sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 174

I – NOTÍCIAS

1- Relação de 70% do etanol-gasolina  é contestada  
Com base no desempenho da frota de 410 mil veículos flex que administra, a empresa Ecofrotas chegou à conclusão de que o etanol apresenta um rendimento médio equivalente a 79,52% do desempenho da gasolina. 
O estudo, feito pela KPMG, quebra o paradigma aceito pelo mercado de que essa relação é de 70%, explica a gerente de sustentabilidade da Ecofrotas, Amanda Hatem Massimo Kardosh. "São frotas que circulam nas ruas e estradas brasileiras e abastecem em mais de 12 mil postos diferentes. É uma base da vida real".
Fabiana Batista
Fonte: Valor Econômico

2- Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul  defende fontes alternativas para melhorar a qualidade da energia no campo  
O Rio Grande do Sul deve investir em fontes alternativas de energia, como o Sistema Mecânico Pendular Moto-Cotínuo - SMPMC, já existente em países desenvolvidos e de baixíssimo custo se comparado às modalidades hoje utilizadas no país. A ideia foi defendida pelo coordenador da Câmara Temática de Agroenergia da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Valdir Zonin, durante audiência pública organizada pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia Legislativa. A audiência foi realizada nesta terça-feira, no Plenarinho do parlamento gaúcho.
Conforme Zonin, que representava o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, esta alternativa é aplicável nos extremos do Estado onde se tem mais carência deenergia. O coordenador aproveitou para apresentar aos deputados e lideranças municipais presentes o Plano de Metas da Cadeia Produtiva da Agroenergia Gaúcha para os próximos dez anos, prevendo a necessidade de incremento das energias alternativas. Entre estas, citou as fontes Térmica, Eólica, Solar e PCHs. Para isso, Zonin afirmou ser necessário melhorar os mecanismos dos Leilões Nacionais para que as Energias Alternativas tenham condições igualitárias de disputa com as Hidrelétricas.
O coordenador da Câmara de Agroenergia destacou também que a SEAPA possui quatro programas de interface direta com a eletrificação no campo, com financiamentos subsidiados, entre os quais o Mais Água, Mais Renda, o Mais Leite de Qualidade, o RS Mais Grãos e o RS Mais Etanol, que prevê a geração de 100 MW/h. Mesmo assim, e apesar dos altos investimentos que estão sendo realizados no Estado - sendo apenas na CEEE mais de R$ 1,5 bilhões (2011-2014) - Zonin frisou que é preciso melhorar a qualidade da distribuição da energia, a qualidade no atendimento aos usuários e também a uniformidade dos custos da mesma entre as diferentes empresas fornecedoras.
Marcos Pérez
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

3- Petrobras e Williams retomam parceria
A Petrobras e a equipe Williams estão novamente juntas na Fórmula 1. A presidente Maria das Graças Silva Foster e a chefe-adjunta da equipe e diretora comercial da Williams, Claire Williams, assinaram na  na sede da companhia, no Rio de Janeiro, o novo contrato de parceria tecnológica.
Para o novo contrato com a Williams, a colaboração técnica continuará e as duas partes trabalharão em conjunto com a Mercedes para desenvolver novos combustíveis e lubrificantes automobilísticos para uso pela equipe a partir da temporada 2015. Com a entrada em vigor da nova regulamentação para motores, que exige que as equipes utilizem combustíveis mais eficientes, a experiência da Petrobras irá garantir que a Williams esteja bem posicionada para atender às demandas de maior eficiência energética na competição. Este ano a Williams será representada pelo brasileiro Felipe Massa e pelo finlandês Valtteri Bottas.
Williams e a Petrobras têm uma história de colaboração tecnológica desde 1998, ano em que a equipe começou a usar o combustível da companhia. A parceria durou 11 anos.
“Estamos muito felizes em voltar para a principal competição automobilística do mundo. Durante os 11 anos em que a Williams esteve ao nosso lado tivemos avanços significativos no desenvolvimento de produtos, como a gasolina Podium. Participar dessa competição é um desafio enorme, pois nos obriga a estar cada vez mais preparados para os mais altos padrões de qualidade e eficiência que a categoria exige. Estamos muito empolgados para dar início a mais esse desafio”, afirmou a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Fonte: Agência Petrobras

4- Brasil Supply investe R$ 233 milhões em quatro novas embarcações
BS Geribá. Divulgação
A Brasil Supply lançou a embarcação BS Geribá, que irá operar entre os portos e as plataformas da Petrobras. A entrega faz parte de um plano de investimentos de R$ 700 milhões, distribuídos na construção de 17 embarcações até 2015. A BS Geribá é a primeira das quatro embarcações que a empresa deve lançar ainda neste ano, com investimento total de R$ 233 milhões.
Construída no estaleiro Arpoador, no Guarujá, a BS Geribá é a quinta embarcação que a empresa coloca em operação. “Estamos consolidando nossa posição no Brasil para, em seguida, expandir para outras regiões, mas sempre ligados ao setor de óleo e gás, que exige embarcações com alto grau de sofisticação, tecnologia e qualidade”, afirma o presidente da empresa, José Ricardo Roriz.
Cumprir esse objetivo, porém, esbarra em dificuldades. “Nossos custos de fabricação e matéria-prima são significativamente mais altos do que os de países concorrentes. Outro gap é criado pelas necessidades de tecnologia de ponta e de mão de obra treinada, abundantes em países como Coreia, Japão, China e Singapura, grandes competidores no setor naval”, diz Roriz.
Para o empresário, o Brasil só ganha ao desenvolver sua indústria naval. “Temos grande potencial de transporte fluvial e marítimo e precisamos desenvolvê-lo para melhorar a competitividade e superar os gargalos de infraestrutura e logística que hoje encarecem a movimentação de produtos no país.
Desde já com lugar garantido na constelação dos armadores brasileiros, a Brasil Supply se coordena para atender os contratos já firmados e participar das próximas três etapas de expansão promovidas no âmbito do Plano de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam), criado pela Petrobras.
A BS Geribá é uma embarcação crew boat, tipo P3, com capacidade para 150 toneladas de carga geral e 60 passageiros. Guiada por modernos equipamentos de navegação e equipada com hidrojatos Doen e motores Caterpilar C32 de 4.800 BHP, navega com segurança a velocidades superiores a 25 nós.
Fonte: Ascom BS

5- Já em operação, maior usina solar do mundo pode abastecer 140 mil casas
Foi no deserto da Califórnia (EUA), em uma área de 13 km², que a maior usina solar do mundo começou a opera. Batizado de Ivanpah Solar Electric Generating System, o empreendimento conta com 300 mil espelhos para coletar a luz do sol e tem capacidade bruta de produção de 392 megawatts de energia. A nova gigante do setor de energias renováveis tem capacidade para abastecer cerca de 140 mil casas na Califórnia. Ao adotar a energia solar, essas residências deixariam de emitir 400 mil toneladas métricas de CO2 por ano - o equivalente a remover 72 mil veículos das ruas.
Até então, o título de maior usina solar do mundo pertencia a Shams 1, situada em Abu Dhabi (Emirados Árabes), e cuja capacidade gera 100 megawatts de energia. Agora, o empreendimento que pertence às companhias NRG Energy, BrightSource Energy e Google, tomou a primeira posição, depois de ter resolvido questões regulatórias e problemas jurídicos. 
Fonte: TN Sustentável


