sábado, 29 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 179

I – NOTÍCIAS

1- Estaleiros querem receber "pacotes" de equipamentos
A busca de empresas capazes de fornecer "pacotes" - em vez de equipamentos isolados - para os estaleiros que produzem barcos de apoio marítimo é outra das iniciativas em curso para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores da indústria de petróleo e gás. A ação é liderada pela Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), que tenta seguir um caminho semelhante ao criado pela indústria automotiva, que usa a terceirização em boa parte da produção.
Augusto Mendonça, presidente da Abenav, disse que a ideia é desenvolver alguns projetos-piloto entre estaleiros e fornecedores. A associação identificou quatro áreas com potencial de desenvolver o fornecimento em "pacotes" para o apoio marítimo: geração de energia, módulos de acomodação de passageiros a bordo dos navios, tubulações e parte elétrica, incluindo instrumentação e controle de navegação. Os projetos-piloto devem ser montados nas duas primeiras áreas (geração de energia e acomodações).
A WEG, fabricante de equipamentos eletroeletrônicos, é uma das empresas envolvidas na iniciativa da Abenav. Hélcio Makoto, diretor de vendas da WEG Automação, disse que a empresa começou a fazer a modulação de alguns equipamentos para barcos de apoio offshore e rebocadores. "Estamos oferecendo isso como uma alternativa para os estaleiros", disse Makoto. A solução consiste em fornecer equipamentos elétricos montados e interconectados em uma mesma plataforma mecânica. É um modelo semelhante ao que a empresa tem fornecido para outros setores, como o de mineração.
Segundo Makoto, a WEG tem condições de fornecer produtos, na parte eletroeletrônica, com alto índice de conteúdo local. A empresa desenvolve, por exemplo, um inversor de frequência de motor que permite fazer a separação de água e óleo a bordo das plataformas de produção. "Estamos preparados para a nacionalização de novas aplicações no óleo e gás."
Carlos Camerini, gerente de tecnologia da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), conta que a escala das encomendas mudou. "Há dez anos, se encomendava de uma só vez dez árvores de natal molhadas [conjunto de válvulas instalado nos poços de petróleo no fundo do mar], hoje essa encomenda é de 150 unidades ", afirma. "A nova realidade faz com que as empresas tenham que aumentar as fábricas, com investimento alto para atender à demanda, ou desenvolver fornecedores, diminuindo riscos."
Desde 2007, a Onip identifica oportunidades para os fornecedores nacionais por meio do programa Plataforma Tecnológica (Platec), apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Em uma primeira fase, o programa se concentrou na área de componentes e sistemas para a indústria naval. Foram identificados cerca de mil produtos com potencial de serem supridos por empresas nacionais, sendo que cerca de 25% desse total encontra-se em fase de projeto. Os produtos fazem parte de duas grandes áreas: automação e controle e metalmecânica.
Agora, a Onip começou a desenvolver uma nova etapa do Platec com ênfase em equipamentos submarinos, como as árvores de natal. O plano é fazer 12 seminários em diferentes Estados para identificar produtos com conteúdo tecnológico "desafiador" que podem ser nacionalizados, disse Camerini.
Um exemplo de resultado obtido no Platec envolve a fornecedora gaúcha Altus, da área de sistemas de automação e controle, que teve um papel de empresa-âncora no programa, fazendo encomendas de subsistemas a subfornecedores, primeiro de peças menores e, depois, de sistemas maiores. "Houve evolução da cadeia produtiva para óleo e gás", disse Fábio Eidelwein, diretor da unidade de integração de sistemas da Altus.
Eidelwein disse que a empresa qualificou fornecedores de placas eletrônicas no mercado nacional, componente antes montado com empresas estrangeiras. O executivo avaliou que a qualificação tecnológica permitiu à Altus ganhar a concorrência para automatizar as oito plataformas replicantes, que estão sendo construídas no município gaúcho de Rio Grande.
Um aspecto importante das novas ações para desenvolver a cadeia de fornecedores é a tentativa de aumentar a competitividade e reduzir custos nos estaleiros. É esse o pano de fundo da iniciativa da Abenav de desenvolver fornecedores capazes de produzir equipamentos e integrá-los em "módulos" que serão montados nos barcos de apoio offshore nos estaleiros.
Gerson Viana, diretor de compras da britânica Rolls-Royce, afirmou que os fornecedores brasileiros não estavam habituados a produzir para a indústria de óleo e gás, porque o foco era o mercado de álcool. "Hoje, os fornecedores já estão muito mais familiarizados e qualificados para dar suporte ao setor. Aqueles que já estavam atendendo clientes offshore, exibiam carteiras cheias de pedidos e não ofereciam preços competitivos. No entanto, devido a uma desaceleração na demanda, algumas oportunidades surgiram", explica Viana.
Segundo o executivo da Rolls-Royce, "o grande desafio do mercado é manter índices financeiros saudáveis, visto que boa parte das empresas fornecedoras está com dificuldades de caixa. Tecnologicamente, observamos progresso em fundição, caldeiraria e forjaria. Contudo, a usinagem ainda permanece limitada e cara devido à idade avançada das máquinas e à baixa oferta de mão de obra qualificada".
Fonte: Valor Econômico

