sexta-feira, 28 de outubro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 55

I – NOTICIAS

1- OSX obtém US$ 850 milhões de financiamento para o FPSO OSX-2
OSX 2 Leasing B.V., subsidiária da OSX Brasil S.A., celebrou o contrato de financiamento com um sindicato de bancos internacionais liderado pelos bancos ING, Itaú-BBA e Santander, relativo à captação de empréstimo no valor de US$ 850 milhões, conforme os termos contratuais, para o investimento na construção e instalação do FPSO OSX-2. O empréstimo foi inicialmente subscrito pelos três bancos líderes e posteriormente sindicalizado globalmente. As demais instituições financeiras participantes do sindicato são: HSBC, Citibank, ABN Amro Bank, Banco do Brasil e NIBC.
As condições gerais do empréstimo são: taxa de juros média de Libor + 4,41% a.a.; prazo de repagamento de 12 anos a partir da data da assinatura do contrato; carência para pagamento de principal durante o período de construção e instalação; juros trimestrais, financiáveis durante o período de carência; e amortização linear até o 12º ano, a contar de três meses do início de produção de óleo pela unidade.
Esta unidade será construída conforme contrato definitivo de EPCI assinado em abril de 2011 entre a OSX 2 Leasing B.V. e Single Buoy Moorings Inc. (SBM), uma das líderes mundiais em serviços para indústria offshore de óleo e gás. O FPSO OSX-2 terá capacidade de produção de 100.000 barris de óleo por dia (bopd) e de armazenamento de 1.300.000 barris (bbls). A embarcação será afretada pela OGX pelo prazo de 20 anos e seu destino final será a acumulação de Waimea, na Bacia de Campos, com início da produção de óleo previsto para meados de 2013.
“O financiamento do OSX-2 nas condições negociadas, considerando o cenário de crédito da economia mundial, reafirma a solidez e a consistência dos projetos da OSX. Essa negociação reforça as relevantes parcerias que a OSX vem construindo junto a importantes instituições financeiras de atuação global. Estamos muito satisfeitos com mais essa realização de nossa Companhia, que viabiliza a plena execução de construção do OSX-2 dentro do cronograma previsto” afirmou Roberto Monteiro, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da OSX.

2- Crescimento da Industria de Maquinas e Equipamentos
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos no acumulado do ano, de janeiro a setembro, foi R$ 60,2 bilhões, o que representa crescimento de 10,2% comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado, no entanto, é 4,8% menor que o faturamento acumulado dos nove primeiros meses de 2008, antes da crise financeira mundial.
As vendas que mais contribuíram para o crescimento do faturamento de 2011 foram de máquinas agrícolas (26,7%), bombas e motobombas (11,8%) e bens sob encomenda (10,0%). Os setores que apresentaram queda no faturamento foram máquinas têxteis (-46,4%), válvulas (-20,1%) e máquinas para plástico (-6,5%). Os dados, divulgados hoje (26), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
De acordo com a entidade, a balança comercial do setor apresentou déficit de US$ 13,4 bilhões no período de janeiro a setembro de 2011, valor 14% superior ao déficit no mesmo período de 2010. As importações de bens de capital mecânicos totalizaram US$ 22,0 bilhões, enquanto que as exportações US$ 8,6 bilhões.
A estimativa da Abimaq é que, até o final do ano, o déficit da balança comercial de bens de capital ultrapasse US$ 18 bilhões, 14,6% a mais que o resultado em 2010 (US$ 15,7 bilhões).
Fonte: Monitor Mercantil

3- Petrobras completa 25 anos de descoberta de Urucu
A Petrobras comemora este mês 25 anos de descoberta do campo de Urucu, no coração da Floresta Amazônica. De 1986 até hoje, a responsabilidade de produzir nesse ambiente impulsionou o desenvolvimento de tecnologias inéditas, voltadas para a total segurança e controle operacional.
Atualmente, a Companhia conta com três campos produtores de petróleo e gás natural no município de Coari. Dessa província são retirados diariamente cerca de 11 milhões de metros cúbicos de gás natural e 54 mil barris de petróleo. Esse volume faz do Estado do Amazonas o terceiro maior produtor nacional em barris de óleo equivalente, e do município de Coari o maior produtor terrestre de gás natural.
Em alusão à data, foi lançado o livro “A Petrobras na Amazônia – a riqueza que vem do Solimões”, da historiadora amazonense Etelvina Garcia. Também começou a circular o selo comemorativo dos 25 anos de Urucu, em parceria com os Correios, e foi inaugurada a exposição fotográfica com imagens das atividades da Petrobras na região, do fotógrafo Antonio Iaccovazo.
Homenagem
O selo alusivo aos 25 anos da descoberta de Urucu reproduz a imagem da área do Polo Arara, planta operacional de exploração e produção da Petrobras na Amazônia. Lá são produzidos, além de petróleo e gás natural, 1,3 tonelada de GLP (equivalente a 115 mil botijas de 13kg), direcionados para o abastecimento dos Estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Maranhão, Tocantins, Acre, Amapá e parte do Nordeste.
O selo ficará à disposição da população durante 30 dias na agência filatélica (para colecionadores de selos) de Manaus e será usado em todas as correspondências postadas no período. Depois, será encaminhado para a Administração Central dos Correios, em Brasília, onde fará parte do acervo nacional. A peça servirá como registro histórico e sociocultural da região amazônica e do País.
O livro de Garcia mostra, cronologicamente, as sucessivas experiências durante a busca de petróleo na região amazônica e a retomada das atividades por parte da Petrobras, na metade da década de 1970, em plena crise do petróleo. Já a exposição do fotógrafo Antonio Iacovazzo retrata os 25 anos de descoberta de Urucu. Com 12 painéis, a mostra faz um relato fiel dos primeiros anos de Urucu e, também, um registro do trabalho da Petrobras na Amazônia.
Agência Petrobras de Notícias

4- Carioca Christiani-Nielsen e Promon Engenharia construirão juntas unidade industrial no ES
Fonte: Redação TN Petroleo
As empresas de engenharia Carioca Christiani-Nielsen e a Promon confirmaram uma parceria para construção de uma unidade industrial capaz de fabricar equipamentos e módulos offshore para atender aos principais players do setor.
Localizado na Barra do Riacho, município de Aracruz, no estado do Espírito Santo, o empreendimento visa atender à demanda crescente do setor no país, bem como o aquecimento do mercado naquele estado. O terreno, com acesso ao mar, ocupa um espaço de 100 mil metros quadrados e já tem cumpridos todos os requerimentos necessários, contando, inclusive, com as respectivas licenças para seu funcionamento. As obras de construção do empreendimento já estão em andamento e a estimativa é que entre em processo de produção a partir de maio de 2012.
De acordo com Eduardo Fontenelle, gerente da Carioca, serão construídos no local módulos para FPSO (Floating Production, Storage and Offloading - Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga), considerado um dos mais indicados para a exploração de óleo e gás offshore, e, posteriormente, se produzirá equipamentos direcionados ao setor. “Os módulos produzidos serão vendidos para as companhias petrolíferas nacionais e internacionais com atuação no Brasil, principalmente àquelas cujo foco está nas regiões das bacias de Campos e Santos”, destaca.
A Carioca Christiani-Nielsen Engenhariae a Promon Engenharia têm projetos em comum em seus portfólios, o que as levou a identificar a oportunidade de atuação em parceria. Segundo Leonardo Lima, gerente da Promon Engenharia, os expertises dessas empresas as tornam complementares, o que se converte realmente em um diferencial para esse tipo de empreendimento.
O anúncio oficial dessa parceria e da concepção da unidade industrial de módulos e equipamentos offshore, será realizado durante o Vitória Oil & Gas, evento promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), que reunirá os principais players do mercado mundial, e acontece de 24 a 26 de outubro, na cidade de Vitória, Espírito Santo.


