I – NOTÍCIAS
1- Para Gerdau, plano de concessões muda mercado
Noticiário cotidiano - Portos e Logística
O empresário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Gestão e Competitividade do governo federal, afirmou que o plano de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos do governo federal vai permitir ao País ter índices de investimento mais elevados do que os atuais.
Segundo ele, isso poderá auxiliar na recuperação do crescimento do País. O plano de ferrovias e rodovias, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, prevê R$ 133 bilhões em obras de infraestrutura nos próximos 25 anos.
“A definição de concessões já modifica o comportamento do mercado, mas os impactos desse processo não são de um dia pro outro. Percebe-se que está havendo uma reversão (do crescimento). O Brasil, comparado com outros países, está conduzindo bem esse processo. Com contratos inteligentes (do plano de concessões) vamos poder ter índices de investimento mais elevados que temos”, afirmou o empresário que participou de seminário no Palácio do Planalto.
Na avaliação de Jorge Gerdau, é preciso reconhecer que o País está crescendo, porém sofre com os reflexos da crise econômica internacional.
De acordo com o empresário Jorge Gerdau, a Câmara de Gestão tem sido consultada e apresentada aos principais pontos dos planos de concessões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.
Em relação aos projetos voltados aos aeroportos, o empresário se disse “extremamente bem impressionado”, a despeito de uma desconfiança inicial em relação às empresas vencedoras das concessões. Jorge Gerdau afirmou estar esperançoso quanto à ampliação dos serviços prestados e o aumento da qualidade.
“Vamos ter uma qualidade e uma capacidade de ampliação de serviços extremamente importante. Então, eu vi um grande debate de que as empresas vencedoras eventualmente não teriam capacidade, mas pelo fato de elas terem chamado as melhores do mundo para trabalhar junto na construção das soluções, eu criei uma esperança altamente positiva”, disse. Em relação ao plano de concessões de portos, o empresário afirmou que o importante é ampliar a competitividade e reduzir os custos.
Fonte: Jornal do Commercio/RS
2- Casco da P-74 realiza primeira manobra para conversão
A Petrobras realizo a primeira docagem do navio Petrobras 74 no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro (RJ). A conclusão dessa manobra possibilita o início das obras de conversão do casco em uma Unidade de produção, a P-74 - anunciada há dois anos e com prazo de entrada no estaleiro em 24 de agosto de 2012.
Esta será a primeira conversão de casco dessa natureza a ser feita no Brasil. A P-74 será também o primeiro FPSO (navio-plataforma) com destino aos campos da Cessão Onerosa, no pré-sal na Bacia de Santos. A inspeção das chapas do casco e a desmontagem de equipamentos originais do navio serão as primeiras atividades da conversão.
A conversão também prevê o reforço estrutural do casco; a construção de novos módulos de acomodação, que terão capacidade para 110 pessoas; a substituição integral dos equipamentos originais, além da fabricação e instalação de 13 mil toneladas de estruturas novas necessárias para suportação dos módulos, das linhas de produção e do novo sistema de ancoragem entre outros. As obras de conversão da P-74 têm previsão de término em junho de 2014.
A Operação
O navio P-74, hoje um petroleiro do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier), saiu na segunda-feira (20) às 9h do Porto do Rio de Janeiro, onde estava atracado desde sua chegada ao Brasil, em novembro passado. Durante as manobras e o transporte até o Estaleiro Inhaúma foram utilizados seis rebocadores, sendo quatro no reboque propriamente dito e dois de reserva. Após a passagem pelo vão central da Ponte Rio-Niterói o navio foi conduzido até o estaleiro. Para a entrada do navio no dique foram utilizados guinchos existentes no estaleiro. Toda a operação, desde a saída do porto até a entrada no dique, durou cerca de 6 horas.
O estaleiro ainda receberá as obras de conversão da P-75, P-76 e P-77, também destinadas aos campos da Cessão Onerosa. A Petrobras assinou o contrato de conversão para todas as plataformas em maio de 2012 com o Estaleiro Enseada Paraguaçu, consórcio formado pelas empresas Norberto Odebrecht S/A, OAS Ltda e UTC Engenharia S/A, e que possuem como parceiro tecnológico a empresa japonesa Kawasaki Heavy Industries. O valor global é de US$ 1,7 bilhão e as obras terão conteúdo nacional de 70%, com geração de cerca de 5 mil empregos diretos no pico das atividades.
Após a conclusão dessa etapa de conversão, cada casco será transportado até outro canteiro. A partir daí, será iniciada a etapa de integração, ou seja, a instalação de módulos da planta de processo sobre os cascos convertidos. Os contratos de construção e integração dos módulos serão assinados até abril de 2013.
