sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 162

I – NOTÍCIAS

1- Poços do pré-sal em Santos produzem cerca de 25 mil barris/dia
Os poços do pré-sal na Bacia de Santos estão produzindo, em média, 25 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia), disse Carlos Tadeu Fraga, gerente-executivo do pré-sal da área de exploração e produção da Petrobras. Segundo ele, a plataforma Cidade de Paraty tem poço com produção de 31 mil BOE/dia e Cidade de São Paulo, com 29 mil BOE/dia. 
O executivo ressaltou que a produção de dezembro deve ter uma contribuição para aumentar a média do ano, já que dois poços em teste, chamados na linguagem técnica como Teste de Longa Duração (TLD), vão entrar em produção em Lula Central e em Lula Sul. “A média deste mês vai ter efeito”, afirmou o executivo, que apresentou palestra no World Science Forum, no Rio. 
Sobre a expectativa para a declaração de comercialidade do campo de Franco, também no pré-sal da Bacia de Santos, o executivo preferiu não se pronunciar. “Só Graça Foster se pronuncia sobre o assunto”, disse Fraga. 
O executivo também não apresentou perspectivas para a área do pré-sal. “O comportamento da produção versus o planejado é a presidente Graça quem vai comentar no fechamento do exercício. O que eu posso dizer é que estamos caminhando gradativamente no crescimento da produção do pré-sal”, afirmou o executivo. 
Fraga destacou que “duas grandes plataformas” aguardadas para o pré-sal estão dentro do cronograma. Uma delas é a plataforma Cidade de Ilha Bela, que saiu da China em 10 de novembro e está a caminho do Brasil. A expectativa é que a unidade chegue no Brasil este ano. A outra é a Cidade de Mangaratiba, que já está em Angra dos Reis, no sul do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Valor Econômico

2- Braskem inclui gás de xisto nos EUA entre suas opções de investimento
Não causou exatamente surpresa a notícia de que a Braskem poderá, no futuro, produzir polietileno (PE) nos Estados Unidos a partir de gás de xisto, matéria-prima que derrubou os custos de produção de petroquímicos naquele país e marcou a retomada da indústria americana de resinas plásticas. Segundo interlocutores, a maior petroquímica das Américas "não poderia deixar de olhar essa alternativa, ainda em tempo de acompanhar a nova onda de investimentos". 
O que mais surpreendeu foi o modelo que poderá ser adotado para o investimento. O grupo Odebrecht, que controla a Braskem, já deu início a estudos de viabilidade para a implantação de um complexo petroquímico nos Estados Unidos, baseado em gás de xisto, por meio da Odebrecht Ambiental. A essa controlada caberá a análise de viabilidade econômica, o financiamento e a construção do empreendimento, enquanto a Braskem será a operadora, caso se decida por levar adiante o investimento. 
Dessa forma, a Braskem, que tem a Petrobras como acionista relevante, não comprometeria seu balanço financeiro com mais um projeto de grande porte e fora do território brasileiro. Há tempos a companhia insiste no discurso de que o mercado brasileiro tem prioridade em sua estratégia e que a parceria no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está no topo da lista - junto, é claro, com o complexo petroquímico em sociedade com a Idesa que está em construção no México. 
Porém, não olhar as alternativas relacionadas ao gás de xisto poderia ser um erro estratégico, na avaliação de uma fonte do setor. A possibilidade de reduzir drasticamente os custos de produção a partir dessa matéria-prima levou à retomada dos anúncios de novos projetos nos Estados Unidos, cuja indústria petroquímica encolheu na última década. 
O país, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), é dono da quarta maior reserva mundial de gás de xisto. Diante desse potencial, até meados deste ano, segundo dados do Conselho Americano de Química (ACC, na sigla em inglês), havia 110 empreendimentos planejados nessa área, com investimento conjunto de cerca de US$ 77 bilhões. 
Se sobreviver à etapa dos estudos de viabilidade, o projeto da Odebrecht será erguido no Estado de Virgínia Ocidental e compreenderá uma central petroquímica para obtenção de etano integrada à produção de polietileno. Hoje, a Braskem já tem produção de polipropileno (PP) nos Estados Unidos e é líder nesse segmento no país. 
De acordo com a Braskem, um elemento crítico do projeto será a disponibilidade de matéria-prima. Na região onde o complexo pode ser erguido, há mais de 30 potenciais fornecedores e duas grandes reservas de gás: Utica e Marcellus.
Fonte: Valor Econômico

3- Vencedoras do leilão de Libra pagaram bônus de R$ 15 bilhões, diz ANP
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que as vencedoras do leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal licitado no modelo de partilha, efetuaram ontem o pagamento do bônus de assinatura de R$ 15 bilhões.
A assinatura do contrato de partilha está prevista para a próxima semana, provavelmente em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff. O leilão do campo de Libra foi vencido pelo consórcio formado por Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), CNOOC (10%).
Fonte: Valor Econômico

4- Estado do Rio ganha nova base logística com investimentos de R$ 200 milhões da GE
Confirmando a excelente fase atrativa de investimentos, o Estado do Rio de Janeiro teve hoje inaugurada a nova base logística da GE Oil & Gas WellStream voltada para o desenvolvimento dos campos do pré sal. Com investimentos de R$ 200 milhões, a nova base foi anunciada em cerimônia na sede da empresa, na Ilha da Conceição, em Niterói. 
O empreendimento tem como principal objetivo atender demandas da Petrobras e de outras petroleiras que atuam no mercado brasileiro. A empresa, que já produz linhas flexíveis para a exploração e produção de petróleo e gás, gerou 185 empregos diretos nessa nova base logística, em que a empresa atuará como local de embarque de produtos e equipamentos para os campos em exploração.
O subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Marcelo Vertis, destacou a perspectiva promissora do Rio de Janeiro como fronteira do pré-sal. “Temos desenvolvido programas de atração de fornecedores e subfornecedores da cadeia de óleo e gás, para proporcionar o ambiente propício ao negócio aos grandes empreendimentos, e com isso gerar mais empregos e renda para todos os municípios. O Estado do Rio passa por um momento gratificante de desenvolvimento industrial, tendo, inclusive, contribuído positivamente para o bom desempenho nacional no PIB da Indústria”, disse Vertis, durante a inauguração.
A expectativa é que as compras em equipamentos subsea movimentem US$ 100 bilhões até 2020. Somente a Petrobras, nos próximos anos, consumiria 30% desse valor. O presidente global da GE Oil & Gas, Lorenzo Simonelli, enfatizou a importância do investimento para a empresa, como parte da estratégia de se dedicar à cadeia de óleo e gás brasileira. “Essa base logística é um marco essencial dos investimentos da GE. Juntos, conseguimos alcançar com sucesso essa primeira fase e nos próximos anos já vislumbro a conclusão das novas fases, essenciais para a indústria de óleo e gás no Brasil, com a dragagem do canal para que possamos receber as embarcações”, afirmou.
Ainda no primeiro trimestre de 2014, será inaugurado também no Rio um centro de pesquisas, com investimentos de R$ 500 milhões. O centro será voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias em linhas flexíveis para otimizar o desempenho em grandes profundidades.
Para Marcelo Soares, presidente global da WellStream, os investimentos são prova incontestável da credibilidade da GE com o Brasil, e principalmente com o Rio de Janeiro. “Viemos para investir, crescer e gerar negócios e empregos no Estado. Essa base logística e o centro de pesquisa na Ilha do Fundão são apenas o começo. Outros investimentos estão a caminho”.
Fonte: Redação TN Petróleo

5- Centros de pesquisa começam a movimentar economia carioca 
Todo economista concorda que a inovação é a forma mais nobre de gerar riqueza e conhecimento. O Rio, que nos últimos cinco anos recebeu 15 dos 18 centros de pesquisa internacionais que aportaram no Brasil, confirma este avanço: somente no Parque Tecnológico da UFRJ, no Fundão, estão trabalhando 1.500 pesquisadores, que chegarão a cinco mil quando o parque, criado há dez anos, estiver em seu auge. Mas, além de aplicações práticas, sobretudo para o desenvolvimento da exploração do petróleo, a região da Cidade Universitária - que conta também com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras e a UFRJ - já tem outro dado concreto a comemorar: o maior salário médio da cidade, de R$ R$ 6.799,67 por mês.
Fonte: Assessoria


II – COMENTÁRIOS

1- Fabricante de aços especiais instalará unidade em Seropédica
A cadeia da indústria do petróleo e gás do estado do Rio de Janeiro ganhará um elo estratégico com a instalação da Forjaria Marcora do Brasil, em Seropédica. Com investimentos de R$ 120 milhões e criação de cem postos de trabalho, a indústria fornecerá até 40 mil toneladas/ano em aços especiais para utilização em equipamentos de exploração em condições submarinas. 
Com previsão de iniciar as operações em julho de 2015, o projeto é uma parceria entre as italianas Forgiatura Marcora e Fomec, e a brasileira Gaia Partners. Atualmente a empresa fornece para o país por meio de sua unidade em Milão. 
“A vinda de uma forjaria para o Rio de Janeiro confirma a excelente parceria entre nossa prefeitura e o Governo do Estado em prol de melhor qualidade de vida, com empregos e renda vindo com novos investimentos”, disse o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável, Wilson Beserra. 
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, o investimento se enquadra nos esforços que vêm sendo feitos pelo governo com foco no mercado subsea. “A instalação de uma forjaria adensa ainda mais a cadeia produtiva disponível para a indústria de óleo e gás. O investimento é fruto da política de atração desenvolvida pelo governo, que busca ampliar os fornecedores em atuação no estado”, avaliou. 
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços dispõe de mecanismos para a atração de novos empreendimentos, como concessão de incentivos, infraestrutura e financiamento. Estima-se que, até 2020, serão investidos US$ 100 bilhões em equipamentos submarinos, como árvores de natal molhadas, cabeças de poço e conexões. Para atrair fornecedores do segundo e do terceiro elo da cadeia, a Secretaria está desenvolvendo o polo fluminense de subsea.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sedeis

2- Leilão 12ª Rodada ANP  teve 72 blocos arrematados
Na foto, da esquerda para à direita: os diretores da ANP,
Helder Queiroz; José Gutman; a diretora-geral
Magda Chambriard e Waldyr Barroso. 
A 12ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) teve 72 blocos arrematados, com um total de 12 empresas ofertantes - sendo oito brasileiras e quatro estrangeiras. Com um bônus total de R$ 165.196.596,08 e investimento mínimo previsto de R$ 503.525.800,00, o leilão teve 47.427,60 km² de área arrematada.
"Essa rodada buscou semear a cultura do gás natural no Brasil, focando a exploração onshore", afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. Segundo a executiva, em 2000 o gás natural correspondeu a 5% de nossa matriz energética, e em 2011 o insumo representa 10%.
"No Brasil, o gás vem ocupando espaço na matriz elétrica e também na energética em geral. O gás em terra abre novas perspectivas ao mercado nacional, podendo compensar também a infraestrutura de gasodutos existente no país". "Esperamos a rápida monetização do gás no país, assim como ocorre nos Estados Unidos, que atualmente possui capacidade considerável em eletricidade devido ao gás", disse o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann.
Chambriard listou como os grandes sucessos da rodada: a pujância da Bacia do Paraná que surpreendeu a Agência, a região do Acre - que marca o desenvolvimento exploratório no Norte do país, e o reforço na Bacia do Parnaíba dando continuidade aos blocos ofertados na 11ª Rodada e reiterando a importância das bacias maduras que continuam atrativas, como Sergipe-Alagoas e Recôncavo. "Sergipe-Alagoas brilhou nesta rodada. Ela foi responsável por 24 dos 72 blocos com ofertas vencedoras", completou.
Sobre Parecis e São Francisco que não receberam ofertas, a diretora geral da ANP comentou: "É possível que as empresas não tenham se interessado por essas áreas por falta de conhecimento. Por isso vamos continuar investindo em estudos na região".
Perspectiva para 2014
Chambriard indicou que em 2014 não deverá acontecer rodadas de licitações. "2014 será um ano de reflexão interna na ANP. Acreditamos ser um ano de estudos com o objetivo de fazer um trabalho mais profundo oferecendo para a sociedade um resultado ainda maior", afirmou.
Segundo ela, a Agência lançará o próximo Plano Plurianual de Geologia e Geofísica, continuará com a perfuração de poços extratigráficos no Mato Grosso, além de fazer um balanço com todas as informações coletadas em 2013.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 161