II – COMENTARIOS

1- Tecnologia caminha para processar hidrocarbonetos no fundo do mar
Com algumas centenas de equipamentos submarinos em operação na costa brasileira, a norte-americana FMC Technologies e a norueguesa Aker Solutions estão mais do que aptas a participar de uma verdadeira revolução que a indústria de petróleo e gás quer deflagrar nos próximos anos.
Ambas são parceiras estratégicas dessa indústria que busca, cada vez mais, meios de realizar as etapas básicas de processamento de hidrocarbonetos no fundo do mar – principalmente a separação de óleo, gás e água –, para levar o petróleo com menos resíduos às plataformas ou malhas submarinas de escoamento. O avanço no desenvolvimento de equipamentos subsea, como árvores de natal molhadas (que ficam na cabeça do poço, no leito do mar) e manifolds, instalados em águas cada vez mais profundas, demarcou o início dessa revolução.
Um novo paradigma pode ser estabelecido com a implantação, nos próximos meses, de um projeto piloto de um sistema submarino de separação de óleo, gás, areia e água, que também reinjeta a água no reservatório para aumentar a produtividade, instalado no maior campo produtor brasileiro, Marlim, na Bacia de Campos.
A soma de todas essas tecnologias poderá delinear um novo cenário offshore no futuro próximo: o da exploração marítima de petróleo e gás quase invisível a olho nu, sem mais plataformas ou grandes navios de armazenamento – uma verdadeira planta tecnológica de processamento no leito do mar a realizar todas as operações necessárias para escoar, por meio de dutos submarinos, o petróleo e o gás natural extraídos do subsolo seja no pré-sal ou no pós-sal.
Nessa revolução, a FMC e a Aker já asseguraram um papel de destaque. Na realidade, estão na linha de frente desse processo, conduzido hoje por Petrobras,Shell, Statoil, Chevron, BG e outras petroleiras que atuam em águas profundas no costa brasileira. Com parques industriais e centros tecnológicos instalados no Brasil, investimentos pesados nas unidades brasileiras e na qualificação de seu pessoal, atendendo a todas as exigências de conteúdo nacional, as duas companhias consolidaram uma vasta expertise no mercado internacional. E uma posição única em um dos mais atraentes mercados de petróleo e gás.
Juntas, a FMC, responsável pela primeira árvore de natal submarina construída no Brasil e detentora do recorde mundial de instalação em maior profundidade, e a Aker Solutions, primeira fornecedora de sistemas submarinos para o pré-sal, somam mais de 500 árvores de natal molhadas (ANM) e quase 40 manifolds entregues àPetrobras e às principais petroleiras que atuam no país.
Sem falar nas dezenas de outros equipamentos submarinos produzidos pelas duas e aplicados no parque brasileiro, como Pipeline End Manifold (PLEM), que serve para interligar diversos campos produtores de gás natural, e Pipeline End Terminators (PLET), que auxiliam no controle do fluxo de hidrocarboneto do sistema de escoamento de petróleo e gás, entre a ANM e a plataforma. Tecnologia submarina sem a qual não seria possível avançar para novas fronteiras exploratórias, a mais de 2.000, 3.000 metros de profundidade no mar, no pós-sal, e em cenários ainda mais severos, como os do pré-sal.
Histórico de sucesso – Enquanto as empresas envidam todos os esforços para gerar tecnologias offshore mais seguras na perfuração de poços, por conta do acidente ocorrido com a British Petroleum, no Golfo do México, aquelas que fornecem equipamentos submarinos para os projetos definitivos de produção, quando os poços já foram completados, vêm consolidando alguns marcos importantes. E sem incidentes.
José Mauro Ferreira, diretor de vendas e marketing da FMC Technologies, salienta que, ainda assim, qualquer empresa interessada em ter uma posição sólida nesse mercado deve investir pesado em inovação para garantir a segurança e a longevidade dos equipamentos. “O risco maior está na fase de perfuração de poços, razão pela qual as empresas vêm aperfeiçoando seus sistemas. Na fase de produção, os equipamentos são projetados e desenvolvidos com um altíssimo padrão de segurança”, assevera.
Padrão reforçado continuamente pelos sucessivos upgrades realizados pela FMC e demais empresas do mercado para adequar os equipamentos submarinos às condições específicas de cada trabalho, no pré ou no pós-sal. “Há um aperfeiçoamento contínuo tanto dos equipamentos como dos materiais utilizados e na própria linha de produção”, observa Ferreira.
Com o advento do pré-sal e aumento da demanda, o grande desafio é produzir em maior escala com o mesmo grau de excelência. Isso depende de toda a cadeia de fornecedores (de materiais a peças) e não apenas da FMC, que entrega o produto final às petroleiras. “Com a demanda aquecida, nossa maior preocupação é auditar todo o processo de produção, para garantir não somente a entrega dos equipamentos nos volumes e prazos acordados, mas, principalmente, em termos de confiabilidade e segurança”, destaca Ferreira.
É respaldada nessa prática que a FMC acumula recordes mundiais de profundidade de ANM, que começaram a ser instaladas em águas rasas, de menos de 200 m, e hoje estão sendo construídas para lâminas d'água de até 3 mil metros. O último deles foi consolidado pela matriz norte-americana no campo de Perdido, no Golfo do México, operado pela Shell.
Isso é o que a FMC vem fazendo há mais de 30 anos, desde que a CBV Indústria Mecânica Ltda., companhia nacional que foi incorporada pelo grupo nos anos 90, fabricou a primeira árvore de natal submarina no país para a Petrobras, em 1978. De lá pra cá, foram mais de 350 ANM e em torno de 30 manifolds, equipamentos primordiais para a produção offshore em águas profundas. “Respondemos por 80% do mercado de manifolds e somos o maior produtor de árvores de natal molhadas no Brasil”, comemora o executivo, prevendo alcançar 400 ANM até o início de 2014, e superar a marca das 500 unidades entregues já em 2015.
Carteira cheia de pedidos – Esses números são factíveis, considerando os contratos já assinados com a Petrobras, um deles no valor de US$ 400 milhões, que prevê o fornecimento de 107 equipamentos até o final de 2014. Os primeiros sistemas desse contrato começam a ser entregues em 2012. Além disso, há um acordo global de US$ 300 milhões para fornecimento de manifolds com sistema de controle multiplexado. Sem falar no projeto pioneiro de um Sistema de Separação Submarina Água-óleo (SSAO), que vem sendo desenvolvido pela FMC em parceria com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), a petroleira brasileira e a norueguesa Statoil.
Essa tecnologia, que está para ser instalada nos próximos meses no campo de Marlim, será utilizada pela primeira vez no mundo na separação de óleo pesado em águas profundas. A escolha se deu pelo fato de se tratar de uma imensa reserva de óleo pesado em águas profundas e ser, hoje, um campo maduro. O executivo da FMCprefere não antecipar nada desse projeto, que a Petrobras trata com o maior carinho.
Afinal, não é o primeiro projeto inovador. A empresa participou de alguns dos mais importantes empreendimentos da indústria offshore no Brasil e no exterior, entre os quais o Parque das Conchas (antigo BC-10), operado pela Shell, o campo de Frade, da Chevron, e de Peregrino, da Statoil.
Também foi a FMC que recebeu as duas primeiras encomendas da Petrobras de sistemas submarinos completos (para Mexilhão e Tambaú), cuja entrega dos equipamentos finais foi feita neste ano. Até então, a Petrobras vinha comprando partes de sistemas no mercado, com diferentes fornecedores.
A ação foi seguida pela Shell, que encomendou à FMC sistemas completos para o Parque das Conchas – para a fase 1 (já instalados) e dois (em execução) –, assim como o do campo de Frade, da Chevron. A Shell tem um total de 11 ANM encomendadas à FMC.
