sábado, 26 de novembro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 59

I – NOTICIAS

1-Abertas as inscrições para processo seletivo público da Petrobras
Fonte: Agência Petrobras
Começaram dia 24/11 as inscrições para o segundo processo seletivo público da Petrobras este ano. Do total de 350 vagas oferecidas, distribuídas por todo o País, 274 vagas são para cargos de nível médio, como técnico de contabilidade, de estabilidade e de exploração de petróleo, entre outros; e 76 para Geofísico júnior, que exige nível superior.
As inscrições estarão abertas até o dia 13 de dezembro, no site da Fundação Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br), e as provas objetivas serão realizadas no dia 22 de janeiro de 2012. Para os cargos de nível médio, o valor da inscrição é de R$ 35,00, enquanto para os cargos de nível superior é de R$ 50,00.
A remuneração mínima inicial varia de R$ 2.170,84, para cargos de nível médio, a R$ 6.217,19, para cargos de nível superior. A Petrobras também oferece uma série de benefícios, como previdência complementar, plano de saúde (médico, hospitalar, odontológico, psicológico e benefício farmácia) e benefícios educacionais para dependentes, entre outros. O processo seletivo anterior, lançado em agosto pela Companhia, contou com cerca de 173 mil inscritos. Na ocasião, foram oferecidas 590 vagas. As convocações desse concurso estão em andamento.
O edital do novo concurso pode ser consultado no site da Petrobras (www.petrobras.com.br) e no site da Fundação Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).

2-Petrobras encontra óleo leve na Bacia de Santos
A Petrobras informou ao mercado ter encontrado óleo de boa qualidade no poço 4- SPS-91 (4-BRSA-1002-SPS), localizado na parte sul da bacia de Santos, na área conhecida como Tiro e Sidon. O óleo foi encontrado no pós-sal, a 2.160 metros de profundidade.
O novo poço, informalmente conhecido como Patola, está localizado em lâmina d'água de 299 metros, a cerca de 200 quilômetros da costa do Estado de São Paulo e a 3,8 quilômetros do poço descobridor 1-SPS-57 (1-BRSA-658-SPS), na área do Plano de Avaliação das descobertas dos poços 1-SPS-56 e 1-SPS-57 (1-BRSA-607 / 1-BRSA-658), no antigo bloco BM-S-40.
“Análises preliminares indicam que este óleo possui a mesma qualidade daquele encontrado nos poços pioneiros, com cerca de 36º API. Esta descoberta confirma o potencial de óleo de boa qualidade nas porções de águas rasas no sul da Bacia de Santos”, diz a nota divulgada pela petroleira.
“A Petrobras dará continuidade às atividades e investimentos previstos no Plano de Avaliação, incluindo a perfuração de outros poços na área e a continuidade do teste de longa duração (TLD) que está em andamento nos poços 1-SPS-56 e 1-SPS-57”, acrescenta o comunicado.
Fonte:Valor Econômico

3-Shell discute inovação e sustentabilidade
O Encontro Shell de Inovação 2011 reunirá acadêmicos, empresas, clientes e governo no próximo dia 29 de novembro no Rio de Janeiro. O evento é restrito a convidados e tem o objetivo de debater a competitividade da matriz energética nacional e o desenvolvimento de novas fontes de energia.
Especialistas do Brasil e do exterior participam do encontro que terá a mediação do jornalista econômico George Vidor. Serão abordados temas como a matriz energética brasileira e a importância dos investimentos em tecnologia e inovação no setor; os desafios da exploração em águas profundas; além do uso do Gás Natural Liquefeito (GNL) e do Gás em Líquido (GTL) como opções mais limpas de combustíveis.
O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, destacou que a empresa é voltada para inovação e comprometida com a sustentabilidade. “O objetivo da Shell é contribuir de forma responsável para este futuro energético por três caminhos complementares: a entrega de mais energia para o mercado, por isso nós estamos investindo pesado no desenvolvimento de novas fontes de óleo e gás e na exploração em locais desafiadores; energia mais limpa, com foco nos bicombustíveis e no gás natural, que produz entre 50% e 70% menos de CO2 que o carvão em usinas de energia; e, por fim, no aproveitamento mais inteligente da energia, ajudando o consumidor a obter 'o máximo de cada gota'”, conclui o executivo.
Fonte: Guia Oil & Gás Brasil

4-Gran Tierra estréia como Operadora
A Gran Tierra iniciou sua primeira campanha de perfuração no país, com a perfuração do poço 1ALV-3-BA, no bloco REC-T-129, na Bacia do Recôncavo. O poço está sendo perfurado pela sonda Imetame-1 e deve atingir profundidade final de 1.950 m.
A petroleira canadense adquiriu recentemente, por meio de farm-in, participação de 70% nos blocos REC-T-129, REC-T-142, REC-T-155 e REC-T-224, inicialmente operados pela Alvorada Petróleo, que continua sendo sócia nos projetos. O planejamento da empresa prevê a perfuração de um total de quatro poços até o fim deste ano, sendo dois exploratórios nos blocos do REC-T-129 e REC-T-142 e dois de desenvolvimento na área do REC-T-155.
Fonte: energia hoje

5-Presidenta Dilma participa da entrega do navio Celso Furtado
A presidenta da República, Dilma Rousseff, participou da cerimônia de entrega do navio de produtos Celso Furtado, primeira embarcação construída por um estaleiro brasileiro para o Sistema Petrobras em 14 anos. O Celso Furtado é um dos 49 navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). A embarcação será utilizada para transporte de derivados de petróleo entre os Estados brasileiros.
Fonte: Agencia Petrobras


II- COMENTÁRIOS

1-Chevron pode ser proibida de participar da exploração do pré-sal
Fonte:Agência Brasil
A empresa petrolífera norte-americana Chevron pode ser proibida de participar da exploração de petróleo na camada pré-sal por causa do vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Chevron apresentou um plano à ANP para explorar o petróleo do pré-sal, que deve ser analisado pela diretoria da agência ainda nesta quarta-feira (23). Com o acidente ambiental no litoral fluminense, a situação da empresa para conseguir aval do órgão regulador ficou complicada, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.
A imagem da Chevron perante o governo, ressaltou Haroldo Lima, ficou ainda mais desgastada porque a empresa omitiu para a ANP que não tinha no país equipamento considerado chave para estancar o vazamento e enviou fotos e vídeos com imagens editadas sobre a extensão do vazamento. Por isso, a agência reguladora abriu dois processos administrativos contra a petrolífera, que podem resultar na aplicação de multas no valor de R$ 100 milhões.
Dependendo do resultado da reunião da diretoria da ANP, a Chevron também pode ser rebaixada, ou seja, deixar de ser considerada operadora de categoria A, classificação que lhe dá autorização para explorar em águas profundas, como é o caso do pré-sal, segundo Haroldo Lima.
“Ela [Chevron] incorreu em um erro sério que pode prejudicar esse segundo intento [explorar o pré-sal]”, disse Haroldo Lima. “Se não for aceito [o projeto do pré-sal], é um fato grave. Uma operadora A, na área de concessão dela, não ter altura de receber autorização para perfurar até o horizonte do pré-sal”, assinalou o presidente da ANP.
Perguntado se a empresa pode ser proibida de atuar no Brasil por causa do vazamento, Haroldo Lima informou que a ANP ainda não examinou essa questão.
A subsidiária brasileira da petrolífera Chevron calcula que 2,4 mil barris de petróleo (381,6 mil litros) vazaram no Campo de Frade, na Bacia de Campos. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8 por funcionários da Petrobras. Eles repassaram a informação à petrolífera norte-americana.

2-Chevron será notificada sobre auditoria de técnicos independentes
Fonte: Agência Brasil
A empresa Chevron Brasil deve ser notificada pelas autoridades ambientais do Rio de Janeiro, sobre a realização de auditoria na petrolífera. A auditoria será feita por técnicos independentes e terá que ser custeada pela própria empresa, segundo informou o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc.
A empresa norte-americana é responsável por um vazamento de óleo iniciado há mais de duas semanas, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no norte fluminense. “Hoje deveremos notificar a Chevron sobre essa auditoria, com base na nossa lei estadual. Será uma auditoria de padrões internacionais que deverá custar em torno de US$ 5 milhões, para ver todas as questões [da empresa], inclusive a capacidade de fazer face a eventos, acidentes. Será realizada primeiro na Chevron e depois em outras [petrolíferas]”, disse Minc.
Auditorias ambientais como essa já foram feitas, por exemplo, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), e costumam resultar em termos de ajustamento de conduta (TACs), com a exigência de cumprimento de uma série de medidas. No caso da Reduc, segundo Minc, o TAC recente demandou medidas de mais de R$ 1 bilhão.
O secretário disse ainda que, até a segunda-feira, o governo do Rio deve concluir o texto da ação civil pública contra a Chevron, por causa do acidente. A ação, de cunho indenizatório, poderá resultar no pagamento de uma multa de R$ 100 milhões.