Estaleiro Inhaúma
A primeira docagem do navio Petrobras 74 representa o início de uma nova era para o Estaleiro Inhaúma. Na década de 80, ele foi o segundo maior estaleiro do mundo na construção de navios. Porém, devido à decadência da indústria naval brasileira no final dos anos 80 e nos anos 90, acabou sendo abandonado e deteriorou-se durante mais de uma década sem atividades.
Para atender as crescentes demandas da Petrobras, a companhia arrendou o Estaleiro em junho de 2010 e assumiu a sua gestão por um período de 20 anos. Assim, a estatal iniciou a reforma do estaleiro e já reconstruiu importantes instalações como, por exemplo, o dique seco, que após um conjunto de obras de recuperação, encontra-se novamente em condições de uso.
A conversão do navio Petrobras 74 será a primeira grande obra realizada no Inhaúma após a sua retomada.
Fonte: Agência Petrobras
3- HRT comunica nova descoberta de hidrocarbonetos na Bacia do Solimões
A HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. encaminhou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Notificação de Descoberta de gás no poço 1-HRT-9-AM.
Segundo a companhia, com base em indícios de hidrocarbonetos em amostras de calha, detector de gás e dados de perfilagem foram constatados reservatórios com três intervalos portadores de gás na Formação Juruá, entre 2.740 e 2.800 metros de profundidade, com cerca de 30 metros de espessura líquida.
“Sem dúvida este poço pode ser considerado o portador das melhores características de permo-porosidade e espessura líquida já constatada entre todas as perfurações anteriores da HRT”, comentou Milton Franke, diretor presidente da HRT O&G.
O poço 1- HRT-9-AM confirma mais uma vez a extensão do alinhamento gaseífero para sudoeste, abrindo portanto um novo potencial exploratório na área do bloco SOL-T-191. Esta descoberta juntamente com as três já realizadas pelos poços 1-HRT-2-AM, 1-HRT-5-AM e 1-HRT-8-AM confirmam o grande potencial do Pólo Gaseífero de Tefé e representam um importante avanço no objetivo da HRT de viabilizar a monetização do gás natural na Bacia do Solimões.
Iniciada em 16 de junho de 2012, a perfuração alcançou a profundidade final de 2.960 metros, atingindo o embasamento. A perfuração foi realizada em tempo recorde de 60 dias, constituindo, portanto, um marco histórico nas operações de perfuração da HRT.
Tal fato é produto de uma curva de aprendizado onde novas tecnologias foram aplicadas e permitirão que a HRT alcance melhorias significativas tanto em termos de custo como em quantidade de poços a serem perfurados na região. O poço será revestido para a realização de testes de formação visando avaliar o potencial de produção dos reservatórios.
O poço 1-HRT-9-AM está localizado no município de Carauari, Estado do Amazonas, e foi perfurado pela sonda QG-IX, da Queiroz Galvão.
HRT opera na Bacia do Solimões, juntamente com a TNK-Brasil, uma subsidiária da TNK-BP, esta uma joint venture Russa formada entre a BP e o consórcio AAR.
A HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. encaminhou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Notificação de Descoberta de gás no poço 1-HRT-9-AM.
Fonte: Redação TN Petróleo
4- BP suspende produção no Golfo do México por tempestade
Fonte: Agência Estado - 24/08/2012
A BP informou que começou a retirar seus funcionários da plataforma Thunder Horse, no leste do Golfo do México, e vai suspender sua produção de gás e petróleo no local como medida preparatória para a chegada da tempestade tropical Isaac.
A empresa também disse que vai retirar funcionários não essenciais de suas instalações em alto-mar em Mississippi Canyon, dentre elas Na Kika, Horn Mountain e Marlin. A BP pode adotar medidas adicionais para garantir a segurança de seus funcionários nesses locais, dependendo da trajetória da tempestade.
Outras empresas petrolíferas no Golfo informaram que continuam a monitorar a tempestade. A tempestade tropical Isaac está a sudoeste da República Dominicana e se move para o oeste, segundo dados do Centro Nacional de Furacões dos EUA.
A expectativa é de que a tempestade tome a direção noroeste, informou o mais recente comunicado do centro. Avisos de tempestade tropical foram emitidos na República Dominicana, Haiti, em alguns províncias de Cuba e no sudeste das Bahamas.
Shell retira funcionários por tempestade
A Royal Dutch Shell declarou nesta sexta-feira que vai retirar funcionários não essenciais das áreas leste e central do Golfo do México, como medida preparatória para a chegada da tempestade tropical Isaac.