2- Setor de óleo e gás terá novas linhas de crédito para inovação
Setor de óleo e gás terá novas linhas de crédito para inovação
A indústria de petróleo e gás e o governo federal trabalham em medidas para dar impulso ao desenvolvimento da cadeia de fornecedores. O foco é o financiamento à pesquisa e inovação para substituir importações ou produzir em escala bens de maior complexidade tecnológica. As novas iniciativas ganham força no momento em que a Petrobras cobra mais agilidade da indústria na entrega de projetos, discussão que se relaciona com as regras de conteúdo local na exploração e produção de petróleo.
As novas ações e outras iniciativas existentes, como os programas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o setor, tentam acelerar a nacionalização de equipamentos da indústria de petróleo. O objetivo é atender às regras de conteúdo local dos leilões de áreas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Essas ações vêm ganhando força, embora não haja consenso entre agentes do setor sobre os resultados alcançados até o momento.
O BNDES, por exemplo, tem uma visão positiva sobre os efeitos da política de conteúdo local para a indústria de petróleo. Segundo o banco, essa política teria levado diversas multinacionais a se instalarem no país para produzir e fazer pesquisa e desenvolvimento aplicados ao óleo e gás.
Algumas entidades, no entanto, discordam. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) considera que a participação do óleo e gás no faturamento da indústria eletroeletrônica brasileira continua muito pequena. "O setor eletroeletrônico está na ponta da cadeia", disse Paulo Sério Galvão, gerente regional da Abinee para Rio e Espírito Santo.
Alberto Machado, diretor-executivo da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), afirmou que o crescimento da indústria de bens de capital para o setor de óleo e gás ficou muito aquém da expansão dos investimentos da Petrobras nos últimos dez anos.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, cobrou, na semana passada, resultados da indústria nacional. "Não é prioridade para nós nenhuma contratação que coloque em risco a nossa curva de produção", afirmou. Segundo ela, "não há absolutamente nada hoje sobre a mesa que justifique atrasarmos a nossa curva de óleo". Graça disse que a orientação do governo é que seja contratado no país apenas o que é possível e pediu empenho na entrega de projetos.
Nesse contexto, o BNDES, a Finep e a ANP preparam o lançamento do Inova Fornecedores, programa que deverá contar com orçamento de R$ 2,5 bilhões. Caso esses recursos se confirmem, o apoio financeiro às empresas do setor poderá chegar a R$ 5,5 bilhões, considerando ainda outro programa, o Inova Petro, que já colocou R$ 3 bilhões à disposição do mercado.
O Inova Fornecedores vai complementar o Inova Petro, também uma ação conjunta do BNDES e da Finep, com apoio técnico da Petrobras. O Inova Fornecedores financiará linhas diferentes de pesquisa e inovação em relação ao Inova Petro e deverá apoiar empresas de menor porte. BNDES, Finep e ANP estão em tratativas finais para minuta de um acordo de cooperação técnica em relação ao novo programa, que poderá ser lançado no segundo semestre do ano.
Antes desse acordo, a ANP deverá fazer uma consulta pública para reformular a cláusula de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos contratos de concessão de blocos exploratórios. A cláusula está presente nos contratos de concessão a partir de 1998. Ela determina o aporte em P&D de 1% da receita bruta gerada por campos de grande rentabilidade, ou com grande volume de produção, nos quais a participação especial (PE) seja devida.
A ANP é responsável por credenciar instituições para o recebimento desses recursos e gerenciar essas atividades. Os cálculos da agência indicam que a cláusula de P&D deve gerar R$ 8,7 bilhões em investimentos obrigatórios nos próximos quatro anos. Em 2013, apesar da baixa produção de petróleo, foram investidos R$ 1,26 bilhão via cláusula de P&D, 2,7% mais do que em 2012.
Atualmente, 17 concessionários são responsáveis por esses aportes, sendo que a Petrobras tem 96,98% das obrigações totais. A perspectiva, no entanto, é que com o crescimento das atividades de outras empresas no país a participação da Petrobras se reduza de forma gradativa.
As alterações propostas pela ANP no regulamento da cláusula de P&D poderão permitir, por exemplo, que operadores de petróleo possam aportar recursos diretamente em empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e inovação. O aporte poderia se dar por meio de um fundo de investimento em participações (FIP), que também teria participação de BNDES e Finep. O Valor apurou, que o fundo está em discussão preliminar e pode ter orçamento de até R$ 200 milhões.
A ANP confirmou, em nota, discussões para o lançamento de um programa de apoio à inovação em empresas dos setores de petróleo e gás e naval. "No âmbito desse programa, a ANP apoiará projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de engenharia básica não rotineira, desenvolvidos por empresas nacionais através da autorização da aplicação de recursos da cláusula de P&D", afirmou a agência.
Sobre a criação do FIP para desenvolver e acelerar empresas inovadoras, a nota afirma que caberá à ANP "apoiar os projetos de P&D, o desenvolvimento de protótipos inovadores e até mesmo o apoio à produção de lotes pioneiros. O ciclo da inovação será fechado com o aporte de capital empreendedor em empresas inovadoras pelo fundo de participações criado pela Finep e BNDES".
Uma fonte afirmou que a ANP poderia direcionar para certas tecnologias dinheiro da cláusula de P&D e inovação em temas diferentes do Inova Petro. Essa mesma fonte explicou que o Inova Fornecedores pretende atrair outras operadoras além da estatal.
A ideia de desenvolver no país bens que são importados ou que contam com poucos fornecedores locais está no cerne do Inova Petro. O primeiro edital do programa teve demanda de R$ 2,8 bilhões por meio de 38 cartas de manifestação de interesse, primeira etapa do processo de seleção. Ao final, foram aprovados 11 planos de negócios totalizando R$ 380 milhões. Seis deles, somando R$ 252 milhões, estão em contratação.
Dos R$ 3 bilhões colocados à disposição para fomentar projetos na área de inovação no Inova Petro, R$ 2,7 bilhões ainda estão disponíveis. O programa foi lançado em 2012 e vai até 2017. As empresas interessadas têm prazo até 24 de abril para entregar as cartas de manifestação de interesse relativas ao segundo edital do Inova Petro. O prazo inicial para entrega das propostas era 20 de março.
Parte dos financiamentos do programa pode ser contratada na modalidade não reembolsável, algo que não deve ocorrer no Inova Fornecedores. O BNDES e a Finep também têm condições de tornar sócios das empresas que realizam projetos de P&D.
Para Maurício Syrio, chefe do departamento de petróleo, gás e indústria naval da Finep, os resultados dos investimentos em inovação no setor tendem a demorar um pouco para aparecer. "Quando se investe em um plano de inovação, pode demorar dois ou três anos para se concluir um projeto."
O objetivo final é fortalecer a cadeia de fornecedores de óleo e gás, sobrecarregada com as enormes demandas da Petrobras. Um levantamento sobre perspectivas de investimento para o setor de petróleo e gás nos próximos quatro anos, feito pelo departamento de pesquisa econômica do BNDES, sinaliza que R$ 458 bilhões serão investidos de 2014 a 2017, dos quais cerca de 60% (R$ 271 bilhões) devem ter como fonte recursos nacionais.
O efeito indireto desses investimentos também é alto, de R$ 277 bilhões. Esse efeito pode ser ainda maior, já que os estudos não incluíram os investimentos para exploração do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, leiloado em outubro do ano passado. Se os resultados se concretizarem, a participação dos investimentos em óleo e gás na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), em 2017, será a maior deste século, dos atuais 10% para 14,1%.
Rodrigo Bacellar, superintendente da área de petróleo e gás do BNDES, disse que o programa BNDES Petróleo e Gás, que começou em 2011, já aprovou R$ 2,3 bilhões para fornecedores da cadeia produtiva do setor. "Hoje, temos 35 empresas mapeadas, das quais 13 já são clientes do banco e achamos que podemos aumentar esse número."
A indústria de petróleo e gás e o governo federal trabalham em medidas para dar impulso ao desenvolvimento da cadeia de fornecedores. O foco é o financiamento à pesquisa e inovação para substituir importações ou produzir em escala bens de maior complexidade tecnológica. As novas iniciativas ganham força no momento em que a Petrobras cobra mais agilidade da indústria na entrega de projetos, discussão que se relaciona com as regras de conteúdo local na exploração e produção de petróleo.
As novas ações e outras iniciativas existentes, como os programas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o setor, tentam acelerar a nacionalização de equipamentos da indústria de petróleo. O objetivo é atender às regras de conteúdo local dos leilões de áreas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Essas ações vêm ganhando força, embora não haja consenso entre agentes do setor sobre os resultados alcançados até o momento.
O BNDES, por exemplo, tem uma visão positiva sobre os efeitos da política de conteúdo local para a indústria de petróleo. Segundo o banco, essa política teria levado diversas multinacionais a se instalarem no país para produzir e fazer pesquisa e desenvolvimento aplicados ao óleo e gás.
Algumas entidades, no entanto, discordam. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) considera que a participação do óleo e gás no faturamento da indústria eletroeletrônica brasileira continua muito pequena. "O setor eletroeletrônico está na ponta da cadeia", disse Paulo Sério Galvão, gerente regional da Abinee para Rio e Espírito Santo.
Alberto Machado, diretor-executivo da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), afirmou que o crescimento da indústria de bens de capital para o setor de óleo e gás ficou muito aquém da expansão dos investimentos da Petrobras nos últimos dez anos.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, cobrou, na semana passada, resultados da indústria nacional. "Não é prioridade para nós nenhuma contratação que coloque em risco a nossa curva de produção", afirmou. Segundo ela, "não há absolutamente nada hoje sobre a mesa que justifique atrasarmos a nossa curva de óleo". Graça disse que a orientação do governo é que seja contratado no país apenas o que é possível e pediu empenho na entrega de projetos.
Nesse contexto, o BNDES, a Finep e a ANP preparam o lançamento do Inova Fornecedores, programa que deverá contar com orçamento de R$ 2,5 bilhões. Caso esses recursos se confirmem, o apoio financeiro às empresas do setor poderá chegar a R$ 5,5 bilhões, considerando ainda outro programa, o Inova Petro, que já colocou R$ 3 bilhões à disposição do mercado.
O Inova Fornecedores vai complementar o Inova Petro, também uma ação conjunta do BNDES e da Finep, com apoio técnico da Petrobras. O Inova Fornecedores financiará linhas diferentes de pesquisa e inovação em relação ao Inova Petro e deverá apoiar empresas de menor porte. BNDES, Finep e ANP estão em tratativas finais para minuta de um acordo de cooperação técnica em relação ao novo programa, que poderá ser lançado no segundo semestre do ano.
Antes desse acordo, a ANP deverá fazer uma consulta pública para reformular a cláusula de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos contratos de concessão de blocos exploratórios. A cláusula está presente nos contratos de concessão a partir de 1998. Ela determina o aporte em P&D de 1% da receita bruta gerada por campos de grande rentabilidade, ou com grande volume de produção, nos quais a participação especial (PE) seja devida.
A ANP é responsável por credenciar instituições para o recebimento desses recursos e gerenciar essas atividades. Os cálculos da agência indicam que a cláusula de P&D deve gerar R$ 8,7 bilhões em investimentos obrigatórios nos próximos quatro anos. Em 2013, apesar da baixa produção de petróleo, foram investidos R$ 1,26 bilhão via cláusula de P&D, 2,7% mais do que em 2012.
Atualmente, 17 concessionários são responsáveis por esses aportes, sendo que a Petrobras tem 96,98% das obrigações totais. A perspectiva, no entanto, é que com o crescimento das atividades de outras empresas no país a participação da Petrobras se reduza de forma gradativa.
As alterações propostas pela ANP no regulamento da cláusula de P&D poderão permitir, por exemplo, que operadores de petróleo possam aportar recursos diretamente em empresas que desenvolvem projetos de pesquisa e inovação. O aporte poderia se dar por meio de um fundo de investimento em participações (FIP), que também teria participação de BNDES e Finep. O Valor apurou, que o fundo está em discussão preliminar e pode ter orçamento de até R$ 200 milhões.
A ANP confirmou, em nota, discussões para o lançamento de um programa de apoio à inovação em empresas dos setores de petróleo e gás e naval. "No âmbito desse programa, a ANP apoiará projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de engenharia básica não rotineira, desenvolvidos por empresas nacionais através da autorização da aplicação de recursos da cláusula de P&D", afirmou a agência.
Sobre a criação do FIP para desenvolver e acelerar empresas inovadoras, a nota afirma que caberá à ANP "apoiar os projetos de P&D, o desenvolvimento de protótipos inovadores e até mesmo o apoio à produção de lotes pioneiros. O ciclo da inovação será fechado com o aporte de capital empreendedor em empresas inovadoras pelo fundo de participações criado pela Finep e BNDES".
Uma fonte afirmou que a ANP poderia direcionar para certas tecnologias dinheiro da cláusula de P&D e inovação em temas diferentes do Inova Petro. Essa mesma fonte explicou que o Inova Fornecedores pretende atrair outras operadoras além da estatal.
A ideia de desenvolver no país bens que são importados ou que contam com poucos fornecedores locais está no cerne do Inova Petro. O primeiro edital do programa teve demanda de R$ 2,8 bilhões por meio de 38 cartas de manifestação de interesse, primeira etapa do processo de seleção. Ao final, foram aprovados 11 planos de negócios totalizando R$ 380 milhões. Seis deles, somando R$ 252 milhões, estão em contratação.
Dos R$ 3 bilhões colocados à disposição para fomentar projetos na área de inovação no Inova Petro, R$ 2,7 bilhões ainda estão disponíveis. O programa foi lançado em 2012 e vai até 2017. As empresas interessadas têm prazo até 24 de abril para entregar as cartas de manifestação de interesse relativas ao segundo edital do Inova Petro. O prazo inicial para entrega das propostas era 20 de março.
Parte dos financiamentos do programa pode ser contratada na modalidade não reembolsável, algo que não deve ocorrer no Inova Fornecedores. O BNDES e a Finep também têm condições de tornar sócios das empresas que realizam projetos de P&D.
Para Maurício Syrio, chefe do departamento de petróleo, gás e indústria naval da Finep, os resultados dos investimentos em inovação no setor tendem a demorar um pouco para aparecer. "Quando se investe em um plano de inovação, pode demorar dois ou três anos para se concluir um projeto."
O objetivo final é fortalecer a cadeia de fornecedores de óleo e gás, sobrecarregada com as enormes demandas da Petrobras. Um levantamento sobre perspectivas de investimento para o setor de petróleo e gás nos próximos quatro anos, feito pelo departamento de pesquisa econômica do BNDES, sinaliza que R$ 458 bilhões serão investidos de 2014 a 2017, dos quais cerca de 60% (R$ 271 bilhões) devem ter como fonte recursos nacionais.
O efeito indireto desses investimentos também é alto, de R$ 277 bilhões. Esse efeito pode ser ainda maior, já que os estudos não incluíram os investimentos para exploração do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, leiloado em outubro do ano passado. Se os resultados se concretizarem, a participação dos investimentos em óleo e gás na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), em 2017, será a maior deste século, dos atuais 10% para 14,1%.
Rodrigo Bacellar, superintendente da área de petróleo e gás do BNDES, disse que o programa BNDES Petróleo e Gás, que começou em 2011, já aprovou R$ 2,3 bilhões para fornecedores da cadeia produtiva do setor. "Hoje, temos 35 empresas mapeadas, das quais 13 já são clientes do banco e achamos que 
Fonte: Valor Econômico