3-ANP quer mais medidas da Chevron, diz diretora da ANP
A Chevron ainda está tendo problemas no programa de "abandono" do poço que vazou no campo de Frade. Magda Chambriard, diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), disse ao Valor que a agência ainda não está satisfeita com o perfil de cimentação da primeira fase do processo de selagem do poço, que em linguagem leiga significa a colocação de uma espécie de rolha com 350 metros de cimento na abertura do reservatório, a 1.211 metros de profundidade.
Por causa dessa exigência, a Chevron ainda não concluiu a segunda etapa do processo de abandono, que é a de cortar a coluna para colocar uma segunda massa de cimento. A diretora explicou ontem as razões que fundamentaram a decisão da ANP de suspender a licença de perfuração da Chevron no país por tempo indeterminado, o que inclui o pedido da empresa de atingir o reservatório Paru, no pré-sal daquela concessão.
Segundo Magda, a Chevron não podia submeter à ANP um plano de abandono do poço -analisado em caráter de emergência no dia 13 de novembro e que depois não pôde ser cumprido -, porque a empresa não tinha equipamentos que julgava necessários.
"A empresa submeteu um plano que ela própria não conseguiu cumprir", disse Magda, explicando que essa foi a razão da primeira autuação, que pode ser resultar em multa de R$ 50 milhões. A segunda autuação, que também pode ser de R$ 50 milhões, foi aplicada por adulteração de dados sobre o monitoramento do fundo do mar.
No último caso, a Chevron enviou fitas de apenas 5 dos 28 pontos de monitoramento, sendo que cada uma tinha dez segundos de duração, apesar do material bruto se referir a um período de 24 horas. A ANP exige das empresas que operam no mar o monitoramento permanente por meio de robôs submarinos, sendo que um deve permitir que se veja embaixo da plataforma e os demais precisam mostrar cada poço produtor ou injetor.
Magda achou estranho que a empresa tenha editado essas imagens durante um momento de crise, quando o material poderia ter sido enviado em estado bruto, já que cabem em dois DVDs. "A preocupação não era sanar a crise? Por que se deram ao trabalho de editar as imagens, quando podiam entregar uma cópia bruta para a agência?"
A empresa americana agora tem amplo direito de defesa, e só pagará as multas no final do processo, caso sua argumentação não seja aceita. A Chevron estava perfurando o décimo-segundo e último poço produtor da segunda fase do plano de desenvolvimento da produção de óleo e gás em Frade, quando ocorreu o acidente.
Cláudia Schüffner
Fonte: Valor Econômico

4-Bioenergia gera oportunidade para os proprietários de terras
A consagração da tecnologia flex nos últimos anos confirmou o papel estratégico do etanol na matriz energética nacional e culminou em operações emblemáticas de consolidação do setor de bioenergia, que trouxeram grandes empreendedores, gestão profissionalizada e novo ciclo de investimentos para a expansão da capacidade produtiva do biocombustível.
Essa transformação se estende por toda a cadeia produtiva: as novas usinas deixaram de ser necessariamente proprietárias de terras e passaram a plantar cana própria em terras arrendadas.
Há grande oportunidade de transformar proprietários de terra em fornecedores de cana para essas usinas, acelerando o crescimento do setor de bioenergia e permitindo maior participação de parceiros regionais no negócio.
O setor de bioenergia conta com 70 mil fornecedores independentes de cana, que abastecem mais de 430 usinas em todo o Brasil, segundo a Unica. A participação desses produtores, concentrados principalmente no Estado de São Paulo, tem sido reduzida e, nos últimos cinco anos, teve média de 40%.
Em Estados considerados novas fronteiras do cultivo, como Goiás e Mato Grosso, a participação de fornecedores independentes é de 27% e 17%, respectivamente.
Ao lado dos ambiciosos programas de expansão de plantio de cana própria nessas regiões pelas usinas, existe uma oportunidade de desenvolver novos fornecedores de cana, gerando maior integração da cadeia produtiva e distribuição de riqueza.
Neste ano o governo federal anunciou linhas de crédito de até R$ 1 milhão para pagamento em cinco anos, por meio do Plano Safra 2011/2012. Essas condições, no entanto, são insuficientes para suprir as necessidades dos potenciais produtores de cana. Uma solução é oferecer maiores linhas de crédito por produtor, com maiores prazos para pagamento, compatíveis com os contratos de fornecimento de cana. Dessa forma, as usinas se tornam facilitadoras dos investimentos e os bancos têm garantias mais firmes de recebimento.
No momento em que o setor de bioenergia tem o desafio de expandir a oferta de etanol, cresce a oportunidade de desenvolver parceiros agrícolas independentes para fornecimento de cana complementar à produção própria das usinas. A cultura da cana, além de promover o desenvolvimento econômico e social dessas regiões, pode transformar donos de terras em legítimos empresários.
Fonte: Folha de S. Paulo
José Carlos Grubisich Presidente da ETH Bioenergia

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 58

I - NOTÍCIAS

1- Petrobras faz previsão de expansão para 2012
A produção da Petrobras será elevada em mais 414 mil barris por dia em 2012, de acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Almir Barbassa. Para atingir as expectativas, o executivo afirmou que a estatal recebeu recentemente oito novas sondas e espera receber mais 15 até o fim do ano que vem. Barbassa participou de teleconferência para investidores sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre deste ano.
Para os primeiros três meses de 2012, Barbassa afirmou que está previsto o início da produção de gás em Tambaú. Já no terceiro trimestre, deverão entrar o piloto de Baleia Azul, no pré-sal, e o campo de Tiro Sidon, com capacidade de 100 e de 80 mil barris por dia, respectivamente. No último trimestre de 2012, deverão entrar em produção o campo de Roncador, com capacidade de 180 mil barris por dia, e o piloto de Guará, no pré-sal, com capacidade de 120 mil barris diários. A companhia terá, em 2012, 38 sondas capazes de perfurar em águas profundas.
Para reduzir os efeitos das paradas não programadas de produção, um dos principais problemas que afetaram os resultados da Petrobras no terceiro trimestre de 2011, Barbassa afirmou que a Petrobras fechou um acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para estabelecer datas para as inspeções nas plataformas. "O compromisso com a ANP diminui ou elimina a imprevisibilidade", disse. Foram constatados declínios recordes de produção devido à perda de eficiência de equipamentos.
O campo de Marlin, um dos principais da companhia, registrou, somente no terceiro trimestre, queda na produção de 79 mil barris por dia, pela paralisação de três plataformas. Isso em parte foi compensado pela melhoria da performance de poços, em 27 mil barris, o que levou as perdas a 52 mil barris por dia.
"Marlin tem tendência, desde janeiro de 2002, de decréscimo de 10% de produção. Nos últimos dois anos, houve dois picos de queda na produção, em setembro e outubro de 2010, por conta das plataformas, e nesse trimestre, por ter três plataformas paralisadas", disse.
No acumulado de nove meses, a queda de produção por paradas não programadas e atrasos em paradas programadas afetou a média do ano em 44 mil barris por dia. Além disso, a restrição logística de escoamento de gás causou redução adicional de 20 mil barris por dia de óleo este ano, sendo metade em Uruguá e metade em Lula (antigo Tupi).
No terceiro trimestre de 2011, a companhia perfurou 15 novos poços, totalizando 35 ao longo do ano. Em outubro, entraram quatro novos poços e a expectativa é de que até o fim do ano entrem mais 16, adicionando 175 mil barris por dia à produção.
Outro fator que prejudicou o caixa da companhia foi a alta demanda por gasolina em um cenário de preços congelados desde maio de 2008. Barbassa disse que a estatal não vê os reajustes aplicados nos combustíveis - de 10% na gasolina e, de 2%, no preço do diesel, em 1º de novembro deste ano - como uma solução completa para a diferença entre preços no mercado internacional e no Brasil. "O médio e longo prazo é que vai nos dizer se os reajustes estão sendo ou não suficientes", disse.
A companhia prevê, em breve, novos reajustes "para cima ou para baixo" em função do que for observado. Barbassa explicou que não houve uma fórmula para definir o reajuste e que a estatal seguiu tendência mundial. Ele acredita no retorno da oferta de etanol com preços competitivos e na redução da demanda por gasolina. "Superamos o problema de safra [de etanol] e a demanda está sendo recomposta."
Fonte: Valor Econômico