I – NOTÍCIAS

1- Preço em queda não intimida petroleiras em área gigante de xisto nos EUA  
Os preços do petróleo da Dakota do Norte despencaram neste mês para abaixo do nível de 80 dólares por barril, considerado patamar ideal para estimular as petroleiras a atrair capital de outras áreas de xisto, mas ainda assim o boom da área de Bakken não mostra sinais de desaceleração.
Apesar das cotações terem caído para seu nível mais baixo em mais de um ano, a produção segue avançando, apoiada em uma queda de custos operacionais, tecnologias de perfuração cada vez mais eficientes, maiores estimativas de reservas e agressivos programas de "hedge" futuro. Especialistas dizem que a marca de 1 milhão de barris por dia (bpd) provavelmente será alcançado no início do próximo ano.
Os preços locais à vista, que caíram cerca de 25 dólares por barril nos últimos dois meses, teriam que sofrer uma queda sustentada para 70 dólares por barril ou menos para comprometer os gastos a curto prazo, disseram analistas, mas essa hipótese é considera improvável no momento.
"Há apenas um Bakken. É a descoberta de óleo mais importante dos últimos 50 anos", disse Harold Hamm, fundador do Continental Resources, no início deste mês.
Ao contrário do desenvolvimento convencional do petróleo, o xisto funciona mais como uma linha de produção, com perfurações diárias sendo necessárias para compensar a queda de produção em poços recentemente concluídos. Isto exige avaliações mais frequentes de viabilidade comercial.
Sabina Zawadzki
Fonte: Reuters

2- Gás natural em SC terá reajuste de 9,8%  
A Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Agesc) autorizou reajuste de 9,8% para os segmentos de mercado industrial, automotivo e comercial - os clientes residenciais não serão impactados. Com vigência a partir de 1º de novembro, os novos valores foram autorizados pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Agesc) em resolução emitida em 11 de novembro pelo Conselho Superior e comunicada à Companhia nesta terça-feira.
A solicitação de reajuste protocolado pela SCGÁS em 9 de setembro, segundo a empresa, é justificada pelo aumento do custo de aquisição do gás natural, que subiu 17,7% de outubro de 2012, data do último reajuste, a setembro de 2013, e é amparado pelas regras do contrato de concessão que regulamenta o serviço de distribuição de gás natural em Santa Catarina. Com o aumento, o custo do gás e os impostos representavam em setembro 89,64% da tarifa ao consumidor, achatando a margem de distribuição, parcela que sustenta a operação e investimentos da empresa.
Valor abaixo do encaminhado pela SCGÁS
O aumento concedido pela Agesc ficou abaixo do valor encaminhado pela SCGÁS, que solicitou autorização para um aumento adicional de 3,65% e 3,2% no início de 2014 para os segmentos industrial e automotivo, respectivamente. Segundo o presidente da SCGÁS, com o reajuste, a empresa passa a respirar mais aliviada já que diz estar operando com margem negativa para alguns consumidores, contudo é ainda insuficiente para suportar nosso plano de investimentos que propõe ao Estado.
Deize Felisberto
Fonte: A Tribuna - SC

3- Consumidor prefere gasolina ao etanol  
Se o etanol e a gasolina tivessem o mesmo preço relativo - custo igual por quilômetro rodado -, a maioria dos consumidores brasileiros escolheria a gasolina. Foi o que constatou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar em pesquisa: 55% dos entrevistados disseram que usariam a gasolina e 45%, o álcool.
A maior parte dos motoristas só opta pelo etanol se tiver vantagem financeira. Não basta o litro do etanol custar 70% do preço da gasolina, ponto de equilíbrio entre os dois combustíveis. O etanol teria de custar ainda menos, em que pesem as vantagens ambientais - que o consumidor não valoriza. Para a Unica, essa percepção pode decorrer dos anos de 2007 a 2009, quando o consumo de etanol explodiu no Brasil porque os preços caíram a níveis extremamente vantajosos na comparação com a gasolina.
Fabiana Batista
Fonte: Valor Econômico

4- Petrobras adia a votação sobre fórmula de reajuste dos combustíveis  
Em fato relevante divulgado há apenas dois dias da reunião do conselho, a Petrobras adiou para o dia 29 a discussão sobre a fórmula de reajuste para a gasolina e o diesel. 
O adiamento comprova a tese de que um acordo entre a Petrobras e o Governo ainda está longe de ser atingido. 
Não há solução fácil para o trade off entre a inflação e a saúde financeira da Petrobras e também comprova que a divulgação do fato relevante após o resultado do 3T13 foi uma estratégia para compensar o lucro abaixo da expectativa.
Mais uma vez, quem perde com a divulgação desses sinais conflitantes é o acionista, que sofre com a volatilidade do preço das ações.
Adriano Pires
Fonte: Blog do Adriano - O Globo

5- Onip realiza workshop voltado para o setor naval
A Organização Nacional da Industria do Petróleo (ONIP) promove no  dia 26/11 - das 8h30 às 18h - o 1º Workshop "Identificação dos Gargalos Produtivos da Indústria Naval e o Modelo de Produção Modular - Rio de Janeiro", a se realizar no Hotel Windsor Florida, no Flamengo. 
O evento conta com o apoio da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), e patrocínio do Instituto Euvaldo Lodi (CNI-IEL).
O objetivo do workshop é identificar, em conjunto com os participantes, uma metodologia para implementação do modelo “Sistemistas” para indústria naval brasileira, com foco nos seguintes sistemas de Navipeças: Geração de Energia; Eletrônica de Navegação; Tubulações e Válvula; e Acomodações. Estarão presentes representantes de estaleiros, fornecedores com interesse neste modelo de fornecimento, armadores e entidades de classe.
O evento faz parte de uma das fases do Comitê Setorial do Prominp: IND P&G 76 que é coordenado pela Abenav/Sinaval, e visa o ganho de produtividade e competitividade através do aprimoramento da forma de articulação da cadeia de fornecimento para os mercados de embarcações especializadas(projeto piloto) e plataformas offshore.
Fonte: Ascom Onip


II – COMENTÁRIOS

1- Álcool pode receber gasolina  
A hipótese levantada pelo governo federal de alteração no modelo de combustível adotado no país pode ser um duro golpe para a indústria nacional do etanol. O governo, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), cogitou a possibilidade de adoção do combustível E-85 - uma mistura de 85% de etanol anidro (o mesmo que atualmente é misturado à gasolina) e 15% de gasolina. 
A mistura, que é a mesma adotada nos Estados Unidos, praticamente enterraria o E-100, tecnologia desenvolvida no Brasil de combustível com 100% de etanol hidratado. 
O assunto entrou na pauta de uma mesa tripartite do Ministério de Minas e Energia, que reúne mensalmente representantes dos produtores de etanol, de gasolina (Petrobras) e do próprio governo. "O assunto surgiu pela primeira vez há cerca de um ano e, embora tenha ficado claro que essa mudança traria mais desvantagens que vantagens, ainda tem relevância dentro do ministério", diz o secretário executivo da Associação das Indústrias Sucro energéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos. 
Hoje, o consumidor pode abastecer o carro com álcool (etanol hidratado 100%) ou com gasolina, que possui 25% de etanol anidro na sua composição.
O problema para os produtores de etanol é que o etanol anidro é mais caro. Em uma eventual adoção do E-85, os produtores de etanol hidratado (que em Minas Gerais representam 55% da produção) teriam de fazer altos investimentos para se adequar, ou fechar as portas. 
"A posição do governo é exatamente fomentar o debate. Cada um que coloca o ponto de vista tem motivos e preocupações. Não tem definição ou prazo para decisão, que será tomada se tiver mais prós do que contras", diz o diretor do departamento de Combustíveis Renováveis do ministério, Ricardo Dornelles. 
Mário Campos admite que o E-85 tem maior potencial calorífico que a gasolina adotada atualmente, o que, na prática, significa que os carros teriam mais rendimento. O problema, segundo ele, é que como etanol anidro é mais caro, o preço seria mais alto e, no fim das contas, o consumidor não teria nenhum benefício com a mudança. 
Interesse
Para a Petrobras, o interesse seria financeiro. Com um rombo nos cofres após a disparada na importação de gasolina A (pura), que deve atingir o recorde de US$ 10 bilhões em 2013, o dobro da média histórica, a estatal deu aval ao novo combustível. O uso do E- 85 elevaria em 15% o consumo de etanol e geraria economia no uso da gasolina pura. 
Com isso, a importação de gasolina de baixa octanagem reduziria a compra externa de gasolina pura, mais cara, e aliviaria o caixa da empresa. Com base inicial em 2014, a companhia estima que as importações de gasolina, mantido o cenário atual, crescerão 3% em 2015, 41% em 2017 e 58% em 2020. 
Principal prejudicada com a proposta, a indústria sucroalcooleira informou, pela assessoria da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que o assunto E85 "não está mais em pauta, que a proposta foi descartada e a posição fechada pela entidade é contrária à mudança". Outra proposta, de aumentar a mistura do anidro à gasolina de 25% para 30%, também teria sido descartada. 
Já o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) avalia, em estudo, que o E85 traria menor volatilidade entre os preços da gasolina e o etanol, maior previsibilidade de demanda e uma maior segurança no abastecimento. A Petrobras informou que não vai comentar o assunto.
Pedro Grossi
Fonte: O Tempo - MG