3- Lixo 'importado' deixa o Porto de Santos e vai para aterro industrial
Foi iniciada  a operação para remover 140 toneladas de resíduos perigosos do Porto de Santos para um aterro industrial em Tremembé, interior paulista. O trabalho está sendo feito em conjunto pelo Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação atende a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a União dê destinação adequada aos resíduos importados ilegalmente.
Os 11 contêineres com lixo foram apreendidos por irregularidades na documentação. Segundo a Receita Federal, os resíduos chegaram em duas remessas. A primeira foi apreendida em 2001, veio dos Estados Unidos, embarcada no México. A outra apreensão foi feita em 2002, de carga originária da Espanha, mas embarcada na Itália, com destino ao Brasil.
O material foi importado pela Reno Distribuidora de Produtos Químicos Ltda, e seria usado, segundo o MPF, na fabricação de fertilizantes. De acordo com a investigação do órgão, a importadora é uma empresa de fachada usada para acobertar operações ilícitas. Por conter alto teor de substâncias tóxicas, como chumbo, cádmio e arsênico, o MPF recomendou que a mercadoria fosse embargada.
Após o fracasso de tentativas diplomáticas para que o lixo industrial fosse recebido pelos países de origem, o MPF ingressou com ação para que o governo brasileiro providenciasse destinação adequada aos dejetos. Após diversas reuniões entre MPF, Ibama e Receita Federal, chegou-se ao acordo para que o material seja depositado em um aterro apropriado.
Fonte: Agência Brasil

4- Cresce demanda por contratação no setor na América Latina
Roberto Rosa
Instabilidade econômica e falta de mão-de-obra qualificada são as maiores preocupações de empregadores do setor de petróleo e gás da América Latina, cuja demanda por funcionários cresce a cada dia. É o que afirma o Oil & Gas Global Salary Guide da HAYS, estudo feito em parceria com o site inglês Oil & Gas Job Search. 
Enquanto 2013 foi um ano relativamente calmo em relação a contratações tanto no Brasil quanto na Colômbia, o recrutamento está crescendo nas áreas de engenharia de geociências e submarina, em especial para gerentes de operações e projetos. Os dois países estão tentando reduzir a dependência em relação a trabalhadores internacionais, trazendo de volta profissionais nativos que estejam trabalhando em outras nações.
No Brasil, o governo estima que serão necessários 250 mil novos profissionais na área de Oil & Gas nesta década e já iniciou um programa para atrair e desenvolver 200 mil novos trabalhadores para a indústria. Apesar de ter uma população jovem crescente, ainda não está claro se haverá mão-de-obra treinada suficiente para preencher as necessidades do país, que crescem especialmente devido à exploração do pré-sal. O Oil & Gas Global Salary Guide prevê um influxo de 5 a 10 mil trabalhadores internacionais para o Brasil por ano. 
Outros países da América latina estão investindo para ampliar seus ganhos no setor. O México aprovou legislação para abrir sua indústria de energia para investimentos estrangeiros com o objetivo de aumentar a produção do setor. A Argentina, por sua vez, relaxou a regulamentação na área para possibilitar a exploração do óleo de xisto, que tem o potencial de recuperar a autossuficiência energética do país aumentar o número de postos de trabalho do setor.
Fonte: Redação TN / Ascom


II – COMENTÁRIOS

1- FALTA DE NOVOS EMPREENDIMENTOS JÁ AFETA ENGENHARIA DE PROJETOS NO BRASIL
A proximidade do fim das grandes obras que tomaram o país nos últimos anos, principalmente com a construção de refinarias e unidades de fertilizantes da Petrobrás, já está afetando a engenharia de projetos brasileira, que apresenta uma redução no número de sua capacidade produtiva este ano. O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Antonio Müller, acaba de ser reeleito para o posto, com mandato que vai até 2016, e alerta para a necessidade de novos projetos no país, com o intuito de garantir o fortalecimento e o desenvolvimento da engenharia nacional.Müller diz que em alguns casos essa redução dos recursos humanos na área de engenharia de projetos chega a 50% em relação ao ano passado e destaca que todos os envolvidos na área de engenharia industrial estão buscando soluções para o problema em conjunto. Uma das sugestões é a criação de um banco de projetos, que poderia adiantar o desenvolvimento de projetos básicos e manter a evolução da engenharia nacional.
Como avalia a conjuntura da engenharia nacional?
Uma das coisas que é muito importante é a capacitação da engenharia, tanto básica, quanto de detalhamento. Agora, o segmento de engenharia industrial hoje nos preocupa muito, porque, com a aproximação do término dos grandes projetos, como a Rnest e o Comperj, aliada à falta de novos empreendimentos, já há uma redução da quantidade de recursos humanos relevante. E isso vai gerar um impacto posteriormente nos novos projetos de construção e montagem que surgirem.
A Abemi tem números referentes a essa redução?
Não tenho estatísticas fechadas, mas o percentual que me dão, inclusive que já foi apresentado em reunião de diretoria, é de cerca de 50% a menos dos recursos humanos em engenharia de projeto do que havia no ano passado. É uma redução muito significativa da capacidade produtiva. Um grande foco da Abemi é essa parte toda de projeto básico e de detalhamento, e queremos que as empresas voltem a ter carga para continuar desenvolvendo projetos.
Essa preocupação tem sido debatida com as grandes contratantes?
O grande contratante é a Petrobrás, e depois vem a Vale, então estamos levando essa preocupação a eles. Também já levamos a reuniões do Prominp, e existe um desejo de todo mundo de resolver isso. Estão todos envolvidos na busca de soluções. Quem sabe até a criação de um banco de projetos.
Como funcionaria isso?
Você sabe que vai ter alguns empreendimentos lá na frente e começa a fazer os projetos com antecedência, deixando ao menos o projeto básico pronto para quando aparecer a oportunidade. É importante para a geração de empregos e para fortalecer a engenharia nacional.
Quais são os principais desafios à frente da Abemi?
A consolidação da engenharia básica no Brasil. Isso é importantíssimo. Outro ponto é o aumento da produtividade no país. O Brasil tinha uma capacitação muito importante em engenharia básica no passado, mas perdeu, e agora tem que reconquistar. Engenharia básica em hidrelétrica a gente faz, em termelétrica, também, mas em processos nós perdemos.
Pode citar algum projeto da Abemi neste sentido?
Neste ano, por exemplo, estamos desenvolvendo o terceiro livro da Abemi, que é de produtividade e engenharia. Já fizemos um de gestão de empreendimentos e outro de produtividade em tubulação. Esse novo é focado em engenharia.
Quais são as bases do livro?
Serão orientações organizadas pelos nossos associados sobre o que são as engenharias conceitual, básica e de detalhamento, além de indicações sobre novas ferramentas para aumentar a produtividade.
Que tipo de ferramentas?
Fala-se muito em ferramentas para o desenvolvimento de projetos em 3D, o que hoje já fazemos, e agora queremos desenvolver em 4D e em 5D. O projeto em quatro dimensões é o que inclui o planejamento de tempo, com o cronograma ligado a ele, e o 5D é quando entra a parte orçamentária. Então, a curto e médio prazo deve haver um maior desenvolvimento de projetos em 4D. Em 5D deve vir em sequência. São de 40 a 50 empresas trabalhando nesse livro.
Há outras iniciativas paralelas ao livro com o mesmo intuito?
Há várias. Uma muito importante é o grupo de trabalho Abemi-ABCE-Petrobrás, que trabalha há 10 anos desenvolvendo procedimentos avançados de engenharia. Já fizemos mais de 100 procedimentos de execução, engenharia, montagem e construção. É um grupo altamente qualificado. Tenho muito orgulho de fazer parte dele.
Veja abaixo a composição da nova diretoria e do novo conselho da Abemi até 2016:
PRESIDÊNCIA
Diretor Presidente:  ANTONIO ERNESTO FERREIRA MÜLLER
TRIDIMENSIONAL Engenharia S.A.
Diretor Vice-Presidente:  MÁRCIO ALBERTO CANCELLARA
PROJECTUS Consultoria Ltda.
DIRETORES DE SEGMENTO ECONÔMICO
Petróleo e Gás
o GUILHERME PIRES DE MELLO
Techint Engenharia e Construção S.A
Química e Petroquímica
o JOSÉ OCTÁVIO L. DE ALVARENGA
Promon Engenharia Ltda.
Mineração e Siderurgia
o GABRIEL AIDAR ABOUCHAR
Enconsult Engenharia e Consultoria Ltda.
Energia
o GERSON RICARDI
Construtora Norberto Odebrecht S.A.
Papel e Celulose
o OSCAR SIMONSEN JUNIOR
Montcalm Montagens Industriais S.A.
Infraestrutura em Geral
o ERTON MEDEIROS FONSECA
Galvão Engenharia S.A.
Fonte: Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br)

sexta-feira, 21 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 178

I – NOTÍCIAS

1- Estoques de petróleo nos EUA sobem 5,85 mi de barris  
Os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram 5,85 milhões de barris na semana encerrada em 14 de março, para 375,852 milhões de barris, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano. O resultado veio bem acima da previsão dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que era de alta de 2,3 milhões de barris.
Já os estoques de gasolina caíram 1,467 milhão de barris, para 222,299 milhões de barris, ante uma previsão de queda menor, de 900 mil barris.
Os estoques de destilados recuaram 3,097 milhões de barris, para 110,846 milhões de barris, ante uma previsão de recuo de 600 mil barris.
A taxa de utilização da capacidade das refinarias caiu para 85,6%, de 86,0% na semana anterior. A previsão era de queda um pouco menor, a 85,8%.
Os estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) - apresentaram diminuição de 989 mil barris, para 29,802 milhões de barris.
Sérgio Caldas com informações da Dow Jones Newswires
Fonte: Agência Estado