2- STX OSV Niterói SA
O estaleiro STX OSV Niterói SA localizado na Ilha da Conceição, Niterói, terá uma semana de altíssima atividade, quando realizará três importantes e significantes eventos para a moderna construção naval brasileira:
- entregará a maior, mais potente e tecnologicamente avançada embarcação de apoio marítimo já construída no Brasil,
- lançará ao mar o primeiro “Green Vessel” do país, embarcação concebida dentro dos mais avançados conceitos de sustentabilidade e proteção do meio ambiente e
- fará o batimento de quilha de mais um sofisticado navio de apoio marítimo, primeiro de uma série de três embarcações semelhantes.
O STX OSV NITERÓI SA especializou-se na construção de embarcações de apoio marítimo de altíssima complexidade e sofisticação tecnológica, realizando a maior parte dos seus contratos em sua área industrial.
O STX OSV NITERÓI SA vem, constantemente investindo, demonstrando seu perfil arrojado e empreendedor, e reafirmando sua confiança no mercado brasileiro de construção naval.
Entrega do SKANDI AMAZONAS
A STX OSV NITERÓI entrega esta semana a 26ª embarcação construída em seu estaleiro, o SKANDI AMAZONAS, casco PRO-26.
Encomendada em 2008 pelo armador DOF Navegação Ltda, a embarcação do tipo AHTS prestará serviços à PETROBRAS em operações de apoio marítimo a plataformas de petróleo,
Este é o maior e mais potente navio de Reboque, Suprimento e Manuseio de Âncoras já construído no Brasil. Durante a sua prova de mar, atingiu velocidade de 18,15 nós com calado de 7,30m e comprovou capacidade máxima de tração estática contínua de 324 t, com tração estática máxima de 343 t.
O SKANDI AMAZONAS possui as seguintes características principais:
- Tipo AHTS (Anchor Handling Tug Supply)
- Tração Estática (Bollard Pull) 324 t
- Porte Bruto 4.600 t
- Comprimento Total 95,0 m
- Boca Moldada 24,0 m
- Pontal 9,80 m
- Calado Max. 7,80 m
- Velocidade 18 nós
- Propulsão Híbrida Diesel-Mecânica-Elétrica (22.360 kW total)
- Grupos Diesel Geradores 4x 2.000 kW cada um
- Sociedade Classificadora DNV (Det Norske Veritas)

3- São Gonçalo anuncia investimentos na área da construção naval
O município de São Gonçalo está se estruturando para se tornar um grande pólo de construção naval. Para isso, criou neste ano o Complexo Industrial e Empresarial (Ciesg), localizado no bairro de Guaxindiba, que visa a atender as necessidades empresariais do município, visando ao complexo petroquímico de Itaboraí, conforme disse nesta quinta-feira ao Monitor Mercantil, Alessandro Leite, subsecretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, acrescentando que o complexo é uma parceria do governo municipal com a iniciativa privada.
- O setor privado está trazendo incentivos e acelerando o processo de instalação até o início das operação das empresas. O complexo possui empresas de grande porte como, por exemplo, Logshore, B.Braun, Aliança, Siriso, Brasco, Kerneos, Votorantim, BR Petrobras, Schulz e Jotun, integrando 14 grupos que acabam de criar este complexo econômico. Juntas, as empresas do Ciesg, segundo ele, já geraram 1.200 empregos diretos em um ano e a promessa é chegar a 4 mil novos postos até 2015.
Segundo Leite, o cenário da expansão industrial ao longo da Estrada de Guaxindiba, vicinal da BR-101 no trecho Niterói-Manilha, mostra que o Ciesg já imprimiu novos crescimento à região. Empresa de armazenamento e cargas naval e offshore, a Logshore investiu, em dois anos e meio, R$ 35 milhões em seu empreendimento e melhorias de acesso ao longo da via. E pretende ampliar, este ano ainda, as instalações atuais que ocupam 400 mil metros quadrados, com R$ 18 milhões em novos investimentos.
A B.Braun vai instalar seu novo parque industrial, que terá a primeira fase de implementação prevista para 2012, com a construção de um centro logístico. O estaleiro Aliança também apostou na região e está construindo a Aliança Offshore, nova fábrica de calderaria pesada para apoio à indústria naval. A obra já gerou 250 empregos diretos e teve até maio último investimentos de R$ 40 milhões.
Outras empresas também vêm fincando raízes em Guaxindiba: a Siriso, companhia de participações e investimentos imobiliários, investiu R$ 8 milhões em obras de infra-estrutura e a Kerneos, vai aplicar R$ 2 milhões, por ano, nos próximos cinco anos na modernização das suas instalações. Além disso, disse que o estaleiro CBO iniciará suas operações no município até o fim deste ano.
- São Gonçalo tem cinco grandes estaleiros (Cassinú, São Miguel, Galvão, Eisa e Aliança) que tiveram crescimento de cerca de 100%. Isso fez com que eles (estaleiros) investissem na ampliação de suas unidades fabris.
Fonte: Monitor Mercantil

4- Brasil precisará investir US$ 45 bilhões em usinas de cana até 2020
Segundo estimativas da Archer Consulting, empresa de gestão de risco em commodities agrícolas, o Brasil pode precisar de investimentos de US$ 45 bilhões para construir pelo menos 40 usinas em oito anos. Os cálculos consideram um cenário em que a mistura de anidro na gasolina seria de 18% e o crescimento anual das vendas de veículos leves seria de 2%.
Segundo Arnaldo Corrêa, diretor da consultoria, o número também considera que 55% dos proprietários de carros-flex escolheriam abastecer com etanol em vez de gasolina. "Estamos falando que precisaríamos chegar à safra 2019/2020 com uma moagem de 900 milhões de toneladas de cana-de-açúcar", acrescenta o especialista. Nesta safra 2011/12, o Brasil deve moer em torno de 550 milhões de toneladas de cana, sendo 490 milhões de toneladas do Centro-Sul.
Fabiana Batista
Fonte: Valor Econômico

5- Demanda por energia no Brasil vai crescer mais que a da China
A demanda por energia no Brasil vai crescer a um ritmo mais acelerado do que na China nas próximas décadas.
Segundo relatório anual da IEA (Agência Internacional de Energia), divulgado nesta semana, a demanda por energia no Brasil vai crescer 2,2% ao ano, entre 2009 e 2035.
Ao final do período, a demanda alcançará 421 milhões de toneladas de óleo equivalente (unidade que mede, de forma unificada para as diferentes fontes, a capacidade de geração de energia).
O percentual de crescimento é bem superior à média mundial, de 1,3% ao ano, e até à da China, de 2%. A expansão brasileira somente perde para a Índia, que verá a demanda aumentar 3,1% ao ano.
NOVAS FONTES
O gás natural terá um importante papel no desafio de atender à crescente demanda. A IEA estima que o consumo crescerá 6% ao ano no país, em resposta à maior oferta de gás com a exploração das reservas do pré-sal.
A demanda por energia nuclear também terá um forte crescimento, de 5,1% ao ano, e o uso da biomassa, o que inclui acana-de-açúcar para a produção de combustíveis e geração de energia, crescerá 2,6% ao ano. A taxa é bem superior ao aumento da procura por óleo, de 0,8%.
Com isso, já em 2025 a procura por biomassa, ao atingir 121 milhões de toneladas de óleo equivalente, ultrapassará a de óleo, que será de 115 milhões de toneladas.
As projeções da IEA consideram crescimento econômico anual médio de 3,6% para o Brasil e para o mundo e assumem que os recentes compromissos políticos dos governos serão implementados, ainda que cautelosamente.
O percentual de fontes de energia renováveis na geração de energia subirá de 3%, em 2009, para 15% em 2035 em todo o mundo, graças a subsídios às fontes alternativas, que passarão de US$ 66 bilhões, em 2010, para quase US$ 250 bilhões em 2035.
No entanto, a IEA considera que a era dos combustíveis fósseis ainda está longe do fim, embora a sua predominância tenda a declinar.
O percentual deles no consumo global de energia cairá de 81% para 75% no período.
Contudo, as dificuldades para aumentar a oferta manterão o preço do petróleo elevado, em US$ 120 o barril em 2035.
Segundo a IEA, a dinâmica do mercado de energia será cada vez mais determinada por países não membros da OCDE, sendo responsáveis por 90% do aumento da procura por energia até 2035.
Apesar de ter um crescimento anual inferior ao do Brasil, a China consolidará a sua posição de maior consumidor mundial. Em 2035, os chineses consumirão 70% mais energia do que os EUA.
Fonte: Folha de S. Paulo

6- FORUM DE DEBATES SOBRE ÓLEOS LUBRIFICANTES
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gas e Biocombustíveis – IBP está programando para o dia 18 de abril de 2012, mais um Fórum de Debates sobre Óleos Lubrificantes, no Rio de Janeiro. O evento pretende abordar de forma consistente os principais temas pertinentes ao setor de lubrificantes, com importantes parcerias internacionais.
A Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP está preparando um importante evento para o setor de lubrificantes brasileiro, com uma abordagem técnica de grande consistência, trazendo representantes internacionais dos principais segmentos ligados ao mundo dos lubrificantes. Produção e tecnologia de óleos básicos, com a visão do cenário nacional e mundial, mostrando as tendências principais das novas classificações automotivas, é um dos temas mais esperados do encontro..
É também esperada uma abordagem prática das principais aplicações dos óleos lubrificantes e suas consequências na produtividade e lucratividade das empresas, bem como um olhar mais atento a outros segmentos, como graxas, regulação de mercado, especificações de produtos etc.
Segundo o coordenador da Comissão, o Engenheiro Químico e consultor Pedro Nelson Belmiro, o evento cresce de importância na medida em que o Brasil se desenvolve, o mercado se amplia em volume e qualidade e a legislação se torna mais exigente. “É muito importante para o país que os agentes do mercado se reúnam e debatam sobre lubrificantes. O IBP pode nos trazer uma excelente oportunidade para o intercâmbio de conhecimento e o debate aberto, pois, sendo um fórum neutro, pode reunir com isenção todos os segmentos e interesses do mercado”, explicou o consultor.
A ideia do IBP é ressaltar o aspecto técnico do evento, com palestrantes especialistas e temas voltados ao desenvolvimento tecnológico, especificações e cenários futuros.