2- IBP completa 56 anos e comemora nova fase
Presidente do IBP, João Carlos De Luca. TN Petróleo
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) comemorou nesta quinta-feira (21), 56 anos de atividade. Com o novo slogan 'A casa da nossa indústria', a entidade também oficializou a data 21 de novembro como o dia da indústria do petróleo. "Depois vamos cuidar da formalização legal disso, mas esperamos que a data oficial do dia 21 de novembro nos ajude na divulgação e fixação da nossa indústria no calendário nacional com toda população", comentou João Carlos de Luca, presidente do IBP, em coletiva à jornalistas na sede do instituto no Rio.
Hoje, a entidade está passando por uma nova fase composta não só de novas instalações e gestão, mas atualmente está em fase final de elaboração do seu primeiro planejamento estratégico - com assessoria da consultoria Mackenzie -, que trará grandes mudanças como maior profissionalização dos cursos, melhoria na comunicação, ênfase em estudos e estatísticas, atuação corporativa mais forte, profissionalização maior com a criação de novos conselhos, dentre outros.
De acordo com De Luca, o instituto realiza cerca de 2.400 reuniões por ano, mas ainda precisa melhorar a área de processos, com o estabelecimento de procedimentos padronizados, de modo a manter a continuidade do sucesso dos eventos promovidos no país.
"Queremos tornar o IBP ainda mais profissional. Nosso novo desafio agora é trazer processos ao instituto. Queremos trabalhar melhor a gestão do conhecimento porque pelo IBP passam grandes pessoas do mercado e temos que aproveitar melhor isso. Vamos organizar e disponibilizar ainda mais informações ao setor e aumentar a visibilidade de nossa indústria", complementou Milton Costa Filho, secretário executivo geral do IBP.
Dentre as conquistas já obtidas pela instituição, o presidente do IBP comentou sobre a parceria fechada com a Offshore Technology Conference (OTC) e a realização da primeira OTC Brasil este ano. Ele lembrou ainda do importante acordo fechado este ano com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que prevê a capacitação e o aprimoramento do processo de avaliação de impactos ambientais e o aperfeiçoamento da gestão ambiental, relacionados às atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
A palavra da vez é 'regularização'
O presidente do IBP, assim como o secretário executivo de E&P da instituição, Antônio Guimarães, ressaltaram a importância da continuidade da regularidade das rodadas de licitação de petróleo e gás no país.
"Não tem como desenvolver a indústria se não tivermos blocos, então uma das prioridades do nosso trabalho é ter a certeza que teremos regularidade. Temos que ter previsibilidade das rodadas de licitação para que a indústria local se planeje e possa atender melhor. Caso isso não ocorra não conseguiremos ter uma sustentabilidade do setor e não conseguiremos desenvolver toda a cadeia de fornecedores que é tão importante", indicou Guimarães.
Ele lembrou que existe uma portaria publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), sobre um plano quinquenal de rodadas, para definir quais blocos podem ser ofertados e de que maneira isso será feito a cada cinco anos. No entanto, ela ainda não foi posta em prática. “Estamos aguardando e apoiamos que isso seja implementado. Quanto maior a regularidade, maior a confiabilidade”, afirmou.
O secretário executivo de E&P do IBP, informou ainda que atualmente o IBP está terminando um estudo com a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) sobre conteúdo local, uma análise de desenvolvimento da indústria local a partir dos investimentos de E&P, tentando trazendo uma visão diferenciada em como podemos contribuir para o desenvolvimento da indústria e do conteúdo local, em um novo formato.
Fundado em 1957 pelo ex-ministro do planejamento, Hélio Beltrão e o engenheiro Leopoldo Miguez, o IBP foi criado como consequência da criação da Petrobras em 1953 e objetiva ser um importante espaço - isento e apartidário - de encontro e intercâmbio da indústria e o principal fórum de discussão dos temas de maior relevância da indústria.
Com mais de 200 empresas associadas, 1.700 voluntários e cerca de 60 comissões, a entidade tem como foco a promoção do desenvolvimento do setor nacional de petróleo, gás e biocombustíveis, visando uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação
Autor: Maria Fernanda Romero

domingo, 17 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 155

1-NOTÍCIAS

1- GDF SUEZ entra no setor de exploração de gás no Brasil
A GDF SUEZ assinou um acordo de compra de ativos (APA - asset purchase agreement) com a Vale S.A., uma das maiores empresas na área de metais e mineração no mundo, para adquirir a participação de 20% em dois blocos de exploração de gás na bacia onshore do Parnaíba, localizada no Nordeste. O documento marca a entrada da maior geradora privada de energia elétrica do país nas atividades de exploração e produção no Brasil.
Os blocos abrangem uma área de 3.067 km² e 3.065 km² respectivamente, em uma região relativamente pouco explorada, com alto potencial de gás natural. Essas licenças foram concedidas em março de 2008 como parte da 9ª rodada de licitações para exploração à Vale (20%), BP (40%, operadora do bloco 2) e Petrobras (40%, operadora do bloco 3). Até março de 2014, está programado um poço de exploração em cada um desses dois blocos.
“Por meio dessa aquisição, a GDF SUEZ dá o seu primeiro passo nas atividades de exploração e produção no Brasil. O que nos permite trabalhar com sócios experientes, em uma região ainda pouco explorada, mas que possui claro potencial para o gás natural”, disse o CEO da GDF SUEZ E&P International, Didier Holleaux.
“A combinação da experiência internacional da empresa nas atividades de exploração e produção, juntamente com a nossa presença relevante no mercado de eletricidade brasileiro, representa uma atuação forte do Grupo no Brasil. Esperamos que o gás natural desempenhe um papel essencial no mix energético futuro e, portanto, o acesso direto ao gás é um importante incremento na posição da GDF SUEZ no país”, afirmou o CEO da GDF SUEZ no Brasil, Maurício Bähr.
Fonte: Ascom GDF SUEZ

2- TGS e Farfield recebem licença para pesquisa sísmica marítima
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comunicou que expediu para a TGS do Brasil, licença para Pesquisa Sísmica Marítima 3D na Bacia de Campos. O instituto concedeu, também, licença para a empresa Farfield do Brasil realizar Pesquisa Sísmica Marítima Ocen Bottom Node (OBN), na Bacia de Santos.
A validade das licenças está condicionada ao cumprimento das condicionantes do processo, entre elas observação de todas as áreas de restrições permanentes ou periódicas para mamíferos marinhos, além do Relatório Ambiental com o Projeto de Monitoramento da Biota Marinha; o Projeto de Comunicação Social; e o Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores.
Fonte: Ascom Ibama
   
3- IHI realiza fórum de tecnologia no Rio
A japonesa IHI Corporation, conhecida como Ishikawajima, promoveu no Rio, seu teceiro fórum de tecnologia. O objetivo do evento foi o de  encontrar empresas fluminenses a fim de trocar experiências, apresentar suas novas tecnologias relacionadas com indústria naval, offshore e infraestrutura social (Smart City).
O encontro contou com a presença dos professores Ken Takagi e Hideyuki Suzuki, da Universidade de Tóquio, sobre a política do governo em tecnologia e meio ambiente na área offshore; e sobre projeto de turbina eólica flutuante no Japão.
De volta ao Brasil, desde 2011, a empresa abriu um escritório comercial no centro do Rio para estudar oportunidades de negócios em setores como petróleo, siderurgia, transportes e indústria naval. Além do Japão, a IHI está presente em cerca de 15 países.
Fonte: Redação TN

4- Brasil deve se tornar importante exportador de petróleo após 2015
Fonte: Redação TN Petroleo 
O Brasil deve se tornar um exportador líquido de petróleo e ficar entre os 10 maiores produtores da commodity a partir de 2015 se conseguir superar os obstáculos para desenvolver suas gigantes reservas de petróleo marítimo, disse nesta terça-feira a agência que propõe políticas energéticas para potências ocidentais.
Em seu relatório Perspectivas Energéticas Mundiais 2013, a Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris, disse que o Brasil pode desempenhar um importante papel no atendimento da demanda global de energia nas próximas décadas, embora isto dependa da capacidade do País em desenvolver suas reservas.
"O Brasil terá um papel central no atendimento à demanda global de petróleo até 2035, representando um terço do crescimento líquido da oferta global", disse o relatório.
"Tal aumento da oferta depende fortemente dos desenvolvimentos em águas profundas, altamente complexos e que necessitam de muito investimento, onde o Brasil tem como objetivo consolidar sua posição como líder mundial", acrescentou.
O Brasil, maior economia da América Latina, fez várias descobertas em águas profundas desde 2007. O maior é a reserva de Libra, que conta com entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo recuperável, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e uma empresa de certificação de reservas sediada em Dallas, nos EUA.
Caso a previsão se mantenha, Libra pode quase que dobrar as reservas de petróleo do Brasil ou fornecer petróleo suficiente para atender à demanda mundial de petróleo por até 19 semanas. No mês passado, no entanto, a licitação para venda dos direitos de desenvolver Libra, que visava lançar o Brasil como uma potência petrolífera, destacou os desafios que o setor enfrenta.
A venda atraiu uma fração dos interessados que eram esperados, em meio a preocupações das grandes petrolíferas de que as normas de desenvolvimento ofereciam poucas oportunidades de lucros e davam um papel grande demais ao governo e à estatal Petrobras.
Um grupo liderado pela Petrobras, que inclui a francesa Total e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, além das chinesas CNOOC e China National Petroleum Corp (CNPC) ganhou os direitos para desenvolver Libra.
Embora o plano energético do Brasil tenha como objetivo impulsionar a economia do país, o leilão ocorreu em meio a confrontos entre as forças brasileiras de segurança e centenas de manifestantes que se opunham à venda dos recursos naturais a empresas estrangeiras.
A AIE disse que o sucesso do Brasil depende da manutenção dos altos níveis de investimentos em energia.
"O fardo mais pesado recai sobre a Petrobras, maior operadora em águas profundas do mundo, enfatizando sua capacidade de implementar eficazmente os recursos através de um amplo e variado programa de investimento", acrescentou.
A AIE prevê que o Brasil será o sexto maior produtor de petróleo em 2035. Sobre biocombustíveis, a entidade estimou que as exportações líquidas do país crescerão e representarão cerca de 40 por cento do comércio mundial de biocombustíveis durante esse período.

5- Brasil garante um terço da expansão de óleo até 2035
Fonte: Valor Econômico 
Enquanto as ações da Petrobras voltavam a levar um tombo na bolsa, o Instituto Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) fez avaliação amplamente positiva das perspectivas do mercado de energia brasileiro. "Os recursos do Brasil são abundantes e diversificados e seu desenvolvimento nas próximas décadas colocará o país no topo dos produtores globais de energia", diz o documento "Perspectivas para a Energia Mundial", de 2013, lançado ontem. "Mais poços supergigantes [de petróleo] foram encontrados no Brasil nos últimos dez anos do que em qualquer outro país".
A produção brasileira crescerá de 2,2 milhões de barris-dia agora para 4,1 milhões em 2020 e 6,5 milhões em 2035, tornando o país o sexto maior produtor mundial. "O Brasil jogará papel central no atendimento da demanda mundial até 2035, sendo responsável por um terço do crescimento líquido do fornecimento global", diz o instituto.
Esse desempenho dependerá da exploração do pré-sal que, se bem-sucedida, consolidará a Petrobras como líder global em águas profundas.