Com a maior base de serviços técnicos do país nesse segmento, em Macaé, no Norte Fluminense, responsável por todo o suporte na instalação e também na manutenção desses equipamentos durante toda a sua vida útil, a FMC continua investindo pesado (são mais de RS$ 200 milhões) no aumento de sua capacidade produtiva e de suporte técnico, assim como na inovação.
Prova disso é o fato de ter sido a primeira empresa a anunciar e dar a partida na construção de um centro de pesquisa no Brasil, mais precisamente no Parque Tecnológico do Fundão, no Rio de Janeiro. Os investimentos previstos pela FMCnesse empreendimento giram em torno de R$ 70 milhões. O novo centro vai ocupar, por um período de 20 anos, uma área de 20.000 m², vizinha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras.
No pré-sal – A rota tecnológica para a criação de uma verdadeira “indústria submarina offshore”, na qual a unidade de produção (hoje instalada em plataformas offshore flutuantes ou fixas) seria instalada no leito do mar, também vem sendo trilhada pela norueguesa Aker Solutions, presente no Brasil há mais de 40 anos, 16 dos quais fornecendo equipamentos submarinos para o setor de óleo e gás.
A Aker Solutions ganhou, recentemente, o maior projeto do mundo desta natureza, a ser instalado no campo de Asgard, a 200 quilômetros da costa da Noruega, no Mar do Norte, que é operado pela Statoil, que tem 34,57% de participação em um consórcio formado ainda pela Petoro (35,69%), Eni (14,82%), Total (7,68%) eExxonMobil (7,24%).
“Vamos construir uma unidade de compressão de gás, boosting (injeção de líquidos para impulsionar o fluido) e separação submarina, que enviará o hidrocarboneto para onshore (base em terra firme)”, frisa Marcelo Taulois, presidente da divisão Subsea no Brasil e country manager da Aker Solutions no Brasil.
“Estamos à frente e possuímos toda a tecnologia de ponta para atender às necessidades do mercado brasileiro nesta ambição futura”, garante o executivo. Uma demonstração clara dessa capacitação da empresa é o fato de ela ter recebido as primeiras encomendas da Petrobras de sistemas subsea para os primeiros projetos de desenvolvimento do pré-sal, nos campos de Lula, Guará e Lula-Nordeste, todos na Bacia de Santos.
O contrato referente ao projeto piloto de Lula (antigo Tupi), de € 45 milhões, prevê a entrega de nove árvores de natal verticais para operar em lâmina d'água de 2.500 metros, sistemas de controle submarinos, dois conjuntos completos de ferramentas, acessórios e ferramentas.
“A Aker desenvolveu e produziu os primeiros equipamentos submarinos específicos para a camada pré-sal”, comemora o executivo, destacando que a empresa está utilizando tecnologia já testada em outros cenários, de alta pressão e alta temperatura (HT/HP), mas com engenharia 100% brasileira. “Temos um centro de P&D que concluiu mais de 40 projetos de componentes no Brasil para o pré-sal nos últimos dois anos.
Outro contrato, firmado no ano passado, no valor de US$ 300 milhões, abrange 40 árvores de natal verticais para operar em lâmina d'água de 2.500 metros, sistemas de controle submarinos multiplexados e 17 conjuntos completos de ferramentas para os projetos de Guará e Lula-Nordeste.
Marcelo Taulois explica que em razão da severidade do ambiente nas áreas do pré-sal, a empresa decidiu, por conta própria, buscar a qualificação das árvores de natal e outros equipamentos para 3 mil metros, mesmo não havendo exigências nesse sentido por parte da Petrobras.
Some-se a essas encomendas um contrato global com a estatal brasileira, no valor de US$ 223 milhões, para 45 ANM. Baseado nessa contabilidade, o executivo afirma que a Aker poderá alcançar a marca de 300 unidades até meados dessa década – já entregou em torno de 170 ANM,.
“Temos em carteira cerca de 75 ANMs, oito unidades de bombeio, dezenas de sistemas de conexão e alguns plets. Nossa capacidade de entrega de árvores equivalentes triplicou desde 2007 e vai dobrar entre 2011 e 2015, mais uma vez. Com certeza vamos entregar muito mais do que 300 ANMs até 2015”, assegura Taulois.
Nada mal para a empresa que em 1995 forneceu o primeiro equipamento submarino produzido na planta do Paraná, usada até então para fabricar equipamentos para a indústria de papel e celulose. No ano seguinte, já qualificada como fornecedora daPetrobras, a Aker decidiu investir pesado nesse mercado em expansão, na época, ainda leve.
Taulois observa que esse mercado evoluiu muito rápido no país nesses 16 anos de atuação no setor de óleo e gás. A primeira ANM brasileira da Aker foi entregue em 1997. Dois anos depois, mostrando que não gosta de perder tempo, a empresa norueguesa entregava à Petrobras o primeiro manifold made in Brasil, que foi instalado no campo de Marimbá.
Até agora, já foram concluídos três manifolds e o quarto equipamento já está quase saindo da fábrica, diretamente para o campo de Jubarte, no Norte da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo.
No ano passado foram nada menos que dois desses equipamentos, de aproximadamente 300 toneladas, 7,5 m de largura, 18 m de comprimento, 5 m de altura, cada um, e capacidade para operar em 1.000 m de profundidade. Eles compõem o sistema de produção de óleo do campo de Albacora (Bacia de Campos).
“Comparados ao primeiro equipamento que produzimos há 12 anos, os novos manifolds têm não somente dimensões muito maiores, mas também contam com sistemas de controle submarinos bem mais complexos”, detalha o executivo da Aker.
Segundo ele, a questão da segurança e confiabilidade desses equipamentos da Akerestá mais do que comprovada. “A Aker Solutions tem muita experiência na entrega de projetos para águas profundas no Brasil e no exterior para lâmina d'água de 2.000 m; e, no Brasil, em 2002, projetamos ANM para 3.000 m”, diz Marcelo Taulois.
“Nós temos atendido todo e qualquer requisito técnico e de segurança solicitado pelos nossos clientes para estes projetos em constante desenvolvimento técnico e também quanto a padrões de segurança e qualificações”, reforça o executivo.
Mas, além de equipamentos, a Aker quer demarcar seu espaço como provedora de serviços altamente especializados. Para isso instalou um Centro de Treinamento de Equipamentos de Perfuração, na base da Aker Solutions em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro.
“O simulador de perfuração FI Xfactor DES tem tecnologia avançada 3D em tempo real, comunicação direta com o sistema de controle e formato domo de 240° de visão, que permite o treinamento ideal dos operadores, com excelência e rapidez no aprendizado”, desataca Marcelo Taulois.
O equipamento, desenvolvido e construído na unidade da Aker Solutions na Noruega, utiliza tecnologia de ponta para reproduzir toda a estrutura de uma plataforma de perfuração e as centenas de atividades realizadas, criando um ambiente de absorção do conhecimento com treinamento prático e seguro na simulação das operações.
O software industrial do simulador multifuncional fornece um modelo matematicamente correto da sonda, que se comunica com o sistema de controle existente em um cenário 100% realístico. Além das aulas práticas, os funcionários das empresas operadoras têm aulas teóricas – em três salas de aula multimídia – conduzidas por instrutores bilíngues experientes (em inglês e português).
Com investimento de 17 milhões de reais, a base de Serviços de Perfuração (Drilling Lifecycle Services) começou a operar em setembro de 2010, garantindo a exclusividade do treinamento de perfuração onshore para a Aker Solutions no mercado brasileiro. Há ainda a possibilidade de atender posteriormente outras regiões do mundo.
“A Aker Solutions no Brasil ainda vai crescer mais. Contratamos 600 pessoas em dois anos e prevemos contratar mais 1.000 funcionários até 2015. Das oito Unidades de Negócios da Aker Solutions no mundo, sete estão presentes no Brasil. A divisão Drilling Technologies está em franco crescimento, assim como a Subsea, que investiu mais de R$ 100 milhões nos últimos dois anos e vai investir pesado até 2015 na duplicação de sua capacidade atual. Estamos no Brasil para crescer”, conclui o country manager da Aker Solutions no Brasil.
Revista Petróleo & Energia