II – COMENTARIOS

1- Bioenergia gera oportunidade para os proprietários de terras
A consagração da tecnologia flex nos últimos anos confirmou o papel estratégico do etanol na matriz energética nacional e culminou em operações emblemáticas de consolidação do setor de bioenergia, que trouxeram grandes empreendedores, gestão profissionalizada e novo ciclo de investimentos para a expansão da capacidade produtiva do biocombustível.
Essa transformação se estende por toda a cadeia produtiva: as novas usinas deixaram de ser necessariamente proprietárias de terras e passaram a plantar cana própria em terras arrendadas.
Há grande oportunidade de transformar proprietários de terra em fornecedores de cana para essas usinas, acelerando o crescimento do setor de bioenergia e permitindo maior participação de parceiros regionais no negócio.
O setor de bioenergia conta com 70 mil fornecedores independentes de cana, que abastecem mais de 430 usinas em todo o Brasil, segundo a Unica. A participação desses produtores, concentrados principalmente no Estado de São Paulo, tem sido reduzida e, nos últimos cinco anos, teve média de 40%.
Em Estados considerados novas fronteiras do cultivo, como Goiás e Mato Grosso, a participação de fornecedores independentes é de 27% e 17%, respectivamente.
Ao lado dos ambiciosos programas de expansão de plantio de cana própria nessas regiões pelas usinas, existe uma oportunidade de desenvolver novos fornecedores de cana, gerando maior integração da cadeia produtiva e distribuição de riqueza.
Neste ano o governo federal anunciou linhas de crédito de até R$ 1 milhão para pagamento em cinco anos, por meio do Plano Safra 2011/2012. Essas condições, no entanto, são insuficientes para suprir as necessidades dos potenciais produtores decana. Uma solução é oferecer maiores linhas de crédito por produtor, com maiores prazos para pagamento, compatíveis com os contratos de fornecimento de cana. Dessa forma, as usinas se tornam facilitadoras dos investimentos e os bancos têm garantias mais firmes de recebimento.
No momento em que o setor de bioenergia tem o desafio de expandir a oferta de etanol, cresce a oportunidade de desenvolver parceiros agrícolas independentes para fornecimento de cana complementar à produção própria das usinas. A cultura da cana, além de promover o desenvolvimento econômico e social dessas regiões, pode transformar donos de terras em legítimos empresários.
- Texto originalmente publicado na Folha de S. Paulo, em 11/11/2011
José Carlos Grubisich
Presidente da ETH Bioenergia

2- Bioenergia é prioridade da Embrapa

A lista de prioridades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para os próximos anos inclui estudos sobre a agricultura de baixo carbono, o aumento da produção de bioenergia e cultivos de precisão. Quem afirma é Mauricio Antônio Lopes, diretor-executivo de pesquisa e desenvolvimento da companhia.


Valor: No ramo do agronegócio, como está o Brasil no ranking mundial de empresas inovadoras?
Mauricio Antônio Lopes: O salto da nossa produção agropecuária não teve paralelo em nenhuma região do mundo. No início dos anos 1960, a produtividade média era de 783 quilos por hectare. Em 2010, tinha saltado para 3,1 mil quilos por hectare, incremento de 774%. Além das políticas macroeconômicas, setoriais e da organização dos segmentos agroindustrial e agroalimentar, o avanço tecnológico foi um fator essencial para o sucesso. A Embrapa e as instituições parceiras, o braço tecnológico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tiveram um papel decisivo nesse processo. A Embrapa tornou-se a principal instituição de ciência e tecnologia do mundo tropical, reconhecida no Brasil e no exterior.
Valor: Quais as áreas mais inovadoras do agronegócio no Brasil?
Lopes: Segmentos como o complexo soja, o sucroalcooleiro e de carnes foram capazes de incorporar inovações substanciais. As exportações do agronegócio em 2010 atingiram um recorde de US$ 76 bilhões, aumento de 18% em relação a 2009, e 3,8 vezes mais que as de 2000. Para chegar a isso, foram necessárias inovações na ciência do solo e da água, no melhoramento genético vegetal e animal, no controle biológico de pragas, sanidade animal, segurança biológica e mecanização de sistemas.
Valor: O que o agronegócio precisa, hoje, em termos de inovação?
Lopes: Os avanços alcançados, embora relevantes, dificilmente vão garantir a competitividade no futuro. Análises mostram que a nossa agricultura será desafiada por transformações substanciais nas próximas décadas. O Brasil precisará responder à necessidade de produzir volumes crescentes de alimentos e matérias-primas. O setor precisará de avanços em diversificação, agregação de valor, produtividade, segurança e qualidade, com velocidade e eficiência superiores às alcançadas no passado. E, para se garantir a sustentabilidade da agricultura frente às mudanças climáticas e à intensificação de estresses térmicos, hídricos e nutricionais, serão necessários avanços em conhecimento científico e tecnologias que racionalizem o uso dos recursos naturais.
Valor: Quais os principais projetos da Embrapa para 2012?
Lopes: Há prioridade para o desenvolvimento de tecnologias que contribuam para uma agricultura de baixo carbono. Estamos aprimorando modelos de predição de impactos das mudanças climáticas no setor. A agenda também prevê o uso da genômica para a seleção mais rápida em plantas e animais e o desenvolvimento de instrumentação que permita ampliar a precisão da agricultura. O aprimoramento dos sistemas de produção de culturas energéticas, e a busca de novas rotas tecnológicas baseadas em biomassa para a produção de bioenergia também são prioridades.
14/11/2011
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 57

I – NOTICIAS

1- BNDES defende diversidade de fontes regionais para integração energética na América do Sul
Fonte: Agência Brasil
A integração energética da América do Sul requer uma diversidade de fontes de financiamentos, que, de preferência, sejam locais, defendeu hoje (10) o diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Melín. Para ele, é importante que essas fontes de fomento estejam restritas às existentes na América do Sul, para evitar possíveis interferências externas nos projetos a serem desenvolvidos.
“Se não estivermos munidos de visão de objetivo, sobre a malha de compartilhamento de recursos energéticos, estaremos condenados a iniciativas pontuais, como fazemos há décadas”, disse Melín durante o Seminário Internacional Integração Energética da América do Sul, na Câmara dos Deputados.
“Para isso serão necessárias fontes diversificadas para financiamento e cofinanciamento. Precisamos também reforçar mecanismos de garantias, valorizando CCRs [convênios de créditos recíprocos]. Não podemos prescindir de um mecanismo regional de garantias, gerido com o mais alto grau de competência e de sustentabilidade”, completou o diretor do BNDES.
Segundo ele, é sempre mais fácil que projetos de grande valor e de longa duração encontrem financiamentos adequados quando não estão submetidos integralmente a apenas uma fonte.
“Ao fazer isso, você está colocando em uma instituição financeira todo o risco e a exposição do projeto. Já ao compartilhar entre várias instituições financeiras e fontes de financiamento, multilaterais, públicas e privadas, você facilita muito a rapidez com que o projeto poderá ser financiado, porque cada uma das fontes estará arcando apenas com um pedaço do projeto e, portanto, estará apenas com uma parte da exposição”, argumentou.
Melín avalia que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) poderá ter papel fundamental, “a partir do momento em que ela convocar para suas deliberações, do ponto de vista de financiamento dos projetos, um número representativo de instituições”, disse, citando, entre essas instituições, o BNDES, a Cooperação Andina de Fomento e bancos de desenvolvimento como o Bandes (da Venezuela) e o Bice (da Argentina), entre outros.
“Não há razão hoje, com o grau de entendimento que os governos democráticos [sul-americanos] têm entre si, [para] impedimentos para que os governos articulem isso de forma multilateral. A Unasul é o ambiente ideal para essas discussões. Precisamos também de transparência e estabilidade dos marcos regulatórios, de mecanismos de resolução de controvérsias nossos e por nós instituídos, que sirvam aos nossos interesses e que possam ser práticos para solucionar eventuais controvérsias que surgirem”, enfatizou.
O diretor avalia que os países sul-americanos têm de evitar que “fatores de risco com base em Nova York ou na Europa, de análises extremamente conservadoras”, exerçam influência nesse processo. “Estando distantes como estão, esses institutos de risco não terão o mesmo grau de informação sobre as condições de agentes governamentais e econômicos”, disse. “Em 2006, o Brasil nem era avaliado pelos institutos de risco. Hoje, fazem volta no quarteirão para investir nos ativos brasileiros”, completou.