As operações de perfuração foram suspensas em partes da região, mas a produção de óleo e gás não foi afetada, informou a companhia.
A BP disse mais cedo que está retirando trabalhadores de algumas de suas plataformas no Golfo, à medida que a tempestade se desloca para o oeste.
Segundo o último relatório do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), a tempestade ganhou alguma força ao se mover em direção à costa sul de Hispaniola, a ilha compartilhada por República Dominicana e Haiti.
5- Cosan, uma campeã em plena transformação
A Cosan mudou, mas não perdeu suas raízes. Com o foco do crescimento dos negócios voltado para energia e infraestrutura, a companhia tem se fortalecido, nos últimos anos, em setores de menor volatilidade no mercado do que o agronegócio. Este ano, com a oferta para entrar no bloco de controle da América Latina Logística (ALL) e a aquisição de 60,1% da Comgás, está se distanciando ainda mais de suas origens, mas sua liderança na produção de açúcar e álcool segue inabalável.
"Abrimos o leque de propósito. E queremos cada vez mais nos fortalecer nos setores de infraestrutura e energia", diz Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do conselho de administração e fundador da Cosan, eleita a Empresa de Valor deste ano.
As mudanças começaram a ser arquitetadas em 2007, quando a companhia foi para a bolsa de Nova York - dois anos antes, tinha aberto seu capital na Bovespa, tornando-se a primeira do segmento sucroalcooleiro a ir para o mercado. Em 2008, poucos meses antes de a crise financeira global explodir, anunciou a compra dos ativos da Esso no Brasil, que pertenciam à ExxonMobil, marcando sua estreia na distribuição de combustíveis. "Lembro que os analistas achavam que eu iria me desfazer desses ativos [Esso] logo depois", lembra Ometto. No mesmo ano, criou seu braço logístico, a Rumo.
Em 2010, a Cosan deu um passo maior e se associou à Shell para a criação da Raízen. A nova empresa, com gestão compartilhada, passou a agregar os negócios de combustíveis e a produção de açúcar e etanol.
Muito criticada no início do processo de diversificação, a Cosan, com sua transformação, atrai cada vez mais a atenção do mercado, que acompanha de perto movimentos que até agora resultaram em uma empresa com divisões de negócios separadas e bem definidas, o que mudou o humor dos analistas. "O mercado começou a entender melhor nossos negócios", diz Ometto..
Com a associação com a Shell, as áreas de lubrificantes, logística (Rumo) e terras (Radar) ficaram sob o guarda-chuva da Cosan. A divisão de alimentos da companhia associou-se à Camil em maio - agora, a Cosan detém 11,72% dessa operação, cuja receita deixará de ser consolidada em seu balanço.
A decisão de ser sócia da ALL - o processo ainda está em negociação - já fazia parte dos planos de diversificação da companhia há anos. Ometto afirma que a expertise da Cosan em agronegócio dará uma nova dinâmica à companhia ferroviária. Em fevereiro, o grupo fez uma oferta de quase R$ 900 milhões para comprar uma participação de 49,1% do bloco de controle (ou 5,6% do capital total). "Nós conhecemos o agronegócio, o que nos permite tomar iniciativas que às vezes o administrador da área de logística não enxerga", afirma o empresário.
Em energia, a companhia também fez fortes investimentos. No início, em cogeração a partir do bagaço de cana, e o mais recente com a polpuda fatia de 60,1% da Comgás, que pertencia à British Gas (BG), que decidiu se desfazer desse ativo, por R$ 3,4 bilhões, para investir no pré-sal. A operação ainda depende, porém, do parecer final da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).
No ano fiscal 2011/12, encerrado em março, a receita líquida da Cosan foi de R$ 24,097 bilhões, 33% maior que em 2010/11. A divisão de combustíveis representou 73% do total, seguida por energia (açúcar e álcool), com 15%, alimentos (4%) e Rumo (2%). A fatia dos "outros negócios" (lubrificantes e Radar) foi de 4%.
No atual ano fiscal, a divisão de alimentos não será mais consolidada na receita. A Comgás terá sua receita incluída (a partir da aprovação da Arsesp), assim como ALL, quando o negócio for fechado. Marcos Lutz, CEO da companhia, disse que o grupo estuda mudar o calendário de divulgação de seu balanço - que é de abril a março, em razão da safra da cana - para ano civil (janeiro a dezembro), uma vez que a divisão sucroalcooleira vem perdendo bastante peso com as transformações. Consolidadora, sobretudo no segmento sucroalcooleiro, Ometto diz que a companhia avalia ativos que façam sentido a sua expansão, descartando, pelo menos por enquanto, a entrada em mais um novo negócio.