2- Petrobras admite transferir produção de módulos do estaleiro da Iesa
Depois da deflagração da greve dos funcionários da Iesa Óleo e Gás em Charqueadas (RS), que paralisou desde ontem, terça-feira, as operações do estaleiro responsável pela construção de 24 módulos de compressão para plataformas do pré-sal para a Petrobras, a estatal admitiu oficialmente que os serviços podem ser transferidos para outro local.
“Estão sendo realizados esforços para manter a execução dos serviços no Rio Grande do Sul, mas para isto é fundamental que o prazo do contrato seja atendido”, afirmou a empresa, em nota divulgada na noite de ontem. O valor do negócio é de US$ 720 milhões, mas há opção de ampliação da encomenda para 32 unidades, o que elevaria a cifra para US$ 911,3 milhões.
Os funcionários protestam contra atrasos nos salários e a favor da regularização do recolhimento do FGTS.
Até agora, conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Jorge Luiz de Carvalho, nenhum equipamento foi concluído no estaleiro. O primeiro lote de seis módulos tem que ser entregue até julho, mas os funcionários pararam reclamando das “péssimas” condições de trabalho e cobram ainda melhorias no plano de saúde, alimentação e transporte gratuitos, adicional de periculosidade e regularização do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A Petrobras não comentou a informação do sindicato de que teria feito um adiantamento de US$ 166 milhões à Iesa na semana passada, mas informou que “desde o ano passado” tem se “empenhado” na busca de alternativas para manter a execução do contrato e “contornar as dificuldades oriundas da crise financeira do Grupo Inepar, do qual a Iesa Óleo e Gás faz parte”.  
Como solução imediata, a Petrobras disse que iniciou procedimento para efetuar pagamento direto aos empregados, fornecedores e prestadores de serviços envolvidos no projeto “Replicantes”, ao qual se destinam os módulos.
Em relação à greve, a estatal comentou que acompanha as negociações entre os trabalhadores e a Iesa e que espera “um desfecho adequado para ambas as partes o mais breve possível”. A empresa garantiu que os canteiros de obras de suas contratadas atendem às exigências da lei, “com instalações adequadas, incluindo vestiários, refeitórios, banheiros, ambulatórios e áreas de vivência”.
Em entrevista ao Valor, o secretário do Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik, disse ontem que o governo estadual espera que outra empresa se associe ao projeto de Charqueadas para garantir a produção dos módulos no local. A Iesa informou, também ontem, que o assunto está sendo tratado “em confidencialidade com a Petrobras; por isso não vai se manifestar”.
Fonte: Valor Econômico

3- Demanda do Inova Sustentabilidade atinge R$ 7,6 bilhões
A primeira etapa de inscrições para o Inova Sustentabilidade chegou ao fim com uma demanda por recursos totalizando R$ 7,6 bilhões, quase quatro vezes o valor do edital - que prevê orçamento de R$ 2 bilhões. O programa, desenvolvido pela Financiaora de Estudos e Projetos (Finep), Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem como objetivo apoiar projetos de inovação que promovam o desenvolvimento sustentável do país.
Das 259 empresas que manifestaram interesse de participar do Inova Sustentabilidade, 192 foram habilitadas para a próxima fase, que consiste na entrega dos planos de negócio. Esse número ainda pode mudar, já que o edital encontra-se em fase de apresentação de recursos, além de existirem empresas que ainda apresentam pendências com relação à documentação necessária. A Finep acredita numa demanda potencial em torno de 500 planos. Os planos de negócio selecionados devem ser conhecidos a partir de julho deste ano.
O programa vai coordenar as ações de fomento à inovação e aprimorar a integração dos instrumentos de apoio disponíveis para investimentos em sustentabilidade. Ele apoiará planos de negócio com foco em inovações que induzam a sustentabilidade no desenvolvimento brasileiro em quatro linhas temáticas: Produção sustentável; Recuperação de Biomas Brasileiros e Fomento às Atividades Produtivas Sustentáveis de Base Florestal; Saneamento ambiental; e Monitoramento ambiental e prevenção de desastres naturais.
O Inova Sustentabilidade é uma das iniciativas do Plano Inova Empresa, cujo orçamento total é de R$ 32,9 bilhões e foi lançado pela Presidência da República e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em março de 2013.
Fonte: Ascom Finep

4- Shell deve fazer primeira perfuração em Libra este ano
A Shell pretende fazer sua primeira perfuração no campo de petróleo de Libra, na bacia de Santos, ainda este ano, informou o presidente da Shell Brasil, André Araújo.
A companhia anglo-holandesa é parte do consórcio formado pela Petrobras, pela francesa Total e pelas chinesas CNPC e SNOOC, que venceu o leilão da concessão do campo em outubro do ano passado. Libra tem reservas estimadas de até 12 bilhões de barris de petróleo.
De acordo com Araujo, que esteve reunido na manhã de ontem, terça-feira, com o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, o consórcio está indo "muito bem" e será um "recorde" se a empresa cumprir o cronograma estimado.
"A primeira sonda demora aí uns dois anos pra começar, a ideia é já começar a fazer a perfuração em 2014", afirmou.
Araujo afirmou também que a petroleira deve intensificar investimentos no país na área de biocombustíveis.
Sobre o encontro com o secretário da Receita, Araújo não deu muitos detalhes sobre possíveis questões tributárias abordadas no encontro.
Fonte: Folha de São Paulo

5- Barcos de apoio aceitam desafio de Graça Foster
A contratação de barcos de apoio por parte da Petrobras estava em ritmo lento, mas tudo deverá mudar após pronunciamento da presidente da estatal, Graça Foster. Em cerimônia pública, a executiva reconheceu que os supply boats são essenciais para o funcionamento das plataformas e, portanto, para o aumento da produção de petróleo. Nas cinco primeiras rodadas do programa de renovação da frota de apoio marítimo (Prorefam) foram contratados apenas 87 barcos, mas, com a sexta e a sétima rodadas se pretende chegar às anunciadas 146 embarcações previstas. Para as embarcações da sexta rodada, os contratos devem ser assinados até 30 de abril. O convite da sétima rodada estará disponível até 21 de março, e os contratos devem ser assinados até 30 de outubro.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam), Ronaldo Lima, acha que armadores e estaleiros vão aceitar o desafio proposto por Graça Foster, de acelerar contratações e construções. Ressaltou que a estatal está recebendo bem sugestões dos armadores em relação a alterações de cláusulas contratuais, que acompanhem a realidade dos custos operacionais durante a vigência dos contratos. Alertou também que é fundamental maior celeridade dos agentes financeiros na análise dos projetos, redução da burocracia e limitação do excesso de garantias que são exigidas.
Para Lima, tudo deve ser feito para que as empresas nacionais do setor ocupem o lugar das cerca de 90 embarcações de apoio, do tipo AHTS, de bandeira estrangeira que atuam no mercado interno, unicamente por falta de unidades nacionais. Com isso, ganhará o país, gerando emprego para os estaleiros e empresas de navegação, atraindo novas tecnologias e gerando economia de divisas. Segundo Lima, até agora, reinava certa frustração empresarial, tendo em vista que, na quinta rodada, por exemplo, havia previsão de 20 contratações e se atingiu apenas oito. Agora, no entanto, a própria Petrobras anunciou mudança no ritmo de contratações.
– Sempre pedimos a aceleração nas contratações, agora formalizada. O horizonte fica mais claro, o que permitirá um melhor planejamento para as empresas – disse.
Citou que diversos armadores têm planos de novas encomendas, sendo uma dessas empresas a CBO, da qual Lima é diretor comercial. A CBO dispõe de 21 embarcações e tem mais duas a serem recebidas. Recentemente, a empresa foi vendida pelo grupo Fischer, e os novos donos são Vinci Partners e Grupo P2, ambos com 40% cada um, e BNDESPar, com os restantes 20%. 
A CBO pretende acrescentar mais 20 unidades a sua frota, até 2020, dependendo de novos contratos. A empresa dispunha do estaleiro Aliança, de Niterói (RJ), e agora conta com o Estaleiro Oceana, em Itajaí (SC), que já pertencia aos novos empreendedores. Os dois estaleiros em geral fornecem para o próprio grupo, sendo exceção dois barcos tipo OSRV contratados pela empresa Asgaard Navegação ao Estaleiro Aliança.
O sistema de barcos de apoio é considerado um bom modelo, pois permite crescimento de empresas privadas e garante à Petrobras a realização do serviço com menor dispêndio de capital. Em vez de comprar os navios, a Petrobras faz leilões para alugar barcos de privados, mediante contratos de oito anos. Ao vencerem a licitação, as empresas privadas encomendam a estaleiros nacionais, o que gera empregos para metalúrgicos e marítimos – só o setor de barcos de apoio emprega 4 mil marítimos no país. Como empresas brasileiras de capital estrangeiro podem ser habilitadas nas concorrências, isso garante o ingresso de companhias estrangeiras na disputa, o que gera valores mais competitivos.
Fonte: Monitor Mercantil