2- Primeiro poço na Cessão Onerosa confirma potencial da área de Franco
Fonte: Agência Petrobras
O primeiro poço perfurado pela Petrobras após a assinatura do contrato de Cessão Onerosa comprovou a extensão dos reservatórios de óleo localizados a noroeste do poço descobridor da área de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos.
Denominado 3-BRSA-944A-RJS (3-RJS-688A), o novo poço informalmente conhecido como Franco NW, está situado em lâmina d’água de 1860 metros, a cerca de 188 km da cidade do Rio de Janeiro.
A descoberta foi comprovada por meio de amostragens de petróleo de boa qualidade (28º API) obtidas em teste a cabo. As amostras foram colhidas a partir de 5460 metros, em reservatórios de rochas carbonáticas de espessuras similares às registradas no poço descobridor.
O poço ainda está em fase de perfuração com o objetivo de atingir a base dos reservatórios com óleo. Concluída esta etapa, a Petrobras dará continuidade às atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do contrato de Cessão Onerosa, incluindo a aquisição de dados sísmicos em 3D que já está sendo realizada na área.

3- Promon realiza evento para fornecedores
A Promon Engenharia realizou em outubro um evento para fornecedores e profissionais de suprimentos da organização. Trata-se da terceira edição do Promon Integra que contou com a presença do presidente da empresa, Luiz Fernando Rudge, e os principais executivos.
Na ocasião, os participantes assistiram à apresentação do resultado da pesquisa de satisfação de fornecedores, aplicada em 2011, e uma palestra com Aerton Paiva, sociólogo, presidente da Gestão Origami e consultor estratégico de assuntos ligados à Sustentabilidade.

4- Mauá fará navios do Eisa
O Grupo Synergy está transferindo para o Estaleiro Mauá, em Niterói, todas as obras do Estaleiro Eisa para a construção de navios petroleiros do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), da Transpetro. Com a decisão, o estaleiro assume a construção de 16 petroleiros.
Entre os navios que serão transferidos para o Mauá estão quatro do tipo Panamax arrematados no Promef 1 e outros oito navios de produtos do Promef 2, atualmente em fase final de contratação. Além dos que virão do estaleiro carioca, o Mauá já conta com quatro navios de produtos que estão em fase de construção e foram arrematados na primeira etapa do programa.
“Estamos hoje com 3.100 empregados e devemos chegar a 5.000 com as novas obras. A demanda garante ao Mauá utilização para a área naval até 2014”, conta o presidente dos estaleiros do Grupo Synergy, Manoel Ribeiro, que participou na segunda-feira da cerimônia de abertura da Niterói Naval Offshore, feira e conferência que acontece até amanhã, quinta-feira (10/11).
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também no evento, informou que não existe impedimento para que o Grupo Synergy transfira as embarcações de um estaleiro para o outro. “Acho que será uma coisa útil. Já existe mão de obra treinada”, disse.
Machado confirmou que as negociações entre Transpetro e Eisa para a contratação dos oito últimos navios do Promef estão em fase adiantada. Fontes envolvidas no negócio dizem que as duas empresas já chegaram até mesmo ao preço dos navios e que estão sendo discutidas questões burocráticas para o anúncio oficial.
Fonte: energiahoje

5- INVESTIMENTOS NO ESTALEIRO RENAVE
O estaleiro Renave, que opera em duas ilhas, Santa Cruz e Viana, estima investir, ao longo dos próximos cinco anos, cerca de US$ 10 milhões. Os recursos serão utilizados em modernização e compra de equipamentos uma vez que o estaleiro pretende voltar a construir embarcações do tipo supply vessel. Além disso, o estaleiro já fechou com a empresa De Lima a construção de três embarcações do tipo bunker, de 2.500 toneladas, que irão operar para a Petrobras. A De Lima ainda tem a encomendas de mais duas embarcações de 18 mil toneladas, que também poderão ser construídas pelo estaleiro. Todas essas embarcações irão operar para a Petrobras, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL seu diretor, José Rebelo III, diretor, durante a Niterói Naval Offshore (NNO), para quem o foco atual do estaleiro continua sendo o reparo naval. Os contratos entre a Renave e a De Lima giram em torno de R$ 60 milhões.
Rebelo fez questão de ressaltar que a NNO é um palco perfeito para divulgar o complexo Renave, ou seja, que são todas as atividades desempenhadas nas ilhas de propriedade do estaleiro. "Temos empresas estabelecidas na Ilha, como a De Lima, que é uma empresa da família e da qual eu também sou diretor, e que trabalha com a Petrobras. Tem encomendas de cinco embarcações em carteira que vão operar para estatal no programa Empresa Brasileira de Navegação. A De Lima está estabelecida na Ilha de Viana", disse, acrescentando que a ETP também faz parte do complexo Renave, onde está construindo embarcações do tipo suplly vessel para diversos clientes. Também temos a empresa Carbogas, que se estabeleceu recentemente na ilha para fazer o armazenamento de bobinas. Também temos a Carboflex, que irá fazer uma planta de fluídos e que também vai operar para a Petrobras. "Estes são os negócios que estão girando nas Ilhas".
O diretor da Renave fez questão de frisar que o foco do estaleiro no evento é divulgar as opções de negócios para que todos possam ver o potencial do complexo Renave que, segundo ele, é "muito bem localizado o Estado do Rio, no berço da indústria naval brasileira". E, no que diz respeito a reparo, disse que o estaleiro faz para diversos clientes, incluindo a Petrobras. No entanto, no que se refere ao faturamento, explicou que a atividade da Renave é o estaleiro, mas, se for à atividade do complexo, é preciso colocar as receitas advindas de negócios de arrendamento de área de movimentação de carga para as empresas que estão estabelecidas nas ilhas. Só o reparo, diz, responde por cerca de 90% do faturamento.
"Como já disse, temos a intenção de voltar a construir, mas passa por uma revisão de nossa infra-estrutura para construção de embarcações competitivas com o mercado externo. É preciso pensar no lay out de construção, compra de equipamentos, entre outros. Estamos fazendo investimentos graduais para que a empresa. Com os navios da De Lima, conseqüentemente estaremos capacitados para outros clientes. Temos que dar o primeiro passo", salientou, informando que a parceira com a De Lima é perfeita, uma vez que ela (De Lima) busca os contratos e a Renave constrói as embarcações.
Fonte: Monitor MercantilMarcelo Bernardes


II – COMENTÁRIOS

1- Energia eólica do Brasil atrai a atenção do mercado internacional
Fonte: Redação TN Petroleo
Todos os olhos da indústria de energia eólica no mundo estão hoje voltados para o Brasil. A afirmação é de Jean-Paul Prates, diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e ex-secretário de energia do Rio Grande do Norte.
“Graças ao seu inédito sistema de leilões reversos (onde o menor preço ganha), o Brasil agora é onde se pratica o preço de energia eólica mais competitivo do mundo. Cerca de U$60/MWh, algo inimaginável até três anos atrás”, explica o executivo. “Países pioneiros neste tipo de geração renovável como a Dinamarca, o Canadá, a Alemanha, os EUA e a Espanha ainda rondam os U$120 a U$160/MWh. Por isso, todos os olhos desta indústria no mundo estão hoje voltados para o Brasil”.
Prestes a participar da terceira edição Fórum Nacional Eólico, encontro que a Viex Americas promoverá no fim de novembro, em Natal (RN), Prates comemora também a consolidação desta fonte “limpa” de energia. "O mercado de energia eólica já apresenta fatores claros de consolidação irreversível no Brasil. Claro que ainda existem desafios e metas a superar, mas o fato de termos tido preços de eólica comparáveis aos das hídricas e biomassa já indica um caminho sem volta", afirma. "A energia eólica veio para ficar no Brasil. E já veio tarde, pois o país apresenta enorme potencial e grande necessidade de diversificar sua matriz energética com a preocupação de não 'sujá-la".
Apesar do otimismo, Prates lembra que ainda existem barreiras a serem superadas. A falta de indústrias de equipamentos instaladas no país é uma delas. “O setor eólico por longo tempo buscou tecnologia adequada e viável. Empreendedores mundiais investiram, arriscaram e venceram preconceitos e ‘impossibilidades’. Mas, no Brasil, ainda são poucas as indústrias que efetivamente fabricam as partes nobres dos aerogeradores e demais equipamentos”, lembra. “Entidades setoriais como a Abeeólica souberam reunir empreendedores e fornecedores de forma harmônica, e lutar por um lugar ao vento que só tende a aumentar. O desafio agora, diante da crise internacional, será manter aquecidas as fontes de financiamento, no Brasil e fora dele”.
Fórum Nacional Eólico
A definitiva inserção da fonte eólica na matriz energética e a regionalização da competitividade serão os principais temas em debate da terceira edição do Fórum Nacional Eólico - Carta dos Ventos, evento que a VIEX Americas promoverá nos dias 21 e 22 de novembro, em Natal (RN). O evento já reuniu mais de 600 participantes e é considerado o principal encontro político-econômico da indústria eólica brasileira.
O fórum tem como principal marca a chamada Carta dos Ventos, documento de intenção de dez entidades em promover a articulação institucional para programas de incentivos financeiros, fiscais e tributários que atendam à cadeia produtiva do mercado eólico, desde o fornecimento dos equipamentos, construção dos empreendimentos, até a venda da energia elétrica.
O documento foi firmado durante o primeiro Fórum Nacional Eólico pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pela então governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, pelo então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e por representantes da Câmara dos Deputados, Senado e associações.
Serviço
3º Fórum Nacional Eólico - Carta dos Ventos
Organização: VIEX Americas
Data: 21 e 22 de novembro de 2011
Local: Hotel Pirâmide - Av. Senador Dinarte Mariz, 1.717 - Natal - RN
Inscrições: 11 5051-6535 e info@viex-americas.com.br
Site: www.viex-americas.com.br