III – NOTICIAS DA PETROBRAS

1) Petrobras inaugura Centro de Referência Esportiva do Amazonas na Aldeia SOS Brasil
2) Produção de biodiesel cresce no Brasil e Petrobras Biocombustível tem papel relevante no mercado
3) Circuito Petrobras de Vela realiza terceira etapa
4) Petrobras recebe em São Paulo Troféu Transparência 2011 por informações contábeis
5) UO-ES supera marca de 300 mil barris/dia com interligação de mais um poço à P-57
6) Diretor Estrella faz palestra sobre oportunidades de TI na exploração e produção
7) US$ 300 milhões em tecnologia para biocombustível nos próximos cinco anos
8) Bacia de Campos conta com UMSs para revitalizar e prolongar a vida útil das plataformas de produção
9) Petrobras discute contribuições aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
10) FICI leva cinema infantil ao Nordeste
11) Companhia recebe nesta sexta (21/10) três troféus no Prêmio Intangíveis Brasil 2011
12) Projeto Floresta Sustentável inaugura Centro de Educação Ambiental
13) Parceria em blocos na Tanzânia
14) Realizada Audiência Pública para o licenciamento do Terminal de Regaseificação da Bahia
15) Petrobras recebe propostas para contratação de 21 sondas de perfuração marítima
16) Petrobras aplica desconto sobre preço do gás para manter competitividade do mercado
17) Jornalistas de veículos do Rio de Janeiro e de São Paulo aprendem mais sobre energia
18) Petrobras completa 58 anos com perspectivas de dobrar a produção na próxima década
19) Petrobras e Vale vão gerar energia na Antártica usando etanol
20) Festival do Rio 2011 começa com Almodóvar
21) Cenário favorável aos países em desenvolvimento
22) Parada LGBT levou 1 milhão de pessoas à Avenida Atlântica, em Copacabana
23) Presidente da Petrobras recebe prêmio de Executivo de Petróleo do Ano em Londres
24) Audiência Pública da UTE Barra do Rocha I tem expressiva participação popular
25) Maior promoção do ano vai sortear prêmios de R$ 500 mil e carros para clientes dos postos Petrobras
26) Petrobras e BG Brasil assinam acordo para desenvolvimento de tecnologias para o pré-sal
27) Casco do navio MT Welsh Venture atraca em Rio Grande para ser transformado na P-58
da construção dos módulos, conversão do casco, e integração serem executadas no Brasil.
28) Pernambuco Business debate oportunidades no setor
29) Presidente Gabrielli analisa futuro da produção mundial na Oil&Money Conference
30) Petrobras lança campanha “Venha com a gente”
31) Petrobras Biocombustível pretende ampliar cadeia de suprimento para biodiesel no Piauí
32) Festival de Circo do Brasil transforma Pernambuco num picadeiro global
33) Petrobras na Amazônia – Uma história de energia e respeito
34) Petrobras avançou dois pontos na gestão emissões de gases de efeito estufa (GEE)
35) Top Energia 2011: Petrobras premia usinas geradoras de energia
36) Atletas apoiados pela Petrobras iniciam disputa por medalhas no Pan-Americano de Guadalajara
37) Projeto Atração de Talentos divulga oportunidades de carreiras na Petrobras
38) Concurso Nacional de Marchinhas: inscrições abertas
39) Projeto Rios Voadores participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 54

I- NOTICIAS

1-Antonio Carlos Zem é nomeado presidente da FMC Corporation na América Latina
Fonte: Redação TN Petróleo
Antonio Carlos Zem foi nomeado presidente da FMC Corporation na América Latina. O executivo irá chefiar todas as unidades companhia nas áreas de Produtos Agrícolas, Químicas Especiais e Químicas Industriais.
Em nove anos, Zem elevou a FMC do 12º para 4º lugar no ranking das principais empresas de defensivos agrícolas do país, numa empreitada que demandou reestruturação completa do organograma da empresa. Com perfil ousado, o executivo criou novas frentes de trabalho, dividiu funções, distribuiu responsabilidades, fez do relacionamento com o cliente o foco principal da companhia e tratou agilizou a expansão do portfólio da empresa, até então muito desenvolvido, porém restrito às culturas de cana-de-açúcar e algodão. A meta é que até 2015 a FMC agrícola dobre seu faturamento no Brasil.
Para replicar o feito nas demais unidades da companhia, que está entre as líderes mundiais no desenvolvimento de tecnologias para os setores agrícola, industrial e de consumo, a FMC Corporation viu na expertise de Zem a oportunidade ideal.
Com 33 anos de trabalho na FMC, Zem dá mais um salto na carreira, com o desafio de fazer saltar também a produtividade da empresa. Segundo Milton Steele, Vice Presidente da FMC Agricola, a promoção de Antonio Zem é parte primordial dentro da estratégia da companhia para aumentar seu crescimento em economias de rápido desenvolvimento.
“O escopo dessa função é similar ao do Presidente da Ásia e irá aumentar ainda mais a presença da FMC América Latina, estabelecendo uma organização dinâmica, focada nos clientes, no crescimento dos negócios rentáveis, no desenvolvimento de pessoas e na criação de uma imagem forte da FMC na região”, aponta.
Zem continuará comandando também o Grupo Agroquímico e terá a prioridade imediata o alinhamento de todos os negócios visando transformar a FMC ainda mais exitosa na América Latina. “Por mais complexa que essa multitarefa possa aparecer, ter as pessoas certas, capacidade de priorizar, motivar, alinhar e engajar são fundamentais para em pouco tempo implementar a estratégia de crescimento”.
Na opinião de Antonio Zem, por deter tecnologias voltadas a produtos destinados a crescente classe média, a empresa poderá rapidamente atingir os objetivos de crescimento. O Grupo Agrícola representa 80% do faturamento de todos os negócios que ele está assumindo, no entanto, as Divisões Químicas Especiais e Químicas Industriais deverão ter o crescimento muito acelerados.