II – COMENTÁRIOS

1- Petro Brasil 2014 reunirá grandes players e pequenos fornecedores
Entre 8 e 10 de abril a agência de Comunicação Zoom Out promoverá o evento Petro Brasil 2014, que reunirá representantes da rede “Petro Brasil”, formada por 18 redes com cerca de 1500 empresas, grandes players, entidades de fomento e de regulamentação do setor. Todas as partes interessadas em alinhar o discurso, para aumentar a competitividade e volume de negócios em torno do conteúdo nacional de um setor que receberá 55 bilhões de dólares a cada um dos próximos 20 anos, segundo previsão divulgada pela Agência Internacional de Energia. O evento é patrocinado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), FMC Technologies e prefeituras de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí. Com participação de marcas âncoras como Estaleiro Brasa, Estaleiro TEC, NOV, Transpetro, Nuclep, IESA. O evento será realizado no Caminho Niemeyer, em Niterói e o acesso é gratuito mediante prévia inscrição.
O “Petro Brasil 2014” contará com palestras, rodadas de negócios e visitas técnicas ao Pólo Guaxindiba e Porto de Niterói. No encontro serão tratados temas como: aprofundamento da certificação de conteúdo nacional, estratégia de aquisições do EPC, formação do parque tecnológico de Niterói, formação do cluster de subsea no Estado do Rio de Janeiro, cadastro na Transpetro, entre outros assuntos estratégicos para o desenvolvimento da cadeia de petróleo, óleo e gás. 
Dentre as associações e organizações do setor que estarão presentes no evento estão: o Centro de Excelência do EPC que estará palestrando, Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Naval e Offshore (Abenav), Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sociedade Brasileira de Engenharia Naval  (Sobena) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).
Inscritos no “Petro Brasil 2014” poderão usufruir do atendimento gratuito que o Sebrae prestará, para confecção de plano de desenvolvimento empresarial às empresas participantes do evento. “Esse plano redunda em um conjunto de soluções para gestão financeira, comportamental e resoluções de marketing feito pontualmente para cada uma das empresas que atenderemos”, conclui Juliana Ventura, Analista de Projetos do Sebrae Leste Fluminense. Com foco no desenvolvimento das pequenas e médias empresas Brasileiras, que representam 99% do mercado nacional. 
O Petro Brasil 2014 também deixará legado ambiental e cultural, por meio da medição de créditos de carbono, doação de lonas para confecção de material promocional, confeccionado por presidiárias engajadas com a Ong “Tem quem queira” e doação de mudas de arvores para as Prefeituras de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.
Mercado carioca
O Rio de Janeiro figura como principal produtor no cenário futuro de petróleo e gás. O mercado estima que nos próximos 30 anos sejam investidos cerca de US$ 1,7 trilhões somente para o pré-sal, o que se traduz numa oportunidade de crescimento e fortalecimento da cadeia produtiva, bem como do capital intelectual que se faz presente no estado. Para completar, o setor responde por mais de 161 mil empregos no país, o maior mercado de trabalho no estado do Rio, o dobro da média da economia, entre 2006 e 2012. No estado, enquanto os demais setores cresceram 32%, o setor de petróleo cresceu, no mesmo período, 66%, de acordo com Glicia Carnevale, gerente de óleo e gas do Sistema Firjan. A instituição levará ao Petro Brasil 2014 soluções em capacitação técnica e seus Centros de Tecnologia nas áreas de Automação e Simulação, Solda e Meio Ambiente.  
“O evento contribui por reunir especialistas do setor, empresários e técnicos envolvidos com esse crescimento magnânimo que acompanhamos, e que vai se intensificar nos próximos anos. A troca de experiências entre os interlocutores promove o desenvolvimento de negócios, viabiliza novos projetos e incentiva novas idéias. Esse tipo de encontro sempre é muito bem vindo, principalmente quando oferece um elevado nível de debates, com participantes altamente qualificados”, avalia Julio Bueno, Secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Redação TN/ Ascom Petro Brasil 2014

2- Refinaria de Pasadena / Compra foi baseada em parecer técnico falho
Refinaria de Pasadena. Agência Petrobras
O governo reconheceu por meio de nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, que a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, foi embasada em um parecer técnico “falho”.
Em reportagem publicada hoje, o jornal 'O Estado de S. Paulo' informa que a compra da refinaria teve o aval da presidenta Dilma Rousseff, que na época era ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
“A aquisição pela Petrobras de 50% das ações da Refinaria de Pasadena foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 3 de fevereiro de 2006, com base em Resumo Executivo elaborado pelo diretor da Área Internacional. Posteriormente, soube-se que tal resumo era técnica e juridicamente falho, pois omitia qualquer referência às cláusulas Marlim e de Put Option que integravam o contrato e que, se conhecidas, seguramente não seriam aprovadas pelo Conselho”, diz a nota divulgada pelo Palácio do Planalto na manhã de hoje.
A compra da refinaria está sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público e Congresso Nacional por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.
De acordo com a justificativa do governo, o Conselho de Administração da estatal só tomou conhecimento da existência das cláusulas Marlim e de Put Option em março de 2008, quando foi consultado sobre a compra da outra metade das ações da refinaria, prevista no contrato.
A cláusula Put Option obriga uma das partes da sociedade a comprar a outra em caso de desacordo entre os sócios. Após desentendimentos sobre investimentos com a belga Astra Oil, sócia no negócio, a estatal brasileira teve que ficar com toda a refinaria. Já a cláusula Marlim preve a garantia à sócia da Petrobras de um lucro de 6,9% ao ano, mesmo que as condições de mercado sejam adversas.
“Nessa oportunidade, o conselho tomou conhecimento da existência das referidas cláusulas e, portanto, que a autorização para a compra dos primeiros 50% havia sido feita com base em informações incompletas”, diz o texto.
Em seguida, de acordo com a nota da Secom, o conselho da estatal decidiu não comprar as ações e abrir processo arbitral contra o grupo belga Astra Oil. Em 2012, a Petrobras teve que concluir a compra, após decisão da Câmara Internacional de Arbitragem de Nova York, confirmada pelas cortes superiores do Texas.
Fonte: Agência Brasil

3- Vendas da distribuição de aços planos têm alta de 22,9% em fevereiro
Divulgação BrasFELS
De acordo com levantamento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider), as vendas de aços planos de fevereiro apresentaram decréscimo de 4,3%, se comparadas a janeiro de 2014. O montante representa 390,8 mil toneladas, novo recorde para o mês de fevereiro. Os dados são apurados junto aos distribuidores associados ao Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação com o mesmo período do ano passado (317,9 mil toneladas), o crescimento foi de 22,9%. No acumulado do ano, as vendas registraram alta de 16,4% sobre o primeiro bimestre de 2013. 
O número de compras realizadas em fevereiro apresentou queda de 6,4% em relação ao mês anterior, computando 349,7 mil toneladas ante a 373,7 mil toneladas. Frente ao meses de janeiro e fevereiro de 2013, o desempenho do setor teve acréscimo de 1,5%. 
Importações e estoques 
A importação de aço plano comum pelo mercado brasileiro, de acordo com o Sindisider, encerrou fevereiro com baixa de 1,8% em relação ao mês anterior, totalizando 123,8 mil toneladas. Quando comparada a fevereiro de 2013, com 114,9 mil toneladas, houve um acréscimo de 7,7%. No acumulado do ano, as importações contabilizaram alta de 18,9% em relação ao mesmo período de 2013, com volume total de 249,8 mil toneladas. 
Os estoques de fevereiro tiveram recuo de 4% em relação a janeiro, atingindo o volume de 975,6 mil toneladas. Sobre fevereiro do ano anterior (970,4 mil toneladas), os estoques registraram elevação de 0,5%. O giro de estoques manteve-se em 2,5 meses.
Projeções
De acordo com as projeções do INDA para março, a expectativa da rede é que a compra mantenha-se estável, enquanto a venda registre retração de 5%. 
Fonte: Redação TN/ Ascom Sindisider

domingo, 16 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 177

I – NOTÍCIAS

1- Fórum Estadual de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval é apresentado
O Rio Grande do Sul passa a contar com o Fórum Estadual de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do RS. O decreto de criação foi publicado no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (12). O anúncio foi feito ontem, quinta (13), pelo vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega, durante a segunda reunião do comitê gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Polo Naval e Offshore do Rio Grande e Entorno.
O fórum é um espaço para a gestão de projetos de melhoria da Indústria Oceânica do Estado, como qualificação de recursos humanos e adensamento da cadeia de fornecedores, por exemplo. O comitê diretor é formado por Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Petrobras e Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).
Fonte: Jornal Agora (RS)

2- Veolia fecha contrato de tratamento de água com Ecopetrol America
A água produzida é separada do petróleo na cabeça do poço, mas a água deve passar por um processo para eliminar os resíduos de petróleo, os sólidos em suspensão, produtos químicos e outros contaminantes antes de ser reintroduzida no ecossistema. A Veolia irá disponibilizar um sistema integrado para remover e recuperar o petróleo da água produzida, tratar o lodo e arrefecer a água antes do descarte. O projeto é dividido em três trens, cada um com oito unidades Corrugated Plate Interceptor, 15 unidades AutoFlot™ Induced Gas Flotation e 13 PowerClean™ walnut shell filters, seguidos de torres de resfriamento na etapa final. A multinacional fornecerá ainda engenharia e matérias-primas para interligar os equipamentos de tratamento e os sistemas de automação para controle. Os lodos serão tratados por equipamento projetado para recuperar líquido e reduzir o volume de lodo.
“Este contrato demonstra que, com suas mais de 350 tecnologias de tratamento de água e experiência inigualável no fornecimento de soluções para a indústria de petróleo e gás, a Veolia oferece aos clientes proeminentes como a Ecopetrol America Inc. soluções que maximizam a produção, melhoram o desempenho econômico enquanto reduzem o impacto ambiental. Depois de nossos contratos recentes em Taiwan e no Canadá, o potencial e as perspectivas que a indústria de petróleo e gás oferece para a Veolia estão confirmados”, finaliza Antoine Frérot, Presidente e CEO da Veolia Environnement.
Fonte: Redação TN/ Ascom Veolia

3- Petrobras comprova descoberta em águas profundas na Bacia Potiguar
TN Petróleo
A Petrobras informou que concluiu a perfuração do poço pioneiro 1-BRSA-1205-RNS (1-RNS-158), localizado em águas profundas da Bacia Potiguar. Os resultados comprovaram a descoberta, já divulgada em 17 de dezembro de 2013, de óleo médio de 24º API. 
Denominado informalmente de Pitu, o poço localiza-se em profundidade d’água de 1.731 metros, a uma distância de 55 km da costa do estado do Rio Grande do Norte. 
O poço atingiu a profundidade final de 5.353 metros e constatou uma coluna de hidrocarbonetos de 188 metros. Foi realizado teste de formação que confirmou as boas condições de permeabilidade e porosidade do reservatório.  
A partir dos resultados obtidos, o consórcio dará continuidade às atividades exploratórias previstas, com objetivo de propor a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) um Plano de Avaliação da Descoberta para a área.
A Petrobras é a operadora da concessão BM-POT-17, com 80% de participação, em consórcio com a empresa Petrogal Brasil S.A., que detém 20%.
Em decorrência de processo de farm-out, em andamento, e depois de obtida as aprovações governamentais necessárias, a BP Energy do Brasil Ltda. se tornará concessionária e as participações das consorciadas no BM-POT-17 serão dispostas da seguinte forma: Petrobras - 40% (operadora), BP Energy do Brasil Ltda. - 40% e Petrogal Brasil S.A - 20%.
Fonte: Agência Petrobras