2- Biomassa poderá gerar até um terço da eletricidade
Fonte: Valor Econômico
Os resíduos vegetais deixados no campo pelo agronegócio têm potencial para gerar de 120 milhões a 130 milhões de MW/h de energia ao ano - cerca de um terço de toda a energia consumida no país. Teoricamente, para transformar essa biomassa em energia, bastaria retirar 40% do material deixado nas plantações. "Com isso, não haveria nenhum tipo de dano do ponto de vista de recuperação do solo", observa Luciano Basto, pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). No entanto, o alto custo do transporte dos resíduos torna o negócio pouco atraente.
O aproveitamento do bagaço de cana é praticamente uma exceção. "Como a produção de açúcar e álcool inclui o transporte da cana até a área de processamento, e o resíduo fica lá mesmo, isso facilita o aproveitamento da biomassa. Nas outras culturas, o resíduo é deixado no solo da plantação ou queimado no local", explica Basto. "Já gerar energia a partir dos restos do milho ou da soja sai bem mais caro."
Para gerar energia, a biomassa vegetal passa por processo de queima de material orgânico para a geração de calor e de vapor, que movimenta uma turbina geradora. "Toda queima de material gera uma quantidade de CO2, mas nesse caso, esse total é anulado pela fotossíntese do CO2 na fase de crescimento da planta", informa Basto.
O potencial brasileiro para geração de biomassa atrai empresas e institutos de pesquisas no exterior. A Coppe/UFRJ firmou convênio com a universidade chinesa de Tsinghua e a companhia dinamarquesa Novozymes, maior produtora mundial de enzimas, para testar matérias-primas brasileiras em processo de produção de biocombustíveis de 2ª geração. "Os chineses detêm tecnologia que usa enzimas para reaproveitar a borra gerada por plantas usadas na produção de biodiesel", diz Ricardo Villela, pesquisador da Coppe/UFRJ.
Segundo ele, se tudo der certo, a tecnologia será licenciada no Brasil pela Coppe/UFRJ, com royalties compartilhados com a universidade chinesa. O uso da borra, diz ele, pode viabilizar novos projetos de biodiesel. "O óleo de palma é mais caro que o biodiesel, e muitas vezes ele não compensa para o agricultor", explica. "Mas se ele produzir o combustível a partir da borra, ganha um novo produto e se livra de um passivo ambiental."
Outro projeto da Coppe/UFRJ visa a produção de etanol a partir da hidrólise da celulose no bagaço de cana. "Com isso podemos aumentar em até 50% o aproveitamento energético da cana", diz Villela. No processo normal, apenas um terço da energia contida na planta é aproveitada. A pesquisa vem sendo realizada em parceria com o Instituto de Química da UFRJ e conta com o financiamento da Jica, agência de cooperação tecnológica do Japão.
Há também grande potencial energético no uso de dejetos de aves, suínos e bovinos. Há décadas, esses resíduos provocam graves problemas ambientais no Oeste do Paraná, onde os rebanhos confinados contam com 1,5 milhão de suínos e 500 mil cabeças de gado leiteiro e se produz 40 milhões de aves. O problema é que a receita gerada pela carne e pelo leite não paga o tratamento desse resíduo.
A solução é usar o material para geração de energia e produção de biofertilizantes. Com o apoio da Itaipu Binacional, grandes, médios e pequenos produtores da região geram quase 7 mil m3 de biogás por dia, atendendo suas próprias necessidades energéticas, reduzindo a emissão de CO2 e a poluição nos rios. Em quatro anos e meio, foram investidos R$ 6,5 milhões no projeto. "A potência instalada é de apenas 700 KVa, mas para esses produtores é como ter uma Itaipu particular", diz Cícero Bley Jr., superintendente de energias renováveis da companhia geradora. E os pecuaristas e avicultores podem vender o excedente para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), segundo Bley Jr. "Uma das granjas, a Colombari, que tem 4,2 mil suínos, vem obtendo receita adicional de quase R$ 30 mil por ano com o excedente de energia."
Reaproveitar a biomassa ajuda a garantir a autossuficiência energética da Veracel. A fabricante de celulose gera até 15 mil MW/h, suficiente para atender a uma cidade com 50 mil habitantes. E, apesar de operar com cerca de 30% de capacidade ociosa nas plantas de geração, gera a própria energia e vende excedentes a clientes cativos e para o mercado spot. "A maior parte da nossa energia é gerada a partir do 'licor', resíduo que mistura elementos orgânicos e inorgânicos formados pelo cozimento do material para fabricação de celulose", diz Ari Medeiros, diretor de operações da empresa baiana. "A biomassa de eucalipto responde por 7% do total gerado." Os US$ 25 milhões investidos na planta de biomassa foram amortizados em cinco anos, informa o executivo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 56

I – NOTICIAS

1- Asel-Tech lança soluções para dutos
De olho em um mercado em ascensão, a Asel-Tech desenvolveu um pacote de serviços integrados para detecção de vazamentos em dutos. A empresa espera conquistar clientes que desejam cuidar da integridade de dutos sem investir em equipamentos e mão-de-obra próprios.
Julio Alonso, da Asel-Tech, explica: “Algumas vezes o investimento em ativos pode ser uma barreira para a instalação de um "Sistema de Detecção de Vazamentos em Dutos", para segurança ambiental, atendimento ao Regulamento RTDT da ANP e cuidados com a integridade do duto”.
O Regulamento Técnico de Dutos Terrestres, da ANP, estabelece os requisitos essenciais e os mínimos padrões de segurança operacional para tubulações como oleodutos e gasodutos.

2- Gabrielli destaca oportunidades no setor de energia no Singapore Energy Week
Em Cingapura, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, falou sobre o crescimento do consumo mundial de petróleo nos últimos cinco anos, destacando as oportunidades que os países emergentes (como China, índia, Brasil, América do Sul e África) apresentam no cenário global de energia.
Durante o Singapore Energy Week 2011, Gabrielli especificou três desafios a serem enfrentados pelo setor nos próximos anos: os crescentes investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para explorar e produzir em novas reservas; maior eficiência no uso e na produção de derivados do petróleo; e a necessidade de reforçar os padrões de segurança.
O presidente da Petrobras também informou que a Companhia pretende atender ao crescimento da demanda por energia, aumentando sua produção de petróleo no Brasil, de aproximadamente dois milhões de barris diários de petróleo, para 4,9 milhões de barris até 2020. No mesmo período, a empresa também aumentará sua capacidade de refino de dois milhões para três milhões de barris diários.
Ao debater os desafios enfrentados pelo setor, Gabrielli destacou a necessidade de desenvolvimento da cadeia de fornecedores. “Os maiores desafios do setor de petróleo e gás não estão abaixo do solo, mas acima dele – a cadeia de fornecedores precisa estar preparada para atender a demanda por energia", disse. Gabrielli também enfatizou que tecnologia e segurança são fatores chave para assegurar que a demanda global seja atendida de maneira eficiente.
Ao concluir sua participação, o presidente acrescentou que a eficiência energética e a responsabilidade ambiental são vitais para manter o equilíbrio entre a demanda global por energia e as mudanças climáticas.
Agência Petrobras de Notícias

3- OGX muda de Market Maker
A OGX anunciou na semana passada, a contratação da corretora Flow como a nova formadora de mercado da companhia. Segundo nota divulgada pela empresa, a mudança de corretora tem como objetivo fomentar a liquidez de suas ações ordinárias. O contrato em vigor anteriormente, com o Credit Suisse, foi rescindido.
Entre janeiro e setembro deste ano as ações ordinárias da petroleira registraram um volume médio diário de negócios de R$ 240,5 milhões. O valor é 6,3% superior aos R$ 226,3 milhões em volume diário de negociações apresentado no mesmo período de 2010. De janeiro a setembro de 2009, o volume diário de negociações foi de apenas R$ 47 milhões.
Fonte energiahoje