2-Sete BR e Ocean Rig acirram briga por pedido da Petrobras
Fonte: Valor Econômico
A licitação internacional aberta pela Petrobras para contratar serviços de afretamento de 21 sondas de perfuração marítima a serem construídas no Brasil tende a tornar-se alvo de um embate entre os dois concorrentes envolvidos no certame: a Sete Brasil, empresa da qual a Petrobras é sócia junto com bancos e fundos de pensão, e a operadora Ocean Rig do Brasil. A Sete BR entrou com recurso na Petrobras pedindo que a Ocean Rig seja desclassificada. Mas a Ocean Rig deve entrar até segunda-feira com pedido de impugnação do recurso apresentado pela Sete BR, segundo apurou o Valor.
No início do mês, a Ocean Rig apresentou as melhores propostas para construir e afretar cinco das 21 sondas à Petrobras. Na ocasião, a Ocean Rig ofereceu as taxas de afretamento mais baixas na concorrência, na faixa de US$ 584 mil por unidade por dia. Na sexta-feira, a Sete BR entrou com recurso junto à comissão de licitação da Petrobras pedindo que a Ocean Rig fosse desclassificada. E que a Sete fosse declarada ganhadora do certame.
Na licitação, a Sete BR apresentou duas propostas em parceria com vários operadores de plataformas: uma para construir 15 navios-sonda e outra para fazer seis unidades do tipo semi-submersível. As operadoras associadas à Sete BR são Queiroz Galvão Óleo e Gás, Odebrecht Óleo e Gás, Etesco / OAS, Petroserv, Odjfells e Seadrill. A Ocean Rig entrou na licitação de forma independente da Sete BR, o que surpreendeu parte do mercado.
O Valor apurou que o recurso da Sete BR se apoia em um tripé. A empresa questionou a ausência de CNPJ da Ocean Rig quando do envio, pela Petrobras, da carta-convite para as empresas participarem da concorrência, em 3 de junho (a inscrição cadastral da empresa é de 7 de junho). Também foram levantadas dúvidas em relação ao funcionamento do sistema de perfuração apresentado pela Ocean Rig, baseado em uma nova tecnologia chamada "dual drilling", que aumenta a velocidade de operação da sonda.
Esse projeto, desenvolvido pela empresa Huisman, tornou a proposta da Ocean Rig mais competitiva, segundo disseram fontes do setor. Por fim, a Sete BR discute no recurso a capacidade econômica da Ocean Rig de levar adiante o projeto de construção das cinco sondas em estaleiros nacionais. Quando da divulgação das propostas, no início do mês, noticiou-se que a Ocean Rig tem acordo com os estaleiros do grupo Synergy (Eisa e Mauá, no Rio) para construir as sondas.
A reportagem procurou ontem a Sete BR para falar sobre o recurso apresentado pela empresa à Petrobras, mas não obteve retorno. O jornal também tentou contato com a Ocean Rig, mas não foi possível localizar seus representantes. Procurada, a Petrobras disse que não comenta licitações em andamento.
Fontes que acompanham a licitação disseram que a Ocean Rig deve tentar impugnar o pedido de reconsideração da licitação feito pela Sete BR para que seja declarada vencedora das cinco sondas. Para a fonte, somente a Petrobras pode definir a capacidade do participante em executar o serviço licitado. Nesse sentido caberia à própria Petrobras solicitar esclarecimentos à Ocean Rig, se considerar necessário. Uma fonte da indústria naval afirmou que a própria Sete BR foi criada há pouco tempo.
Segundo a fonte, as condições apresentadas pela Ocean Rig atenderiam as exigências feitas no convite da Petrobras. E disse que a estatal utiliza critérios próprios e aqueles previstos no convite para averiguar a capacidade financeira do licitante. De acordo com um executivo do setor, no recurso apresentado à Petrobras a Sete BR alegou que a controladora da Ocean Rig, a empresa de navegação grega Dryship, enfrentaria supostas dificuldades financeiras, em especial depois do agravamento da crise econômica na Grécia.

3- CONTEÚDO LOCAL
A ANP iniciou o processo de notificação das petroleiras privadas que não cumpriram as regras de conteúdo local na fase exploratória dos blocos adquiridos na 5ª e 6ª rodada de licitações realizadas pela agência em 2003 e 2004. O levantamento feito pelo órgão regulador apurou multa conjunta para oito empresas no valor de R$ 29 milhões, mesmo aplicado à Petrobras.
As petroleiras privadas terão a mesma possibilidade de pagar a multa com 30% de desconto concedida à Petrobras, caso não recorram à Justiça. “A ANP não vai flexibilizar o rigor da fiscalização do conteúdo local”, afirmou na última terça-feira (19/10) o diretor da agência Florival Carvalho, durante palestra na abertura do Pernambuco Petroleum Business, que acontece até hoje em Ipojuca.
A Petrobras foi a primeira empresa fiscalizada pela ANP quanto aos índices de conteúdo local nas rodadas e acabou multada em R$ 29 milhões. A petroleira já pagou a multa.
Além da Petrobras, Maersk Oil, Aurizônia Petróleo, Petrosynergy, Partex, Arbi, BP, Petrogal, Petrorecôncavo, Shell, Sonangol Starfish, Statoil e W.Washington possuem áreas arrematadas nas duas rodadas. Pela indicação do diretor, a quase totalidade dessas empresas será multada.
Fonte: energiahoje

4-Fidens leva modernização do Inhauma
A mineira Fidens venceu a licitação da Petrobras para as obras de modernização e reativação do Estaleiro Inhauma, antigo Ishibras, no Porto do Rio de Janeiro. A empresa já foi declarada vencedora e a expectativa é que o contrato, no valor de R$ 250 milhões, seja assinado no início de novembro.
O contrato entre a Petrobras e a Fidens vai prever que todas as obras sejam realizadas em 16 meses a partir de sua assinatura. Serão feitos reparos no dique, no cais principal, reforma dos prédios, além da instalação de novos guindastes.
“É um desafio muito grande. Mas vamos trabalhar forte nesse contrato”, comenta o diretor de Óleo e Gás da Fidens, Marcos Silva, que participa da Pernambuco Petroleum Business, que acontece até hoje (20/10) em Ipojuca.
A Petrobras usará o estaleiro para a conversão dos quatro cascos dos FPSOs que serão utilizados na área da cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. Os cascos já foram adquiridos e a empresa licita agora as obras de conversão das unidades. A área de Franco será a primeira da região a ser explotada e receberá um FPSO com capacidade de 150 mil bpd. As demais unidades entram em operação até 2020.
Fonte: energiahoje