4- Setor portuário  deve receber investimentos de até R$ 36 bi em três anos
Porto de Santos, Divulgação
Os investimentos privados no setor portuário brasileiro devem chegar a R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três anos, considerando os pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP) e os arrendamentos de áreas em portos organizados previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos).
A perspectiva foi apresentada na última terça-feira (11), pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, durante reunião com o Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Segundo o ministro, somente com pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, a expectativa é de investimentos de R$ 10 bilhões. Atualmente, 45 propostas de prorrogação estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O programa de arrendamentos das 159 áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste ano.
“Isso é extremamente importante tanto para a racionalização quanto para a ampliação da capacidade portuária”, disse o ministro durante reunião na CNI. No caso do setor público, além dos arrendamentos, Silveira explicou que a prioridade é desenvolver a segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2).
No dia 21 de fevereiro, a SEP lançou o edital para dragagem de manutenção do Porto de Santos. As propostas serão abertas no dia 08 de abril. Até o final do mês, a secretaria pretende lançar os editais para os portos de Mucuripe (CE) e do Rio de Janeiro (RJ) e até meados do segundo semestre deve ter início o processo de licitação envolvendo 22 portos organizados.
“Esse esforço de investimento visa atender a necessidade de modernização da infraestrutura portuária e de aumentar a capacidade de movimentação dos portos brasileiros”, observou Silveira.
O ministro disse ainda que a partir de abril, num esforço conjunto com o Ministério dos Transportes, a SEP intensificará ações para viabilizar os acessos terrestres aos portos.
“As dragagens vão atacar os acessos marítimos, mas é preciso também melhorar os acessos terrestres, principalmente na região Norte, de forma que estas áreas sejam capazes de realizar mais plenamente seu potencial portuário”, afirmou.
Silveira acrescentou que existe grande interesse na região Norte tanto em função do deslocamento da fronteira agrícola (especialmente no Mato Grosso e em Tocantins) quanto da perspectiva de conclusão da BR-163, além das licitações das rodovias.
“Essa região se tornou muito atrativa, com uma corrida por autorizações de TUP e crescente interesse do programa de arrendamentos nos portos da Companhia Docas do Pará. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou que o ministro Cesar Borges e eu, juntamente com as agências reguladoras, déssemos prioridade à melhoria dos acessos terrestres”, reforçou o ministro aos empresários.
Durante o encontro, Silveira apresentou um panorama sobre o setor portuário brasileiro nos últimos 20 anos, com ênfase aos aspectos centrais da Lei 12.815/2013, o novo Marco Regulatório.
Fonte: SEP

5- ANP: Consumo no Brasil cresceu 5%
TN Petróleo
As vendas de combustíveis no mercado brasileiro em 2013 totalizaram 136,210 bilhões de litros, o que representa um aumento de 5% em relação aos 129,677 bilhões de litros registrados em 2012. Os dados foram divulgados no IX Seminário de Avaliação do Mercado de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado no escritório central da Agência, no Rio de Janeiro.
Houve aumento de 4,6% na comercialização de óleo diesel na comparação entre 2012 e 2013, de 55,900 bilhões de litros para 58,489 bilhões de litros. O aumento nas vendas de biodiesel foi de 5,9%, de 2,762 bilhões de litros em 2012, para 2,924 bilhões de litros em 2013.
A comercialização de gasolina C (com adição de etanol anidro) foi de 41,365 bilhões de litros, um aumento de 4,2% em relação aos 39,698 bilhões de litros relativos a 2012. Com o aumento do teor de adição de etanol anidro à gasolina A (para composição da gasolina C vendida ao consumidor) de 20% para 25% em maio de 2013, a demanda de etanol anidro automotivo aumento 30,2%.
Além disso, o consumo de etanol hidratado (utilizado pelos veículos flex), que havia sido de 9,850 bilhões de litros em 2012, aumentou para 10,788 bilhões de litros em 2013, o equivalente a um crescimento de 9,5%. O etanol total (soma de anidro e hidratado) teve elevação de 18,8% em 2013 frente a 2012, de 17,790 bilhões de litros para 21,129 bilhões de litros. No óleo combustível houve alta de 26,8%, de 3,934 bilhões de litros para 4,990 bilhões de litros.
"O crescimento dos combustíveis tem pressionado a infraestrutura do país para armazenamento e distribuição desses produtos. Em 2013 tivemos problemas 'pontuais e regionais' de distribuição e abastecimento. Há um crescimento forte no setor, mas os investimentos em infraestrutura por exemplo são aquém da realidade", afirmou Florival Carvalho, diretor da ANP. 
GLP
Ainda segundo os dados divulgados pela ANP, as vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP) aumentaram 2,7%, de 12,926 bilhões de litros para 13,276 bilhões de litros. Segundo Rubens Freitas, gerente de autorizações da Superintendência de Abastecimento da ANP, o consumo de GLP P13 (botijão de 13 kg) nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste é maior do que o consumo de outros Ps e Granel.
"O efeito inverso ocorre nas regiões Sudeste e Sul. Isso se explica pelo uso do GLP a granel na indústria e pela presença do gás natural em substituição ao P13 nos grandes centros urbanos", detalhou.
Queda em QAV e GNV
Os únicos dois derivados a presentar redução de consumo foram o querosene de aviação (QAV), que teve a sua comercialização reduzida em 0,9%, de 7,2 bilhões para 7,2 bilhões de litros; e o gás natural veicular (GNV), que teve redução ainda maior de 3,7% do volume comercializado, passando de 5,320 milhões de m³/dia para 5,125 milhões de m³/dia.
Perspectiva 2014
"É muito cedo para estimarmos o desempenho dos combustíveis para 2014, mas a tendência do mercado deste ano é que ele deve estar muito parecido com o de 2013. 2012 foi um ano excepcional, onde o diesel cresceu quase 12% e a gasolina quase 9%. Esse ano deve haver uma variação menor mas com a mesma necessidade de importação de óleo e diesel e gasolina para atender a demanda interna", explicou Aurélio Amaral, superintendente de Abastecimento da ANP. 
Amaral comentou ainda que a nova resolução para o exercício da atividade de distribuição de combustíveis líquidos encontra-se em fase final de elaboração. Com relação a regulamentação, em 2013 foram sete atos publicados (resoluções), dentre eles a autorização para revenda varejista e formação de estoques semanais médios de combustíveis.  
*Na foto: Gerente de Autorizações da Superintendência de Abastecimento, Rubens Freitas.Fonte: Redação TN/ Ascom ANP
Autor: Maria Fernanda Romer


II- COMENTÁRIOS

1- EUA mostram poderio energético com venda de petróleo
Um teste raro feito pelo governo dos Estados Unidos para avaliar suas reservas estratégicas de petróleo pode, coincidentemente, ser posto em prática em meio ao mais grave impasse do país com a Rússia em décadas, mas a mensagem subjacente da iniciativa, anunciada nesta quarta-feira, deixa poucas dúvidas: prepare-se para a ascensão de uma nova superpotência mundial em energia.
O Departamento de Energia informou que vai oferecer até 5 milhões de barris de petróleo bruto com alto teor de enxofre da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês), com abertura da licitação em dois dias. Autoridades disseram que a venda teste é para assegurar que as reservas podem suprir rapidamente as refinarias de petróleo, mesmo com mudanças nas redes de gasodutos.
Os planos para a venda estavam sendo elaborados bem antes de as forças russas invadirem a Crimeia, na Ucrânia, na semana passada, de acordo com funcionários do governo. Vários analistas de Washington confirmaram ter ouvido falar da liberação do petróleo das reservas algumas semanas atrás.
A Casa Branca disse que o teste é exigido por lei, como parte das avaliações contínuas das reservas estratégicas autorizadas pelo Congresso após o embargo do petróleo árabe em 1973, que provocou a alta nos preços da gasolina nos EUA e levou os motoristas norte-americanos a ficarem em longas filas nos postos de combustível. No entanto, o último teste desse tipo ocorreu em 1990, meses antes dos Estados Unidos entrarem na primeira Guerra do Golfo.
Para muitos analistas, o que está nas entrelinhas não é tanto uma advertência à Rússia, que produz mais de 10 milhões de barris por dia. O governo Obama tem interesse em expandir a SPR, que deixaria de ser uma reserva-tampão para emergências, no caso de interrupções severas nas importações de petróleo dos EUA, para se tornar um instrumento mais flexível que poderia ser usado para ajudar a economia e, em última instância, influenciar a política externa.
"Não acho que isso tenha alguma coisa a ver com a Crimeia, mas a longo prazo acho que o governo vê que a SPR é algo que pode ser usado como uma ferramenta geopolítica", disse Jamie Webster, diretor sênior de mercado global de petróleo da IHS Energy, em Washington.
Diante de uma inesperada descoberta recente de reservas substanciais de petróleo e gás natural, os políticos de Washington ainda estão avaliando como uma nova era de maior independência energética --e, no caso do gás natural, um excesso - está mudando o papel dos EUA no mundo.
Muitos congressistas, incluindo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, pediram ao governo que acelere as aprovações de exportações de gás natural para impedir a pressão da Rússia sobre a Ucrânia, cujo território é cortado por gasodutos pelos quais a Rússia fornece grandes quantidades de gás para o país e outras partes da Europa. Mas serão necessários investimentos de bilhões de dólares em equipamentos norte-americanos e portos para que o gás seja embarcado.
As reservas são uma das opções mais importantes do governo no caso de aumento do preço da energia. Os EUA também estão discutindo se devem remover uma proibição de exportação de petróleo, em vigor há quatro décadas, também posta em prática depois do impacto do aumento dos preços de combustível da década de 1970, e com que rapidez aprovar as exportações de gás natural.
A produção de petróleo dos EUA subiu 1 milhão de barris por dia no ano passado, ritmo mais rápido da história, com a grande expansão da produção de óleo de xisto. Empresas de energia têm corrido para reverter gasodutos, construir novos terminais e ampliar a infraestrutura para acompanhar a rápida mudança nos fluxos de petróleo.
Fonte: Redação, com agências