4- Luis Antonio Gomes Araujo é o novo presidente da Aker Solutions Brasil
Fonte: Redação TN Petroleo
A Aker Solutions Brasil, multinacional da indústria de petróleo e gás, anunciou Luis Antonio Gomes Araujo como novo presidente. Ele irá liderar a estruturação regional da companhia e dará suporte a todas as unidades de negócios estabelecidas no país.
"Estou muito satisfeito que Luis Araujo tenha aceitado liderar nossa empresa no Brasil. Durante este tempo de reestruturação no Brasil, sua sólida experiência e suas qualidades de liderança, adquiridos durante sua experiência no mercado de óleo e gás, serão muito importantes para a companhia. Estou ansioso para trabalhar com ele a fim de fortalecermos nossas operações no Brasil," diz Oyvind Eriksen, CEO da Aker Solutions.
Luis Araujo (52 anos) é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Gama Filho e tem MBA pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. O executivo, que tem mais de 28 anos de experiência na indústria de óleo e gás, já atuou como presidente da Wellstream, gerente geral na ABB e engenheiro, gerente de projetos e de vendas para empresas como Coflexip, Vetco e a FMC Technologies no Brasil e no exterior.
"Estou ansioso para assumir este desafio, trabalhando para uma empresa com base sólida, e com produtos e serviços de alta tecnologia no seu portfolio, além de possuir valores claros e ser um negócio que está bem posicionado e com foco no Brasil”, diz Araujo.
Hoje, a Aker Solutions emprega cerca de 1400 pessoas no Brasil e continua com planos e expansão na indústria brasileira de óleo e gás. Além dos investimentos significativos na unidade de produção subsea em Curitiba, mais investimentos estão sendo considerados para a base de serviços de drilling e de subsea em Rio das Ostras.
A companhia tem planos de expandir sua engenharia e os negócios da divisão de “process systems” no Rio de Janeiro. Além disso, a Aker Solutions opera no Brasil o Skandi Santos, um navio especializado na instalação e recuperação de equipamentos subsea.

5- ETH inaugura no MS sua oitava usina de cana no país
A ETH Bioenergia, braço sucroalcooleiro do grupo Odebrecht, inaugurou agora pouco em Mato Grosso do Sul sua oitava usina processadora de cana. A nova unidade, que recebeu investimentos de R$ 1 bilhão, foi instalada no município de Costa Rica e tem capacidade para moer 3,8 milhões de toneladas de cana por safra, produzir 360 milhões de litros de etanol e 380 GWh de energia elétrica a partir do bagaço. A unidade é a terceira da ETH em Mato Grosso do Sul. As operações agrícolas da usina são 100% mecanizadas.
Ainda em 2011, a empresa pretende inaugurar sua nona unidade (Goiás). Com isso, a meta é iniciar a próxima safra, a 2012/13, com capacidade instalada de moagem superior a 30 milhões de toneladas de cana, segundo informou a empresa em comunicado. Ao todo, a ETH já investiu R$ 8 bilhões em todos os seus projetos que visam elevar a companhia ao topo da produção de etanol no Brasil.
Fabiana Batista
Fonte: Valor Online

6- DEMANDA DE TRABALHADORES OIL & GAS
A indústria do petróleo e gás deve contratar, pelo menos, 212 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira.
Ferreira participou de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do petróleo até 2014. O estudo apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. “Essas são as lacunas que verificamos em nosso plano de negócios”, disse.
O Prominp é um programa do governo federal criado para treinar trabalhadores para atuarem no setor de petróleo e gás natural. Ferreira explicou que a coordenação do programa levanta os investimentos programados e estima quantos trabalhadores serão necessários para que os projetos sejam executados.
Quando a demanda é detectada, o Prominp promove cursos de qualificação, que treinam os trabalhadores para que estejam aptos a trabalhar nos projetos programados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalhadores já foram qualificados desde 2006. Número que deve aumentar por causa do desenvolvimento da cadeia do petróleo.
O consultor do Prominp disse, inclusive, que a própria estimativa do programa está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. Segundo ele, a demanda por trabalhadores “deve ser bem maior do que a que estava estimada.”
O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, também declarou que o setor de construção e reparação de navios demandará muitos trabalhadores devido à exploração do pré-sal. De acordo com ele, os estaleiros brasileiros, que atualmente empregam 56 mil trabalhadores, devem empregar 100 mil até 2020. “O país vive um momento mágico”, disse Mendonça, sobre as perspectiva para o setor naval. “Vamos contratar desde soldadores e auxiliares, até engenheiros navais e pessoal da área administrativa”, declarou.
Fonte: Agência Brasil/Vinicius Konchinski/Jornal do Brasil


II – COMENTÁRIOS

1- Inovar para competir
Tenho insistido muito neste espaço em valorizar a tecnologia como o principal fator responsável pelo extraordinário salto da produtividade e competitividade sustentável da agropecuária brasileira.
E é mundialmente reconhecido o papel da EMBRAPA neste processo. De fato, esta notável instituição ainda é muito jovem - sequer completou 40 anos - para os avanços obtidos, e a conquista do cerrado se insere no rol dos mais relevantes. Com efeito, até a década dos 70 do século passado, os produtores rurais diziam: - "Cerrado, só dado ou herdado!".
Eles sabiam como era fraca a terra de lá e muito antes da EMBRAPA, o Instituto Agronômico de Campinas, a ESALQ de Piracicaba e instituições de pesquisa paulistas e de outros estados vinham estudando as formas de domar aquela natureza hostil à agricultura.
Mas, vitimada pelo célebre erro de Pero Vaz de Caminha ("nessa terra, em se plantando, tudo dá"), a sociedade em geral acha que a maior moleza no Brasil é ser agricultor. Não é. Nunca foi.
É verdade que as chamadas terras roxas de Ribeirão Preto, Jaú e do Norte do Paraná, ou o massapé de Campinas e Piracicaba vinham sendo cultivados com grande êxito graças aos trabalhos de pesquisa e extensão rural de órgãos públicos paulistas.
Mas o solo do cerrado, esta imensa área que representa a nossa maior fronteira agrícola, é o tal latossolo, com coloração que vai do vermelho ao amarelo, profundo, bem drenado, muito pobre em nutrientes essenciais (cálcio, magnésio, potássio) e matéria orgânica, tem grande acidez e toxidez por alumínio, de modo que, sem tecnologia adequada e com corretivos e fertilizantes, não produz nada! Bem diferente, por exemplo, do pampa argentino, planícies férteis conhecidas como os melhores solos do mundo, que precisam de menos da metade dos adubos que precisamos por hectare.
Por outro lado, grande parte do nosso cerrado, da metade do Centro-Oeste para cima, tem um clima chamado de tropical sazonal, que se caracteriza por um limitado período de chuvas durante o verão, e um inverno sequíssimo, que não permite duas culturas anuais.
Pois foram estas dificuldades naturais aparentemente insuperáveis que nossos cientistas venceram, trazendo para cá tecnologias desenvolvidas em países do hemisfério norte e tropicalizando-as, seja com variedades adaptadas à nossa edafoclimatologia, seja com tratos culturais modificados, seja com fertilização diferente e até com a irrigação apropriada. Os solos drenados do cerrado não retém a umidade, de modo que secam rapidamente. E sua acidez inibe qualquer cultivo.
Tudo isso foi enfrentado e dominado pela tecnologia. Cada pesquisador do nosso agro merece uma medalha!
Hoje competimos com produtores do mundo todo, e mesmo com o pesado Custo Brasil, avançamos no mercado internacional. Só em relação as exportações, saímos de 21 bilhões de dólares em 2000 para mais de 74 bi no ano passado. E com um saldo muito maior que o saldo do país todo, salvando com isso até nossas reservas em dólar.
E novas tecnologias vêm chegando: a Integração Lavoura Pecuária, verdadeira revolução tropical, por exemplo, permite em toda região de inverno seco, duas culturas anuais: grãos e carnes. Um verdadeiro ovo de Colombo.
A biotecnologia, a nanotecnologia, as novas máquinas agrícolas que reduzem perdas, os defensivos com moléculas muito menos agressivas, as sementes mais resistentes e rústicas, a irrigação, as biorrefinarias, e um sem número de outros temas que nos colocam na vanguarda do conhecimento científico no agro, são garantia de contínua competitividade com sustentabilidade, mesmo se se confirmarem as previsões mais pessimistas quanto ao aquecimento global: a gente se adaptará!
Por isso é absolutamente fundamental oferecer aos nossos institutos de pesquisa - IAC, IB, IZ, Pesca, Universidades, EMBRAPA - e de extensão, a CATI - os recursos indispensáveis para continuar servindo ao país.
- Texto originalmente publicado na Folha de S. Paulo, em 22/10/2011
Roberto Rodrigues
Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior de Agronegócio da FIESP e professor de Economia Rural da UNESP/Jaboticaba