5-Cadeia do biodiesel quer um novo marco regulatório para o setor
Representantes da cadeia produtiva do milho e do biodiesel apresentaram as reivindicações para o desenvolvimento da produção de biodiesel no Brasil ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, que responde interinamente pela pasta.
A reunião aconteceu antes da posse, ontem, da Frente Parlamentar do Biodiesel, no Congresso Nacional, em Brasília.
A criação do novo marco regulatório para o setor e a elevação da mistura de biodiesel no diesel mineral dos atuais 5% para até 20% nos próximos dez anos, percentual que traria investimentos de R$ 28,1 bilhões para esta cadeia produtiva no mesmo período, são algumas das reivindicações.
Segundo Erasmo Battistella, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Biodiesel (Aprobio), a capacidade instalada do setor já é mais que o dobro do necessário para abastecer o mercado de 5% de mistura, conhecido como B-5. De uma capacidade de 5,1 bilhões de litros, o Brasil produziu, em 2010, apenas 2,4 bilhões de litros. "Podemos chegar ao B-20 em dez anos, com a produção de 14 bilhões de litros", disse o executivo. Battistella afirma que o governo está, no momento, fazendo um mapeamento do setor de biodiesel para a elaboração de um marco regulatório. "Com o novo marco definindo o aumento de mistura, o setor poderá planejar o seu futuro no longo prazo", disse.
A demanda para um novo marco regulatório não é nova. Há dois anos a mistura do biodiesel está parada em 5%, enquanto a capacidade instalada cresceu, provocando uma depressão nas cotações do combustível renovável e reduzindo as margens das empresas. O aumento da mistura possibilitaria a reocupação da capacidade ociosa, hoje em 53%, e uma volta do crescimento do setor.
Para Battistella, a expansão do setor seria acompanhada por um crescimento da participação da agricultura familiar na cadeia produtiva. Atualmente, 103 mil famílias estão vinculadas à produção de oleaginosas para produção de biodiesel, número que cresceria para 154 mil famílias se a mistura fosse elevada para 10%, e para 531 mil famílias se chegasse a 20%. Além disso, o executivo estima que o Brasil economizaria cerca de US$ 43 bilhões em importação de diesel no período entre 2010 e 2020 se a mistura fosse elevada para 20% até 2020.
Participaram da reunião dirigentes da Ubrabio e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), parlamentares e membros dos setores de suínos, avicultura, sementes, máquinas e rações, além do secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone.
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços



II– COMENTARIOS

1- Participação internacional no desenvolvimento de Suape é tema de debate no evento
Redação – Portos & Navios
Os investimentos internacionais foram tema de debate no segundo dia do Pernambuco Petroleum Business, encontro internacional de negócios em Porto de Galinhas, Pernambuco. De acordo com a cônsul dos Estados Unidos em Recife, Usha Pitts, é impressionante como o Nordeste tem crescido e prova disso é quantidade de vistos que o consulado americano emitirá até o fim de 2011.
“Serão emitidos 100 mil vistos até o fim do ano. Os números mostram que atualmente o Nordeste vive uma nova fase. A taxa de crescimento do estado é duas vezes maior que a média nacional, o que é muito relevante”, explicou Usha.
A cônsul americana fez questão de salientar para o fato de que o Nordeste ainda não tem a visibilidade internacional que deveria e se preocupa que outros países também tenham uma percepção equivocada como a dos Estados Unidos. “Ainda existe uma percepção errônea de que tudo que acontece no Brasil é no Rio de Janeiro ou São Paulo. Na imaginação norte-americana, o Nordeste ainda não é referência. Entretanto, aqui é onde as coisas estão acontecendo, principalmente no setor petrolífero”, ressaltou Usha ao lembrar que o Brasil e Estados Unidos são parceiros naturais.
Turid Eusebio, embaixadora da Noruega, disse que apesar da distância e do tamanho da Noruega, que tem menos de 5 milhões de habitantes, o país é o sétimo maior investidor no Brasil. “Atuamos em mineração, papel e celulose, estaleiros, alumínio, etanol e atividades petrolíferas. Temos uma forte estratégia de investimentos no país. Mais de 25% da frota offshore brasileira estão nas mãos de empresas norueguesas. O Nordeste pode ser incluído nestes investimentos, mas precisa mostrar que tem este desejo”, salientou.
A Alemanha foi representada pelo cônsul geral da Alemanha no Recife, Thomas Wülfing, que disse que hoje vive no melhor país do mundo e que possui as maiores riquezas naturais. “Os alemães têm relações com o Brasil há mais de 100 anos”, enfatizou.
O Canadá, Reino Unido e Países Baixos também foram representados. Hoje (20), último dia do evento, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, ministrará a primeira palestra “Projetos de investimentos no Nordeste nas áreas social, cultural e de infraestrutura básica”. O governador de Pernambuco Eduardo Campos fará o encerramento do encontro.

2- Transformações geopolíticas no setor energético
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, declarou que o Brasil será um dos principais contribuintes para o acréscimo na oferta de petróleo no mercado mundial e ressaltou que a demanda segue crescente nos países em desenvolvimento. Gabrielli participou de reunião ministerial promovida pela Agência Internacional Energia (IEA), em Paris. “Há uma mudança ocorrendo do setor de energia”, disse em discurso durante almoço com ministros e presidentes de empresas do setor.
Gabrielli explicou que a demanda por petróleo está migrando dos países da Europa, Estados Unidos e Japão para os países emergentes, como Brasil, China, Rússia, África do Sul. “É uma grande transformação na geopolítica e no mercado de logística do petróleo”, enfatizou. Segundo o executivo, a IEA mostrou que, ao contrário do que se poderia imaginar, a demanda global por petróleo aumentou durante a crise.
No Brasil, a demanda por petróleo cresceu 10,5% em 2010, e 19% por gasolina no mesmo ano, exemplificou. A expectativa é que o consumo no País passe dos atuais 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), para 3 a 3,3 milhões de bpd em 2020. “A Petrobras aumentará em 2,3 milhões de barris sua capacidade de produção diária de petróleo e terá acréscimo de produção líquida de aproximadamente 1 milhão de barris em 2015. Em 2020, produzirá quase 5 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil”, destacou.
Também explicou que a volatilidade nos preços do barril é provocada pela situação de alta liquidez e baixas taxas de juros. “Os volumes que são comercializados nos contratos financeiros do petróleo são nove vezes maiores em relação aos contratos reais de petróleo, isso leva à volatilidade no preço, e leva o petróleo a se tornar uma commodity financeira”, disse.
Investimentos em refino
Ao estabelecer a relação entre o atual cenário e o papel que a Petrobras deve desempenhar, Gabrielli declarou que o que o Brasil precisa “aumentar os investimentos na capacidade de refino. As oportunidades para investimentos são vastas em países como China, Oriente Médio, África e Brasil. Estes mercados estão crescendo, haverá mais e mais demanda nos países emergentes”. Gabrielli adicionou outras áreas em que a Companhia vai investir nos próximos anos: “vamos investir não somente na capacidade de refino, mas também desenvolver meios de comunicação, robótica, procedimentos de segurança, logística e tecnologia da informação, entre outros. É uma obrigação que a Petrobras precisa adotar, e adotará.”
O presidente da Petrobras também participou de coletiva de imprensa juntamente com Fatih Birol, economista-chefe da IEA, e Fulvio Conti, presidente da empresa italiana Enel. Birol explicou que nos próximos 25 anos, 10 trilhões de dólares serão necessários em investimentos para atender a demanda de petróleo projetada até 2035. A Petrobras investirá US$ 224,7 bilhões até 2015, observou Gabrielli. Em sua fala, resumiu os principais pontos do debate realizado durante a manhã: a demanda por derivados do petróleo continuará a crescer, a acessibilidade econômica será uma questão chave, a segurança da atual produção é de extrema importância, e, em conclusão, haverá uma necessidade por novas fontes de produção e uma delas será o Brasil.
O presidente da Companhia também ressaltou a necessidade de aumentar a capacidade da cadeia de fornecedores e o desafio de combinar demanda crescente com redução de emissões. “Isso pode ser alcançado com novas alternativas de combustíveis e uso mais eficientes das fontes atuais de energia”, disse.
A reunião ministerial da IEA tem como tema principal “Our energy future: secure, sustainable together” e reúne até amanhã, em Paris, autoridades de governos de países-membros (Estados Unidos, Europa e Japão), de países convidados, como Brasil, China, Índia, Rússia, Chile, México e Estônia, além de representantes da indústria de energia.
Fonte: Agência Petrobras de Notícias