De tradicional família de imigrantes italianos, o engenheiro mecânico formado na Universidade de São Paulo (USP) até tentou outros rumos. Começou a trabalhar como assessor da diretoria do Unibanco e aos 22 anos foi para a Votorantim, onde se tornou, aos 24, diretor-financeiro. Foi o primeiro presidente do conselho da TAM, antes conhecida como Táxi Aéreo Marília, que pertencia a sua família até os anos 70, antes do comandante Rolim Amaro assumir os negócios. De volta à terra, criou, na década de 90, a Cosan.
Fonte: Valor / Mônica Scaramuzzo
II – COMENTÁRIOS
1- Brasil quer mais profissionais estrangeiros
O governo brasileiro está explorando maneiras de aliviar as regras de imigração para atrair até 10 vezes mais profissionais estrangeiros e ajudar a estimular o crescimento econômico, disse à "Reuters" o secretário de Ações Estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros.
A falta de trabalhadores qualificados é um dos muitos gargalos que ultimamente têm conduzido a sexta maior economia do mundo à beira da estagnação. De canteiros de obras a plataformas de petróleo e centrais de tecnologia da informação, as empresas têm dificuldades para encontrar trabalhadores qualificados para melhorar as suas operações no Brasil. A gigante da Internet Google, por exemplo, tem atualmente 39 posições em aberto no Brasil.
"A gente está em um país que, do ponto de vista do mercado de trabalho, está muito isolado do resto do mundo. A gente acha que isso está afetando a competitividade do país", afirmou Paes de Barros.
"A gente tem vontade de reverter esse quadro. O Brasil ser mais um país de imigrantes e um país mais conectado com o resto do mundo em termos de transferência de conhecimentos".
Ex-colônia portuguesa, o Brasil tem uma longa história de acolher imigrantes de todo o mundo, semelhante a dos Estados Unidos. Nos últimos séculos, o país recebeu ondas de imigração da África, Europa, Japão e, mais recentemente, dos vizinhos mais pobres, como a Bolívia.
Mas os problemas econômicos na segunda metade do século passado reduziram as chegadas a quase nada. Estrangeiros hoje representam apenas 0,3% da força de trabalho do Brasil, abaixo dos 7% no início do século 20. Na Austrália, um país de tamanho similar que por muito tempo atraiu imigrantes, os estrangeiros representam cerca de 20% da força de trabalho.
O debate sobre um quadro de imigração mais flexível reflete o novo status do Brasil como potência econômica emergente. A proximidade do pleno emprego impulsionou a popularidade da presidente Dilma Rousseff, ela própria filha de um imigrante búlgaro.
"A gente tem que pensar em ir para um patamar de dois, três por cento da força de trabalho brasileira formada por pessoas de fora do país. Isso seria multiplicar por 10. Se a gente conseguir isso, vamos estar muito bem", afirmou Paes de Barros, economista formado na Yale.
O momento, no entanto, pode não ser ideal. Até a hora que um projeto de lei finalmente chegar ao Congresso, a eleição presidencial de 2014 estará bem próxima, o que pode tornar mais difícil para Dilma desviar a sua atenção de uma campanha pela reeleição.
"A outra variável a ter em mente é que muito vai depender de uma recuperação do crescimento econômico em 2013 e 2014. Porque se estivermos em um ambiente onde o desemprego começa a decolar e os mercados de trabalho começam a arrefecer, isso se torna mais difícil de vender", disse Chris Garman, analista da empresa de consultoria Eurasia Group.
"O governo, infelizmente, está percebendo isto um pouco tarde".
A economia do Brasil deve crescer menos de 2% este ano, mas ganhará velocidade de novo em 2013, conforme uma enxurrada de medidas de estímulo do governo fazem efeito. A taxa de desemprego, no entanto, permanece perto de um nível recorde de baixa, em torno de 5,8%.
Déficit de talentos
O Brasil concedeu 70.524 vistos de trabalho a profissionais estrangeiros em 2011, 25,9% a mais do que em 2010, segundo o Ministério do Trabalho. Isso é quase três vezes mais do que os 25.400 vistos emitidos em 2006.
No entanto, segundo algumas estimativas, o país ainda precisa de mais 20 mil engenheiros por ano para atender aos ambiciosos planos para modernizar sua infraestrutura obsoleta e explorar as enormes reservas de petróleo.
Isso levou a gigante de mineração Vale a criar os seus próprios programas de treinamento para engenheiros e é declaradamente uma das razões que atrasam um investimento de 12 bilhões de dólares pela Foxconn para a fabricação de iPads no Brasil.