II – COMENTÁRIOS

1- Economia brasileira sai mal no filme  
É comum dizer que algo ou alguém saiu mal na foto. É o que acontece hoje com a economia brasileira. Mas a foto não diz como se chegou a tal situação. Assim, é melhor um filme que revele a história. Como neles, a economia segue um roteiro, tem atores principais e coadjuvantes e pode-se falar também da sua direção.
Por falar em filmes, a premiação anual pelo Oscar vem aí, conferida por uma academia do ramo. Em economia a láurea mais importante é o Nobel, que também alcança outras áreas. E há ainda o Ig Nobel. A instituição que o confere busca pesquisas que fazem rir, e também pensar. É coisa séria misturada com humor.
Por exemplo, em 2009 a pesquisadora Elena Bodnar foi premiada por inventar um sutiã que pode ser rapidamente convertido numa máscara que protege o nariz e a boca da inalação de substâncias danosas. A invenção foi depois patenteada e creio que interesse aos que saem às ruas para se manifestar no Brasil. Como poderia ser usada por homens? Deixo a resposta para a imaginação do leitor.
Passando ao filme que mostrarei, a economia brasileira é uma produção gigantesca dos que nela trabalham no agronegócio, na indústria e nos serviços. Contudo a direção que o governo federal tenta dar-lhe não tem nada de Nobel nem de Ig Nobel. Não provoca risos, mas lamentos. Economicamente tem, entretanto, um quê de "igno".
Começando de meados da década passada, a demanda internacional de nossas commodities agrícolas e minerais, em particular da parte da China, teve papel importante na produção brasileira. Aliás, creio que então o Partido Comunista Chinês fez mais pelo Brasil do que qualquer partido político nacional.
O governo federal segue um roteiro que se expressa na política econômica que pratica. Mas ela é ditada quase que exclusivamente por seu desejo de se manter no poder, e não pelas regras de uma boa gestão econômica. Na sua essência, são normas consagradas pelo bom senso e de eficácia comprovada pela experiência internacional.
Assim, no período de vacas gordas que marcou um bom pedaço da década passada faltou o cuidado de fortalecer a economia, até para evitar ou aliviar a fase de vacas magras que hoje se configura. Como na parábola do filho pródigo, este antes de sua regeneração, que aqui ainda não se vê, o governo optou por estimular o consumo e a distribuição de benesses, sem dar a devida atenção à poupança e ao investimento para fortalecer a capacidade produtiva do País e torná-lo menos dependente dos ventos que vêm de fora.
Agora, com a fria ventania que prejudica nossas exportações e com importações ainda estimuladas pelo consumismo, sobreveio um desequilíbrio das contas externas do País. Mesmo ainda embrionário, leva atores econômicos internos e externos a uma atitude de precaução, trocando ativos nacionais por estrangeiros, o que também desvaloriza o real e provoca surtos de insônia no dragão da inflação.
Esta vem essencialmente de um desequilíbrio entre a demanda e a oferta da economia como um todo. Mas, sem atacar suas causas, o governo insiste em conter efeitos, segurando preços como os de petróleo e energia. Num efeito colateral, prejudica empresas estatais que, paradoxalmente, diz orgulhar-se de defender. Com isso o dragão inflacionário reduz um pouco a insônia, mas na bula desse remédio está escrito que acordará mais energizado posteriormente. Uma das razões é que a oferta futura de produtos com preços controlados não se expandirá como devia, porque tal controle desestimula investimentos capazes de ampliá-la.
O aspecto mais sério e complicado é o de como a própria direção se apresenta. Além de atacar inadequadamente a inflação, insiste em gastar muito mais do que arrecada. Dessa forma também contribui para estimular a demanda agregada da economia e recorre à criatividade contábil para dissimular seu desequilíbrio. Mas quem examina suas contas não é bobo e a contabilidade criativa se torna destrutiva da confiança de atores econômicos, em particular de investidores.
Igualmente impulsiona a desconfiança um nada transparente orçamento paralelo de financiamentos, como os do BNDES, concedidos a juros subsidiados e bancados com mais dívida pública. Também aí o governo dissimula ao dizer que sua dívida líquida não cresce com tal esquema, pois os correspondentes aumentos de dívida são compensados pelos créditos adicionais que acumula ao emprestar. Só que o padrão internacional para a análise do endividamento público é a dívida bruta, em face dos riscos envolvidos nesses créditos e dos custos dos subsídios.
Assim, a desconfiança na gestão governamental e o que se passa na inflação e nas contas externas compõem um quadro perigoso. Além do impacto na taxa cambial, estimula a saída de capitais, leva ao aumento dos juros internos e dos externos cobrados nos financiamentos a empresas brasileiras. E a um ambiente desfavorável à realização de investimentos capazes de ampliar com vigor as taxinhas de crescimento que marcam o produto interno bruto (PIB) brasileiro.
O governo reclama que o Brasil é diferente e que não merece estar em grupos de países tidos como vulneráveis. Mas com esse filme em que sua direção só pensa em agradar ao eleitor, sem enfrentar com eficácia as muitas dificuldades existentes, quem a ele assiste, e ao fracasso de países que seguiram o mesmo roteiro, não vê um final feliz.
São várias as academias que dão notas a filmes de países na gestão de sua economia. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deu ao do Brasil uma nota baixíssima. No mês que vem ouviremos vozes de outra academia, a das agências de risco que falam individualmente.
Dada essa obsessão eleitoreira que orienta a direção, não creio em mudanças eficazes, exceto se na próxima escolha a plateia optar por outro filme, que siga a linha do bom senso e com outro elenco.
Roberto Macedo - Economista (UFMG, USP e Harvard) e consultor econômico e de ensino superior
Fonte: O Estado de S. Paulo

2- Marinha impõe limite de navegação na hidrovia  
A falta de chuva não afeta apenas os reservatórios das usinas hidrelétricas da região de Araçatuba que estão operando com volume útil bem baixo, colocando em risco o fornecimento de energia elétrica. Ela começa a trazer problemas também para a navegabilidade das embarcações que utilizam a hidrovia Tietê-Paraná.
No início da semana a reportagem do jornal O Liberal encaminhou questionamentos ao Departamento Hidroviário (DH) do Estado de São Paulo. E a resposta acendeu o sinal de alerta.
Caso não chova nos próximos dias há o risco da navegabilidade ser interrompida no Rio Tietê, entre o trecho da usina de Três Irmãos (Andradina) e Nova Avanhandava (Buritama). Conforme site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (OSN, ontem (19), o volume útil do reservatório de Três Irmãos era de 30,04%. Na média, os reservatórios da região Sudeste e Centro-Oeste operam com 35,33% do volume útil, conforme medição feita também no dia 18 deste mês.
Marinha
Em nota encaminhada à redação do jornal, a assessoria de imprensa do DH explicou que em função da estiagem que ocorre em todo o Estado, o calado -- que é a distância entre a quilha do navio e a linha de flutuação -- atual da hidrovia Tietê-Paraná é de 1,95m, podendo atingir 2,2m com as ondas de vazão na usina de Nova Avanhadanva. No entanto, o calado normal da hidrovia, conforme nota do órgão estadual é de 2,70. "Esse é o calado mínimo exigido para navegação na Tietê-Paraná, que possibilita que a embarcação ultrapasse os pontos críticos". De acordo com o órgão, o calado normal da hidrovia para navegação é de 2,70 m, atingindo 3,00m no período chuvoso.
Diante do atual quadro, o Departamento Hidroviário disse que "para manter a navegação e a segurança nas operações, a Marinha do Brasil determinou, através de aviso aos navegantes, que as empresas que utilizam a hidrovia operem dentro deste limite (2,20m)". O ONS informou que para garantir a navegação, será redistribuído os volumes dos reservatórios da região. Em nota, a assessoria de imprensa da AES informou que as eclusas estão operando normalmente.
Transporte de cargas
Para navegar na Tietê-Paraná as embarcações estão sendo obrigadas a reduzir de 6 mil toneladas para 4 mil a capacidade de transporte dos comboios. Em 2013, a hidrovia transportou quase seis milhões de toneladas de produtos. Entre os produtos mais transportados pelas águas do rio Tietê estão soja, farelo de soja, madeira e milho.
Porém, a hidrovia também recebe barcaças carregadas com cana-de-açúcar, areia e trigo. Hoje a hidrovia pode ser considerada um dos principais modais de transporte da nossa região. A expectativa do DH é que este volume alcance 14 milhões de toneladas até 2017.
Caso a navegabilidade seja interrompida na hidrovia Tietê-Paraná, toda essa carga terá que ser transportada por caminhões pelas rodovias. Para efeito de comparação uma barca equivale a mais ou menos 100 caminhões a mais em circulação. (com informações Folhapress)
Nível dos reservatórios de Promissão e Três Irmãos cai mais um pouco
A cada dia a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas da região fica mais preocupante. Ontem (19), conforme Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO) divulgado no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o volume útil dos reservatórios de Promissão e Três Irmãos, ambos no rio Tietê, havia caído.
Os dados são referentes ao dia anterior. E, mais uma vez, a situação mas crítica foi constatada em Promissão, que operava com um volume útil de 24,22%. Em Três Irmãos a situação não é muito diferente. Segundo IPDO, o volume da usina no último dia 18 era de 30,04%. Apenas Jupiá operava acima dos 90% (90,58%). Os reservatórios das usinas trabalham com dois volumes: o útil e o morto.
O volume útil vai de 0 a 100%. Dentro dessa margem a usina ainda consegue operar e produzir energia. Porém, quando o nível chega a 0% atinge o chamado volume morto. Ou seja, não há mais produção de energia. Matéria publicada na edição do último domingo do jornal O LIBERAL revelou que o atual volume dos reservatórios da região estão bem abaixo dos números registrados em 2001, período em que houve racionamento deenergia elétrica no país.
Diogo Rocha
Fonte: O Liberal Regional - Araçatuba/SP

sábado, 15 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 173

I – NOTÍCIAS

1- PSV da Wilson Sons Ultratug Offshore recebe prêmio da Petrobras
PSV Petrel. Wilson Sons
O Platform Supply Vessel (PSV) Saveiros Albatroz, da Wilson Sons Ultratug Offshore, joint venture entre o Grupo Wilson Sons e a chilena Ultramar, recebeu no final de janeiro um prêmio da Petrobras. A petroleira reconheceu a embarcação como destaque no desempenho operacional e de SMS na Bacia de Campos em 2013. O PSV, construído em 2003, presta serviço para a Petrobras desde que entrou em operação.
“Estar entre os quatro melhores barcos da frota da Petrobras – que compreende mais de 300 embarcações de mais de 50 empresas – é o reconhecimento do trabalho dedicado que prestamos para nossos clientes. Estamos muito felizes com essa premiação”, afirma o diretor executivo da Wilson Sons Ultratug Offshore, Gustavo Machado.
Todos os barcos que prestam serviço para a petroleira foram avaliados para o prêmio. Foi considerado o desempenho de cada um em diversos quesitos, como as taxas de acidente com pessoal, acidentes de processo marítimo e desempenho no Programa de Excelência Operacional no Transporte Aéreo e Marítimo (PEOTRAM). Após a análise, quatro embarcações receberam o prêmio.
O Saveiros Albatroz foi o primeiro PSV da Wilson Sons Ultratug Offshore, além de ser a primeira embarcação de apoio offshore construída pela Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá (SP). Hoje, a companhia possui uma frota de 18 PSVs, dos quais quatro entraram em operação em 2013.
Fonte: Ascom Wilson Sons