2- Gerdau vê Brasil mais competitivo com dólar valorizado
A valorização do dólar ante o real ocorrida em 2013 ampliou a competitividade da indústria brasileira, mas ainda é insuficiente para viabilizar as exportações do setor siderúrgico, de acordo com o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. Na visão do executivo, um dólar mais alto seria ainda mais favorável à indústria, mas o atual patamar já possibilita ao Brasil, ao menos, garantir competitividade de produção em relação aos níveis norte-americanos.
"Houve um momento, quando o dólar estava em R$ 1,60 a R$ 1,80, que estava mais barato produzir nos Estados Unidos, o que nunca havia acontecido. Hoje, com o dólar na casa de R$ 2,30, o Brasil está um pouco mais competitivo e a condição de produção (em relação aos Estados Unidos) é similar. Se antes era um mês lá e um mês aqui, hoje está um pouco mais para o Brasil", destacou o executivo.
O ganho de competitividade, contudo, ainda é insuficiente para abrir mercados externos ao produto brasileiro, segundo ele. "Ainda não é um dólar suficiente para o Brasil e a cadeia ficar competitiva e voltar a exportar", disse. No mercado internacional, a Gerdau continua vendo um cenário de excesso de oferta, o qual pressiona as margens do setor siderúrgico. "A importação (nos Estados Unidos) e o excesso de aço no mundo continua pressionando os negócios", disse Johannpeter, após ser questionado a respeito do ambiente de negócios da Gerdau nos Estados Unidos.
O executivo também lembrou que os Estados Unidos sofreram com um inverno rigoroso neste início, o que afetou não apenas o consumo de aço como também a percepção de outros setores da economia norte-americana. "Mas continuamos trabalhando com um cenário de crescimento da economia nos Estados Unidos e de consumo do aço", sintetizou o executivo, que foi nomeado nesta quinta-feira membro do conselho de administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham) no Brasil.
Já no mercado brasileiro, o ritmo dos negócios neste início do ano se encontra mais lento do que o esperado inicialmente, segundo Johannpeter. "O começo do ano está um pouco abaixo do que a gente esperava, talvez por conta da incerteza geral proporcionada por fatores macroeconômicos mundiais que acabam afetando o Brasil", salientou.
O consumo de aço em projetos de infraestrutura dá sinais positivos em 2014, beneficiados por um ambiente positivo do agronegócio, além de empreendimentos relacionados à Copa do Mundo. O mercado automotivo, por outro lado, está "mais de lado", segundo o executivo, caracterizado por meses distintos de elevação e redução dos indicadores.
Fonte: Agência Estado

sexta-feira, 7 de março de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 176

I – NOTÍCIAS

1- Usina térmica gera conta que já supera R$ 5 bilhões  
A estiagem de fevereiro gerou uma conta de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões para as distribuidoras de energia elétrica. O Valor apurou que esses números foram calculados preliminarmente pelo setor privado e transmitidos ao governo. O custo decorre do acionamento a todo vapor das usinas térmicas e da exposição involuntária das próprias distribuidoras. Elas não conseguiram contratar todo o suprimento de eletricidade nos leilões do governo e precisam comprar 3.500 megawatts (MW) médios no mercado de curto prazo.
Em janeiro, a conta já havia sido de R$ 1,8 bilhão, o que eleva o custo no ano a mais de R$ 5 bilhões. Pelas regras atuais, as distribuidoras são obrigadas a assumir essa despesa, mas o montante elevado por levá-las à insolvência. Por isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concordou em adiar a apresentação de garantias financeiras pelas distribuidoras para o dia 11 de março, enquanto o governo ainda discute uma solução. Para tratar do caso, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se ontem com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
No ano passado, o Tesouro assumiu integralmente esses custos, que somaram R$ 9 bilhões. Em 2014, as distribuidoras voltariam a arcar com as despesas, repassando posteriormente os gastos para as tarifas. O que se discute no governo é se o Tesouro assumirá novamente a conta ou permitirá que as tarifas subam. O Valor apurou que o decreto que torna possível o pagamento parcial ou total pelo Tesouro em 2014 será reeditado. Mas a decisão sobre quanto será pago ainda está em discussão.
A ampliação da energia entregue pelas usinas térmicas, que atualmente trabalham a plena carga, está comprometida. A partir de informações da Aneel, o Valor verificou a situação em que se encontram os projetos de expansão dessa matriz energética. O cenário é ruim. Entre 2014 e 2020, 6.942 megawatts (MW) deveriam ser adicionados, com usinas a carvão, gás e óleo. Porém, um terço dessa energia (2.341 MW) não tem mais previsão para sair do papel. Outros 1.020 MW estão em situação de risco, com restrições para entrar em operação.
Daniel Rittner e André Borges
Fonte: Valor Econômico

2- Petróleo volta a pressionar o saldo comercial  
A importação de petróleo respondeu por 38% do déficit de US$ 2,1 bilhões na balança comercial de fevereiro. No ano, o saldo negativo soma US$ 6,1 bilhões, o maior registrado em um primeiro bimestre. A demanda das térmicas por combustíveis devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e o aumento do consumo no mercado interno reforçaram o peso do óleo na balança. Na média diária de fevereiro, ante o mesmo mês de 2013, as importações de petróleo subiram 30,4%, enquanto as exportações recuaram 30,6%. Houve piora generalizada na balança, mas analistas creem que os números devem melhorar neste mês, com exportações de soja e outras commodities.
Rodrigo Pedroso, Lucas Marchesini e Vandson Lima
Fonte: Valor Econômico

3- Indício de petróleo em área do pré-sal de Santos
A Petrobras comunicou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a descoberta de indícios de hidrocarbonetos de petróleo na perfuração de um poço na área de Florim, no pré-sal da Bacia de Santos (SP). 
O nome do poço perfurado é 3BRSA1215RJS, com uma lâmina d’água de 1.972 metros. O poço em questão, identificado com o código 3, é um poço exploratório de extensão, que visa delimitar a acumulação de petróleo em um reservatório.
A estatal havia comunicado a conclusão da perfuração e o teste de formação do poço descobridor de petróleo na área de Florim em maio de 2013.
Na ocasião, o poço pioneiro, chamado 1-BRSA-1116-RJS, comprovou a descoberta de petróleo de boa qualidade (29º API) em reservatórios carbonáticos situados abaixo da camada de sal, a partir de 5.342 metros. O poço foi concluído com 6.004 metros de profundidade, após atingir os objetivos previstos pelo contrato de cessão onerosa.
O contrato de cessão onerosa estabelece um volume de 467 milhões de barris de petróleo para a área de Florim e o final da fase exploratória previsto é setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.
Fonte: Valor Online

4- SEP autoriza novas instalações portuárias em cinco estados
A Secretaria de Portos autorizou a instalação do Terminal de Uso Privado (TUP) da Manabi Logística, no município de Linhares (ES), com capacidade para movimentar 25 milhões de toneladas/ano de graneis sólidos e previsão de investimentos de R$ 1,5 bilhão.
Além do TUP no Espírito Santo, a SEP autorizou, em fevereiro (até hoje), cinco novos empreendimentos portuários: um TUP em São João da Barra (RJ) - Intermoor do Brasil Serviços Offshore; uma  Estação de Transbordo de Carga (ETC) em Manaus (AM) – RONAV; e três ETCs da Transporte Bertolini - em Juriti (PA), Manaus(AM) e Porto Velho (RO).
Na Intermoor serão investidos R$ 73,6 milhões para movimentação de carga geral. Na ETC RONAV, o valor do investimento é de R$ 3 milhões (carga geral) e as ETCs da Bertolin (carga geral e granel sólido), R$ 4,67 milhões.
Com os novos empreendimentos, já são 14 novos contratos de adesão assinados desde a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor (Lei 12.815/2013), além da ampliação do terminal da Ultraféril já existente no Porto de Santos.
Esse novo ciclo de autorizações para instalações portuárias privadas começou em dezembro do ano passado e os investimentos, até o momento, somam quase R$ 8 bilhões. Segundo o ministro Antonio Henrique Silveira, as autorizações prosseguirão num processo contínuo. Mais de 50 empreendimentos estão em andamento, num total de R$ 7,28 bilhões.
Empresa
Localidade
Investimento
Carga
Movimentação
Estaleiro Brasa
Niterói - RJ
R$60 milhões
Carga Geral
7 mil t/ano
Fundação Municipal de Turismo
Porto Belo - SC
R$ 1,75 milhão
Passageiros
80 mil passageiros/ano
SAIPEM do Brasil
Guarujá - SP
R$ 17 milhões
Carga Geral
112 mil t/ano
Flexibras – TUP Technimp
São João da Barra - RJ
R$ 142,4 milhões
Carga Geral
44 mil t/ano
Ultrafértil
Santos - SP (ampliação)
R$ 2,2 bilhões
Granel Sólido
12,149 milhões t/ano
Porto Sul
Ilhéus - BA
R$ 2,42 bilhões
Granel Sólido / Carga Geral e Carga Conteineizada
52,65 milhões t/ano
BAMIN – Bahia Mineração
Ilhéus - BA
R$ 898 milhões
Granel Sólido
20 milhões t/ano
Estaleiro Jurong
Aracruz - ES
R$ 500 milhões
Carga Geral
10 mil t/ano
AMMAGGI Exportação e Importação
Porto Velho - RO
R$ 100 milhões
Granel Sólido
5 milhões t/ano
Manabi Logística
Linhares - ES
R$ 1,5 bilhão
Granel Sólido
25 milhões t/ano
Intermoor do Brasil Serviços Offshore de Instalação Ltda.
São João da Barra - RJ
R$ 73,6 milhões
Carga Geral
19 mil t/ano
ETC- RONAV
Manaus - AM
R$ 3 milhões
Carga Geral
102 mil t/ano
Transporte Bertolini
Juruti - PA
R$ 1,15 milhões
Carga Geral
113 mil t/ano
Transporte Bertolini
Manaus - AM
R$ 180  mil
Carga Geral e Granel Sólido
362 mil t/ano
Transporte Bertolini
Porto Velho - RO
R$ 3,33 milhões
Granel Sólido
480 mil t/ano
TOTAL