Os críticos culpam décadas de subinvestimento no sistema de educação pública do Brasil, o que deixa os brasileiros em desvantagem no mercado de trabalho.
Dilma lançou no ano passado o programa Ciência Sem Fronteiras para combater o déficit educacional que empaca o desenvolvimento tecnológico e de engenharia do Brasil, A iniciativa vai enviar 100 mil brasileiros para estudar por um ano nas melhores universidades do mundo.
O déficit de talentos tornou-se ainda mais urgente à medida que os preparativos do Brasil para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 parecem estar atrasados.
O debate ocorre no momento em que muitos profissionais espanhóis e portugueses sem trabalho por conta do agravamento da crise da dívida da zona euro estão desembarcando no Brasil em busca de oportunidades.
Mas os líderes empresariais se queixam de que a burocracia brasileira torna difícil e caro contratar estrangeiros.
Para contratar profissionais de outros países, as empresas devem primeiro provar que não foram capazes de encontrar trabalhadores adequados no país. Eles também são obrigados a treinar brasileiros para, eventualmente, substituir os estrangeiros.
Estrangeiros enfrentam uma papelada aparentemente interminável em ministérios do governo e delegacias de polícia. Conseguir um registro de identidade temporário muitas vezes pode levar mais de seis meses.
"Contratar um estrangeiro no Brasil é complicado. Exige muita burocracia, tempo, e incerteza sobre se será concedido", disse Luiz Fernando Alouche, um advogado de imigração na Almeida Advogados, em São Paulo.
Uma força-tarefa criada esta semana irá preparar um relatório sobre as vantagens e os desafios de uma regulação nova e mais flexível para atrair trabalhadores estrangeiros qualificados. Paes de Barros espera ter os resultados em sua mesa em seis meses.
O governo espera ter uma proposta final pronta em meados de 2013. Depois disso, afirmou Paes de Barros, ficará a cargo dos políticos. Um projeto de lei de imigração menos ambicioso introduzido pelo governo em 2009 tramita no Congresso desde então.
Para Paes de Barros, tudo se resume a matemática simples - o número de imigrantes no Brasil é a metade do que se tinha no início do século 20, quando a população era 10 vezes menor.
"Estamos preocupados que estamos perdendo vantagens comparativas", disse ele.
endo vantagens comparativas", disse ele.
Fonte: Agência Reuters
2- Prazo para oferta pelos ativos da Vale E&P termina em 6 de setembro
As empresas Ecopetrol, Petronas, Statoil, Total e OGX são algumas que já visitaram a sala de informação (data room) aberta pela Vale para avaliação dos ativos de exploração da Vale Exploração e Produção de Gás Natural no Brasil que estão à venda. No dia 6 de setembro se encerra o prazo para entrega das propostas.
No início do ano a Vale deu início ao processo de venda de participações acionárias em 18 blocos nas bacias de Santos, Espírito Santo, Parnaíba e Pará-Maranhão, esses últimos em terra. A empresa tem fatias de no máximo 30% e não opera nenhuma área. Nesses blocos, a companhia tem como sócias a Petrobras, RepsolSinopec, BP, Ecopetrol e Woodside. A decisão de sair da área de exploração e produção de óleo e gás é uma guinada em direção contrária à iniciativa tomada na gestão de Roger Agnelli de diversificar o portfólio e garantir o suprimento principalmente de gás para atender ao consumo de energia da companhia.
As empresas Ecopetrol, Petronas, Statoil, Total e OGX são algumas que já visitaram a sala de informação (data room) aberta pela Vale para avaliação dos ativos de exploração da Vale Exploração e Produção de Gás Natural no Brasil que estão à venda. No dia 6 de setembro se encerra o prazo para entrega das propostas.
Uma fonte a par do assunto informou que até agora tudo indica que os ativos serão vendidos separadamente e não em um pacote fechado.
No início do ano a Vale deu início ao processo de venda de participações acionárias em 18 blocos nas bacias de Santos, Espírito Santo, Parnaíba e Pará-Maranhão, esses últimos em terra. A empresa tem fatias de no máximo 30% e não opera nenhuma área. Nesses blocos, a companhia tem como sócias a Petrobras, RepsolSinopec, BP, Ecopetrol e Woodside. A decisão de sair da área de exploração e produção de óleo e gás é uma guinada em direção contrária à iniciativa tomada na gestão de Roger Agnelli de diversificar o portfólio e garantir o suprimento principalmente de gás para atender ao consumo de energia da companhia.
Fonte: Valor Online