2- Petrobras vai contratar oito embarcações de apoio na 5ª rodada do Prorefam
Divulgação. Agência Petrobras
A Diretoria Executiva da Petrobras aprovou a contratação de oito embarcações de apoio às suas atividades marítimas. Elas fazem parte do Terceiro Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). Nessa 5ª rodada foram contratadas quatro embarcações da empresa Bram, que construirá as unidades no estaleiro Navship, em Santa Catarina; três da Starnav, com construção programada para o estaleiro Detroit, também em Santa Catarina, e uma da Norskan, que usará o estaleiro STX (Vard), no Rio de Janeiro.
O Prorefam foi lançado em 2008 e prevê, ao todo, a contratação de 146 embarcações, em sete rodadas. O percentual de conteúdo local exigido na fase de construção é de 50% para as embarcações modelo Anchor Handling and Tug Supply (AHTS), e de 60% para as modelos Platform Supply Vessel (PSV) e Oil Spill Response Vessel(OSRV).
Até a 5ª rodada já foram contratadas 87 embarcações. Além disso, as propostas para a 6º rodada de contratações já foram recebidas no dia quatro de fevereiro e estão sendo analisadas tecnicamente. 
A 7ª rodada será lançada em março próximo e os respectivos contratos devem ser assinados no segundo semestre deste ano.
Fonte: Agência Petrobras

3- Graça Foster é indicada à lista de mais influentes no mundo dos negócios
A presidente da Petrobras, Graça Foster, está entre as 200 personalidades mais influentes no mundo dos negócios nos últimos 25 anos. A lista, feita pela emissora de TV norte-americana 'CNBC', será reduzida nos próximos meses a 25 pessoas, em referência ao 25º aniversário do canal. A escolha será feita diretamente pelos espectadores através do site www.cnbc.com/25.
Entre os consultores que participaram da seleção estão Herminia Ibarra, da Escola de Negócios Insead; Jeffrey Sonnenfeld, da Universidade de Yale e o ex-editor-chefe do Wall Street Journal, Paul Steiger. O critério de escolha foi a influência em mudanças significativas no cenário dos negócios, comércio, gestão ou comportamento humano que tenham contribuído para uma mudança mundial.
A 'CNBC' é um canal de TV a cabo especializado em negócios e pertence ao grupo norte-americano de televisão 'NBC'.
Fonte: Agência Petrobras

4- Pequim deve fechar 300 fábricas poluidoras este ano
O governo municipal de Pequim anunciou que vai encerrar este ano 300 fábricas poluidoras para tentar "melhorar a qualidade do ar na cidade", considerada uma das capitais mais poluídas do mundo. A lista das fábricas será publicada até o fim de abril, adiantou a agência de notícias oficial chinesa.
De acordo com o novo plano para combater a poluição em Pequim, indústrias com grande consumo de energia, como de cimento e siderurgia, não serão, "em princípio", aprovadas pelo município.
"Manufaturas de mão de obra intensiva também não serão uma opção para o desenvolvimento da cidade", defende o plano, aprovado em 2013.
Pequim é a sede de um município com cerca de 20 milhões de habitantes e área superior à metade da Bélgica.
No último ano, desde janeiro de 2013 - mês em que Pequim teve apenas cinco dias de sol - a poluição tornou-se uma das principais fontes de descontentamento popular na China, ao lado da corrupção e das desigualdades sociais.
Em avaliação sobre a qualidade ambiental em 40 cidades no mundo, feita pela Academia de Ciências Sociais de Xangai e divulgada hoje na imprensa oficial, Pequim ficou em penúltimo lugar e foi considerada "imprópria para viver".
Fonte: Agência Brasil

5- Comperj já custa o dobro e acumula problemas
Uma das obras mais caras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em construção para a Petrobras, foi palco de um confronto de trabalhadores que acabou na semana passada com dois operários baleados e uma caminhonete incendiada. O conflito foi o último episódio de uma série de problemas sofridos pelo Comperj.
Projetado em 2006 por US$ 6,5 bilhões, terá sua primeira unidade inaugurada, na melhor das hipóteses, cinco anos depois do programado, em agosto de 2016, por pelo menos US$ 13,5 bilhões (R$ 32 bilhões, pelo fechamento de sexta-feira).
O valor compreende apenas uma refinaria (165 mil barris/dia), a menor de um total de duas previstas. Produzirá combustíveis e é uma das esperanças da Petrobras para reduzir importações, que chegam a cifras bilionárias por mês e castigam as ações da petroleira.
Em oito anos, o projeto já foi alterado várias vezes, o preço inflado e houve anos de atraso pela dificuldade de chegada de equipamentos. A unidade petroquímica que batizou o empreendimento não sairá como planejada inicialmente. A segunda refinaria, para 300 mil barris/dia, quase o dobro da primeira, ainda não tem investimentos garantidos. Essa é uma das incógnitas em relação ao plano de negócios, que a companhia pode levar a apreciação no Conselho de Administração no próximo dia 25.
Trabalham no canteiro de obras na região metropolitana do Rio uma multidão de 29,2 mil funcionários, que neste momento negocia reajuste anual de salários. Parte entrou em confronto na semana passada com o próprio sindicato que os representa, o Sinticom.
"Descontam no nosso contracheque de R$ 30 a R$ 60 por mês. E mesmo assim falta água, usamos banheiro químico, a comida é ruim, omitem acidentes de trabalho, sabotam a negociação de dissídio salarial. O sindicato trabalha para o patrão", disse Samuel Souza, um dos líderes do movimento.
Para o assessor do Sinticom, Marcos Hartung, no entanto, os conflitos têm um fundo político. "O Comperj é uma obra muito grande. É muito cobiçada por gerentes sindicais. Desde 2011 temos problemas com grupos radicais", disse. "Eles querem tomar o sindicato. Tem R$ 800 mil de arrecadação por mês por trás. Cresceu o olho".
Os trabalhadores, por sua vez, reclamam de luxo no sindicato, como o uso da caminhonete Amarok, da Volkswagen, que, no confronto, acabou incendiada. Na quinta-feira, durante os protestos, dois motoqueiros atiraram nos operários Felipe Feitosa, de 21 anos, que levou três tiros, e Franciuélio Rodrigues, de 20 anos, que levou dois. Ambos foram internados no Hospital Municipal Desembargador Leal Junior.
O delegado-assistente Pablo Valentim, da 71ª Delegacia de Polícia, investiga a possibilidade de que motoqueiros ligados ao sindicato tenham sido responsáveis pelo ataque.
O Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro) apoia os funcionários dissidentes e defende que o conflito com o Sinticom seja resolvido. "Apoiamos os trabalhadores em greve, alguns estão sem salário desde dezembro, falta até água potável", disse o secretário-geral do Sindipetro, Emanoel Cancella.
Desde o início o projeto foi envolto por controvérsias. A escolha do terreno para instalação foi a primeira delas. Na época, Itaguaí, também na região metropolitana, mas às margens da Baía de Sepetiba, com uma infraestrutura já montada, estava no páreo. Campos, no norte do estado do Rio, reduto eleitoral do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, oponente do atual governador, Sérgio Cabral (PMDB), também era opção.
Venceu Itaboraí, às margens da Baía de Guanabara, onde os trabalhos de terraplanagem seriam mais custosos e o licenciamento ambiental, mais difícil, por causa dos impactos.
Fonte: O Estado de S. Paulo


II – COMENTÁRIOS

1- Setor de óleo e gás precisa de mudanças para manter competitividade
As incertezas e entraves no setor de óleo e gás no Brasil, relativos à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação, podem afastar investidores. Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja competitivo no setor, continue no foco do capital estrangeiro e suporte o desenvolvimento da indústria nacional. Caso contrário, o Brasil deve perder espaço para mercados em expansão como México e África Ocidental.
Segundo o Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, cinco áreas precisam de atenção e reavaliação para obtenção de melhores resultados em meio a expectativas positivas de desenvolvimento do setor: Capital Humano, Inovação Tecnológica, Infraestrutura, Investimentos e Modernização do Ambiente Regulatório, especialmente no que se refere à carga tributária.
Hoje o Brasil apresenta deficiências nesses cinco aspectos. A demanda por profissionais qualificados aumenta e não há cursos específicos para o setor de óleo e gás; existem tecnologias e insumos que não são supridos no mercado nacional; ainda é um desafio o gerenciamento dos vultosos e complexos investimentos no setor e a entrega bem sucedida de projetos é fundamental para manter a confiança do mercado; o país deverá desenvolver grande infraestrutura logística considerando a distância dos blocos do pré-sal com o continente (350 km) e desenvolver malha de gasodutos em regiões ainda deficitárias; além da necessidade de leis mais claras.
O estudo faz ainda um comparativo entre as políticas e resultados alcançados na Noruega e Inglaterra com os desafios que devem ser superados pelo Brasil. No caso da Noruega, o desenvolvimento se deu com o fortalecimento da indústria e a produção teve ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando as diferentes fases da exploração e produção. Além disso, houve forte financiamento de pesquisas para avanço tecnológico e foi adotado um regime tributário simples e transparente.
Já na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, opção que trouxe bons resultados no início, mas levou a uma produção irregular na fase de crescimento e uma forte queda a partir do ano de 2000. Não havia estratégia de estímulo à pesquisa e eram constantes as mudanças no regime fiscal.
“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirma Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.
Para Assis, não dá para exigir conteúdo local alto a curto prazo ao mesmo tempo em que se exige crescimento acelerado da produção. “É necessária a adoção de medidas claras e a criação de um ambiente regulatório que incentive a concorrência leal, o que teria impactos positivos para o desenvolvimento do setor de óleo e gás. Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, explica o executivo.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