II – COMENTÁRIOS

1- PetroChina e CNOOC se expandem nas Américas
As companhias estatais de petróleo da China acabam de assinar dois novos contratos nas Américas, e continuam a se expandir no exterior a fim de saciar a imensa demanda chinesa por energia.
A PetroChina, maior companhia chinesa de energia pelo volume de produção de petróleo e gás natural, anunciou ontem que adquiriria da estatal brasileira Petrobras participações em três campos peruanos de petróleo e gás natural, por US$ 2,6 bilhões. A CNOOC havia anunciado anteriormente que estava considerando construir um terminal para exportar gás natural liquefeito, da costa oeste do Canadá.
A transação da PetroChina conduz seu investimento em aquisições estrangeiras este ano a US$ 11,8 bilhões, de acordo com a Dealogic. As companhias chinesas estão se expandindo no exterior a fim de garantir suprimentos de petróleo e gás natural para a economia de seu país, que vive rápida expansão.
Em um contrato incomum fora da Europa e América do Norte, a PetroChina não terá de ceder participação majoritária nesses campos a uma estatal de petróleo. Será proprietária completa de dois dos campos, e no terceiro terá 46,2% de participação. Os blocos envolvidos produzem cerca de 16 mil barris diários de petróleo e gás natural.
A CNOOC --que tem participação de 10% no consórcio do campo de Libra, no pré-sal-- assinou contrato com o governo da Colúmbia Britânica, uma província canadense, na noite de terça-feira, para examinar a viabilidade de uma usina de exportação de gás natural liquefeito perto de Prince Rupert, um porto na costa oeste do Canadá.
Fonte: O Estado de S. Paulo

2- EEUU  já produz mais petróleo do que importa
A produção de petróleo nos Estados Unidos em outubro superou as importações. É a primeira vez desde fevereiro de 1995 que isso acontece, de acordo com a Agência de Informações Energéticas (EIA, na sigla em inglês), unidade de estatísticas do Departamento de energia do governo americano.
A produção no mês passado teve uma média diária de 7,74 milhões de barris. Já as importações ficaram em 7,57 milhões de barris/dia (contra 7,92 milhões em setembro), segundo o "Panorama de Curto Prazo da Energia", relatório mensal da EIA.
Parte da alta na produção deveu-se à perfuração horizontal e à fratura hidráulica ("fracking"), que permitiram a exploração de reservas de xisto na Dakota do Norte, no Texas e em outros Estados. "É algo que estávamos prevendo desde o início do ano", disse Tancred Lidderdale, economista da EIA que participou da preparação do relatório. "A produção de petróleo a partir de óleo de xisto vem aumentando gradualmente ao longo dos últimos anos, e deve continuar a crescer."
Para o ano que vem, a agência calcula que a produção subirá para 8,49 milhões de barris/dia, enquanto a importação terá uma queda para 6,54 milhões.
Na terça-feira, A Agência Internacional de Energia (IEA) previu que os Estados Unidos passarão a Rússia e a Arábia Saudita em 2015 e se tornarão os maiores produtores mundiais de petróleo. A IEA espera que os EUA mantenham essa vantagem competitiva sobre Ásia e Europa pelo menos até 2035.
Fonte: Valor Econômico

3- Debate sobre petroquímica confirma vocação do Rio de Janeiro no futuro do setor
O futuro do setor petroquímico no Brasil passara certamente pelo Rio de Janeiro. A certeza foi a principal conclusão da primeira edição do Ciclo de Seminários promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que foi dedicada ao setor.
Em painel sobre painel “Disponibilidade de Matérias-Primas para Petroquímica”, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas confirmou o interesse da empresa em investir no Comperj e disse acreditar em maior oferta de gás no mercado brasileiro. “O Brasil é abençoado em recursos naturais e é uma questão de tempo para que sejam utilizados. O setor petroquímico no país é de extrema importância para a Braskem”, disse.
O secretario de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Julio Bueno, lembrou que o investimento traz uma revolução na economia não só da região em que o Comperj será instalado, como altera todo o cenário da petroquímica no pais.
Segundo estudo encomendado à consultoria Maxiquim para identificar os cenários para a indústria petroquímica fluminense, a capacidade de produção de matéria-prima petroquímica no Rio (eteno, polipropileno e polietileno) com a entrada da segunda fase de investimentos no Comperj passará dos atuais 1,54 milhão de toneladas por ano para 4,6 milhões de toneladas por ano, tornando o Estado o maior polo petroquímico do país.
Também presente ao seminário, a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que a projeção para o futuro é que a indústria petroquímica brasileira terá no médio prazo farta disponibilidade de gás, em cenário no qual a lei da oferta e da procura vai possibilitar a equalização dos preços do insumo.
“O patamar é indesejado e o déficit comercial de químicos mostra bem a dificuldade que a indústria petroquímica vem enfrentando em relação a esses insumos. Mas o que posso dizer é que o gás está chegando, em volume suficiente para contribuir para equalização desses preços. É claro que é uma previsão otimista, mas não vemos hoje na ANP nada que impeça que esse objetivo seja atingido”, disse Magda.
Os argumentos da diretora geral se debruçam sobre as perspectivas do pré-sal – ela citou nominalmente o já licitado campo de Libra, além de Franco, que faz parte da cessão onerosa feita à Petrobras, e Lula, todos na Bacia de Santos - e de áreas onshore (em terra) de exploração de gás convencional e não convencional que serão licitadas, pela ANP, no próximo dia 28 de novembro e que englobam novas fronteiras, como Sergipe e Alagoas. As colocações foram motivadas pelo questionamento do secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, sobre o cenário de preços nos próximos anos.
Essas perspectivas positivas para o gás exigem um planejamento de longo prazo para o setor petroquímico, segundo alertou o presidente da Gas Energy, Marco Tavares. “Vem muito gás pela frente e, se queremos ter visão de longo prazo, temos que aproveitar esse momento. A oportunidade é agora, porque temos que pensar que em 2020 teremos muita matéria-prima e temos que planejar isso agora para aproveitar para criar indústrias e emprego”, afirmou.
Do lado da produção do gás, o gerente executivo de Petroquímica da Petrobras, Patrick Horback Fairon, sublinhou que a disponibilidade da matéria-prima é, hoje, “um desafio muito grande”. Ele também acredita em uma oferta de gás no País muito superior à existente hoje, que estará disponível em cerca de seis anos. “O grande desafio hoje é buscar sinergias, ou seja, as soluções tradicionais talvez não nos deem a competitividade que precisamos. Temos que buscar alternativas de suprimento para passarmos desse momento de pressão conjuntural para maior disponibilidade no futuro”, acredita.
Para o presidente do Conselho Empresarial de Energia da Firjan, Armando Guedes, a Indústria petroquímica hoje “está em situação delicada”, já que 80% do setor estão vinculados à nafta, quando o almejado é o gás. Ele acredita que a possibilidade de produção de gás em terra possa ser uma solução em médio prazo, mas alerta que há o problema da logística de transporte do insumo.
Fonte: Redação TN/ Ascom Sedeis

4- ANP diz que área do pré-sal de Franco pode ter reservas maiores do que as de Libra
A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta quarta-feira que a área de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, pode ter reservas iguais ou superiores às da área de Libra, leiloada mês passado e que tem reservas estimadas entre oito bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. Em 2010, a previsão de Franco era de reservas de três bilhões de barris; depois subiu para cinco bilhões; e, agora, pode ter, pelo menos, oito bilhões. Magda, porém, não quis fazer previsões mais detalhadas, mas ressaltou que os dados demonstram bons resultados:
- Ano que vem vamos fazer ajustes na cessão onerosa. Nesta discussão vai estar Franco, outra oportunidade gigantesca, do porte ou até talvez maior que Libra - afirmou Magda, lembrando que alguns comunicados já indicavam nas áreas de Franco e Lula colunas de óleo tão ou mais espessas que as de Libra. – E a coluna de óleo de Libra tem 326 metros, a altura do Pão de Açúcar.
Magda informou que assinou nesta quarta com a Gaffney, Cline & Associates contrato para certificar as áreas da cessão onerosa, já que Franco - hoje com oito poços - deve ter sua declaração de comercialidade feita pela Petrobras até o fim deste ano. Em 2010, a Petrobras ganhou o direito de produzir até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em troca de um aumento de capital feito pela União.
Segundo o contrato da Petrobras com a União, caso o potencial de produção nas áreas cedidas à estatal seja superior aos cinco bilhões de barris, a Petrobras pode pagar a diferença à União em dinheiro ou títulos da dívida pública.
De acordo com o Plano de Negócios 2013/2017 da empresa, há cinco unidades de produção previstas para Franco. O início da produção, que será escalonado, vai de 2016 a 2020. A primeira unidade a entrar em produção será o navio-plataforma P-74, cujo casco está em conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio, desde o fim de 2012.
Outras áreas podem ir à leilão
Há ainda unidades de produção previstas para os blocos de Florim, Entorno de Iara, Lula Sul e Nordeste de Lula. Segundo a Petrobras, a área de Peroba foi incluída na cessão onerosa como “bloco contingente”, cujo contrato somente seria acionado caso o volume de cinco bilhões de barris equivalentes não pudesse ser obtido com os demais blocos, disse a estatal em nota. Assim, diz a Petrobras, com o resultado obtido nas demais áreas, não será necessário utilizar esse bloco.
Quanto ao bloco Sul de Guará, que também não está incluído no Plano de Negócios, a Petrobras diz que a área ainda está em estudos e que uma “possibilidade” é a interligação futura a alguma unidade de produção.
Segundo o contrato da cessão onerosa, a União pode usar as áreas não utilizadas e leiloá-las em um futuro leilão.
A diretora da ANP disse, ainda, que a produtividade do pré-sal é algo impressionante:
- O campo de Lula, o antigo Tupi, já produz 120 mil barris de petróleo por dia com cinco poços, ou seja, dá algo entre 20 mil e 25 mil barris de petróleo por poço - informou, durante seminário sobre a indústria petroquímica promovido pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio.
Venda de operação no Peru
Nesta quarta, a Petrobras anunciou que vendeu 100% de sua operação no Peru (Petrobras Energia Peru) para a chinesa CNPC, uma das empresas com quem formou consórcio para produzir na área de Libra O negócio no Peru foi avaliado em US$ 2,6 bilhões e inclui campos maduros e blocos exploratórios. Com isso, o plano de desinvestimentos da estatal já soma reforço de caixa de US$ 7,4 bilhões de um total de US$ 9,9 bilhões previstos para este ano.
- A venda não vai ajudar muito a atual situação da Petrobras, que gerou um caixa operacional de R$ 13 bilhões e teve investimentos de R$ 25,1 bilhões no terceiro trimestre. A defasagem de preços dos combustíveis continua prejudicando o desempenho da empresa - disse um analista que não se identificou.
Com o negócio, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras subiram 1,99%; e as ONs avançaram 2,57%.
Magda informou nesta quarta que apenas dez empresas apresentaram garantias para a 12ª Rodada da agência, que ocorre entre 28 e 29 de novembro. O número ficou aquém do esperado, já que num primeiro momento 20 empresas manifestaram interesse. Mas, para Magda, não significa que serão só dez empresas participando, já que estas são apenas operadores, e as demais companhias podem participar em parceria. (Colaborou João Sorima Netto)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 154

