I – NOTICIAS
1-Abertas as inscrições para processo seletivo público da Petrobras
Fonte: Agência Petrobras
Começaram dia 24/11 as inscrições para o segundo processo seletivo público da Petrobras este ano. Do total de 350 vagas oferecidas, distribuídas por todo o País, 274 vagas são para cargos de nível médio, como técnico de contabilidade, de estabilidade e de exploração de petróleo, entre outros; e 76 para Geofísico júnior, que exige nível superior.
As inscrições estarão abertas até o dia 13 de dezembro, no site da Fundação Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br), e as provas objetivas serão realizadas no dia 22 de janeiro de 2012. Para os cargos de nível médio, o valor da inscrição é de R$ 35,00, enquanto para os cargos de nível superior é de R$ 50,00.
A remuneração mínima inicial varia de R$ 2.170,84, para cargos de nível médio, a R$ 6.217,19, para cargos de nível superior. A Petrobras também oferece uma série de benefícios, como previdência complementar, plano de saúde (médico, hospitalar, odontológico, psicológico e benefício farmácia) e benefícios educacionais para dependentes, entre outros. O processo seletivo anterior, lançado em agosto pela Companhia, contou com cerca de 173 mil inscritos. Na ocasião, foram oferecidas 590 vagas. As convocações desse concurso estão em andamento.
O edital do novo concurso pode ser consultado no site da Petrobras (www.petrobras.com.br) e no site da Fundação Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).
2-Petrobras encontra óleo leve na Bacia de Santos
A Petrobras informou ao mercado ter encontrado óleo de boa qualidade no poço 4- SPS-91 (4-BRSA-1002-SPS), localizado na parte sul da bacia de Santos, na área conhecida como Tiro e Sidon. O óleo foi encontrado no pós-sal, a 2.160 metros de profundidade.
O novo poço, informalmente conhecido como Patola, está localizado em lâmina d'água de 299 metros, a cerca de 200 quilômetros da costa do Estado de São Paulo e a 3,8 quilômetros do poço descobridor 1-SPS-57 (1-BRSA-658-SPS), na área do Plano de Avaliação das descobertas dos poços 1-SPS-56 e 1-SPS-57 (1-BRSA-607 / 1-BRSA-658), no antigo bloco BM-S-40.
“Análises preliminares indicam que este óleo possui a mesma qualidade daquele encontrado nos poços pioneiros, com cerca de 36º API. Esta descoberta confirma o potencial de óleo de boa qualidade nas porções de águas rasas no sul da Bacia de Santos”, diz a nota divulgada pela petroleira.
“A Petrobras dará continuidade às atividades e investimentos previstos no Plano de Avaliação, incluindo a perfuração de outros poços na área e a continuidade do teste de longa duração (TLD) que está em andamento nos poços 1-SPS-56 e 1-SPS-57”, acrescenta o comunicado.
Fonte:Valor Econômico
3-Shell discute inovação e sustentabilidade
O Encontro Shell de Inovação 2011 reunirá acadêmicos, empresas, clientes e governo no próximo dia 29 de novembro no Rio de Janeiro. O evento é restrito a convidados e tem o objetivo de debater a competitividade da matriz energética nacional e o desenvolvimento de novas fontes de energia.
Especialistas do Brasil e do exterior participam do encontro que terá a mediação do jornalista econômico George Vidor. Serão abordados temas como a matriz energética brasileira e a importância dos investimentos em tecnologia e inovação no setor; os desafios da exploração em águas profundas; além do uso do Gás Natural Liquefeito (GNL) e do Gás em Líquido (GTL) como opções mais limpas de combustíveis.
O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, destacou que a empresa é voltada para inovação e comprometida com a sustentabilidade. “O objetivo da Shell é contribuir de forma responsável para este futuro energético por três caminhos complementares: a entrega de mais energia para o mercado, por isso nós estamos investindo pesado no desenvolvimento de novas fontes de óleo e gás e na exploração em locais desafiadores; energia mais limpa, com foco nos bicombustíveis e no gás natural, que produz entre 50% e 70% menos de CO2 que o carvão em usinas de energia; e, por fim, no aproveitamento mais inteligente da energia, ajudando o consumidor a obter 'o máximo de cada gota'”, conclui o executivo.
Fonte: Guia Oil & Gás Brasil
4-Gran Tierra estréia como Operadora
A Gran Tierra iniciou sua primeira campanha de perfuração no país, com a perfuração do poço 1ALV-3-BA, no bloco REC-T-129, na Bacia do Recôncavo. O poço está sendo perfurado pela sonda Imetame-1 e deve atingir profundidade final de 1.950 m.
