. Uma desistência da PDVSA de se associar à refinaria do Nordeste fará com que a Petrobras desembolse os R$ 8 bilhões que correspondem a 40% do investimento do sócio no projeto.

2-Bagaço de cana vira plástico
O bagaço da cana-de-açúcar, hoje apenas queimado, promete ter um destino mais nobre, naquilo que depender do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT).
Isso porque a ideia dos cientistas do órgão paulista é construir uma usina-piloto de processamento desse material, que deverá não apenas gerar energia elétrica, como substituir plásticos derivados do petróleo e produzir biocombustível líquido (etanol).
"Em vez da queima, vamos ter o uso para produção de energia limpa", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que foi conhecer o projeto.
A usina deverá entrar em atividade em três anos e será construída em Piracicaba, no interior de São Paulo. A intenção é que ela sirva de modelo ao setor sucroalcooleiro.
O projeto foi apresentado ainda ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Os governos federal e estadual, juntamente com empresas privadas, vão investir R$ 110 milhões na construção da planta-piloto.
Em 2009 o Brasil colheu 650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Essa quantidade gerou 210 milhões de toneladas de biomassa. Segundo o IPT, caso essa biomassa tivesse sido gaseificada - como se prevê na usina-piloto - teria gerado R$ 24 bilhões em energia elétrica.
Uma das ideias do projeto é testar a eficiência da tecnologia de gaseificação do bagaço da cana-de-açúcar. Nela, ele é posto em uma caldeira e queimado por uma espécie de maçarico gigante. Da queima é gerado um gás, chamado gás de síntese, com as três aplicações já citadas.
O processo já é conhecido pelos pesquisadores brasileiros, mas ainda não foi aplicado em grande escala. A usina do IPT será a primeira a fazer isso com um grande volume de bagaço de cana.
Se o potencial for comprovado, especialistas estimam um grande aumento na produtividade das usinas. "O processo pode triplicar o potencial de geração de energia das usinas", afirmou Nilson Zaramella Boeta, diretor superintendente do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). "Seria uma outra Itaipu produzindo energia."
Fonte: Terra da Gente

3-Cadeia sucroenergética quer que governo retome investimentos no setor
17/02/11 - Reunião em Sertãozinho, no interior paulista, marca o início da retomada dos investimentos na cadeia produtiva sucroenergética. Representantes do setor vão entregar ao ministro da Agricultura Wagner Rossi uma carta com as principais necessidades e sugestões de onde devem ser feitos os investimentos e quais as políticas que devem ser implantadas para atender o crescimento da demanda por etanol.
A colheita da safra de cana-de-açúcar começa em abril, mas já existe previsão de uma produção menor este ano por causa do clima, faltou chuva. O que preocupa é a projeção a médio prazo entre oferta e demanda de etanol e açúcar. Em quatro anos para atender o mercado interno de etanol e os contratos já firmados são necessários 60 bilhões de dólares em investimento. Dados que fizeram o governo iniciar um novo processo de interação com o setor.
As lideranças do setor na região de Ribeirão Preto agiram rapidamente ao saber que a pedido da Presidente Dilma, o ministro Wagner Rossi vai coordenar a comissão Interministerial para retomada dos investimentos na cadeia produtiva sucroenergética. Assim os representantes querem ajudar o governo na tomada de decisões necessárias para estimular desde o trabalhador até a indústria.
- Antigamente se falava apenas em setor sucroalcooleiro, sucroenergético e por isso o governo só investia lá na ponta só na usina, quando na verdade tem que investir e se olhar como uma cadeia produtiva em geral, desde o trabalhador com qualificação, requalificação, do plantador de cana até a própria indústria de base - ressalta Adézio José Marques, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Bicombustíveis (Ceise).
Na reunião em Sertãozinho houve uma apresentação especial para a imprensa que reuniu a direção do Ceise, a Força Sindical de São Paulo, sindicatos dos trabalhadores da indústria da alimentação, e representante da prefeitura. O objetivo foi realizar uma união publica-privada para elaborar uma carta com sugestões como a implantação de política de apoio a indústria de bens de capital. Entre os itens estão linhas de credito com juros compatíveis com a realidade do setor que concorre com capital estrangeiro e a qualificação da mão de obra com um debate sobre as necessidades reais do mercado.
- O perfil, as características das usinas mudaram, modernizaram, informatizaram. Tem que discutir mais com os empresários para saber que tipo de trabalhador o mercado precisa - comenta Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical SP.
O item da carta que mais se espera resultado é o pedido de desoneração fiscal em investimentos para construção de novas usinas.
- Quando você desonera a indústria de base você está aumentando a produção de fábrica. Assim você aumenta o consumo e a arrecadação tributária, essa é uma pauta importantíssima que vai ser levada ao ministro Wagner Rossi - informa Marcelo Pelegrini, Secretario Municipal de Sertãozinho.
Fonte: Canal Rural

4- Petrobras incentiva conteúdo local
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, abriu a primeira “Reunião Estratégica no Estado do Ceará da Cadeia Nacional de Fornecedores de Bens e Serviços da Petrobras”, realizado em Fortaleza. O encontro contou com a presença do governador do Estado, Cid Gomes, de gerentes locais da Petrobras, além de atuais e potenciais fornecedores, e teve como objetivos apresentar a demanda da Companhia para os próximos anos e estimular os empresários locais a participar das licitações da empresa.
Gabrielli iniciou a apresentação com a abordagem do plano estratégico da Companhia, que prevê investimentos de US$ 224,4 bilhões entre 2010 e 2014. “Esses investimentos têm conteúdo nacional crescente, o que significa volume de compras elevado”, disse o presidente aos empresários. Ele explicou que as exigências da Companhia aos fornecedores podem ser maiores do que de outras empresas contratantes, e ressaltou que essas exigências são todas possíveis de serem cumpridas, como a comprovação que impostos estão sendo pagos em dia.
Gabrielli dimensionou o plano de negócios da Companhia: os investimentos previstos para o período entre 2010 e 2014 são de US$ 42,5 bilhões por ano, o que corresponde a “R$ 2.300 por segundo, considerando 24 horas por dia, sete dias por semana”. Ele ressaltou que não há dificuldades de financiamento do plano de negócios: o principal desafio, disse, é a capacidade da indústria brasileira de conseguir atender a demanda da Companhia.
US$ 2 bilhões de investimentos no Ceará
Os investimentos previstos para o Estado do Ceará no período entre 2010 e 2014 são de US$ 2 bilhões, parte pela Petrobras e parte por terceiros. Os recursos abrangem diversas áreas como exploração e produção de petróleo, refino e biocombustíveis. Gabrielli especificou um dos grandes empreendimentos esperados na região: a Refinaria Premium II. “Trata-se, como o nome diz, de uma refinaria de alta complexidade e que vai produzir produtos de alta qualidade. Serão processados nada menos que 300 mil barris de petróleo por dia”, detalhou. A refinaria produzirá diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação (QAV), coque, gás liquefeito de petróleo (GLP) e bunker (combustível para navios).
Gabrielli destacou ainda os investimentos da Petrobras na Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), na usina de biodiesel de Quixadá, onde 30 mil famílias de agricultores são fornecedoras da Companhia, e as parcerias com instituições de ensino e pesquisa do Ceará, que somam 44 convênios no valor de R$ 37,6 milhões (entre 2006 e 2011) envolvendo instituições como a Universidade Federal do Ceará (UFC). Entre as pesquisa desenvolvidas por estas instituições estão as que investigam as mitigações de mudanças climáticas e o desenvolvimento de materiais para controle de corrosão.

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