I – NOTÍCIAS

1- Executivo da Gerdau fala sobre o futuro da siderurgia em seminário
Fonte: Ascom Gerdau   
O vice-presidente da Operação de Negócios Brasil da Gerdau, Manoel Vitor de Mendonça Filho, fará a palestra de abertura do 50º Seminário de Laminação - Processos e Produtos Laminados e Revestidos promovido pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), de 18 a 21 de novembro, em Ouro Preto (MG). O executivo, que integra o Comitê Executivo da Gerdau, falará sobre 'O futuro da siderurgia'.
Outra presença confirmada é a do diretor Tecnológico da Evraz, Franz Holy, que na terça-feira, 19, discorrerá sobre 'Laminação de hoje e os desafios de amanhã'.
A edição comemorativa ao Jubileu de Ouro do evento será realizada no Centro de Artes e Convenções da Ufop, onde são esperados aproximadamente 300 especialistas nacionais e estrangeiros, profissionais da indústria e da academia ligados à produção e transformação do aço e do alumínio.
O especialista canadense Doug Stalheim, presidente da DGS Metallurgical Solutions, vem ao Brasil para ministrar o módulo de aplicação prática (cases) do curso Fundamentos, Prática Industrial e Simulação da Laminação Controlada de Aços Microligado, que abre o evento.
Trata-se de um curso intermediário, que terá ainda mais dois módulos: o de fundamentos da aplicação de aços microligados, a cargo do professor Ronaldo Barbosa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e o de simulações, com duas propostas de modelamentos, a cargo dos especialistas Antonio Augusto Gorni, da Usiminas, e Marcelo Arantes Rebellato, consultor da CBMM.
A programação inclui apresentações de 116 trabalhos da indústria e da academia, além de visita técnica à usina Ouro Branco da Gerdau, empresa anfitriã do evento.
A Gerdau (Vilares Rolls) é a empresa anfitriã do 50º Seminário de Laminação, que terá ainda uma área de exposição com a presença das seguintes empresas/instituições patrocinadoras: Açokorte, Akers Brazil, Amepa, Andritz, Aperam, ArcelorMittal, Atomat Services Industrial, Brasmetal, BRC, Castellini, CBMM, CMI Brasil, Cognex, CSN, Danieli, EMG, ESW, IMS,  Inoxihp, James Walker, Lemasa, Linde, Maina, Metalserv, NSK, Pomini Tenova, PML Kelk, Russula do Brasil, Senai / Fiemg, Siemens, SMS Siemag, Sprayng Systems, Timken, Usiminas, Vallourec e Voith.
Serviço
50º Seminário de Laminação - Processos e Produtos Laminados e Revestidos
Realização: ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
Data: 18 a 21 de novembro
Local: Centro de Artes e Convenções da Ufop, em Ouro Preto (MG)
Site: www.abmbrasil.com.br/seminarios

2- Regra de licitação de concessões de gás obriga consórcios a realizar pesquisas
Empresas e consórcios que arrematarem áreas na 12ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) serão obrigadas a perfurar o primeiro poço de forma mais completa, até que sejam atingidos determinados objetivos previstos em contrato. A afirmação é de Magda Chambriard, diretora-geral da ANP. É a primeira vez que a regra está prevista em um contrato de concessão de blocos exploratórios pela agência reguladora.
O objetivo é reunir informações e desenvolver de forma mais estruturada o avanço da indústria de gás não convencional no país, ou "shale gas", que no Brasil é traduzido como gás de folhelho. "As empresas serão obrigadas a coletar amostras de rocha geradora e fazer uma série de análises de laboratório para ajudar o governo brasileiro a ter informações que vão viabilizar no futuro o projeto não convencional", disse Magda.
As rochas geradoras são responsáveis pela formação de hidrocarbonetos (gás natural ou petróleo), que pode migrar para superfície ou encontrar no subsolo formações rochosas, com características de reservatório, que impedem que o gás continue subindo e se disperse. É em volta das rochas geradoras que se pode encontrar o "shale gas".
O gás convencional é encontrado em rochas-reservatórios, com elevada porosidade e, teoricamente, é mais fácil de ser extraído. As técnicas para o aproveitamento do "shale gas", por outro lado, são mais complexas e pouco conhecidas no Brasil. Para extraí-lo, é necessária a injeção de produtos químicos e a perfuração de poços horizontais, com fraturamento hidráulico, quando as rochas são quebradas para soltar o gás, o que não está previsto na regulação ambiental do país.
Está em consulta pública, até dia 18, na ANP, uma resolução que tem como objetivo regulamentar a atividade exploratória de "shale gas" no país. A audiência pública será no dia 21. Segundo Magda, a agência teve até agora poucas contribuições. "Talvez as pessoas não tenham percebido a importância da consulta pública", afirmou.
Magda destacou que todos os contratos de concessão assinados no Brasil preveem o direito a explorar até a profundidade considerada conveniente pelo concessionário. No entanto, a aprovação de novas regras irá permitir um maior aproveitamento da área, caso as companhias achem interessante. "Vamos disciplinar direitos que já existem, mas ainda não foram exercidos", disse a executiva.
A partir da aprovação da nova resolução, todas as empresas que já têm contratos de concessão poderão, em um determinado momento, desenvolver a exploração de gás não convencional, a partir das novas regras.
Magda disse que "tudo indica" que o "shale gas" possa começar a ser explorado, de forma mais rápida no país, em bacias já consideradas maduras, onde empresas já extraíram muitos dados geológicos. Mas isso não é uma regra, afirmou. As bacias maduras com áreas ofertadas na 12ª rodada de licitação são Sergipe e Alagoas, Recôncavo e São Francisco.
Até agora, estão habilitadas 19 empresas para a licitação, prevista para acontecer nos dias 28 e 29. Há algumas empresas de energia inscritas, como Companhia Paranaense de Energia (Copel) e Eneva, que podem estar interessadas em ter acesso mais fácil a reservas de gás, para a geração de energia térmica.
Fonte: Valor Econômico

3- Construção de sondas para o pré-sal movimenta mercado
Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP)
A construção dos primeiros navios-sonda no país tem movimentado o setor de equipamentos e acessórios. Segundo a Sete Brasil, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) já adquiriu mais de 34 mil ítens para a construção das unidades. O montante corresponde a 70% do total de aquisições necessárias.
Entre os equipamentos estão sistemas de perfuração e guindastes, propulsão, automação, instrumentação e elétrico, acomodações e calefação, ventilação e ar-condicionado. Além do Brasil, os materiais foram encomendados de empresas dos Estados Unidos, Reino Unido, China e Noruega, cujas atividades de engenharia estão sendo acompanhadas por profissionais do EEP, para troca de conhecimento e desenvolvimento do projeto.
O contrato para construção dos seis navios-sonda, que começarão a ser entregues a partir de 2016 até 2020, tem valor estimado de US$ 5 bilhões.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

4- Techint Engenharia entra com pedido de execução de título contra a OSX
A Techint Engenharia e Construções , empresa do grupo ítalo-argentino Techint, entrou com pedido de execução de título extrajudicial (CPC) contra a OSX Brasil, empresa de construção naval do grupo EBX, de Eike Batista. O pedido foi encaminhado à 28ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. O valor do título não foi revelado nem pela Justiça, nem pela Techint. 
Em julho, a OSX já tinha informado, em comunicado ao mercado, interrupção de encomenda de duas plataformas que a Techint estaria construindo no Paraná. Na época, fontes informaram ao Valor que os contratos somavam em torno de R$ 1 bilhão, e que teriam sido o motivo de um investimento de R$ 300 milhões que a Techint teria feito em obras no Pontal do Paraná. 
Reportagem do Valor, também em julho, detalhou que, com o cancelamento do contrato pela OSX, a Techint teria demitido em torno de 900 trabalhadores, um terço do total de seus funcionários em sua unidade em Pontal do Paraná. 
Em 2011, a Techint Engenharia e Construção foi contratada pela empresa de Eike Batista para construir duas plataformas de exploração de petróleo, WPH-1 e WPH-2, na Bacia de Campos (RJ). Mas, em meados desse ano, a OGX, petroleira do grupo EBX, divulgou comunicado mostrando a frustração com a produtividade de poços no local.
Fonte: Valor Econômico

5- Assinatura do contrato de Libra é postergada para 17/12--ANP

A assinatura do contrato da área de Libra foi postergada para 17 de dezembro, um mês depois do previsto, para que as chinesas CNPC e CNOOC, que fazem parte do consórcio vencedor, possam constituir empresas no Brasil. 
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, também disse que o adiamento da assinatura do contrato não muda o prazo inicial para o pagamento do bônus.
Agência Reuters



II – COMENTÁRIOS

1- Brasil e China intensificam parceria
Divulgação/ Anderson Riedel
O Brasil e a China firmaram o Plano Decenal de Cooperação para o período de 2013 a 2022 na 3ª reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em Cantão, na China. O plano fora acordado em 2012, na visita do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ao Brasil.
No encontro, que teve a participação do vice-presidente Michel Temer, as relações entre a China e o Brasil foram elevadas à parceria estratégica global. Na ocasião, foi feita uma avaliação positiva do contato bilateral, do desempenho nas áreas comercial, de investimentos e da cooperação em ciência, tecnologia, inovação, cultura educação. As trocas entre os dois países atingiram US$ 80 bilhões em 2013.
Ficou acertado na reunião intensificar o esforço conjunto para diversificar mais a relação sino-brasileira, com ênfase em agricultura, energia e infraestrutura. A Cosban é o mecanismo de encontro permanente de mais alto nível entre os governos do Brasil e da China, com a participação dos vice-chefes de governo dos respectivos países.
"A bem-vinda participação de empresas chinesas no consórcio para a exploração do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, abre importantes novas perspectivas para nossa atuação conjunta no setor de petróleo e gás. Estimulo a participação chinesa nesses empreendimentos, que haverão de fortalecer ainda mais nosso conhecimento e confiança mútuos, com ganhos compartilhados", disse o vice-presidente Michel Temer.
"Estamos abertos a investimentos chineses no Brasil, em especial nas áreas ferroviária, de portos, aeroportos e rodovias. Muitos desses projetos estão inseridos no contexto maior da integração física na América do Sul, o que os torna ainda mais atraentes para investimentos externos", declarou o vice-primeiro ministro chinês, Wang Yang.
Os dois países reiteraram a necessidade de cooperar no âmbito do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), do G20 - grupo das 20 maiores economias mundiais -, e do Basic - formado por Brasil, África do Sul, Índia e China -, sobre mudança do clima.
O documento elaborado na reunião confirma a visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em 2014, quando serão celebradas quatro décadas de relação bilateral entre Brasília e Pequim. Representantes da China também deverão vir ao Brasil no próximo ano para participar da 6ª Cúpula do Brics, em março, em Fortaleza. Um dos pontos mais importantes no âmbito desse grupo de países emergentes é a criação de um banco de desenvolvimento.
Sobre a segurança e a privacidade de dados na internet, no contexto das recentes denúncias de espionagem dos Estados Unidos a diversos países, a China e o Brasil reiteraram a importância de a comunidade internacional alcançar regras e padrões de regulação universalmente aceitas sobre tecnologia da informação e comunicação. Na última sexta-feira (1º), o Brasil e a Alemanha apresentaram à Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução sobre o tema, em que enquadram a espionagem como uma violação aos direitos humanos.
Sobre a reforma da governança global, com ênfase à do Conselho de Segurança da ONU, a China voltou apoiar a aspiração brasileira de desempenhar um papel mais proeminente no órgão, sem, no entanto, mencionar apoio expresso ao pleito do Brasil em assumir um assento permanente no conselho, depois de uma possível reforma. Também foi mencionada a necessidade de atualização da fórmula de estabelecimento de quotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o aumento da participação e do poder de decisão de países em desenvolvimento sobre a aplicação dos fundos.
No âmbito do comércio, o Brasil pediu à China a suspensão do embargo às exportações brasileiras de carne bovina; a habilitação de novos estabelecimentos exportadores de carne de frango e suína; e a assinatura do Protocolo Fitossanitário do Milho, cuja negociação foi concluída com sucesso, na Subcomissão de Inspeção e Quarentena da Cosban.
Na área de ciência e tecnologia, foi confirmado o lançamento do satélite China-Brasil 3 (Cbers-3, sigla em inglês para Brazil-China Earth-Resources Satellite) em dezembro deste ano e do Cbers-4, em 2015. O Cbers-3 será o primeiro da família de satélites sino-brasileiros a integrar uma câmera para satélite 100% desenvolvida e produzida no Brasil. Ela vai registrar imagens para o monitoramento de recursos terrestres. Desde o inicio da parceria entre os países, em 1988, foram lançados os Cbers 1, 2 e 2-B.
*Na foto: O vice-presidente do Brasil, Michel Temer e o vice-primeiro ministro chinês, Wang Yang.
Fonte: Agência Brasil