A petroleira canadense adquiriu recentemente, por meio de farm-in, participação de 70% nos blocos REC-T-129, REC-T-142, REC-T-155 e REC-T-224, inicialmente operados pela Alvorada Petróleo, que continua sendo sócia nos projetos. O planejamento da empresa prevê a perfuração de um total de quatro poços até o fim deste ano, sendo dois exploratórios nos blocos do REC-T-129 e REC-T-142 e dois de desenvolvimento na área do REC-T-155.
Fonte: energia hoje
A presidenta da República, Dilma Rousseff, participou da cerimônia de entrega do navio de produtos Celso Furtado, primeira embarcação construída por um estaleiro brasileiro para o Sistema Petrobras em 14 anos. O Celso Furtado é um dos 49 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). A embarcação será utilizada para transporte de derivados de petróleo entre os Estados brasileiros.
Fonte: Agencia Petrobras
II- COMENTÁRIOS
1-Chevron pode ser proibida de participar da exploração do pré-sal
Fonte:Agência Brasil
A empresa petrolífera norte-americana Chevron pode ser proibida de participar da exploração de petróleo na camada pré-sal por causa do vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Chevron apresentou um plano à ANP para explorar o petróleo do pré-sal, que deve ser analisado pela diretoria da agência ainda nesta quarta-feira (23). Com o acidente ambiental no litoral fluminense, a situação da empresa para conseguir aval do órgão regulador ficou complicada, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.
A imagem da Chevron perante o governo, ressaltou Haroldo Lima, ficou ainda mais desgastada porque a empresa omitiu para a ANP que não tinha no país equipamento considerado chave para estancar o vazamento e enviou fotos e vídeos com imagens editadas sobre a extensão do vazamento. Por isso, a agência reguladora abriu dois processos administrativos contra a petrolífera, que podem resultar na aplicação de multas no valor de R$ 100 milhões.
Dependendo do resultado da reunião da diretoria da ANP, a Chevron também pode ser rebaixada, ou seja, deixar de ser considerada operadora de categoria A, classificação que lhe dá autorização para explorar em águas profundas, como é o caso do pré-sal, segundo Haroldo Lima.
“Ela [Chevron] incorreu em um erro sério que pode prejudicar esse segundo intento [explorar o pré-sal]”, disse Haroldo Lima. “Se não for aceito [o projeto do pré-sal], é um fato grave. Uma operadora A, na área de concessão dela, não ter altura de receber autorização para perfurar até o horizonte do pré-sal”, assinalou o presidente da ANP.
Perguntado se a empresa pode ser proibida de atuar no Brasil por causa do vazamento, Haroldo Lima informou que a ANP ainda não examinou essa questão.
A subsidiária brasileira da petrolífera Chevron calcula que 2,4 mil barris de petróleo (381,6 mil litros) vazaram no Campo de Frade, na Bacia de Campos. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8 por funcionários da Petrobras. Eles repassaram a informação à petrolífera norte-americana.
2-Chevron será notificada sobre auditoria de técnicos independentes
Fonte: Agência Brasil
A empresa Chevron Brasil deve ser notificada pelas autoridades ambientais do Rio de Janeiro, sobre a realização de auditoria na petrolífera. A auditoria será feita por técnicos independentes e terá que ser custeada pela própria empresa, segundo informou o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc.
A empresa norte-americana é responsável por um vazamento de óleo iniciado há mais de duas semanas, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no norte fluminense. “Hoje deveremos notificar a Chevron sobre essa auditoria, com base na nossa lei estadual. Será uma auditoria de padrões internacionais que deverá custar em torno de US$ 5 milhões, para ver todas as questões [da empresa], inclusive a capacidade de fazer face a eventos, acidentes. Será realizada primeiro na Chevron e depois em outras [petrolíferas]”, disse Minc.
Auditorias ambientais como essa já foram feitas, por exemplo, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), e costumam resultar em termos de ajustamento de conduta (TACs), com a exigência de cumprimento de uma série de medidas. No caso da Reduc, segundo Minc, o TAC recente demandou medidas de mais de R$ 1 bilhão.
O secretário disse ainda que, até a segunda-feira, o governo do Rio deve concluir o texto da ação civil pública contra a Chevron, por causa do acidente. A ação, de cunho indenizatório, poderá resultar no pagamento de uma multa de R$ 100 milhões.
3-ANP quer mais medidas da Chevron, diz diretora da ANP
A Chevron ainda está tendo problemas no programa de "abandono" do poço que vazou no campo de Frade. Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), disse ao Valor que a agência ainda não está satisfeita com o perfil de cimentação da primeira fase do processo de selagem do poço, que em linguagem leiga significa a colocação de uma espécie de rolha com 350 metros de cimento na abertura do reservatório, a 1.211 metros de profundidade.