2- Maersk vai levar ao governo lista com principais gargalos no Brasil
Soluções para o excesso de burocracia e para a falta de infraestrutura terrestre no acesso ao porto de Santos (SP) lideram o ranking de medidas para destravar o comércio brasileiro via marítima. As ações encabeçam uma lista das 20 principais soluções reunidas pela Maersk Line, o maior armador do mundo no transporte de contêineres.
O relatório, produzido após evento com participantes da cadeia logística, traz um diagnóstico de gargalos conhecidos há anos, mas que ainda não tiveram solução ou, quando encaminhados, não alcançaram o resultado esperado. Em 2012 os portos brasileiros movimentaram 8 milhões de Teus (unidade padrão de um contêiner de 20 pés), a mesma marca do porto de Los Angeles (EUA) no período.
"Não buscamos achar culpados, mas sim soluções", diz Peter Gyde, presidente da Maersk Line no Brasil. A empresa pretende apresentar o relatório ao governo na tentativa de que mais medidas sejam adotadas neste ano. "Algumas necessitam de grandes investimentos que levam tempo, como rodovias e ferrovias, mas outras não", afirma o executivo. Como incentivos fiscais à cabotagem. E a criação de um portal que consolide toda a papelada necessária na operação dos navios.
Segundo Mario Veraldo, diretor comercial da Maersk Line no Brasil, é necessário harmonizar numa mesma plataforma os agentes que intervêm no comércio exterior, algo que o programa federal Porto Sem Papel prometeu fazer. Hoje, diz ele, não há sincronia de atuação. "Há órgãos que, mesmo já recebendo a informação online, exigem o documento impresso", disse Veraldo.
As medidas valem para os portos em geral, mas Santos recebeu destaque por concentrar quase 40% do volume de contêineres nacional.
Fonte: Valor Econômico 

3- Fator: economias de Brasil e China inverterão papéis
Brasil e China deverão inverter os papéis ao longo da década à medida que o país sul-americano dá maior peso às exportações e à modernização de sua infraestrutura como vetores de crescimento e o gigante asiático desenvolve o seu mercado consumidor interno, segundo avaliação do estrategista-chefe do Banco Fator, Paulo Gala. Esse cenário, afirmou o executivo, vai proporcionar oportunidades interessantes a investidores fundamentadas em desvalorização cambial, subida de juros e preços atrativos na Bovespa.
"Haverá uma espécie de inversão de papéis entre Brasil e China nos próximos anos e quem entender esse momento poderá ganhar dinheiro tanto na renda fixa quanto na renda variável", disse Gala, durante e evento Perspectivas & Estratégias 2014, do Banco Fator.
De acordo com o estrategista, o Brasil passou por um período de forte crescimento decorrente do destravamento do crédito, mas essa situação provocou desequilíbrio entre bens comercializáveis e serviços em relação à participação dos setores dentro do Produto Interno Bruto (PIB). "O reequilíbrio será conduzido pelo câmbio e esse movimento deve ser a marca da economia do País nos próximos anos", afirmou, durante palestra no evento.
Em relação às exportações, Gala destacou a desaceleração da economia chinesa com consequente queda da demanda por commodities e, portanto, recuo de preços de produtos agropecuários e minerais. "Nesse mundo novo o Brasil não mais conseguirá sobreviver à base de commodities", afirmou.
As oportunidades de investimentos decorrentes de todo esse cenário, na opinião de Gala, se darão por meio de três pilares: câmbio, juros e ações na Bolsa de Valores. Na análise do estrategista, a desvalorização cambial "veio para ficar" e, inclusive, rendeu bons frutos para quem investiu neste tipo de aplicação em 2013 - segundo ele, uma das melhores do ano passado. Sobre investimentos em renda fixa, Gala disse que poucos países do mundo oferecem uma rentabilidade tão alta quanto o Brasil.
No caso de investimentos em renda variável, o estrategista do Banco Fator afirmou que a Bovespa apresenta atualmente preços atrativos para muitas das ações negociadas e o potencial de crescimento está naquelas ligadas ao setores de infraestrutura e educação, além das empresas com exposição ao câmbio. "Não tenho nenhuma dúvida de que a Bolsa vai voltar a subir quando o resultado do desenvolvimento da infraestrutura brasileira impactar positivamente nos balanços das companhias", disse.
Fonte:  Estadão por Wladimir D'Andrade 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 172

I – NOTÍCIAS

1- Operários do Comperj são baleados em protesto
Dois manifestantes que participavam da mobilização no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, foram baleados na madrugada do dia 6 fev e levados para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros (Sindspetro), dois homens em uma moto se aproximaram do grupo, de cerca de 30 pessoas, e fizeram os disparos.
Felipe Feitosa, 21 anos, e Franciuélio Rodrigues, 20 anos, deram entrada na unidade de saúde por volta das 7h30. Felipe teve que passar por uma cirurgia e não corre risco de morte. Ele foi atingido por três tiros, um na barriga, um na coxa direita e outro na mão direita. Franciuélio foi atingido por dois tiros, um na mão direita e no tornozelo direito.
Os tiros acirraram a mobilização, que chegou a reunir 10 mil pessoas nesta manhã, de acordo com a Polícia Militar, que acompanha o protesto. Os manifestantes fecharam à RJ-116 e fizeram uma marcha do Comperj até o hospital onde os rapazes foram internados.
Os manifestantes reivindicam o pagamento dos salários de dezembro e pedem reajuste de 15%. Representantes do sindicato dos petroleiros se reuniram com a Petrobras para tentar por fim à paralisação. A maior parte dos trabalhadores do complexo é terceirizada e, segundo a Petrobras, os pagamentos feitos às empresas contratadas estão em dia.
Fonte: Agência Brasil

2- Governo quer térmicas a gás natural nos leilões
O governo pretende estimular a participação de termelétricas a gás natural nos próximos leilões de energia para aumentar a garantia de oferta e a segurança do sistema elétrico nacional. Com essa finalidade, o Ministério de Minas e Energia modificou as regras já para os leilões de geração deste ano, aumentando a competitividade desses projetos.
O governo elevou o teto permitido do custo variável unitário (CVU) - que engloba todos os custos operacionais do empreendimento, principalmente o do combustível - declarado pelas térmicas, de R$ 110 por megawatt-hora (MWh) para R$ 150 (MWh). Na prática, esse aumento viabiliza economicamente a participação de usinas que importam gás natural liquefeito (GNL).
A modificação está prevista na portaria 34 do ministério, de 28 de janeiro, que determinou a realização do leilão A-3 (que negocia energia para entrega a partir de 2017), marcado para 6 de junho. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, porém, a ideia é que a regra seja aplicada também para os leilões A-5 (que negociam contratos para entrega cinco anos à frente).
"Hoje, a grande questão é justamente o gás. O Brasil por enquanto depende do GNL para fazer a expansão. O que fizemos agora para o leilão A-3, até para dar um sinal para o A-5, foi aumentar o teto do custo variável unitário. Esse aumento foi justamente para atrair a térmica a gás. Com esse valor, ela eventualmente poderia se tornar viável. Estamos dando esse sinal para ver se viabilizamos térmicas que dependam de GNL", disse.
Segundo o presidente da EPE, o estímulo à participação de térmicas nos leilões está de acordo com o pensamento do governo de diversificar as fontes de energia do país. O principal motivo para essa guinada estratégica é o impedimento da construção de novas hidrelétricas com reservatórios de grande porte.
Com isso, a operação de térmicas se tornará cada vez mais frequente no país, quebrando um antigo tabu do setor elétrico brasileiro de que esse tipo de usina não pode operar "na base", ou seja de forma contínua. "É importante as pessoas entenderem que as térmicas fazem parte do nosso sistema. Ele não é apenas hídrico. Ele tem hidrelétricas, termelétricas, eólicas e outras. Temos que nos habituar, as térmicas vão operar com maior frequência", disse ele.
Tolmasquim também reforçou o discurso do governo de que não há risco de desabastecimento no sistema elétrico hoje, apesar do nível crítico dos reservatórios hidrelétricos. "É importante diferenciar o problema que aconteceu ontem [o apagão de terça-feira] com o risco de desabastecimento. Aquele foi um problema pontual, que poderia ocorrer em qualquer momento", afirmou o presidente da EPE.
O executivo admitiu que o cenário de chuvas para fevereiro é muito desfavorável. "Do lado positivo, o aumento da capacidade de geração, a diversificação da matriz [energética] e o aumento das linhas de transmissão estão fazendo com que a gente não tenha risco de desabastecimento. Apesar de, um lado, termos uma hidrologia muito ruim e, de outro, haver um consumo muito elevado, por causa do calor, o sistema está dando conta", disse.
Transparecendo muita tranquilidade, Tolmasquim disse que o governo não planeja até o momento acionar a termelétrica de Uruguaiana, da AES, movida a gás natural, na fronteira com a Argentina. A usina, de 600 MW de potência instalada, foi ligada em caráter de urgência no último verão para conter a queda do nível dos reservatórios hídricos.
"A térmica de Cuiabá é uma coisa que a Petrobras está vendo com o governo da Bolívia, mas não tem nenhuma decisão. Ainda está sendo avaliado. E, com relação à Uruguaiana, ainda não se está pensando nisso", disse Tolmasquim. "É uma usina que está aí e poderia vir a ser usada se fosse o caso também" completou o executivo, lembrando que para isso, seria necessário um acordo entre a Petrobras e o governo argentino, já que o combustível importado seria transportado pela rede do país vizinho.
Fonte: Valor Econômico

3- Técnicos do Porto do Rio conhecem programas ambientais em Itajaí
Os técnicos das áreas Ambiental e de Segurança do Trabalho da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Paulo Roberto de Oliveira e Juliano Baptista, realizaram visita técnica ao Porto de Itajaí. O objetivo da visita foi conhecer os programas ambientais desenvolvidos no porto, apontado pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) como referência entre os portos brasileiros com relação à questão ambiental.
“As ações desenvolvidas pelo Porto de Itajaí com relação ao meio ambiente fazem com que lideremos, já há algum tempo, o Índice de Desempenho Ambiental, avaliado anualmente pela Antaq”, informa a engenheira ambiental Medelin Pitrez dos Santos, que acompanha os técnicos durante a permanência em Itajaí. Na Superintendência do Porto eles foram recepcionados pelo diretor Executivo, Heder Cassiano Moritz.
Fonte: Assessoria de comunicação do  Porto de Itajaí 