2- Cientistas Alertam para a Exploração de Xisto
Estudiosos demonstram preocupação com a exploração de blocos exploratórios de xisto, que fará parte da 12ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), marcada para este mês
À frente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) a da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Bonciani Nader e Jacob Palis pedem em carta à presidenta Dilma a suspensão das licitações das áreas de gás de xisto na 12ª Rodada por um período suficiente para aprofundar os estudos realizados pelas instituições científicas e tecnológicas (ICTs) públicas do país. Querem ter certeza da real potencialidade da utilização da fratura hidráulica das rochas para obter o polêmico gás e também sobre os possíveis prejuízos ambientais provocados por sua exploração.
De acordo com a própria Agência Nacional de Petróleo (ANP), na 12ª. Rodada de Licitações serão leiloados 240 blocos exploratórios terrestres com potencial para gás natural em sete bacias sedimentares, localizados nos estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná, São Paulo. A área totaliza 168.348,42 quilômetros quadrados. Do total dos blocos que vão a leilão, 110 estão em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba e outros 130 nas bacias maduras do Recôncavo e de Sergipe-Alagoas. Em todas elas serão exigidas a exploração de gás convencional e não convencional, segundo texto sobre o edital publicado no site da agência.
A extração do gás não convencional foi discutida exaustivamente na 65ª reunião da SBPC, em Recife, Pernambuco, realizada no último mês de julho. E foi exatamente com base no resultado das discussões que as duas entidades resolveram alertar o governo brasileiro sobre o caráter preliminar de levantamentos otimistas que pressupõem enormes reservas de gás de xisto no Brasil, que, se confirmadas, poderiam contribuir para impulsionar a economia do país.
A Agência Internacional de Energia dos Estados Unidos sugere que há, em solo brasileiro, reservas do gás da ordem de 7,35 trilhões de metros cúbicos nas bacias geológicas do Paraná, Parnaíba, Solimões e Amazonas, do Recôncavo e do São Francisco (as duas últimas bacias situadas no norte da Bahia e sul de Minas). Já a ANP estima que sejam muito mais do que isso: pelo menos, o dobro.
Sem qualquer propósito de estragar a festa de comemoração da fartura brasileira em gás de xisto, já considerado o combustível do século XXI – que nos EUA deve representar, de acordo com cálculos otimistas do próprio país, mais de 50% da oferta de energia nos próximos anos – , a comunidade científica adverte que falta conhecimento das características petrográficas, estruturais e geomecânicas das rochas consideradas para o cálculo das reservas brasileiras do shale gas – informação que altera significativamente a relação custo/benefício da extração do produto – , lembra que a sua exploração, apesar de se mostrar um sucesso econômico e tecnológico nos EUA, tem sido muito questionada pelos riscos e danos ambientais que acarretam e até mesmo põe em cheque os anúncios otimistas do país norte-americano sobre suas reservas internas do óleo.
O geólogo Luiz Fernando Scheibe, professor aposentado da Universidade de Santa Catarina, duvida, por exemplo, que as reservas norte-americanas sejam suficientes até mesmo para o abastecimento interno. Na sua avaliação, o óleo pode suprir o déficit energético dos EUA, tornando o país autossuficiente, mas não exportador mundial do produto, como alardeiam alguns norte-americanos. Em entrevista concedida à IHU On Line, revista produzida mensalmente pelo Instituto Humanitas Unisinos, ele revela que o xisto pode representar apenas 30% a 40% das reservas totais do país, que depende fortemente de fontes externas de petróleo.
Os Estados Unidos também não se mostram preocupados com a contaminação de sua água, tanto que no governo de George Bush a exploração do xisto foi isentada do atendimento às questões ambientais. "Eles têm um ato específico sobre a água potável, mas quando se trata de xisto essas determinantes não precisam ser atendidas. Isso chama a atenção para esta ânsia de explorar o gás não convencional", disse o professor, acrescentando que ficou muito impressionado porque nos EUA diversas empresas contrataram o serviço de esgoto municipal para purificar a água utilizada durante a extração do produto, o que, na sua opinião, é ineficaz, uma vez que essas empresas possuem apenas determinada capacidade e estãos voltadas a um tipo de elemento químico.
No mundo inteiro, e até mesmo em alguns estados dos EUA, está havendo uma grande mobilização popular para impedir a extração imediata do produto. Na França e na Bulgária, a extração de xisto está suspensa. Em Nova Yorque, estado que fica ao lado da Pensilvânia, considerado o paraíso do xisto, sua obtenção foi proibida. Na Alemanha, está suspensa, enquanto no Canadá alguns estados proibiram o gás, caso de Ontário. Já a Inglaterra tenta fazer as primeiras perfurações, enquanto a população luta para impedir. Na China ainda há barreiras, inclusive burocráticas, para a regulamentação da extração do produto. A Shell, que tentou diversas maneiras de transformar camadas de xisto betuminoso em petróleo bruto desde 1981, anunciou que a empresa vai encerrar suas operações de pesquisa de xisto de petróleo no Colorado.
Os dirigentes da SBPC e da ABC relataram à presidente as formas diferentes da exploração do gás natural, do petróleo e do xisto, com o objetivo de adverti-la dos riscos econômicos embutidos na ilusão de ganhos imediatos. A exploração do gás natural e do petróleo ocorre em estruturas geológicas e nichos próprios. Já o gás de xisto impregna toda a rocha ou formação geológica. "Nesta condição, a tecnologia de extração de gás está embasada em processos invasivos da camada geológica portadora do gás, por meio da técnica de fratura hidráulica, com a injeção de água e substâncias químicas, podendo ocasionar vazamentos e contaminação de aquíferos de água doce que ocorrem acima do xisto", afirma a comunidade científica brasileira na carta enviada à Dilma Rousseff.
O Brasil precisa, portanto, pesar na balança os ganhos e as perdas com a obtenção do xisto, uma vez que os aquíferos de água doce existentes em seu solo podem ser muito mais valiosos do que a extração do shale gas. Os cientistas advertem que o processo de obtenção de xisto exige grandes volumes de água, e elas vão retornar à superfície poluídas por hidrocarbonetos e por outros compostos e metais presentes na rocha, assim como pelos próprios aditivos químicos utilizados na extração do gás não convencional. E a purificação e o descarte dos resíduos exigem caríssimas técnicas. "A própria captação desta água pode representar uma forte concorrência com outros usos considerados preferenciais, como, por exemplo, o abastecimento humano", dizem textualmente a SBPC e a ABC na carta enviada à presidente.
As duas entidades lembram que boa parte das reservas de óleo de xisto da bacia do Paraná, no Brasil, e parte das reservas do norte da Argentina situam-se logo abaixo do Aquífero Guarani, considerado a maior fonte de água doce de ótima qualidade da América do Sul. "Logo, a exploração do gás de xisto nessas regiões deveria ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de contaminação das águas deste aquífero."
O geólogo Aldo Rebouças, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de São Paulo (USP), garante que o Aquífero Guarani é um oceano de água doce no solo do Brasil (que detém 75% do manancial), Argentina, Paraguai e Uruguai. Já haveria, inclusive, gestões da Organização das Nações Unidas (ONU) para transformar em recursos internacionais todos os mananciais de água transfronteiços do mundo. No Brasil, o Aquífero Guarani é apontado como solução imediata de abastecimento para centenas de cidades do interior de São Paulo.
Fonte: Jornal do Clube de Engenharia, edição nº 535 (outubro/2013).

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 153

I – NOTÍCIAS

1- Fraturamento do gás de xisto traz baixo risco à saúde, diz governo britânico 
Os riscos causados à saúde pública pela exposição às emissões do processo de fraturamento realizado na exploração do gás de xisto são baixos, desde que as operações sejam administradas e regulamentadas adequadamente, afirmou nesta quinta-feira a agência governamental de saúde britânica.
Numa avaliação do potencial impacto para a saúde causado pela fraturamento hidráulico, que envolve o bombeamento de água e produtos químicos para dentro de densas formações rochosas de xisto para forçar a saída de gás e óleo, a entidade Saúde Pública da Inglaterra (PHE, na sigla em inglês) disse que os impactos à saúde provavelmente são mínimos.
Como no momento não há fraturamento na Grã-Bretanha, o relatório da PHE examinou evidências de países como os Estados Unidos, e afirma que a maioria delas indica que qualquer risco à saúde normalmente decorre de falhas operacionais.
"As evidências disponíveis atualmente indicam que os potenciais riscos à saúde pública pela exposição às emissões associadas ao processo de extração do gás de xisto são baixos se as operações forem administradas e regulamentadas adequadamente", disse o diretor do centro para a área de riscos químicos, de radiação e meio ambiente da PHE, John Harrison.
"Construção e manutenção muito boas são essenciais para reduzir os riscos de contaminação da água subterrânea", acrescentou.
Interessado em estimular um boom de produção no estilo do que acontece nos EUA, e assim compensar as decrescentes reservas de gás e petróleo do Mar do Norte, o governo britânico liderado pelos conservadores vem apoiando o fraturamento como uma "revolução energética" que poderia criar empregos e reduzir os preços da energia.
Mas ativistas dizem que o governo deveria investir mais em energia renovável. Grupos defensores do meio ambiente vêm promovendo amplos protestos contra a exploração do xisto, argumentando que pode poluir as reservas de água e causar terremotos.
No começo do mês, o Greenpeace disse que iria incentivar os proprietários de terra britânicos a se unirem legalmente na oposição ao fraturamento, uma iniciativa que poderia fortalecer a oposição à exploração e aproveitamento do gás de xisto no país.
Em resposta ao relatório da PHE, Quentin Fisher, professor de geoengenharia do petróleo na Universidade de Leeds, disse que esse é "mais um estudo" sugerindo ser improvável a contaminação da água no subsolo durante a fraturamento.
"O relatório traz ainda mais provas de que a produção de gás de xisto pode ser feita de modo muito seguro", acrescentou.
31/10/13
Kate Kelland
Fonte: Reuters