Por causa dessa exigência, a Chevron ainda não concluiu a segunda etapa do processo de abandono, que é a de cortar a coluna para colocar uma segunda massa de cimento. A diretora explicou ontem as razões que fundamentaram a decisão da ANP de suspender a licença de perfuração da Chevron no país por tempo indeterminado, o que inclui o pedido da empresa de atingir o reservatório Paru, no pré-sal daquela concessão.
Segundo Magda, a Chevron não podia submeter à ANP um plano de abandono do poço -analisado em caráter de emergência no dia 13 de novembro e que depois não pôde ser cumprido -, porque a empresa não tinha equipamentos que julgava necessários.
"A empresa submeteu um plano que ela própria não conseguiu cumprir", disse Magda, explicando que essa foi a razão da primeira autuação, que pode ser resultar em multa de R$ 50 milhões. A segunda autuação, que também pode ser de R$ 50 milhões, foi aplicada por adulteração de dados sobre o monitoramento do fundo do mar.
No último caso, a Chevron enviou fitas de apenas 5 dos 28 pontos de monitoramento, sendo que cada uma tinha dez segundos de duração, apesar do material bruto se referir a um período de 24 horas. A ANP exige das empresas que operam no mar o monitoramento permanente por meio de robôs submarinos, sendo que um deve permitir que se veja embaixo da plataforma e os demais precisam mostrar cada poço produtor ou injetor.
Magda achou estranho que a empresa tenha editado essas imagens durante um momento de crise, quando o material poderia ter sido enviado em estado bruto, já que cabem em dois DVDs. "A preocupação não era sanar a crise? Por que se deram ao trabalho de editar as imagens, quando podiam entregar uma cópia bruta para a agência?"
A empresa americana agora tem amplo direito de defesa, e só pagará as multas no final do processo, caso sua argumentação não seja aceita. A Chevron estava perfurando o décimo-segundo e último poço produtor da segunda fase do plano de desenvolvimento da produção de óleo e gás em Frade, quando ocorreu o acidente.
Cláudia Schüffner
Fonte: Valor Econômico
4-Bioenergia gera oportunidade para os proprietários de terras
A consagração da tecnologia flex nos últimos anos confirmou o papel estratégico do etanol na matriz energética nacional e culminou em operações emblemáticas de consolidação do setor de bioenergia, que trouxeram grandes empreendedores, gestão profissionalizada e novo ciclo de investimentos para a expansão da capacidade produtiva do biocombustível.
Essa transformação se estende por toda a cadeia produtiva: as novas usinas deixaram de ser necessariamente proprietárias de terras e passaram a plantar cana própria em terras arrendadas.
Há grande oportunidade de transformar proprietários de terra em fornecedores de cana para essas usinas, acelerando o crescimento do setor de bioenergia e permitindo maior participação de parceiros regionais no negócio.
O setor de bioenergia conta com 70 mil fornecedores independentes de cana, que abastecem mais de 430 usinas em todo o Brasil, segundo a Unica. A participação desses produtores, concentrados principalmente no Estado de São Paulo, tem sido reduzida e, nos últimos cinco anos, teve média de 40%.
Em Estados considerados novas fronteiras do cultivo, como Goiás e Mato Grosso, a participação de fornecedores independentes é de 27% e 17%, respectivamente.
Ao lado dos ambiciosos programas de expansão de plantio de cana própria nessas regiões pelas usinas, existe uma oportunidade de desenvolver novos fornecedores de cana, gerando maior integração da cadeia produtiva e distribuição de riqueza.
Neste ano o governo federal anunciou linhas de crédito de até R$ 1 milhão para pagamento em cinco anos, por meio do Plano Safra 2011/2012. Essas condições, no entanto, são insuficientes para suprir as necessidades dos potenciais produtores de cana. Uma solução é oferecer maiores linhas de crédito por produtor, com maiores prazos para pagamento, compatíveis com os contratos de fornecimento de cana. Dessa forma, as usinas se tornam facilitadoras dos investimentos e os bancos têm garantias mais firmes de recebimento.
No momento em que o setor de bioenergia tem o desafio de expandir a oferta de etanol, cresce a oportunidade de desenvolver parceiros agrícolas independentes para fornecimento de cana complementar à produção própria das usinas. A cultura da cana, além de promover o desenvolvimento econômico e social dessas regiões, pode transformar donos de terras em legítimos empresários.
Fonte: Folha de S. Paulo
José Carlos Grubisich Presidente da ETH Bioenergia