I – NOTÍCIAS
As reservas de petróleo registraram uma queda inesperada na semana passada nos Estados Unidos de 2,3 milhões de barris, depois de seis períodos consecutivos de alta, e os estoques de produtos refinados também caíram de maneira expressiva, segundo o Departamento de Energia.
As reservas aumentaram quase 13 milhões de barris nas seis semanas anteriores.
2-Petrobras vende a 1ª carga de petróleo do pré-sal
2-Petrobras vende a 1ª carga de petróleo do pré-sal
A Petrobrás vendeu a primeira carga de petróleo do pré-sal. O volume de 1 milhão de barris, extraído do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, foi vendido para a estatal chilena Empresa Nacional de Petróleo (Enap). O embarque deve ocorrer em maio e a carga será entregue em Quintero e San Vicente, no Chile.
O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que o preço obtido foi o principal fator na decisão de venda, além do fato de o parque de refino nacional ter atingido o limite de capacidade. "Estamos refinando tudo o que podemos, estamos no limite", afirmou Costa., que afirmou também que descartou a possibilidade de utilizar esse petróleo exportado para substituir o que a companhia importa hoje.
A 11ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) deverá acontecer em fins de setembro ou em outubro, com a oferta de blocos exploratórios na margem equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. A diretora da ANP Magda Chambriard ressaltou que serão oferecidos blocos em águas rasas e profundas, com possibilidade de áreas terrestres. Segundo ela, o objetivo é descentralizar a exploração e produção. A rodada deverá ser autorizada na reunião do Conselho Nacional de Política Energética, no dia 28 de Abril.
Em relação à 8ª rodada, interrompida por liminar, e cujos contratos não foram assinados, Magda afirmou que há questões a serem resolvidas sobre áreas do pré-sal licitadas antes da interrupção.
"Tem essa discussão sobre o que faremos com essas áreas. Os contratos não foram assinados e os blocos estão dentro de uma área em que a lei veda o contrato de concessão", disse Magda, durante audiência pública sobre a minuta do contrato de concessão da exploração de petróleo e gás natural.
Fonte: Valor Econômico
A participação dos biocombustíveis na matriz energética dos transportes pode subir de 2% neste ano para 27% em 2050 se a eficiência do processo de produção for melhorada, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE).
Os biocombustíveis feitos a partir de amido, açúcar e oleaginosas podem substituir volumes significativos de diesel, querosene e querosene de aviação produzida a partir de combustíveis fósseis. O uso de biocombustíveis em ampla escala também poderia evitar a emissão de uma enorme quantidade de dióxido de carbono anualmente.
Atingir o nível de 27%, no entanto, exigiria 100 milhões de hectares de plantações, o que gera "um desafio considerável quando se leva em consideração a competição por terrenos e por matérias-primas resultante da demanda crescente por alimentos e fibras". Segundo a AIE, para que o prognóstico seja cumprido, as tecnologias de produção de biocombustíveis precisam ser mais eficientes, mais baratas e sustentáveis.
A agência estima que os biocombustíveis poderão competir em termos de preço com os combustíveis fósseis até 2030. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Agência Estado
A OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, informou hoje que foi identificada a presença de hidrocarbonetos na seção albiana do poço 3-OGX-40D-RJS e na seção albocenomaniana do poço 3-OGX-41D-RJS, ambos delimitatórios das acumulações de Pipeline e Waikiki, respectivamente.
"Os poços OGX-40 e OGX-41 confirmam a bem sucedida campanha delimitatória da OGX e reforça o base case da companhia de desenvolver 4,1 bilhões de barris, já descobertos na Bacia de Campos", afirmou Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX.
"As acumulações de Pipeline e Waikiki estão entre as prioritárias a serem desenvolvidas para a produção, devido ao estado avançado de delimitação das descobertas e a qualidade dos reservatórios", comentou Reinaldo Belotti, Diretor de Produção da OGX.
A HRT Participações em Petróleo informou que o Ministério das Minas e Energia da República da Namíbia concedeu extensão do prazo do primeiro período exploratório para os blocos 2112B e 2212A situados no offshore da Bacia Sedimentar de Walvis.
Isso significa que, aos três anos do primeiro período exploratório (Petroleum Exploration License nº 0023) que se encerrará em 6 de junho de 2011, somam-se dois anos, de forma que o período exploratório totaliza cinco anos.
O MME destacou a magnitude da campanha de aquisição de dados sísmicos 3D como sendo a maior já realizada na Namíbia. Mencionou também que este levantamento é aproximadamente 26 vezes maior que o compromisso exploratório inicialmente assumido. Ainda segundo o Ministério, o aumento de prazo dará à HRT tempo suficiente para interpretar os dados sísmicos, a fim de que a Companhia consiga realizar a sua primeira perfuração no offshore daquele país.