4- Navio da Petrobras terá propostas de SBM, Modec e BW
A SBM Offshore, a Modec, e a BW Offshore estão competindo para fornecer um navio de produção à Petrobras, porque a maior produtora mundial em águas profundas busca se recuperar da mais baixa produção doméstica desde 2008, disseram duas fontes com conhecimento direto do processo.
As três construtoras de equipamentos de produção flutuante estão elaborando propostas para construir um FPSO que a Petrobras, que tem sede no Rio de Janeiro, planeja empregar no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque os termos do negócio são privados. A Petrobras planeja começar a produção no campo em 2017 como parte de seu plano de negócios para dobrar a produção até 2020.
A Petrobras não comenta processos de licitação em curso, disse a empresa em resposta a questões, enviada por e-mail. O escritório da Modec em Tóquio não respondeu aos pedidos por comentário por e-mail e telefone. O diretor de relações com investidores da BW, Kristian Flaten, não respondeu a um e-mail em busca de comentário. A SBM preferiu não comentar sua proposta em uma resposta por e-mail.
“Modec e SBM, essas são as que vêm tomando esses contratos nos últimos cinco anos”, disse Kristian Diesen, analista da Pareto Securities AS, por telefone, de Oslo. “Isto é muito importante, este é de longe o maior mercado único de FPSO”.
A Petrobras, que está sendo negociada próximo à maior baixa desde 2005 no mercado de ações depois que subsídios aos combustíveis e uma produção de petróleo bruto mais baixa que a esperada decepcionaram os investidores, está mudando seu foco de perfuração de exploração para desenvolvimento das descobertas existentes.
A empresa adicionou seis novas plataformas de produção desde novembro. Ao mesmo tempo, o número de sondas de perfuração no Brasil caiu, em dezembro, ao nível mais baixo desde 2010, segundo dados compilados pela Baker Hughes, uma fornecedora de serviços de petróleo.
Empreendimentos conjuntos
As exigências estritas para equipamentos de origem local tornam mais fácil para empresas parceiras de estaleiros brasileiros competir por equipamentos offshore, disse Diesen.
“A parceria da SBM com a Synergy no estaleiro Brasa, em Niterói, mostra que temos a capacidade e o controle para atender o volume local de projetos” desde que o estaleiro foi inaugurado, em 2012, disse Paula Blengina, porta-voz da SBM, por e-mail.
A Modec está construindo FPSOs para a Petrobras no estaleiro Brasfels, no estado do Rio de Janeiro. O estaleiro TCE, na Baía de Guanabara, no Rio, listou a BW como uma de suas clientes em seu site. A BW também trabalhou com o estaleiro Quip, no Rio Grande do Sul.
Em 2013, a produção doméstica de petróleo bruto da Petrobras caiu para 1,93 milhão de barris por dia, a mais baixa desde 2008, segundo dados de seu site.
Fonte: EXAME

5- QGEP conclui testes em Atlanta e anuncia licitação para FPSO
Testes indicam índice de produtividade próximo ao limite superior estimado de 6 mil a 12 mil bpd
A QGEP concluiu a perfuração e os testes do primeiro poço horizontal (7-ATL-2HP-RJS) do Sistema de Produção Antecipada (SPA) do campo de Atlanta e anunciou que, nos próximos dias, lançará uma licitação para contratação de um FPSO.
A petroleira receberá propostas para FPSOs com diferentes capacidades de produção, considerando dois cenários potenciais: continuar com o SPA ou prosseguir diretamente para o Sistema Definitivo. A decisão em relação à contratação do FPSO será baseada nos resultados do processo de licitação e no impacto na avaliação econômica do projeto. Em ambos os cenários, o primeiro óleo de Atlanta é esperado para o final de 2015 ou início de 2016.
Ainda segundo a QGEP, o consórcio prosseguirá com a perfuração do segundo poço horizontal do SPA. De acordo com a empresa, os testes de formação indicaram que as taxas de produtividade ficarão próximas ao limite superior do intervalo estimado de 6 mil a 12 mil bpd, quando os poços estiverem em condições normais de produção e equipados com a Bomba Centrífuga Submarina Submersa (BCSS) em sua capacidade total. Os resultados também confirmaram as características esperadas do reservatório e do óleo, com alta permeabilidade e 14° API.
O teste foi executado com sucesso em dois períodos de vazão distintos e foram obtidas vazões de 1.250 bpd e mais de 5.000 bpd, respectivamente. As vazões alcançadas estiveram sujeitas a limitações de produção associadas ao layout do teste e às facilidades de superfície, tais como a limitação da capacidade de estocagem, restrições de queima e baixa capacidade da BCSS.
Localizada no Bloco BS-4, a 185 km da costa da cidade do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos, Atlanta possui lâmina d'água de aproximadamente 1.500 metros. O poço foi perfurado em uma seção horizontal de 750 metros de extensão e um diâmetro de 9,5”. O reservatório perfurado é representado por arenitos com porosidade média de 38%.
A seção horizontal do poço foi revestida com telas e empacotada com gravel, que irá otimizar a produtividade do óleo, prevenindo os movimentos das areias do reservatório para o poço e os equipamentos de produção.
A Queiroz Galvão é a operadora do bloco, com 30% de participação, em consórcio com a OGP (40%) e a Barra Energia (30%).
Fonte: Energia Hoje/Por Ronaldo Rodrigues


II – COMENTÁRIOS

1- Tauil & Chequer promove seminário sobre seguros no setor petrolífero
Organizado pelo Tauil & Chequer Advogados, o seminário Petróleo & Seguros – Oportunidades, Produtos e Riscos acontece no próximo dia 18, de 15h as 19h, no auditório do IRB Brasil, localizado no Centro do Rio de Janeiro.
Durante o evento, serão debatidos temas como as oportunidades e riscos da indústria, o mercado internacional de seguros na área de petróleo e gás e o gerenciamento de crises no setor. O advogado Dennys Zimmerman, sócio do Tauil & Chequer, falará sobre questões controvertidas em sinistros de petróleo e gás.
Inscrições e mais informações: bd-brazil@mayerbrown.com ou pelo telefone (21) 2127 1717.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação 

2- Energia eólica mundial cresce 12.5% em 2013
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Mercado anual em baixa; retomada do crescimento em 2014
O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC) divulgou  as estatísticas referentes ao mercado eólico em 2013, apresentando uma capacidade cumulativa global de 318.137 MW, um aumento de quase 200.000 MW nos últimos cinco anos. No entanto, o mercado anual caiu quase 10 GW para 35.467 MW, atribuível à queda vertiginosa nas instalações norte-americanas, devido à lacuna política criada pelo Congresso dos EUA em 2012. Embora 2013 tenha marcado outro ano difícil para a indústria eólica, com “apenas" 12,5% de crescimento acumulado, as perspectivas para 2014 e nos anos seguintes parecem muito mais positivas. 
"Fora da Europa e dos EUA, o mercado global cresceu discretamente no ano passado, liderado pela China e um ano excepcionalmente forte no Canadá. Enquanto o hiato político nos EUA impactou fortemente o ano de 2013, a boa notícia é que os projetos em construção nos EUA totalizaram mais de 12.000 MW no final do ano, um novo recorde. As instalações europeias ficaram atrás por somente 8%, mas com uma concentração insalubre do mercado em apenas dois países - Alemanha e Reino Unido ", disse o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer.
O GWEC destaca os números das grandes instalações da China, observando que a fase de consolidação para a indústria chinesa, que começou após o ano de pico em 2010, parece ter acabado. "A China é, novamente, um mercado em crescimento, o que é uma boa notícia para a indústria. O compromisso do governo para a energia eólica foi reforçada, mais uma vez, elevando a meta oficial para 2020 em 200 GW, e a indústria tem respondido", continuou o Sawyer.
A Índia tem uma nova “Missão Eólica”, o Brasil contratou 4.7 GW de novos projetos em 2013 e a reforma do setor elétrico agitará o mercado nos próximos anos. Apesar de alcançar somente 90 MW em instalações durante 2013, a África apresentará crescimento com novas instalações em 2014, liderada pela África do Sul, Egito, Marrocos, Etiópia, Quênia e Tanzânia. 
"Os mercados que não são membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no geral, são muito saudáveis, e há um fluxo constante de novos mercados emergentes na África, Ásia e América Latina. Com os EUA, aparentemente de volta aos trilhos, pelo menos para os próximos dois anos, o principal desafio é estabilizar os mercados europeus, onshore e offshore, que tem sido abalado por indecisão política ao longo dos últimos anos", disse Sawyer.
GWEC espera que as instalações de 2014 retornem, pelo menos, aos níveis de 2012 e, provavelmente, os ultrapasse. As previsões do GWEC para os próximos cinco anos (2014-2018) serão divulgadas em abril. 
Fonte: Redação TN/ Ascom ABEEólica

3- FPSOs e refino na mira da Siemens em 2014
Empresa prevê licitações de epecistas para compra de equipamentos de refino ao longo deste ano
A alemã Siemens aposta que o ano de 2014 reserva novas encomendas de equipamentos para FPSOs construídos no Brasil ou afretados e uma nova onda de contratações para o Comperj.  “Estamos esperando licitações de epecistas que ganharam projetos de unidades de UGH, URE e UPGN”, contou o diretor da divisão de Óleo e Gás da Siemens no Brasil, Welter Benício, para quem o ano de 2013 foi positivo, com a retomada das contratações para o offshore e no Comperj.
Welter Benício, da Siemens: FPSOs e Comperj
(Marcus Almeida, Somafoto)
A expectativa para o pré-sal é de incremento a partir de 2015, com as primeiras contratações para o campo de Libra. “O investimento de US$ 15 bilhões em bônus no campo é como uma garantia de contratações para o mercado” assinalou Benício, que também está otimista em relação ao início dos projetos da Premium 1 e UFN 3 e 4.
Por hora, a empresa descarta investimentos em expansão em função da base instalada versus a demanda atual. “Temos capacidade para atender todo o mercado elétrico mais a demanda de óleo e gás”, disse Welter, que cogita a ampliação da linha de turbomáquinas e máquinas rotativas, como compressores, apenas em 2015, caso a empresa feche contratos para o offshore ainda este ano.
Para este ano, a empresa prevê investimentos na nacionalização de componentes elétricos para sistemas submarinos, como jumpers, com o objetivo de melhorar o atendimento local nos contratos com as operadoras brasileiras.
Fonte: Energia Hoje / Por Ricardo Vigliano

sábado, 1 de fevereiro de 2014

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 171

I – NOTÍCIAS

1-DIRETOR DE ENGENHARIA DEFINE NOVOS PADRÕES PARA APROVAÇÃO DE PLEITOS NAS OBRAS DA PETROBRÁS
Petrobrás parece ter começado o ano com uma filosofia diferente e mais ágil no que se refere aos pagamentos dos pleitos represados durante o ano de 2013. 
Nesta quinta-feira (30), o Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo, dirigiu uma carta  à algumas empresas tratando diretamente sobre os novos procedimentos.  