2- Logística offshore avança para suprir demanda do pré-sal
Com uma demanda esperada para 2018 de 4,34 milhões de toneladas, em sua maior parte nas Bacias de Campos e Santos, a logística offshore se prepara para dar conta dessa alta na demanda por serviços. No painel "Logística Offshore", os principais especialistas afirmaram ser fundamental o avanço no planejamento das operações offshore. 
"O desenvolvimento da cadeia de fornecimento requer uma variedade e qualidade nos serviços", afirmou Marcus D´Elia, gerente do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Para ele, a diversificação da cadeia de suprimentos é um dos pontos para tornar as operações mais eficientes. 
Para dar conta de tamanha demanda prevista para os próximos 5 anos, a Petrobras trabalha hoje em cinco portos com 200 barcos de apoio para levar os equipamentos para as plataformas. Nesse período, o volume movimentado pela petrobras deve aumentar em torno de 87%. 
De acordo com Nathália Sena, consultora técnica da Petrobras, dentre os desafios do setor está o suporte aos novos projetos em cidades sem infraestrutura. A companhia possui um programa chamado Peolog (Programa de Excelência de Operações Logísticas) que já resultaram por exemplo em aumento de 50% na pontualidade dos helicópteros que vão para as plataformas, além de 30% na redução do ciclo de trabalho das embarcações de apoio logístico. 
Uma das principais empresas do setor de óleo e gás em atuação no país, a Schlumberger tem a sua própria rede de distribuição, onde tem todo o controle sobre a operação do início, na fábrica, até o final, no cliente. Dentre as soluções de acompanhamento logístico utilizado pela companhia estão o código de barras 2D, o RFID e o GPS. 
"É importante sabermos que todo o processo está integrado e funcionando como o planejado", completou Mario Faria, vice presidente de Serviços Compartilhados na América Latina, da Schlumberger. 
Com uma demanda esperada para 2018 de 4,34 milhões de toneladas, em sua maior parte nas Bacias de Campos e Santos, a logística offshore se prepara para dar conta dessa alta na demanda por serviços. No painel "Logística Offshore", os principais especialistas afirmaram ser fundamental o avanço no planejamento das operações offshore. 
"O desenvolvimento da cadeia de fornecimento requer uma variedade e qualidade nos serviços", afirmou Marcus D´Elia, gerente do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). Para ele, a diversificação da cadeia de suprimentos é um dos pontos para tornar as operações mais eficientes. 
Para dar conta de tamanha demanda prevista para os próximos 5 anos, a Petrobras trabalha hoje em cinco portos com 200 barcos de apoio para levar os equipamentos para as plataformas. Nesse período, o volume movimentado pela petrobras deve aumentar em torno de 87%. 
De acordo com Nathália Sena, consultora técnica da Petrobras, dentre os desafios do setor está o suporte aos novos projetos em cidades sem infraestrutura. A companhia possui um programa chamado Peolog (Programa de Excelência de Operações Logísticas) que já resultaram por exemplo em aumento de 50% na pontualidade dos helicópteros que vão para as plataformas, além de 30% na redução do ciclo de trabalho das embarcações de apoio logístico. 
Uma das principais empresas do setor de óleo e gás em atuação no país, a Schlumberger tem a sua própria rede de distribuição, onde tem todo o controle sobre a operação do início, na fábrica, até o final, no cliente. Dentre as soluções de acompanhamento logístico utilizado pela companhia estão o código de barras 2D, o RFID e o GPS. 
"É importante sabermos que todo o processo está integrado e funcionando como o planejado", completou Mario Faria, vice presidente de Serviços Compartilhados na América Latina, da Schlumberger. 
Fonte: Redação TN Petróleo/ Rodrigo Miguez

3- Executivos debatem os desafios dos mega projetos offshore
Rudy Trindade/ TN Petróleo
Na foto: John Haney, da Shell, moderador do painel na OTC Brasil 2013.
Os desafios e as oportunidades dos mega projetos offshore que estão sendo desenvolvidos no Brasil para exploração e produção de petróleo foram mostrados no painel do último dia da OTC Brasil. 
Fernando Bortoli, da Petrobras, apresentou os projetos das plataformas P-61 e P-63 que serão utilizados no campo de Papa Terra. Além disso, ele citou as oito plataformas replicantes (P-66 a P-73) que estão sendo construídas para o pré-sal. 
Segundo ele, as replicantes representam um avanço para as próximas que serão feitas daqui para frente, pois são fruto de aprendizado e primordiais para o ganho de tempo nos projetos da Petrobras. 
Participante do consórcio de operação e construção dos replicantes, a SBM Offshore mostrou alguns dos desafios que precisam ser superados nesses projetos. Segundo Philipe Levy, a tecnologia avançada necessária para o pré-sal, a obrigatoriedade do conteúdo local de 65% nos projetos, além do mercado de fornecedores limitado no Brasil são alguns dos problemas por que as empresas precisam enfrentar. 
Os FPSO estão sendo construídos em estaleiros parceiros da SBM para agilizar os processos. Para Levy, o FPSO Cidade de Ilha Bela é o projeto mais complexo já feito pela companhia. Além desse FPSO, a SBM também vai fazer os FPSO Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema. 
Os desafios e as oportunidades dos mega projetos offshore que estão sendo desenvolvidos no Brasil para exploração e produção de petróleo foram mostrados no painel do último dia da OTC Brasil. Fernando Bortoli, da Petrobras, apresentou os projetos das plataformas P-61 e P-63 que serão utilizados no campo de Papa Terra. Além disso, ele citou as oito plataformas replicantes (P-66 a P-73) que estão sendo construídas para o pré-sal. Segundo ele, as replicantes representam um avanço para as próximas que serão feitas daqui para frente, pois são fruto de aprendizado e primordiais para o ganho de tempo nos projetos da Petrobras. 
Participante do consórcio de operação e construção dos replicantes, a SBM Offshore mostrou alguns dos desafios que precisam ser superados nesses projetos. Segundo Philipe Levy, a tecnologia avançada necessária para o pré-sal, a obrigatoriedade do conteúdo local de 65% nos projetos, além do mercado de fornecedores limitado no Brasil são alguns dos problemas por que as empresas precisam enfrentar. Os FPSO estão sendo construídos em estaleiros parceiros da SBM para agilizar os processos. Para Levy, o FPSO Cidade de Ilha Bela é o projeto mais complexo já feito pela companhia. Além desse FPSO, a SBM também vai fazer os FPSO Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema. 
Carlos Eduardo Flesch, da IPA Global, apresentou os resultados de uma pesquisa com os fracassos dos megaprojetos. Para ele, apensas 20% desses projetos de exploração e produção são realizados com sucesso. Dentre os problemas estão os altos custos e também os atrasos nas entregas. "No mínimo, os projetos estão pecando no planejamento", afirmou.  
* Na foto: John Haney, da Shell, moderador do painel na OTC Brasil 2013.
Fonte: Redação TN Petróleo/ Rodrigo Miguez

4- OGX entra com pedido de recuperação judicial
A petroleira OGX, controlada por Eike Batista, entrou  com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. De acordo com o tribunal, o juiz Gilberto Clóvis Farias Matos, da 4ª Vara Empresarial, será o responsável pelo processo.
Com o pedido, as ações da empresa deixaram de ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A petroleira agora tem 60 dias para apresentar uma proposta de recuperação ao juiz, caso contrário será decretada a falência. Por meio da recuperação judicial, uma empresa sem caixa para pagar as dívidas negocia um plano de reestruturação com os credores sob a supervisão de um juiz.
Assim que a OGX entregar o plano de recuperação judicial, os credores têm 180 dias, a partir da publicação do despacho do juiz, para aprovar a proposta em assembleia. Se algum dos credores contestar a proposta, a falência é decretada. Se o acordo for aceito, o plano terá de ser implementado à risca.
Atualmente, as dívidas sem garantia acumuladas da OGX somam US$ 5,1 bilhões, dos quais US$ 3,6 bilhões referem-se a bônus emitidos no exterior. Na terça-feira (29), a petroleira anunciou que não conseguiu firmar um acordo com os credores depois de meses de negociação. No início de outubro, a empresa deixou de pagar US$ 45 milhões de juros de dívidas emitidas no exterior.
Na página da OGX na internet, a empresa informa que tem recursos em caixa para operar apenas até o fim deste ano. A companhia ressalta ainda que precisará de US$ 250 milhões para cumprir as obrigações até março de 2014.
Em nota, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem participação na petroleira, informou não ter concedido nenhum financiamento à OGX e, portanto, não tem qualquer exposição de crédito à companhia. O BNDES destacou ainda que tem 0,26% de participação na OGX. Essa fatia, segundo o banco, representa 0,01% da carteira de ações da BNDESPar, braço da instituição que administra as participações em empresas.
Fonte: Agência Brasil

5- Pré-sal já produziu 250 milhões de barris
Agência Petrobras
A produção acumulada no pré-sal já alcançou 250 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) desde que foi iniciada a produção da camada pré-sal, na Bacia de Campos, em 2008. A informação foi dada hoje (30/10) pelo gerente executivo de Exploração e Produção do pré-sal da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, durante painel sobre o pré-sal na Offshore Technology Conference (OTCBrasil 2013), no Rio de Janeiro. A produção atual do pré-sal, de 329 mil barris dor dia (bpd), alcançada em setembro de 2013, já é oito vezes maior do que a produção média do pré-sal no ano de 2010, quando foram produzidos 42 mil bpd.
"O Pré-sal já produziu 250 milhões de barris de óleo equivalente, mais do que toda a produção acumulada do campo de Garoupa, primeira descoberta da Petrobras na Bacia de Campos, em 1974, e que produz até hoje", disse o gerente.
O executivo também comparou o volume ja descoberto no pré-sal da Bacia de Santos com outras grandes descobertas offshore realizadas nos últimos anos, no mundo. Segundo ele, o volume recuperável já declarado dos campos de Lula e Sapinhoá, mais o volume contratado da Cessão Onerosa é de cerca de 15,4 bilhões de barris de petróleo equivalente, o que equivale a uma vez e meia o volume recuperável do campo gigante de Kashagan,no Mar Cáspio, e 15 vezes o volume recuperável do campo de Thunder Horse, nos EUA. A província do pré-sal como um todo, incluindo Bacia de Santos e Bacia de Campos, tem 149 mil quilômetros quadrados e equivale a três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Já a área do pré-sal sob contrato da Bacia de Santos, de cerca de 15 mil quilômetros quadrados, equivale a 650 blocos de exploração e produção da porção norte-americana do Golfo do México.
Desde a descoberta, em 2006, até dezembro de 2012, já foram perfurados 37 poços exploratórios no pré-sal da Bacia de Santos, com índice de sucesso superior a 90%. Considerando toda a província do pré-sal, o índice de sucesso supera 80% e o número de poços até o ano passado chegou a 80. "Esses números são fantásticos", afirmou Carlos Tadeu.
Atualmente, seis plataformas produzem no pré-sal na Bacia de Campos e três na Bacia de Santos, além de duas plataformas itinerantes que são utilizadas para testes de longa duração. A primeira plataforma a produzir no pré-sal foi a P-34, no campo de Baleia Franca, Bacia de Campos, em 2008. O primeiro sistema definitivo a entrar em operação no polo pré-sal da Bacia de Santos foi o Piloto de Lula, por meio do FPSO Cidade de Angra dos Reis, que hoje produz cerca de 100 mil barris por dia.
Fonte: Agência Petrobras