sábado, 15 de outubro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 53

I – NOTICIAS

1-Presidente da Petrobras recebe prêmio de Executivo de Petróleo do Ano em Londres
Eleito o Executivo de Petróleo do Ano de 2011 pela Energy Intelligence, reconhecido serviço de informações sobre a indústria de energia, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, recebeu o prêmio, no início da semana, em Londres, em cerimônia realizada durante a 32ª conferência anual Oil&Money.
O evento foi promovido pela Energy Intelligence, em parceria com o jornal International Herald Tribune. Na cerimônia de gala, o presidente da Petrobras discursou em agradecimento à sua indicação, feita pelos líderes das cem maiores companhias de petróleo do mundo.
Segundo os empresários consultados, o presidente da Petrobras foi o executivo que deu as maiores contribuições à indústria internacional de petróleo, nos setores público e privado.
A Energy Intelligence ressaltou, ainda, que sob a gestão do presidente Gabrielli, a Petrobras realizou as descobertas que devem mais que dobrar as reservas e a produção da empresa, além de ter se posicionado como líder em tecnologia para exploração e produção em águas profundas.
Para José Sergio Gabrielli, três grandes realizações marcaram o êxito da gestão da Petrobras neste último ano: o início da operação do Sistema Piloto de Lula, no Pré-Sal da Bacia de Santos; a captação de R$ 120,2 bilhões pela maior oferta pública de ações já realizada no mundo; e a assinatura do Contrato de Cessão Onerosa, que garantiu à Companhia o direito de produzir cinco bilhões de barris de petróleo em áreas não licitadas do Pré-Sal. “Ano após ano, a Petrobras se evidencia mundialmente pelo pioneirismo tecnológico na exploração e produção de petróleo”, afirmou.

2-Weatherford amplia portfólio brasileiro
A Weatherford pretende iniciar, dentro de um ano, a fabricação de válvulas de segurança nas unidades de Caxias do Sul e São Leopoldo, no estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, tais equipamentos são produzidos nos EUA.
De acordo com o Engenheiro de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Leonardo Silva, o objetivo é atingir maiores níveis de nacionalização da produção e competitividade no mercado brasileiro. “A tendência é termos cada vez mais equipamentos fabricados no país e mão de obra cada vez mais nacionalizada”, afirma.
O portfólio de produtos e serviços para águas profundas da Weatherford contempla as fases de perfuração, avaliação, completação, produção e intervenção de poços. Entre as soluções oferecidas pela empresa, que participou da OTC Brasil, está o Microflux, dispositivo que mantém a pressão de fundo de poço constante para evitar perda de fluido ou kicks (influxos indesejáveis).
Fonte: energiahoje

3-Statoil plans new FPSO in Brazil
Norwegian Statoil is planning to acquire a new FPSO in Brazil driven by its recent oil discovery in the Campos Basin, the company´s Production engineer, Alexandre Bollinger, said during his presentation at the Offshore Technology Conference (OTC) in Rio de Janeiro. He said the company is planning to expand its oil production in the Peregrino field, where there is only one FPSO in operation.
Statoil is currently producing 50,000 barrels per day in the Peregrino field, which should double to 100,000 bpd by 2012, Bollinger said. The company started producing oil in this field in April. In July, Statoil informed the Brazilian National Petroleum Agency (ANP) about its oil discovery in the Peregrino field. The company is currently drilling another two wells in that field. China´s Sinochem acquired a 40% stake in the Peregrino field for around US$3bn last year. The Peregrino field is located in the Campos basin 85km off the coast of Brazil at a water depth of approximately 100 meters.

4-Chemtech lidera consórcio que fará projeto de plataforma para OSX
O consórcio CKE, formado por Chemtech, Kromav e Exactum, foi o vencedor da concorrência para a elaboração de projetos de engenharia básica e detalhada para implementação do conceito OSX Flex. O projeto será utilizado para a construção das primeiras plataformas do tipo FPSO (flutuantes, produtoras, armazenadoras e de transferência) no estaleiro da OSX no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro.
“O OSX Flex é uma proposta inovadora, que tem a importância de ser um ícone frente à meta de padronização de FPSOs da OSX”, diz a nota divulgada pela Chemtech, que é a líder do consórcio.
Os projetos de engenharia serão desenvolvidos nas instalações da Chemtech e devem ser concluídos em 18 meses. A expectativa é que sejam alocados até 350 profissionais no pico do projeto, em um escopo que englobará o topside e casco dos navios-plataforma. O Consórcio CKE também será responsável pela assistência técnica durante a construção e montagem das unidades e pela assistência técnica ao suprimento de materiais e equipamentos.
“Este projeto vai gerar padronização na contratação dos módulos e uma consequente agilidade na engenharia e construção do navio, além de facilitar o planejamento da operação da produção”, explicou, em nota, o líder comercial da Chemtech, Hermano Ferreira.
O Consórcio CEK já elaborou projetos de plataformas nacionais, entre eles o projeto básico da P-58 e a revitalização da PCH-1, ambas da Petrobras.
Fonte: Valor Econômico

5-Petrobras conclui contratação de quatro cascos
A Petrobras concluiu o processo de contratação dos quatro cascos que serão convertidos em unidades do tipo FPSO para atuar nas áreas da cessão onerosa, disse o gerente de Planejamento de E&P Pré-Sal da petroleira, Mauro Hayashi. Segundo ele, o primeiro casco de um navio petroleiro do tipo VLCC já está sendo trazido para o Brasil e vai ser alocado na área de Franco - a maior da cessão onerosa - que está sendo perfurada no momento. Ele não revelou o valor da aquisição, mas estima-se no mercado que o casco custe em torno de US$ 30 milhões.
Os quatro cascos serão convertidos no antigo estaleiro Inhaúma - ex-Ishibrás - no Rio. A área foi arrendada pela Petrobras e deverá ser reformada para receber as obras. Atualmente há uma licitação para decidir a empresa que vai realizar este processo de modernização. A expectativa é de que até o início de outubro isso seja definido.
As obras de modernização do estaleiro vão ocorrer simultaneamente à conversão do casco. A perspectiva, disseram técnicos da companhia, é de que as obras de modernização estejam concluídas até meados do próximo ano.
A Petrobras pretende iniciar a produção na cessão onerosa em 2015. A área de Franco será a primeira da região a ser explorada e receberá um FPSO com capacidade de 150 mil barris por dia. As demais unidades entram em operação até 2020.
Os serviços de construção dos módulos das quatro plataformas e também as obras de integração devem ser contratadas no primeiro semestre do próximo ano. A Petrobras agora está na fase de elaboração dos projetos dos módulos.
Atualmente, a companhia está perfurando o terceiro poço de Franco, como estratégia de delimitação do reservatório, estimado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em torno de 4,5 bilhões de barris recuperáveis.
Fonte: Agencia Estado