II-COMENTARIOS
Há algum tempo atrás, alertávamos para um cenário já visto no passado, mas não esperávamos que as reações sobre o assunto tivessem as repercussões que alcançaram com a ocorrência do fato.
O problema da falta de etanol merece muitas reflexões, mas a partir delas, vislumbrar as oportunidades para a criação de políticas e diretrizes bastante abrangentes na área da matriz energética do país.
O momento exige racionalidade, competência e o reconhecimento, pois muitas premissas e regras formuladas quando da decisão de se produzir o etanol no país, mudaram ou não se confirmaram, portanto o governo e os produtores, inclusive com envolvimento de toda a cadeia produtiva, precisam proceder uma revisão de muitos dos conceitos que serviram de base para o modelo adotado no início do Pro álcool, e principalmente incorporar conhecimentos resultantes das experiências dos últimos anos.
Como primeira grande mudança, temos o próprio objetivo do Pro álcool em si, um programa criado para buscar uma alternativa para o petróleo, fóssil finito, repentinamente caro , e não para se buscar o renovável e limpo para atender a nossa demanda por sustentabilidade.
O fóssil finito não só se mostrou não tão finito, como ainda desmentiu todas as previsões mundiais da inexistência de reservas de petróleo e gás no Brasil: de repente, descobrem-se, com o pré-sal, grandes reservas desses produtos no país.
Com isso, somos, hoje, um país paradoxal: temos um combustível renovável e um outro finito, mas não temos uma matriz energética que defina políticas e diretrizes para o uso desses energéticos, dentro dessa nova realidade.
Com uma total falta de serenidade, governo e produtores chegam a assumir posições extremas e a anunciar medidas pouco embasadas e bastante pontuais, sem considerar a devida responsabilidade que o problema merece. Afinal, poucos países do mundo poderiam estar vivendo este privilégio de enfrentar problemas ligados a esses dois tipos de combustíveis e no caso, não é de opção por um ou outro, mas como compatibilizar da melhor forma a produção e o uso dos dois combustíveis estratégicos.
Já citamos a mudança das reservas de petróleo e gás, mas outra mudança significativa deve ser considerada: a passagem dos carros a gasolina e álcool para o sistema flex, e, aqui, um conhecimento pouco explorado: a inexistência de separação de fases da mistura binária álcool e água, quando na presença da gasolina, razão da existência do etanol anidro ehidratado.
Com o carro flex, grande conquista dos últimos anos, veio a certeza que as misturas de gasolina com o álcool hidratadonão oferecem problemas, cabendo ao consumidor o direito de definir qual o seu combustível de preferência, se gasolina A(pura), misturas em qualquer percentagem ou etanol puro.
No passado, o petróleo importado era de pior qualidade, com preço mais baixo, impondo o uso do etanol anidro para a melhoria da octanagem da nossa gasolina A. Entretanto, a descoberta de petróleo de melhor qualidade e, mesmo, a auto-suficiência, ocorrida no país permitem rever essa necessidade de mistura do etanol em nossa gasolina A. Esse mesmo argumento permite a revisão do modelo de craqueamento, restando hoje, como única justificativa para a existência do etanolanidro no país, a necessidade de melhorar a remuneração dos etanóis, pois o anidro não concorre com o preço teto estabelecido pela gasolina.
Se o debate do problema, concluir ser essa a única razão justificando a produção do anidro, torna se imperativo rever a política de preços dos combustíveis líquidos, para encontrar um modelo que permita o desenvolvimento da produção desses combustíveis de forma equilibrada e segura.
Seria muito interessante, na definição dessa questão, que a indústria automobilística também, compareça com sua contribuição na melhoria da perfomance dos carros flex, principalmente em relação ao desempenho usando o etanol.
A produção do anidro afigura-se importante para o mercado externo, nos paises onde as temperaturas podem ser muito baixas podendo ocorrer fenômenos de separação de fases; porém o assunto merece uma ampla discussão de matriz energética, quanto ao uso dos combustíveis liquidos e a capacidade de abastecimento desses mercados.
Outra mudança significativa, verificada no setor nos últimos anos, foi a troca dos "players" e a concentração do tamanho dos empreendedores. Com essas novas características, sendo o etanol um composto orgânico, começaram a surgir as mais variadas opções de produtos e de usos. Nessa mudança, ainda não se fez sentir o esperado efeito da economia de mercado, talvez até em função da ampliação da fronteira agrícola para regiões pioneiras, consequência dos efeitos de logística e o atraso na entrada da energia de bioeletricidade.
Na discussão da matriz energética, cabe ao Governo definir os mercados e as políticas de atendimento do mercado de energéticos.
Um fato novo ainda não experimentado foi a falta acentuada de etanol, e a tentativa de segurar o mercado via preços, resultando no aumento de consumo da gasolina coincidindo com a súbita elevação dos preços do petroleo no mercado internacional, causando uma grande discussão entre os membros do governo sobre a alta ou não dos preços da gasolina. Isso só confirma a falta de uma política de preços, pois com um preço da gasolina A, baseada num preço do barril de petróleo de US$ 80, não deveria ocorrer essa discussão, mas, sim, o aproveitamento de uma bela oportunidade para acertar uma mudança necessária na política de preços dos energéticos.
