I – NOTÍCIAS
1- Petrobras devolve bloco onde fez sua primeira descoberta do pré-sal
A Petrobras devolveu, em março, o bloco exploratório onde foi feita sua primeira descoberta do pré-sal, em agosto de 2005, na Bacia de Santos (SP), segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Trata-se do bloco BM-S-10, cuja descoberta recebeu o nome de Parati. A concessão, que voltou ao poder da União e da autarquia, pertencia ao consórcio operado pela Petrobras (65%), que tinha como parceiras a britânica BG (25%) e a portuguesa Partex (10%).
Além do poço pioneiro, que foi concluído após a descoberta em 2005, o consórcio anunciou uma outra descoberta no bloco, em fevereiro de 2011, no BM-S-10. Essa descoberta foi comprovada pela empresa por meio de amostragem de petróleo em teste nos reservatórios localizados em profundidade de cerca de 5.680 metros.
Na ocasião, a Petrobras informou que o consórcio daria continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação das jazidas descobertas nessa área, conforme Plano de Avaliação aprovado pela ANP. A continuidade do plano resultou na devolução da área, no mês passado.
Em nota, a Petrobras informou que a decisão de devolver o bloco foi tomada após analisar em profundidade as informações sobre o plano de avaliação. De acordo com a empresa, os reservatórios presentes tinham natureza heterogênea e desconectada, “inviabilizando a implantação de projeto para o desenvolvimento econômico dessa descoberta”.
Fonte: Valor Online
2- GE negocia compra da Alstom por US$ 13 bi
A General Electric negocia a compra da francesa Alstom, no que seria a maior aquisição na história da empresa americana, segundo fontes a par da situação. Um acordo pode ser anunciado na próxima semana, de acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas, uma vez que as conversas são reservadas. A americana poderia pagar mais de US$ 13 bilhões pela Alstom, segundo as fontes. O montante é cerca de 25% superior ao atual valor de mercado da francesa.
A compra daria à fabrica americana turbinas de avião e locomotivas, controle sobre os trens TGV de alta velocidade e as tecnologias de sinalização ferroviária da Alstom, em um momento no qual a economia europeia começa a se reaquecer. A queda de 20% nas ações da Alstom acumulada nos últimos 12 meses tornou a empresa um alvo mais acessível para a GE.
O presidente da GE, Jeffrey Immelt pode usar as reservas de caixa internacional da GE para financiar a compra, de acordo com uma das fontes. A companhia tinha cerca de US$ 89 bilhões em caixa no fim de 2013, sendo US$ 57 bilhões fora dos Estados Unidos.
A GE vem redirecionando seu foco, concentrando-o em operações que produzem turbinas de avião, locomotivas e equipamentos industriais e reduzindo sua divisão financeira, denominada GE Capital, que colocou a companhia em perigo durante a crise financeira mundial. A Alstom tem vendido ativos para cortar custos e reduzir dívida.
A GE tem o apoio da Bouygues acionista da Alstom, disseram as fontes. O conglomerado francês detém cerca de 29% da Alstom, segundo dados compilados pela Bloomberg. Virginie Hourdin, porta-voz da Alstom, disse que a discussão de uma venda à GE é "rumor sem fundamento", enquanto Seth Martin, porta-voz da GE, preferiu não comentar. Não foi possível contatar o porta-voz da Bouygues.
Immelt já disse que pretende fazer aquisições na faixa de US$ 1 bilhão a US$ 4 bilhões, e que gastará mais por alvos "dotados de valores excelentes, sinergias fortes, que sejam adequados a nossas estratégias de crescimento e que tenham caráter agregador imediato". A Alstom é a líder mundial em turbinas para usinas, mas fica atrás da GE e Siemens em turbinas a gás. Ela é a terceira maior fabricante mundial de equipamentos de transmissão de energia depois da ABB e Siemens. E concorre com Siemens e Bombardier no mercado de trens e outros equipamentos ferroviários.
Fonte: Valor Econômico
3- Ministra do Supremo determina instalação de CPI exclusiva da Petrobras
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Senado instale comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar exclusivamente a Petrobras.
Rosa Weber atendeu a pedido da oposição e rejeitou ação dos governistas, que propuseram investigações também nos contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, supostas irregularidades no Porto de Suape (PE) e suspeitas de fraudes em convênios com recursos da União, além das denúncias sobre a Petrobras.
A decisão foi tomada pela ministra ao analisar dois mandados de segurança. No primeiro, parlamentares da oposição queriam garantir a instalação de uma CPI no Senado para investigar exclusivamente denúncias envolvendo a Petrobras. Para eles, a comissão não pode investigar vários temas diferentes ao mesmo tempo.
Governistas também entraram com mandado de segurança, pedindo uma definição da Corte sobre o que é “fato determinado” para criação de CPI. O mandado foi protocolado pela senadora Ana Rita (PT-ES), que pediu uma definição do STF sobre o tema, para que não pairem dúvidas sobre a matéria. De acordo com a senadora, o mandado tem por objetivo esclarecer uma questão de ordem da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sobre o pedido de criação de CPI feito pela oposição, com quatro “fatos determinados”.