1. Introdução
1.1 – Durante a execução dos serviços, as partes contratantes poderão propor eventuais modificações de projeto, desde que comprovadamente imprescindíveis à consecução do objeto contratual.

2. Definições
Área de Negócio (AN) – Área de Contato responsável pelas atividades-fim da Companhia.
Modificação de Projeto – Adições, exclusões ou outras revisões de escopo, prazo, custo. São decorrentes de introdução de melhorias no Projeto de Investimento, falhas na definição ou detalhamento do escopo, mudanças de cenários, entre outros fatores não previstos. Serão tratados como SMP: PAC (Pedido de Alteração Contratual), RM (Requisição de Mudança), SAE (Solicitação de Alteração de Escopo), SSA (Solicitação de Serviços Adicionais), entre outros.
Projeto de Investimento – Qualquer aplicação de recursos, associada aos objetivos estratégicos, destinada a criar valor futuro para os acionistas, seja ele tangível ou intangível. Consiste num esforço de caráter temporário, ou seja, com início e fim previamente definidos, que tem como objetivo criar produtos ou serviços que não tenham sido realizados antes sob as mesmas condições. Requer a alocação de recursos humanos, materiais e financeiros para viabilizar sua execução.
Solicitação de Modificação de Projeto (SMP) – Processo padronizado, que identifica e descreve a modificação solicitada e é a base formal documentada do processo de gestão de uma mudança.

3. Controle Integrado da SMP
3.1 – Através da sistematização das Solicitações de Modificação de Projeto (SMP), busca-se assegurar que haja a avaliação dos impactos de mudanças nos Projetos de Investimento, a concordância das partes afetadas e a aprovação pela autoridade competente previamente à sua implementação.
3.2 – Através do processo de Controle Integrado da SMP, a Petrobras busca garantir que as necessidades de modificações sejam identificadas, registradas, avaliadas quanto aos seus impactos, submetidas à aprovação, implementadas em caso de aprovação – e encerradas. 
3.3 – O processo de Controle Integrado da SMP contempla as etapas abaixo:








As SMPs que partirem da Contratada ou da UIE, referentes a Projetos de Investimento acima de US$ 300MM, deverão passar obrigatoriamente por uma etapa pré-avaliação antes de seguir o fluxo descrito acima.
3.3.1 – Pré-Avaliação
Essa etapa somente será aplicável para SMPs relacionadas a contratos referentes a Projetos de Investimento superiores a US$ 300MM e solicitadas pela Contratada ou pela UIE.
Nos casos em que a SMP for iniciada pela Contratada, esta deverá confirmar com a UIE responsável se o contrato se enquadra nas condições acima.
Uma vez identificada a necessidade de mudança, a empresa contratada enviará ao Diretor da ETM carta contendo o “Formulário de Solicitação de Modificação de Projeto” (Adendo), com as informações técnicas necessárias à apreciação da mudança. Esta carta deverá ser apresentada no Protocolo Geral da Petrobras e deverá ter como assunto: “SMP – Título da Modificação Solicitada”.
O Diretor da ETM fará uma avaliação prévia e, estando de acordo, a SMP prosseguirá para análise das gerências relacionadas ao contrato que deliberarão pelo o prosseguimento ou não da solicitação. Caso não seja dada continuidade à SMP, a Contratada será comunicada.
Se for decidido pelo prosseguimento da SMP, a Área de Negócio será comunicada, encerrando a etapa de pré-avaliação. Dessa forma, a SMP percorrerá as etapas de identificação e registro, avaliação, decisão, implementação e encerramento, descritas a seguir.
3.3.2 – Identificação e Registro 
Uma vez identificada a necessidade da modificação de projeto por qualquer das partes (conforme itens 5.1 e 6.1 abaixo), a Petrobras fará o registro interno da SMP.
3.3.3 – Avaliação
A Área de Negócio (Abastecimento, Gás & Energia, e E&P), subsidiada pela UIE, analisará a relevância e o mérito da SMP identificada, avaliando os seguintes impactos: custo, prazo, riscos, SMES, tributário, e outros.
3.3.4 - Decisão
A autoridade competente para aprovação da SMP irá considerar a avaliação realizada, decidindo pelo seu prosseguimento ou cancelamento. 
A aprovação da SMP irá considerar a estimativa de custos elaborada pela Petrobras e respeitará os Limites de Competência internos da Petrobras. 
A SMP somente poderá ser implementada após a aprovação da autoridade competente.
A comunicação da aprovação da SMP será realizada, conforme detalhamento do item 4.
3.3.5 - Implementação
Uma vez aprovada, a UIE adotará as devidas providências para a implementação da SMP, incorporando-a ao escopo e ao planejamento dos trabalhos em andamento.
3.3.6 – Encerramento
Independentemente da aprovação ou reprovação da SMP, a Petrobras efetivará o seu encerramento.

4. Comunicação
4.1 - Após aprovação da SMP, o signatário do contrato deverá emitir, para a Contratada, o documento “Comunicação para Modificação de Projeto”, garantindo que as modificações atendem às exigências do PG-0V4-00149 (Diretrizes para Solicitação de Modificação de Projeto).
4.2 - A entrega do documento à Contratada deverá ser feita formalmente pela Gerência do Contrato, através de carta ou Ata de Reunião. Nesta oportunidade, a Gerência do Contrato deve informar à Contratada sobre a possibilidade de encaminhamento da “Proposta Comercial de Alteração de Escopo”.
4.3 - A Contratada deve encaminhar a “Proposta Comercial de Alteração de Escopo”, contendo a proposta comercial, ao Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais (DETM) da Petrobras, com cópia para o Diretor de .......... (indicar o Diretor da Área de Negócio relacionada e a respectiva sigla), conforme indicado nos itens 5 e 6 abaixo.
4.4 - No caso de reprovação da SMP, a Petrobras comunicará a decisão à Contratada.

5. Alterações solicitadas pela Petrobras
5.1 – Tão logo seja constatada pela Petrobras a necessidade de proceder qualquer modificação nos serviços e/ou fornecimento do escopo contratual, e após cumprimento do disposto nos itens 3 e 4, a Petrobras deverá solicitar à Contratada, expondo as razões da modificação, que a mesma apresente, em um prazo a ser estipulado entre as partes, uma “Proposta Comercial de Alteração de Escopo”, contemplando, no mínimo, os seguintes dados:
  a) detalhamento da alteração solicitada; 
  b) prazos para realização da alteração e suas implicações ou risco de impacto no prazo final do projeto;
  c) efeitos sobre as garantias de funcionamento (se houver);
  d) efeitos sobre quaisquer outras disposições contratuais (se houver).
  e) preços; 
5.1.1 – A “Proposta Comercial de Alteração de Escopo” também deve vir acompanhada das seguintes informações:
  a) número e objeto do Contrato;
  b) gerência responsável pelo Contrato na Petrobras;
  c) documentação comprobatória
  d) histórico de aditivos e transações extrajudicias já firmados e/ou em negociação;
  e) anexos:  “Comunicação para Modificação de Projeto” e “Resumo dos Pleitos”, entregues pela Petrobras;
5.2 - Esta “Proposta Comercial de Alteração de Escopo” deverá ser encaminhada pela Contratada por carta diretamente ao Diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais (DETM) da Petrobras, com cópia para o Diretor de .......... (indicar o Diretor da Área de Negócio relacionada e a respectiva sigla), contendo os anexos “Resumo do Pleito” e “Comunicação para Modificação de Projeto”, além dos documentos necessários para o completo entendimento da solicitação.
5.2.1 – A carta acima mencionada contendo a proposta comercial e anexos deverá ser apresentada no Protocolo Geral da Petrobras e deverá ter como assunto “Proposta Comercial de Alteração de Escopo - SMP XXX (informar o identificador da SMP constante na “Comunicação para Modificação de Projeto”)”.
5.3 – O preço estimado para as eventuais alterações deverá ser calculado com base nos preços contratuais vigentes, caso existentes, ou no Demonstrativo de Formação de Preços (DFP), devendo, entretanto, ser considerado o preço praticado no mercado sempre que se mostrar mais vantajoso para a Petrobras após a realização de uma análise comparativa. 
5.3.1 – Nos casos em que não seja possível calcular o preço estimado da alteração com base nos preços contratuais vigentes, a Petrobras deve proceder à elaboração de uma estimativa de preços antes de receber os preços da Contratada, sendo indispensável a sua comparação com os preços praticados no mercado.
5.4 – A Proposta de Alteração apresentada pela Contratada será analisada pela Petrobras, que poderá solicitar os esclarecimentos que se fizerem necessários ao perfeito entendimento dos serviços a serem modificados. 