Restariam ainda entre as responsabilidades a serem discutidas, a definição da política de estocagem do etanol, e também a definição clara dos objetivos, as políticas e diretrizes do uso da Cide. Citamos essa questão da Cide, pois me parece estar sendo usada de forma desvirtuada em relação ao seu objetivo inicial e poderia também ser motivo para uma ampla revisão.
Cabe aos produtores, além dessas definições, junto ao governo, implementar a busca do ganho de competitividade do setor, através do desenvolvimento tecnológico das áreas agrícolas e industriais e do aproveitamento de todo o potencial deenergia primária disponível na cana de açúcar.
No inicio do Proálcool, não havia nem clima nem consciência da importância do aproveitamento do bagaco para a geração da bioeletricidade: porém, essa foi outra realidade surgida ao longo do período.
Não há mais nenhuma dúvida que a geração da bioeletricidade possibilita uma sinergia muito positiva para o ganho de competitividade, principalmente do etanol.
Também não há nenhuma dúvida que o aproveitamento da palha é uma mera questão de tempo, e o ganho de escala, que não se verificou com a concentração do tamanho das empresas, poderá ser compensado pela geração maciça da bioeletricidade.
Tudo isso demonstra que estamos diante de uma grande oportunidade para formularmos um novo modelo que nos permita enfrentarmos de forma corajosa, competente e serena, a definitiva solução para a nossa matriz energética e que nos permita liderar a criação de uma sociedade moderna.
Onório Kitayama/Diretor da Nascon Agroenergia
2-Niterói Naval Offshore - NNO é em Novembro
Foi formalmente lançada a feira Niterói Naval Offshore Expo and Conference 2011, que será realizada entre os dias 7 e 10 de novembro, no Caminho Niemeyer, em Niterói. O evento será voltado para a realização de negócios, exposição de bens e serviços, Rodada de Negócios promovida pelo SEBRAE e FIRJAN, Conferência e Ciclo de Palestras.
Um dos grandes atrativos da feira ficará por conta da Rodada de Negócios, que irá apresentar micro e pequenas empresas para as grandes companhias do setor naval offshore. Segundo o Itaesa - Instituto de Tecnologia Aplicada a Energia e Sustentabilidade Socioambiental, são esperadas cerca de 120 micro e pequenas empresas que devem movimentar aproximadamente R$1,5 milhão em negócios.
O diretor de transporte marítimo da Transpetro, Agenor Junqueira, informou durante o lançamento do evento que está tudo pronto para o lançamento de mais um navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da empresa. Segundo ele, o navio será lançado ainda no primeiro semestre deste ano.
Niterói tem hoje a maior participação de empregos na área naval em todo o país, com 23 mil profissionais dos cerca de 78 mil. E com o setor em expansão, a expectativa é de que aumente ainda mais o número de trabalhadores atuando na região, fato que exige qualificação da mão-de-obra.
Sérgio Leal, secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval Offshore (Sinaval), afirmou que o setor naval offshore está em plena expansão.
3-Recessão provoca queda recorde em emissões de CO2 da União Européia
A recessão provocou uma redução recorde de 7,2% nas emissões de gases do efeito estufa da União Européia em 2009, colocando o bloco à frente do cronograma planejado de cortes, indicaram dados europeus na quarta-feira (20).
“A força da recessão de 2009 afetou todos os setores econômicos da UE,” disse em relatório a Agência Ambiental Europeia, com sede na Dinamarca. “O consumo de combustíveis fósseis caiu em comparação com o ano anterior, principalmente o de carvão.”
As emissões de gás-estufa no bloco de 27 nações caíram do equivalente a 4,96 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, em 2008, para 4,60 bilhões em 2009, de acordo com um relatório técnico apresentado para o Secretariado de Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU).
Essa queda de 7,2% – de 354 milhões de toneladas, ou quase o mesmo tanto que as emissões anuais da Espanha ou da Polônia – foi bem mais acentuada do que qualquer outro declínio desde 1990, quando os países ricos começaram a reunir os dados, seguindo tratados da ONU.
O relatório não informou o quanto as emissões poderão voltar a crescer com o retorno do crescimento econômico em 2010, mas disse: “A recessão em 2009 acelerou, temporariamente, a tendência de baixa nas emissões totais de gás-estufa.”
A redução, ampliando os cortes pelo quinto ano consecutivo, deixa as emissões 17,6% abaixo dos 5,59 bilhões de toneladas emitidos no ano-base da ONU de 1990 e perto do objetivo unilateral europeu de cortar as emissões em 20% abaixo dos níveis de 1990 até 2020.