2- ATRAZO NA ENTREGA DE PLATAFORMAS
O atraso na entrega de novas plataformas e, principalmente, sondas de perfuração para áreas com profundidade acima de 2 mil metros de água preocupa o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. O executivo menciona esse atraso para justificar o descumprimento das metas de produção da companhia, que planejava produzir uma média de 2,1 mil barris de petróleo por dia no Brasil e fechou setembro com produção diária de 2,002 milhões de barris de óleo. Esse tipo de atraso, que tem sido frequente, leva os analistas a olharem com certo ceticismo as projeções de aumento da produção nos próximos cinco a dez anos.
Gabrielli, que viajou na sexta-feira passada para a Ásia para visitar estaleiros na Coreia, Japão e Cingapura, chama a atenção para o fato de essas unidades atrasadas estarem sendo construídas no exterior. A companhia vai receber 37 sondas de perfuração - dos tipo semi-submersível e navios-sonda - até 2015, todas construídas fora do país, algumas já atrasadas.
Somente a partir de 2015 e até 2020 começarão a ser entregues as 28 novas sondas que estão em processo de licitação e que serão construídas no Brasil. O presidente da Petrobras cita esses números para rebater argumentações de que o atraso se deve à decisão do governo de exigir maior conteúdo nacional das encomendas da estatal. "O que tem de atraso de sondas e de fornecedores é culpa da crise internacional, não tem nada a ver com o Brasil. Foi a falta de financiamento para os estaleiros e os compradores", explicou o executivo em entrevista ao Valor.
"Até agora [o atraso] não teve nada a ver com o Brasil. Se vai atrasar daqui para frente é outra questão. Nós estamos trabalhando para não atrasarem, para fazerem. Estamos atuando preventivamente", acrescentou.
Ele comentou um relatório do Credit Suisse mostrando preocupação com a queda dos níveis de produção da Petrobras na bacia de Campos, que respondem por 44% da produção da companhia no país. Segundo o banco, a taxa de depleção (nome técnico para redução da produção decorrente da queda de pressão de um reservatório ou das reservas de um campo) de alguns campos importantes na região "vem se acelerando de forma constante desde 2009".
Em alguns casos, como o do campo gigante de Marlim, os analistas do Credit Suisse encontraram queda de 20%. Trata-se de um campo importante, que já foi o maior produtor do país e responsável pela totalidade das exportações de 600 mil barris diários, mas que hoje ocupa o terceiro lugar, com produção de 213 mil barris/dia. Essa queda estaria também sendo registrada em outros gigantes como Roncador, Albacora, Albacora Leste, Barracuda e até Roncador, o maior produtor do país com 306 mil barris/dia segundo a Agência Nacional do Petróleo.
Os números mencionados pelo Credit Suisse são bem superiores aos 7,5% que a estatal vem usando com sua média de depleção, que é normal nessa indústria considerando que se trata de reservas finitas que são reduzidas ano a ano até o esgotamento. E cada vez mais a indústria utiliza tecnologias para atrasar esse "esgotamento".
Ao Valor, Gabrielli admitiu o problema dizendo que é causado por fatores tecnológicos e não por esgotamento dos hidrocarbonetos depositados nesses reservatórios, o que mostraria uma razão geológica. "O problema de declínio não é geológico. É um problema econômico, de infraestrutura para viabilizar um aumento da produtividade, e da produção", afirma. "Campos maduros produzem mais água. E na medida que você produz mais água é necessário injetar mais água para continuar produzindo petróleo", ensina.
O executivo cita o que considera dificuldades que explicam os motivos da produção não crescer como o esperado. A primeira delas é o atraso da entrega das sondas. "Sem sondas não se perfura poços e nem se consegue cumprir a rampa de aumento da produção", ressalta, acrescentando que isso "está praticamente equacionado".
Em segundo ele cita duas tecnologias em teste. Uma delas para separar o óleo da água que vem de dentro do reservatório ainda no fundo do mar. Outra tecnologia em teste é a injeção de água do fundo do mar, usando água do mar nos reservatórios, sem que ela seja bombeada da plataforma. "Na medida que fizermos essas duas coisas se terá um aumento rápido da capacidade de processamento com as instalações existentes". A terceira dificuldade é aumentar a produção dos campos já concedidos, apelidado de Projeto Varredura.
Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner

3-Brasil servirá de base para TNK-BP
Fonte: Valor Econômico
Depois de anunciar um investimento de US$ 1 bilhão na aquisição de 45% dos ativos da novata HRT na Amazônia, o próximo movimento da petrolífera anglo-russa TNK-BP é abrir um escritório no Brasil. Já criou a TNK-BP Brasil e não há decisão ainda sobre a cidade que abrigará a sede da subsidiária brasileira, que terá uma estrutura independente da operação no Solimões.
O vice-presidente executivo da companhia, responsável pela área de exploração e produção, Alexander Dodds, disse que inicialmente será aberto um escritório de representação que poderá ficar no Rio ou em Manaus. "Vamos ter um representante para construir a reputação da empresa, interagir com a ANP e autoridades brasileiras, para mostrarmos que somos a TNK-BP e que queremos nos estabelecer no Brasil", explicou.
Dodds mencionou interesse em novos ativos não só no Brasil como também em outros países da América do Sul, mas deixou claro que no momento o foco é o Solimões. O primeiro trabalho será focar na análise técnica dos ativos na Amazônia, como imagens sísmicas, análise das rochas e o melhor desenho para perfuração de poços na região. Foi a pedido dos russos que a HRT pôs o pé no freio no seu programa de perfurações este ano.
Chris Eichcomb, vice-presidente de projetos e exploração da área internacional da TNK-BP, será o responsável direto pela operação no Brasil, respondendo a Dodds. Ambos continuarão baseados em Moscou, onde fica a sede da TNK-BP. É de lá que vão partir as primeiras análises e sugestões sobre a exploração dos 21 blocos amazônicos, dos quais comprou 45% esta semana. Ainda não há decisão sobre o time de executivos da operação brasileira. Só que serão comandados por Eichcomb.
A TNK-BP produz 1,77 milhão de barris de óleo equivalente por dia e suas cinco refinarias são capazes de processar 46% do óleo extraído por ela. Parte dessa produção é obtida na Sibéria, região de clima extremo que sofre variações de temperatura de 100 graus centígrados, de 60 graus negativos a 40 graus positivos. A empresa é a décima no ranking das maiores petrolíferas do mundo - quatro posições abaixo da Petrobras - se consideradas apenas as de capital aberto. Isso exclui, por exemplo, a gigante Saudi Aramco, da Arábia Saudita, PDVSA e Pemex.
Dodds, um escocês que morou no Qatar por sete anos trabalhando na ExxonMobil e antes disso morou no Canadá e teve passagem, inclusive, pelo Brasil, disse que a empresa quer estar presente no país. Para cuidar dos ativos em comum com a HRT, as duas sócias vão começar a se conhecer melhor. O presidente da HRT, Marcio Mello, fez questão de frisar, na terça-feira (1º), que as duas companhias vão somar forças na exploração e produção na Amazônia. "Eu sei descobrir petróleo e eles sabem produzir", afirmou.
O presidente da HRT negou enfaticamente que a empresa deixará de ser operadora do projeto no Solimões em 30 meses se a TNK-BP exercer a opção que a permite adquirir uma participação adicional de 10%, o que tornaria a russa majoritária no projeto, com 55%. "A TNK-BP reconhece a HRT como operadora. É uma relação de transparência e flexibilidade. [A troca de controle] pode ocorrer ou não. Mas o pensamento hoje é que do jeito que as coisas serão, isso não vai ocorrer", disse Mello.
O executivo, e acionista, que tem uma relação absolutamente emocional com a empresa que criou, evitou de todo modo admitir que no vencimento da opção possa perder o controle operacional da HRT no Solimões.
Uma fonte próxima das negociações explicou assim a cláusula: "Essa opção possibilita que quem tiver mais capacidade para gerir o projeto seja o gestor. É um direito. Se a TNK-BP entender que a HRT não está fazendo um bom trabalho tem o direito de comprar mais 10% e passar, com aprovação da ANP, a ser operadora do projeto", explicou, garantindo que a opção pode não ser exercida se a TNK-BP estiver satisfeita com a condução da operação no Solimões.
Na entrevista ao Valor, Dodds deixou claro que ainda não seria possível assumir a operação da HRT na Amazônia se a anglo-russa exercesse essa opção hoje. Mesmo a contratação de pessoal para a operação brasileira também não está definida. Eichcomb explicou que a TNK-BP ainda não tem uma estrutura internacional organizada, pois apenas no ano passado adquiriu ativos no Vietnã e na Venezuela, onde produz 35 mil barris por dia em quatro projetos em parceria com a PDVSA. "Só agora estamos olhando para o exterior".
O executivo mencionou ainda duas questões importantes que, segundo ele, são relevantes para a internacionalização da TNK-BP, que tem apenas oito anos de existência. A primeira é a da língua. "Os russos não falam inglês. E há uma questão cultural, pois a maioria deles só trabalharam na Rússia. Não entendem negócios internacionais e o que vamos ganhar. Então, para tentar estabelecer uma organização [internacional], temos de levar em conta língua e cultura".
Eichcomb destacou que mesmo quando a empresa chegar a um nível que permita ter funcionários expatriados, o número deles será pequeno. "Não quer dizer que vamos ter duas mil ou três mil pessoas, provavelmente serão 100 pessoas [no Brasil]. Aconteça o que acontecer, a organização está aprendendo com esse projeto". Por disso, frisou, não interessa quem vai ser o operador [na Amazônia]".