6. Alterações solicitadas pela Contratada
6.1 – Caso a Contratada verifique no decorrer da execução dos serviços a necessidade de alguma modificação de projeto, deve observar o descrito no item 3.3.1. 
6.2 – A solicitação de modificação de projeto, que deverá contemplar a justificativa da necessidade, o detalhamento da mudança pretendida e os impactos no planejamento contratual, será analisada pela Petrobras, observado o disposto nos itens 3 e 4 deste Anexo.
6.3 – Aprovada a SMP, a Petrobras deverá solicitar à Contratada, em um prazo a ser estipulado entre as partes, uma “Proposta Comercial de Alteração de Escopo”, contemplando, no mínimo, as informações constantes nos itens 5.1 e 5.1.1 acima.
6.4 – O encaminhamento e detalhamento da proposta deverá seguir o disposto nos itens 5.2, 5.3 e 5.4 e subitens.

7. Dispositivos Gerais
7.1 – Na hipótese em que a alteração impactar os prazos contratuais vigentes, a proposta deverá contemplar os novos prazos e custos decorrentes.
7.2 – Uma vez decidido pela implementação da alteração de escopo, deverão ser procedidos os enquadramentos inerentes à celebração do respectivo negócio jurídico. 
7.3 – A formalização do instrumento jurídico, subsidiado pelos termos constantes na documentação aqui mencionada, deverá se dar antes da execução das modificações, sendo o pagamento dos respectivos serviços efetuado somente após assinatura do referido instrumento.


2- China precisa investir mais em minério de ferro no exterior--comissão
A China, o maior consumidor de minério de ferro do mundo, precisa investir mais em projetos estrangeiros de mineração para melhorar seu poder de determinação de preços, disse a maior autoridade de planejamento econômico do país nesta segunda-feira.
Em uma análise publicada em seu website (www.ndrc.gov.cn), a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que as importações de minério de ferro continuarão a subir e que o país permanecerá dependente de importações. O órgão disse também que a "monopolização" dos recursos globais de minério de ferro devem continuar.
A China vem tentando há muito tempo diversificar suas fontes de fornecimento e aliviar sua dependência dos maiores produtores na Austrália e no Brasil, que incluem a Rio Tinto, a BHP Billiton e a Vale.
O país importou 819 milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado, um aumento de 10,2 por cento sobre 2012, com a Austrália e o Brasil fornecendo juntos quase 70 por cento do total. A China tem acusado as grandes mineradoras estrangeiras de usarem seu status de "monopólio" para aumentar os preços, pressionando assim as margens do setor de aço.
A comissão disse que mais investimentos por empresas chinesas no setor de minério de ferro no exterior vai melhorar o equilíbrio entre preços de minério de ferro e aço e "formará um novo modelo de cooperação entre exploração e distribuição".
O documento recomendou a criação de um fundo de investimento para apoiar empresas locais no desenvolvimento de projetos de mineração no exterior, e na construção de usinas siderúrgicas e outros projetos de indústria pesada fora da China para reduzir o uso doméstico de minério de ferro.
Fonte: Reuters(Por David Stanway)

3- OGX terá que devolver oito blocos nas bacias de Campos e Santos
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou que a Óleo e Gás Participações (ex-OGX), petroleira de Eike Batista, terá de devolver oito blocos de exploração e produção de petróleo e gás natural nas Bacias de Campos e Santos.
Conforme adiantou o 'Valor” , a devolução seria a consequência do não cumprimento de ítens contratuais por parte da OGX.
A petroleira pediu à ANP que prorrogasse os prazos dos Planos de Avaliação de Descobertas (PADs) de áreas contidas nesses oito blocos, o que foi negado pela diretoria colegiada da autarquia, em reunião realizada no dia 15.
Na decisão de 15 de janeiro, a autarquia indeferiu a prorrogação dos PADs das seguintes descobertas: Itacoatiara (BM-C-39), Viedma (BM-C-37, BM-C-38 e BM-C-41), Tulum (BM-C-37), Vesúvio (BM-C-38, BM-C-41, BM-C-42 e BM-C-43), na Bacia de Campos, além de Natal (BM-S-59) e Belém (BM-S-56), na Bacia de Santos.
Dessa forma, segundo a ANP, como todos os oito blocos encontram-se com seus prazos exploratórios encerrados, deverão ser devolvidos à União. “A decisão vale para todos os blocos mencionados, ainda que eventualmente os prazos máximos para execução dos Planos de Avaliação de Descoberta não estejam vencidos, devido à decisão do concessionário de não assumir compromissos contingentes relativos a estes PADs”, disse a ANP em nota.
O BM-C-41, na Bacia de Campos, é onde estão os campos Tubarão Areia, Tubarão Tigre e Tubarão Gato. Esses três campos chegaram a ser declarados comerciais em março do ano passado. No entanto, quatro meses depois, a empresa informou que não existia, naquele momento, tecnologia capaz de tornar economicamente viável o desenvolvimento del es. Na ocasião, a petroleira afirmou que iria submeter à ANP requerimento para suspender o desenvolvimento dos campos.
Não é a primeira vez que a ANP nega um pedido de extensão de prazo da OGX referente ao BM-C-41. Em setembro, a autarquia indeferiu pedidos formulados pela empresa de suspensão, por um prazo de até cinco anos, da fase de produção, e a postergação da entrega dos planos de desenvolvimento de Tubarão Tigre, Tubarão Areia e Tubarão Gato.
Na mesma decisão, a agência informou que caso o concessionário não apresentasse os planos de desenvolvimento, conforme determinado, deveria ser instaurado processo administrativo para a extinção do contrato por descumprimento do seu objeto.
Fonte: Valor Online

4- Litoral Norte ganha estaleiro
O Litoral Norte vai ganhar um estaleiro de US$ 20 milhões. O projeto é é chamado de Cambel BR, uma subsidiária do grupo espanhol Cambel Europa, que vai produzir blocos e embarcações de apoio às megaempresas do próprio setor naval, como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e o Vard Promar, ambos em Suape. O Cambel está em fase inicial de implantação, no município de Itapissuma, nas mesmas instalações que há décadas pertenceram ao antigo estaleiro Navesul – que estava desativado há anos.
A equipe de espanhóis e brasileiros estava aguardando o momento de apresentar o projeto ao governo estadual, numa reunião marcada para hoje. O diretor do Cambel, Antônio Amaral, diz que a consultoria Policonsult foi contratada e já está trabalhando na certificação da capacidade de carga das instalações. A previsão do executivo é gerar 500 empregos até o fim deste ano.
Para isso, contudo, é preciso buscar articulação com a prefeitura de Itapissuma e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para capacitar e treinar a mão de obra.
“Vai ser uma grande oportunidade de o município se incluir nessa grande cadeia de desenvolvimento que é a cadeia naval”, comenta o prefeito de Itapissuma, Cláudio Xavier, o Cal Volia. “Já estamos buscando essa articulação com o Senai”, diz o prefeito.
Como a edificação do estaleiro já está pronta, explica Amaral, o Cambel planeja usar um método de construção diferente do Atlântico Sul, por exemplo, que usa pórticos sobre trilhos para construir navios e plataformas. No caso do Cambel, o pórtico será sobre pneus, o que permitirá que esse equipamento suspenda a peça produzida e, conforme a necessidade, a embarque em carreta ou embarcação de transporte.
Dessa forma, o marco inicial de produção pode ser acelerado para ocorrer até março, por exemplo. “Devemos começar com 150 funcionários. Por um lado, teremos equipe e equipamento para começar logo. Por outro, teremos uma expansão contínua pelos próximos 5 anos”, comenta o executivo.
Fonte: Jornal do Commercio

5- Petrobras: recorde de entrega de gás nacional ao mercado em 2013
Fonte: Agência Petrobras  
A Petrobras bateu novo recorde de entrega de gás natural nacional ao mercado, em 2013, com a média anual de 44 milhões e 500 mil m³/d, 3,2% acima do resultado alcançado em 2012, que foi de 43 milhões e 100 mil m³/d. Bateu também novo recorde mensal, com a média de 47 milhões e 900 mil m³/d, em março de 2013.
Segundo o comunicado divulgado pela companhia, o expressivo crescimento da oferta de gás nacional observado nos últimos anos é fruto de uma série de investimentos realizados no desenvolvimento de projetos de produção de gás natural, alavancados pelo Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangas). Desde o início do programa, em 2008, diversos novos campos começaram a produzir, com destaque para os de gás não associado de Canapu e Camarupim, no Espírito Santo, e de Mexilhão, Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos. Ressalte-se também o início das operações da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba e do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, no estado de São Paulo.
Além do Plangas, outros fatores que contribuíram para os recordes foram o incremento da entrega de gás para geração termoelétrica na região Norte, a elevação da produção do campo de Lula, que produz gás associado no pré-sal da Bacia de Santos, e do Parque das Baleias, no Espírito Santo.
Ainda em 2013, a área de Exploração e Produção da Petrobras alcançou seu recorde anual de aproveitamento de gás, com a utilização de 92,6% do gás associado ao petróleo produzido nas condições de reservatório. Esse recorde é resultado da excelente performance da companhia em 2013, ano em que diversos recordes mensais de utilização de gás foram superados, sendo o último deles em setembro, quando a Petrobras atingiu 94,4% de aproveitamento do gás.
Esses resultados reforçam o êxito do Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás Natural (POAG 2015), que tem permitido melhorar o desempenho das Unidades Operacionais das regiões Sul e Sudeste desde 2010, quando o programa teve início.