II – COMENTÁRIOS

1- Investidores querem mais mudanças em leilão de portos  
Os ajustes feitos pelo governo para tornar mais atrativas as licitações de novos arrendamentos no porto de Santos foram considerados insuficientes por uma série de investidores e empresas que tinham interesse na operação dos terminais. Há quem tenha ficado tão descontente que já anuncia antecipadamente sua desistência em entrar na disputa.
As minutas dos editais para os arrendamentos no maior porto do país foram encaminhadas para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) e sofreram mudanças após a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) ter recebido mais de três mil sugestões de aperfeiçoamento das regras. Entre as principais mudanças, o governo elevou de 7% para 8% ao ano a taxa interna de retorno dos projetos, além de estender o prazo dos novos contratos para 25 anos. Antes, parte deles teria dez anos de vigência.
No entanto, foram mantidas regras que ainda causam mal-estar nas empresas. Uma das cláusulas mais contestadas é a que praticamente fecha as portas para futuros pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro pelos vencedores das licitações. "A cláusula é leonina", define o advogado Rafael Véras, sócio do escritório Firmo, Sabino e Lessa, que tem entre seus clientes uma empresa de olho no arrendamento do terminal de grãos da Ponta da Praia.
Todos os editais preveem a alocação "integral" e "exclusiva" aos futuros concessionários de riscos como desvalorizações cambiais, aumentos de impostos, mudanças nas taxas de juros, obtenção de licenças, greves trabalhistas e até manifestações sociais que interrompam a prestação de serviços nos terminais. A cláusula também foi alvo de questionamentos da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), mas o governo decidiu mantê-la. "Quem é o maluco que vai se aventurar a assumir tantos riscos não gerenciáveis?", questiona Véras.
Com essa alocação de riscos, o governo se blinda contra a possibilidade de pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, que podem resultar em extensão dos prazos de vigência dos arrendamentos ou em tarifas mais altas. Em contratos anteriores, o governo havia deixado uma fresta para esses pedidos.
No caso das rodovias privatizadas em 2007, como Fernão Dias e Régis Bittencourt, revisões extraordinárias de tarifas foram permitidas depois que prefeituras elevaram o Imposto sobre Serviços (ISS) cobrado nos pedágios. Na área de energia elétrica, a concessionária responsável pela usina de Jirau, no rio Madeira, ainda pede isenção de responsabilidade por 334 dias de atraso decorrentes de greves e de uma revolta de operários nos canteiros de obras.
O presidente do conselho de administração da Logz Logística Brasil, Nelson Carlini, faz críticas à manutenção dos percentuais a serem pagos pela garantia da proposta e do contrato, que variam de 1% a 5% sobre o valor global do arrendamento. "São altos demais", diz. A Logz tem interesse em arrendamentos em Santos e outros quatro portos, Paranaguá, Rio Grande, Belém e Suape.
Carlini critica ainda o estabelecimento, pelo governo, de valores tarifários. "Não tem sentido limitar. A concorrência e a competência intraporto e interporto é que têm de levar os preços ao nível de mercado". Nas licitações de terminais que prestam serviço, quem conceder o maior desconto tarifário vencerá o leilão.
As tarifas são consideradas, em geral, incompatíveis com o mercado. "A conta não fecha em alguns editais de Santos. É inviável financeiramente", acrescenta Ricardo Mesquita, diretor da Rodrimar, que opera um terminal de contêineres em Santos com contrato próximo a expirar.
Existem ainda reclamações específicas sobre os lotes que estão sendo licitados no maior porto do país. No Saboó, onde a intenção do governo é promover uma reestruturação que junta os terminais existentes em um único contrato, as cláusulas desanimaram algumas empresas a tal ponto que há quem já tenha jogado a toalha. "Prefiro nem entrar [na disputa]", diz Sérgio Fischer, vice-presidente de terminas e logística da Wilson Sons, que vinha estudando participar da licitação.
O novo terminal multipropósito do Saboó terá um cais total de 594 metros de extensão. Ele foi dividido em dois berços: um poderá ser usado com exclusividade pela operadora que vencer a licitação; outro será compartilhado com mais operadoras.
"Para movimentar contêineres, não faz o menor sentido como negócio", avalia Fischer. Segundo ele, o berço exclusivo tem 364 metros e sequer permite a atracação de navios New Panamax, mais modernos. Para o executivo, o problema maior nem é esse: com apenas um berço disponível em tempo integral para a movimentação de contêineres, a futura operadora do terminal fica com poucas "janelas de atracação" para negociar com os armadores (donos dos navios). Ou seja, há risco de a carga chegar a Santos e entrar numa fila de espera. Fischer lembra que outros terminais de contêineres no porto - Santos Brasil, BTP, Libra e Embraport - dispõem de até quatro berços.
O novo terminal do Saboó, depois de reconfigurada a área, vai operar também cargas rolantes, como veículos. O governo duplicou a movimentação mínima anual exigida para veículos: saiu de 104 mil unidades para 207 mil. A Deicmar, que já opera um terminal de cargas rolantes em parte da área que será relicitada e tem interesse no leilão, disse que a mudança foi insuficiente. Para a empresa, esse volume atende só a demanda atual das montadoras.
Para Gerson Foratto, diretor da Deicmar, a nova minuta repete e amplia os equívocos cometidos na versão colocada em audiência pública. A empresa pediu ao governo a suspensão da licitação, argumentando que a operação de veículos era acessória e que o terminal só passaria a ser rentável quando entrasse o contêiner. "Ao se ler os documentos e as contribuições feitas pelas empresas, percebe-se que a Antaq e a Secretaria de Portos acolheram as sugestões de outros arrendatários da região que movimentam contêineres, negligenciando mais uma vez o sistema de cargas rolantes, condenado a ser ´parte´ de um terminal de contêineres."
A nova minuta recebeu uma cláusula que impede a Deicmar e a Santos Brasil de participarem do leilão. O novo texto diz que o contrato não será assinado com empresas localizadas dentro ou fora do porto organizado que tenham instalações usadas prioritariamente na movimentação ou na armazenagem de cargas rolantes. Se a proponente quiser participar, terá de entregar as áreas na hipótese de vencer o leilão. A Deicmar tem áreas externas em Santos. E a Santos Brasil opera um terminal de veículos no porto.
31/10/13
Daniel Rittner e Fernanda Pires
Fonte: Valor Econômico

2- FELIPE LAMEGO É NOMEADO PRESIDENTE DA DEEPFLEX
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br)
Com grande parte de seu interesse voltado para o Brasil, que deve responder por 65% da demanda mundial do mercado em que atua, a Deepflex passa a ter um brasileiro como presidente: Felipe Lamego. O executivo ocupava o cargo de diretor de desenvolvimento de negócios na empresa desde julho de 2012 e agora assume o comando das operações globais da companhia.
Lamego tem graduação e mestrado de engenharia mecânica pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), possui uma pós-graduação em gerenciamento de projeto pela Universidade de Houston (EUA), além de um mestrado em administração de negócios na Texas A&M University.
Antes de entrar para a Deepflex, o executivo passou a maior parte de sua carreira na Technip, onde começou a trabalhar a partir de 1998 na área de dutos flexíveis, passando pelo desenvolvimento de processos e produtos na França e depois ao cargo de gerente de projetos na área subsea da empresa nos Estados Unidos. Teve uma passagem pela FMC Technologies entre 2006 e 2008, voltando à Technip posteriormente, de onde saiu quando ocupava o posto de diretor de desenvolvimento de negócios nos Estados Unidos.
A Deepflex é a única fabricante de dutos flexíveis sem costura não metálicos para aplicações em águas profundas no mundo e vê no Brasil um dos maiores potenciais de expansão. Atualmente a empresa está em fase de qualificação de suas tecnologias junto à Petrobrás, por meio de um processo que deve envolver mais de 5 mil testes individuais.
O executivo contou que também estão qualificando os produtos junto a outras quatro operadoras: Shell, Total, BG e Statoil. Neste caso, os trabalhos estão sendo realizados por meio do RPSEA (Research Partnership to Secure Energy for America), um programa do governo americano, avaliado em US$ 375 milhões, voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de petróleo, gás e energia. O foco do projeto é auxiliar na redução de custos, no aumento da segurança e na melhora da produtividade da indústria de tecnologia e da cadeia de suprimentos dos Estados Unidos.
O novo presidente acredita que o potencial do mercado só tende a crescer e ressaltou a ampliação que estão fazendo na planta de fabricação nos Estados Unidos.
“A capacidade hoje é de 20 km de linhas por ano e vai passar para 120 km por ano. É uma expansão muito grande não só em volume, como também em diâmetro e nos tipos de produtos. Inclusive muito do desenvolvimento será pensado em relação ao pré-sal e a ambientes de alta agressividade”, disse.
Para o executivo, as características do duto flexível sem costura reforçado de materiais compostos devem atrair grande atenção do mercado. Segundo a Deepflex, o produto tem cerca de metade do peso do duto flexível reforçado de aço sem costura, o que diminui bastante a tensão de carga durante a instalação e a operação, além de reduzir a corrosão.
A Deepflex foi fundada em 2004 nos Estados Unidos, mas de lá para cá já recebeu aportes de muitos investidores. Entre eles, estão os fundos brasileiros AEM Capital, liderado por Marcelo Müller, Mare Investimentos, de Rodolfo Landim, Mantiq Investimentos, do Santander, e a empresa de engenharia Promon, representada pelo seu diretor da área subsea, Marcelo Taulois. A empresa conta ainda com investimentos dos grupos Energy Ventures, Klaveness Marine e Mobelmagasinet Tvedt, da Noruega.
Fonte: Mercado, Óleo & Gás, Tecnologias

3- Pesquisadores apoiam incentivos à criação de startups e incubadoras
Fonte: Redação TN Petróleo/ Ascom OTC Brasil 2013  
A distância entre as pesquisas universitárias e a aplicabilidade pela indústria ainda é um dos maiores desafios dos pesquisadores que se dedicam ao desenvolvimento de soluções e novas tecnologias para o setor de óleo e gás. No painel “Redes Tecnológicas Brasileiras – Resultados Alcançados”, realizado ontem na OTC Brasil 2013, especialistas dos mais renomados institutos de ensino do país debateram as oportunidades e desafios da produção do conhecimento com a chegada do pré-sal. 
Desde a publicação da Regulação nº 5 da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2005, que estabelece as regras para aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pela indústria de óleo e gás, as empresas têm aumentado os investimentos voltados para instituições de ciência e tecnologia. Somente a Petrobras investiu cerca de US$ 2 bilhões. 
Existe um consenso de, para criar a ponte entre a área acadêmica e a indústria, é necessário permitir o surgimento de empresas incubadoras, startups (com projetos ligados à pesquisa) ou spin-offs (nascidas de grupos de pesquisa). 
“Muitos alunos querem montar suas próprias empresas, mas não têm recursos e nem conseguem financiamento. Apenas a regulação da ANP não é suficiente. Precisamos ressaltar que existe este gap entre as duas pontas: universidades e empresas”, afirma Cristina Maria Quintella, da Universidade Federal da Bahia. 
“Temos todos os ingredientes para o bolo – dinheiro, pesquisadores e oportunidades. Só não temos o cozinheiro. A Petrobras poderia ser um líder neste processo junto ao governo”, afirma o professor Clovis Raimundo Maliska, da Universidade Federal de Santa Catarina. 
Outra grande preocupação dos acadêmicos é como manter pesquisadores e equipes ativos e unidos ao longo dos anos. Maliska acredita que a continuidade dos investimentos em P&D permitirá a obtenção de resultados em 10 anos. 
Para isso, diz ela, é necessário melhorar a infraestrutura das universidades, aumentar as atividades de pesquisa, focar nos estudos em desenvolvimento de tecnologia, reduzir as burocracias para criação de empresas incubadoras, startups e spin offs e, finalmente, manter as equipes. 
“Para garantir a permanência destes profissionais é necessário oferecer uma carreira profissional, salários competitivos, organização, formalização e planejamento”, afirmou o professor Marcelo Gattass, da PUC-RJ. 
Foram apresentados vários exemplos bem-sucedidos de parcerias entre universidades e institutos de pesquisa e a Petrobras. Um deles, o LabOceano da Coppe-UFRJ, chama a atenção pela grandiosidade e inovação. Trata-se do tanque mais profundo do mundo (15 metros), no qual foram feitos mais de 100 ensaios para empresas do Brasil e do exterior.