II – COMENTARIOS

1-V&M terá centro de pesquisa no RJ
A Vallourec & Mannesmann do Brasil (V&M) investirá até R$ 10 milhões na conclusão das obras do prédio do Núcleo de Tecnologia e Recuperação de Ecossistemas (Nutre), no Parque Tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão (RJ). A empresa instalará no local no próximo ano seu segundo centro de P&D no Brasil.
De acordo com o CEO da V&M, Alexandre de Campos Lyra, o orçamento relativo à conclusão dos trabalhos – prevista para o final de 2012 – deverá ficar entre R$ 8 e R$ 10 milhões. Além disso, a companhia investirá R$ 3 milhões anualmente na unidade, cujo início de operações deve se dar no primeiro semestre de 2013.
No espaço de cerca de 900 m² que a empresa ocupará no edifício, que terá três pavimentos, serão instalados um laboratório de simulação numérica, laboratórios de preparação e análise de amostras e de testes de corrosão. Também haverá espaço para estudantes da universidade, já que a V&M pretende oferecer bolsas de iniciação científica de mestrado e doutorado.
Os mais de 30 pesquisadores que atuarão no local estudarão ainda o desenvolvimento de ligas de alta resistência à corrosão e novos tipos de conexões de tubos, com o objetivo de garantir a selagem contra vazamentos de água e óleo. Além disso, pesquisarão processos de soldagem e umbilicais. Temas ligados à área de sustentabilidade e energias renováveis também constarão no portfólio de P&D.
“Mesmo antes da licitação (em que a empresa não saiu vencedora), nossa ideia era estar junto do Nutre, por conta dessa sinergia no que se refere à sustentabilidade. Isso faz parte do DNA da empresa no Brasil”, afirma Lyra. “A opção foi natural”, conclui.
Pré-sal
Presente à solenidade de assinatura do contrato entre a UFRJ e a V&M na sexta-feira (7/10), o gerente Executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga, ressaltou a importância de se desenvolverem novos materiais adequados a ambientes de pré-sal. Para o executivo, o Brasil vive, hoje, um novo ciclo em termos de desenvolvimento tecnológico. “A diferença agora é o fator escala. Temos a possibilidade de olhar para um prazo mais longo, devido à previsibilidade de encomendas”, observou.
Atualmente, a empresa já desenvolve pesquisas em seu centro tecnológico em Belo Horizonte (MG), estado onde possui um complexo siderúrgico, na cidade de Jeceaba, voltado para a fabricação de tubos de aço Premium sem costura. Além do Brasil, a França, sede da V&M, é o único país onde a companhia possui mais de um centro de tecnológico.
Fonte: energiahoje

2-Baker na trilha da automação
Os desafios logísticos do pré-sal exigirão soluções de automação cada vez mais sofisticadas para poços de produção, como inteligência artificial e autossuficiência energética. Essas duas fronteiras tecnológicas serão prioridade do novo laboratório de pesquisas da Baker Hughes, inaugurado no último dia (07/10) na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro (RJ).
Segundo o diretor do centro, César Muniz, a distância dos campos do pré-sal em relação à costa brasileira requer tecnologias para opera-los de forma econômica. “A automação reduz a necessidade de intervenções e aumenta rentabilidade”, afirmou.
Uma das pesquisas da Baker no Brasil será o desenvolvimento de uma rede neural acoplada aos poços que possa ler e interpretar as informações da produção em tempo real e otimizar o processo de forma automática. Outro projeto em vista é o aproveitamento da força da vazão dos poços para gerar energia e alimentar os equipamentos submarinos elétricos e ópticos. Entre as possíveis soluções está a instalação de pequenas turbinas no sistema de produção.
O centro de pesquisas da Baker tem duas áreas onde serão realizados testes com ferramentas de perfuração e completação antes da aplicação no campo e ensaios com provas extraídas da perfuração, como rochas e fluídos.
O investimento é de US$ 30 milhões e o início das operações está previsto para janeiro de 2012. A unidade já conta com uma carteira de 12 projetos, que envolve pesquisas nas áreas de perfuração, fluídos, garantia de escoamento e completação. No pico da operação, o centro poderá mobilizar até 120 pesquisadores.
A unidade do Rio de Janeiro será um dos 10 maiores centros de pesquisa da Baker no mundo, onde a multinacional já conta com instalações de pesquisa na Alemanha, Rússia e Oriente Médio. O centro vai responder pela demanda tecnológica da empresa de toda a América Latina.
Fonte: energiahoje

3-Biomassa tende a elevar participação na oferta de energia
A atual oferta mundial primária de energia gira em torno de 500 exajoules, tendo como principais protagonistas o carvão, o petróleo e o gás natural.
A biomassa participa com cerca de 10% do total, mas 80% da oferta advinda de biomassa é não comercial. São principalmente a lenha e a madeira usadas na cocção e no aquecimento em países onde a energiaainda não é produzida e distribuída de forma organizada. Essa é também a principal fonte de desmatamento nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Os 20% que são comerciais são consumidos na forma de eletricidade, que representa 1,5 exajoule; geração de calor, 4 exajoules; e biocombustíveis, que representam 2 exajoules. Portanto, em nível global, os biocombustíveis ainda representam somente 0,4% da oferta primária de energia.
Não por outro motivo, a área agrícola ocupada pelos biocombustíveis no mundo é ainda pequena. O planeta possui 13,2 bilhões de hectares de terras, dos quais 1,53 bilhão é cultivado com todas as culturas. Pastagens, que produzem carnes, leite e lã ocupam outros 3,2 bilhões de hectares. No mundo, os biocombustíveis ocupam apenas 0,025 bilhão, ou 25 milhões de hectares; no Brasil, a cana destinada ao etanol ocupa apenas 4,7 milhões de hectares.
Embora o Brasil tenha perdido em 2007, para os Estados Unidos, a primazia de maior produtor de etanol do mundo, é o país que desponta como o que mais avançou em termos relativos.
O Brasil demonstrou que a produção de biocombustíveis é viável quando realizada a partir da cana. Em 2010, os Estados Unidos produziram 50,1 bilhões de litros de etanol, mas, considerando o etanol usado apenas como combustível, conseguiram substituir apenas 8% do seu consumo de gasolina. A meta é atingir 136 bilhões de litros até 2022.
Embora a atual safra brasileira esteja sendo muito afetada por clima absolutamente anormal, um esforço grande está sendo realizado na reforma e na expansão dos canaviais.
O objetivo é atender à demanda crescente de etanol no Brasil e nos Estados Unidos, especialmente porque a partir de 2012 o mercado dos EUA será totalmente liberado, com a eliminação do subsídio federal e do Imposto de Importação, abrindo perspectivas promissoras de expansão do comércio bilateral relacionado ao etanol.
- Texto originalmente publicado na Folha de S. Paulo, em 23/09/2011
Plinio Nastari
Mestre e doutor em economia agrícola e presidente da Datagro Consultoria