II – COMENTÁRIOS

1- Disparo no custo de grandes projetos atormenta petrolíferas  
A Chevron Corp., Exxon Mobil Corp. e Royal Dutch Shell PLC gastaram mais de US$ 120 bilhões no ano passado para aumentar sua produção de petróleo e gás - praticamente o mesmo custo de enviar um homem à lua hoje.
Até agora, no entanto, as três gigantes do petróleo têm poucos resultados para mostrar. A produção de petróleo e gás caiu apesar dos investimentos de meio trilhão de dólares que as três fizeram nos últimos cinco anos.
Ontem, a Shell informou que seu lucro no quarto trimestre do ano passado despencou 71% ante o mesmo período de 2012, para US$ 2,2 bilhões. O lucro em todo o ano de 2013 foi de US$ 16,7 bilhões, menor que os US$ 27,2 bilhões de 2012.
Já o lucro da Exxon no quarto trimestre, também divulgado ontem, caiu 16%, para US$ 8,35 bilhões. A Chevron divulgará seus resultados hoje.
Um dos principais problemas que estão prejudicando o desempenho dessas empresas é o custo de muitos dos novos "megaprojetos" necessários para substituir os campos cujas reservas estão se exaurindo.
Um projeto para produzir petróleo em cinco ilhas artificiais no Mar Cáspio vai custar cerca de US$ 40 bilhões a um consórcio de empresas que inclui Exxon e Shell, bem mais que os US$ 10 bilhões orçados inicialmente. O custo previsto de um projeto de gás na Austrália chamado Gorgon, que pertence à Chevron, Exxon e Shell, saltou 45%, para US$ 54 bilhões. A Shell está gastando ao menos US$ 10 bilhões numa tecnologia ainda não comprovada para equipar um supernavio com uma unidade de processamento de gás natural e assim poder explorar campos remotos, segundo pessoas que já trabalharam no projeto.
A procura por novas reservas sempre foi arriscada e levou as petrolíferas a perfurar poços abaixo do nível do mar e em regiões instáveis da África, Ásia e Oriente Médio. Agora, essa busca está mais complicada e cara do que nunca. O petróleo que era mais fácil de ser extraído se esgotou há muito tempo e os campos mais produtivos são geralmente controlados por estatais em países como Venezuela e Arábia Saudita.
Isso está colocando em risco as margens de lucro das empresas. A Exxon está ampliando seu endividamento, usando cada vez mais seus próprios recursos e recomprando menos ações para ajudar a cobrir seus gastos de capital. Ela informou que esses custos atingiriam cerca de US$ 41 bilhões no ano passado, 51% a mais que em 2009.
O foco em megaprojetos fez com que as três petrolíferas chegassem tarde ao boom do gás de xisto na América do Norte, perdendo lucros que acabaram nos bolsos de empresas menores, mais ágeis e pioneiras na extração de petróleo e gás das formações pouco permeáveis de xisto.
Mas as americanas Exxon e Chevron estão confiantes que seus grandes projetos elevarão a produção em três anos. "Antes de fazermos o primeiro corte com uma serra, medimos cinco vezes em vez de uma", diz Ken Cohen, vice-presidente de Relações Governamentais da Exxon.
Em 2017, a Exxon vai extrair um milhão de novos barris de petróleo por dia e o equivalente em gás natural, segundo executivos. Sua produção começou a se recuperar no fim de 2013, após dois anos de queda, ajudada pelo petróleo de um projeto de areias betuminosas no Canadá, avaliado em US$ 13 bilhões. O custo do projeto subiu US$ 2 bilhões desde 2011 devido a exigências regulatórias e de licenciamento.
A Shell, por sua vez, está reconsiderando alguns investimentos em megaprojetos. Depois de ter feito seu primeiro alerta de resultados em dez anos e prometido se concentrar mais em lucratividade que em ampliar a produção, a companhia anunciou ontem que estava suspendendo seu projeto de exploração no Ártico americano devido a obstáculos jurídicos. (Um tribunal de recursos determinou semana passada que o governo dos Estados Unidos se baseou em "informações inadequadas" no processo de concessão de licenças para o projeto.)
Os gastos líquidos de capital da Shell em 2013 somaram US$ 44,3 bilhões, quase 50% a mais que em 2012.
Especialistas da indústria dizem que será difícil para as gigantes do setor gastarem menos porque elas precisam repor o petróleo e o gás que estão extraindo para se manter competitivas mundialmente. "Se você não gastar, acaba encolhendo", diz Dan Pickering, alto executivo do Tudor, Pickering Holt & Co., banco de investimento americano especializado no setor de energia.
Ainda assim, a Shell informou que deve reduzir seus gastos de capital este ano para perto de US$ 37 bilhões.
A Chevron tem sido particularmente agressiva, prometendo um incremento de 25% na sua produção de petróleo e gás até 2017. No ano passado, ela injetou US$ 42 bilhões em projetos de óleo e gás, mais que o dobro do total de 2010, apesar de a receita anual da Chevron ser metade das receitas da Exxon e da Shell. A Chevron planeja gastar mais US$ 40 bilhões este ano.
Os projetos mais gigantescos da Chevron não geraram ainda nenhum centavo - e isso não deve ocorrer até o próximo ano. Analistas estimam que a companhia divulgará uma queda de 20% no lucro de 2013 ante 2012, para US$ 21 bilhões.
O projeto de gás natural Gorgon é um dos exemplos mais extremos do descontrole de custos que assombram a Chevron, a Exxon e a Shell. As três se uniram em 2009 para construir instalações de processamento numa ilha, uma reserva ecológica a cerca de 65 quilômetros da costa da Austrália, para explorar reservas estimadas em 1,1 trilhão de metros cúbicos. Gorgon poderia ser produtivo por décadas e atender a demanda do Japão, da Coreia do Sul e da China.
A Chevron colocou mais de US$ 18 bilhões do próprio dinheiro no projeto, do qual tem uma fatia de 50% e é a operadora. A Exxon e a Shell têm 25% cada.
O projeto apresenta desafios particularmente difíceis. O gás produzido deve ser transportado por cerca de 130 quilômetros no fundo do mar até a Ilha Barrow, onde tem que ser purificado, resfriado, condensado e transformado em estado líquido para poder ser enviado aos tanques.
Os custos logo se mostraram maiores que o previsto. Em dezembro de 2002, com cerca de 50% do projeto concluído, a Chevron estimou os custos em US$ 52 bilhões, ou 40% acima do orçamento inicial. No mês passado, a Chevron adicionou mais US$ 2 bilhões a este total. Segundo ela, o Gorgon está 75% pronto.
Daniel Gilbert e Justin Scheck
Fonte: The Wall Street Journal
Texto extraído do Valor Econômico

2- Petrobras e ABDI se unem para desenvolver APLs de petróleo, gás e naval
Fonte: Ascom ABDI 
Um convênio firmado em dezembro pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Petrobras vai apoiar o fortalecimento da governança de Arranjos Produtivos Locais (APLs) da cadeia de petróleo, gás e naval. O objetivo é consolidar os esforços de cooperação institucional entre governos, empresas e organizações voltadas para o ensino, capacitação e desenvolvimento tecnológico. O convênio também visa desenvolver a cadeia de fornecedores e contribuir para a formulação de projetos considerados estruturantes para a competitividade em cada um dos territórios impactados pelos grandes investimentos ao longo da cadeia de petróleo.
Para a realização das ações previstas, a Petrobras entrará com aporte financeiro de R$ 4 milhões, que será executado pela ABDI em dois anos. Os recursos serão aplicados em consultorias para apoiar a estruturação do sistema de governança de cinco APLs – nos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul –, desenvolver planos de negócios para 30 empresas de porte médio e médio-grande e para fortalecer a cooperação entre empresas e instituições científicas e tecnológicas locais.
“O convênio cria oportunidades para aproveitarmos os investimentos previstos para o setor, que requer um grande volume de compras. Entre elas está o desenvolvimento da cadeia de suprimento de materiais e serviços, incluindo fornecedores locais qualificados”, afirma o diretor da ABDI, Otávio Camargo. “A parceria com a Petrobras está alinhada com a missão da ABDI, que busca desenvolver ações estratégicas para a política industrial, promovendo o investimento produtivo, o emprego, a inovação e a competitividade”, completa o coordenador da área de Energia da Agência, Jorge Boeira.
A expectativa com a iniciativa é ampliar, a preços competitivos, a capacidade de oferta da indústria brasileira às demandas da Petrobras e sua cadeia de fornecedores, em especial dos estaleiros, EPCistas, produtores de pacotes e módulos para sondas e plataformas, sistemistas e fabricantes de grandes equipamentos.
Territórios beneficiados
Em agosto de 2012, a ABDI e a Petrobras já haviam assinado um memorando de entendimento, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para a execução de ações conjuntas que contribuam para o desenvolvimento da cadeia de fornecedores do setor. O compromisso resultou no Plano de Desenvolvimento de APLs de Petróleo, Gás e Naval, que já beneficia cinco territórios brasileiros, no entorno da Bahia de Todos os Santos (BA), no Vale do Aço (MG), em Suape (PE), na região do Comperj (RJ) e em Rio Grande (RS). Esses mesmos territórios são foco do novo convênio firmado entre ABDI e Petrobras, que dará maior suporte às articulações entre governos e setor, essenciais para o sucesso do projeto.
“Essa atuação conjunta é fundamental para consolidarmos as governanças nos cinco territórios beneficiados e apoiarmos a definição de suas agendas de desenvolvimento. Vale destacar, ainda, que as ações realizadas por ABDI, Petrobras e MDIC estão alinhadas ao Plano Brasil Maior e ao Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), numa importante convergência de políticas públicas do governo federal”, declara João Rossi, coordenador-geral do setor de petróleo, gás e naval do MDIC.