O impasse sobre a criação da comissão ficou em torno de dois requerimentos para criação de CPIs, apresentados ao Senado. O primeiro, pelos partidos de oposição, que pedem a investigação de denúncias envolvendo a Petrobras como a compra da Refinaria de Pasadena (EUA); o segundo, apresentado por partidos da base governista, mais abrangente, que propõe investigações também nos contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, supostas irregularidades no porto de Suape (PE) e suspeitas de fraudes em convênios com recursos da União, além das denúncias sobre a Petrobras.
O posicionamento de Rosa Weber vale até decisão final do plenário.
Fonte: Agência Brasil
4- BW Offshore cancela compra de 30% do campo de Polvo da HRT
A norueguesa BW Offshore desistiu de comprar uma participação de 30% da HRT no campo de Polvo, na Bacia de Campos (RJ). A parceria era tida como natural pela HRT, já que a BW Offshore é dona da plataforma de petróleo que atualmente opera na área.
O fim do negócio não atrapalha o contrato da plataforma da BW Offshore, que vai até o terceiro trimestre de 2015 e pode ser estendido por mais sete anos. A plataforma também é capaz de perfurar. A informação foi publicada pela BW Offshore no exterior. Procurada, a HRT preferiu não comentar o assunto.
No texto, a norueguesa reforçou que as duas companhias permanecerão trabalhando juntas: "BW Offshore e HRT vão continuar o positivo relacionamento de trabalho na operação do campo", disse a norueguesa.
Anunciada em 13 de dezembro, a carta de intenções entre as duas empresas para a venda dos 60% foi um dos resultados dos planos da petroleira brasileira de buscar novos sócios. Depois de sucessivas decepções em perfurações no Estado do Amazonas e na Namíbia (África) em busca de petróleo, a atração de parcerias tem sido uma batalha diária da HRT para viabilizar a continuidade de suas operações.
Os 60% do campo de Polvo que pertencem à HRT foram comprados da britânica BP por US$ 135 milhões em 2013 e hoje são o único ativo da empresa de produção de petróleo. Os outros 40% de Polvo pertencem a dinamarquesa Maersk.
Executivos da HRT acreditam que Polvo tem reservas não exploradas a serem desenvolvidas e na possibilidade de reduzir custos na produção do ativo. Desde o ano passado, já está prevista a perfuração de mais dois poços na área, o primeiro deles no segundo semestre de 2014.
Fonte: Valor Econômico
II – COMENTÁRIOS
1- Nova safra de cana deve gerar 580 milhões de toneladas para esmagamento, aponta indústria
A falta de chuvas entre o final de 2013 e início deste ano, que comprometeu a safra de grãos em mais de 2 milhões de toneladas, também castigou os canaviais brasileiros, apontou ontem a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). A primeira projeção de safra da entidade indica que os estados do Centro-Sul do Brasil, responsáveis por cerca de 90% da produção nacional, vão esmagar 580 milhões de toneladas da matéria-prima para transformá-las em etanol ou açúcar na temporada 2014/15, que começou este mês. O volume, se confirmado, será 16,9 milhões de toneladas abaixo do processado no ano passado, quando o país cortou recordes 596,9 milhões de toneladas.
Houve aumento de 5% no terreno disponível para colheita na região, mas o clima seco reduziu a produtividade agrícola em 8%, disse a Única. No ano passado, os canaviais renderam, em média, 79,8 toneladas de cana por hectare. Do total a ser colhido, estima-se que 56,4% serão destinados à fabricação de etanol, contra 54,7% em 2013. Com isso, a produção nacional de açúcar deve cair 5% em relação ao ano passado e somar 34,29 milhões de toneladas.
Cana bisada
3% da área colhida de cana-de-açúcar na temporada 2014/15 deve ser de canaviais que deixaram de ser cortados no ano passado. Essas áreas contribuíram para que houvesse aumento de 5% do terreno com disponibilidade da matéria-prima.
24/04/14
Fonte: Gazeta do Povo - Curitiba
2- Petrobras investe US$100 bilhões no setor
Navio Irmã Dulce. Divulgação |
Além dessas encomendas, serão contratadas também 38 plataformas de produção, que contribuirão para elevar a produção de petróleo da Petrobras para 4,2 milhões barris por dia em 2020.
O reaquecimento da indústria naval alavanca também outros segmentos da indústria, como os de máquinas, equipamentos pesados, caldeiraria, elétrica e automação. O conteúdo nacional dessas obras varia de 55 a 75%, índice relevante para uma indústria que retomou sua capacidade de realização a partir de 2003. Desde a construção no país das plataformas P51 e P52, há dez anos, as demandas da Petrobras foram responsáveis pelo grande avanço da indústria naval nacional e pelo desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país.
Em 2003, o setor empregava 7.465 pessoas no Brasil e hoje emprega mais de 75 mil, reflexo do aumento da produção de petróleo e investimento em logística e distribuição. Até 2017, serão gerados mais 25 mil novos empregos, segundo estimativa do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
Fonte: Agência Petrobras