R$ 7,92 bilhões


Fonte: Ascom SEP

5- Rio Grande recebe 3ª edição da Feira do Polo Naval
Discutir e promover os desafios, inovações e as oportunidades da indústria oceânica. Esse é o objetivo da Feira do Polo Naval que acontece de 11 a 14 de março, no Centro Integrado de Desenvolvimento e Estudos Costeiros (Cidec-Sul) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em Rio Grande (RS). O evento reúne as principais empresas do setor naval e offshore em 4.800 m², 250 estandes e atividades paralelas que apresentam 165 palestrantes nacionais e internacionais.
Ao mesmo tempo acontecem três grandes eventos paralelos, todos com inscrições gratuitas ao público: NAVTEC - Conferência Internacional em Tecnologias Naval e Offshore, organizada pela Furg em todos os dias da feira, com palestras internacionais sobre a indústria oceânica; Seminário de Direito, organizado pela Advocacia Rocha Baptista nos dias 12, 13 e 14 de março, contará com três painéis temáticos: aduaneiro, processual e ambiental, além de uma sessão de aula tele presencial sobre o tema “Inglês Jurídico”, promovida diretamente de Londres pelo British Legal Centre, no dia 13 de março. Rodadas de Negócios, organizadas pelo Sebrae/RS, nos dias 11 e 12 de março, que visam aproximar as pequenas e médias empresas (sistemistas) dos grandes empreendimentos da região gerando oportunidades.
Além disso, a feira conta com diversos workshops temáticos. Um deles será no dia 13 de março, a partir das 9h, com o tema Energia Eólica: Presente e Futuro da Região, coordenado pela FURG e Prefeitura de Rio Grande.
Mais informações: www.polonavalrs.com.br
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

6-Investimentos alavancam economia do RJ
A pasta que gerencia a economia do Rio de Janeiro anda em alta. O motivo: elevou a participação no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O setor industrial do estado foi o maior do país, ao ser analisado com outras seis regiões. Um bom exemplo disso é que a renda na região metropolitana fluminense superou a de São Paulo, referência na área industrial do Brasil.
A economia do Rio alcançou um novo patamar no ambiente de negócios. O volume de investimento deu um salto de 67%. A consolidação da segurança pública, os grandes eventos esportivos, a ampliação do crédito para investimento em infraestrutura foram alguns dos motivos para a ampliação dos negócios no estado. Com recursos próprios ou de operações de crédito foi possível investir nos programas de pacificação, no Arco Metropolitano, nas UPAs, e na Linha 4 do metrô. Exemplos concretos e afirmativos em relação ao clima de negócios que mudou a cara do Rio de Janeiro. O boom de serviços atrai trabalhadores de todas as partes do Brasil, o que confirma uma mudança na atmosfera da capital fluminense. Uma referência clara é a movimentação na economia da cidade. O Rio recebeu quinze dos dezoito centros de pesquisa internacionais que se instalaram no país.
Uma das principais apostas do país, o pré-sal pode mudar o mapa da energia. E, neste contexto, o Rio está recebendo um volume cada vez maior de investimentos, com mais de três mil empregos gerados e a aplicação de R $ 3 bilhões em qualificação profissional e mão de obra especializada.
Fonte: Ascom Sedeis


II – COMENTÁRIOS

1- Produção da Petrobrás recua 2,4% em janeiro  
Ainda não foi em janeiro que a produção da Petrobrás, em queda há dois anos, começou a virada esperada para este ano. A estatal contabilizou uma redução de 2,4% no mês em relação a dezembro, enquanto conserta plataformas antigas e espera a entrada de novas unidades. Foram produzidos 1,917 milhão de barris por dia de óleo e líquido de gás natural (LGN).
Apesar da queda, as ações da empresa tiveram ontem um dia de recuperação, com alta de 1,05% no caso das preferenciais (PN) e de 1,73% nas ordinárias.
A meta de produção para este ano é de 2,076 milhões de barris por dia, em média 7,5% mais do que em 2013. Mas, com a redução sofrida em janeiro, o desafio para este ano sobe para uma alta de 8,2%. Cinco plataformas novas (P-58, P-62, P-61, Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba) estão programadas para começar a produzir em 2014, três ainda neste semestre.
Juntas, elas elevam o potencial de produção em mais de 500 mil barris por dia. No entanto, levarão até dois anos para atingir a capacidade máxima. Além disso, a água associada ao óleo entra na conta de volume.
Também ajudará na recuperação da companhia a volta ao funcionamento da plataforma P-20, no campo de Marlim, que deixou de produzir 22 mil barris por dia desde que sofreu um incêndio no sistema de produtos químicos, em dezembro. A parada terá impacto na produção de janeiro, fevereiro e março. Até o fim deste mês espera-se que a unidade volte à ativa.
Algumas das plataformas novas também já tiveram seu cronograma atrasado, como o caso da P-62, que também sofreu incêndio em janeiro e agora passa por reparos e finalizações em alto-mar. A nova previsão para iniciar os trabalhos no campo de Roncador é em abril. Ainda em março, está previsto o início da produção da P-58. Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba começam produção apenas no segundo semestre.
A redução da produção em janeiro ocorreu mesmo com mais um recorde de produção na área do pré-sal, que chegou a 412 mil barris por dia. Na média do mês, a província do pré-sal, nas bacias de Santos e Campos, atingiu 358 mil barris por dia, 13 mil a mais do que em dezembro de 2013. O motivo é a queda de produção na Bacia de Campos, responsável por 75% da produção nacional.
A estatal está investindo para aumentar a eficiência da bacia, onde a companhia já chega a produzir um barril de água para cada barril de óleo extraído. Em abril de 2012, a Petrobrás criou o programa de aumento da eficiência operacional (Proef). A meta era restaurar, até 2016, a eficiência operacional dos sistemas de produção mais antigos da Bacia de Campos aos níveis históricos de 90%. Quase dois anos depois, passou de 66% para 75%. A Petrobrás diz que o programa trouxe produção adicional de 63 mil barris por dia.
A produção de óleo e LGN no Brasil é a referência mais comumente usada pela Petrobrás. Mas a companhia também anunciou um recorde de produção em seus campos no Golfo do México, nos Estados Unidos. Cascade e Chinook atingiram 40 mil barris por dia.
Sabrina Valle
Fonte: O Estado de S. Paulo

2- Proposta susta normas que garantiram leilão para explorar gás
Está em análise na Câmara os Deputados o Projeto de Decreto Legislativo 1409/13, dos deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP), que susta normas do governo federal que garantiram a venda de blocos para exploração de gás natural e gás de xisto.
As normas que a proposta quer sustar são a Resolução 6/13, do Conselho Nacional de Política Energética; a Portaria 181/13, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e o Edital da 12ª Rodada de Licitações para a outorga dos contratos de concessão, ocorrida em novembro de 2013.
A ANP arrecadou na 12ª rodada R$ 165,2 milhões em bônus de assinatura de contratos de concessão. Dos 240 blocos ofertados, foram arrematados apenas 72 para exploração de gás em terra, distribuídos em sete bacias. A Petrobras levou a maioria (49) sozinha ou em consórcio.
A proposta será analisada pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para análise do Plenário.
Fonte: Agência Câmara

3- Rússia suspende envio de combustível para centrais nucleares da Europa
A Rússia suspendeu o envio de combustível destinado a centrais nucleares dos países do Leste da Europa por meio dos oleodutos instalados em território ucraniano, anunciou  o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin.
“Temos problemas em fazer o transporte de combustível através do território da Ucrânia para os nossos parceiros no Leste da Europa e já são registrados problemas relacionados ao abastecimento de combustível nas próprias centrais nucleares da Ucrânia”, assinalou Rogozin, em Moscou. Segundo ele, essas centrais nucleares só têm reservas de combustível para os meses de março e abril.
O vice-primeiro-ministro russo também anunciou que a Agência de Energia Atômica da Rússia (Rosatom) vai solicitar à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), em Viena, inspeções extraordinárias sobre as condições de segurança das centrais nucleares ucranianas.
Rogozin recordou que as centrais nucleares ucranianas são vigiadas por empresas de segurança privadas, por tropas do Ministério do Interior e pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, a antiga KGB do tempo da ex-União Soviética. “Sob o ponto de vista operacional, as centrais nucleares ucranianas funcionam com normalidade”, acrescentou.
Já a Ucrânia decidiu reforçar as medidas de segurança nas centrais nucleares devido à ameaça das tropas russas no seu território, disse o embaixador da Ucrânia em Viena, Ihor Prokopchuk, numa carta enviada à Aiea.
De acordo com o embaixador, as consequências do uso da força por parte da Rússia são "imprevisíveis", principalmente após os esforços do governo ucraniano "para estabelecer contatos bilaterais com o presidente russo" terem se revelado infrutíferos, conclui o responsável, pedindo a Yukiya Amano, diretor-geral da Aiea, para levantar urgentemente a questão junto às autoridades russas.
Fonte: Agência Brasil

4- Braskem registra aumento no pedido de patentes
A Braskem fechou o ano de 2013 com o depósito de 112 pedidos de patentes, um aumento de quase 80% em comparação ao ano anterior. Com isto, a empresa atingiu 764 documentos no Brasil e no exterior nas áreas de biotecnologia, química verde, química a partir da nafta e outros setores.
A importância da química sustentável para a Braskem é refletida no fato que aproximadamente 15% do total de documentos de patentes serem relacionados aos derivados de matéria-prima renovável. Recentemente a Braskem foi listada entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Campany. Única brasileira a entrar no ranking, a companhia ganhou destaque pelo trabalho de pesquisa em produtos de origem renovável, como o Plástico Verde.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria