segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 21

PARTE I – BREVES NOTICIAS

1- Aker leva manifold que será instalado no campo de Jubarte
A Aker Solutions, multinacional norueguesa do ramo de petróleo e gás, irá transportar entre os dias 25 e 29 de janeiro, o maior equipamento utilizado para escoamento da produção de gás natural já fabricado no Brasil.
O Pipeline End Manifold (Plem), é uma estrutura de grande porte, que serve para interligar diversos campos produtores de gás natural, localizados no fundo do mar. O equipamento é composto de uma estrutura principal (com módulos de produção acoplados) que pesa 293 toneladas, com 7,5 metros de largura, 21,3 metros de comprimento e 4,5 metros de altura.
O projeto do Plem começou a ser desenvolvido em dezembro de 2008 e foi totalmente fabricado, montado e testado na unidade da Aker Solutions, em Curitiba, representando um marco de desenvolvimento tecnológico para a empresa.
O PLEM será instalado na Bacia do Espirito Santo no campo de Jubarte, a uma profundidade de 1193 metros, e distante 85 km do litoral Sul do estado. O escoamento da produção do gás retirado do fundo do mar será feito por meio de gasodutos submarinos, que o levarão até o continente na Unidade de Tratamento de Gás (UTG) localizada em Anchieta, no Sul do Espirito Santo.

2- Petrobras planeja captar US$ 6 bilhões
A Petrobras planeja fazer captação de US$ 6 bilhões no mercado internacional para ajudar a financiar seu plano de investimentos de US$ 224 bilhões para os próximos cinco anos. A conclusão da operação está prevista para ocorrer em 27 de janeiro de 2011.
A capitalização será feita por meio de títulos com vencimentos programados para 5, 10 ou 30 anos. Os recursos captados serão utilizados para o financiamento dos investimentos previstos no Plano de Negócios 2010-2014.

3- Unisantos é credenciada pela ANP
A Universidade Católica de Santos (UNISANTOS) foi credenciada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O credenciamento, por meio do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas da UNISANTOS, foi divulgado pelo Diário Oficial da União. Apenas 37 instituições no País estão credenciadas, sendo que 17 são universidades. No Estado de São Paulo, somente quatro instituições de ensino estão credenciadas.
A UNISANTOS está apta para executar atividades de pesquisa nas áreas de Desenvolvimento de produto e engenharia de processos e Desenvolvimento de produtos e processos para monitoração, manejo e conservação do meio ambiente.
O credenciamento reconhece que a UNISANTOS atua em áreas de relevante interesse para a indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis e/ou temas e áreas correlatas, como meio ambiente, energia e formação de recursos humanos. Evidencia, ainda, que a Universidade tem reconhecida idoneidade e competência tecnológica e possui infraestrutura e condições operacionais para a execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento.

4- México vê recuperação de petróleo em 2012
Fonte: Valor Econômico
A produção de petróleo do México deve voltar a cair neste ano e começar a se recuperar somente em 2012, segundo estudo do Ministério da Energia do México. Se a previsão se confirmar, este será o sétimo ano seguido de queda.
No ano passado, o país produziu 2,57 milhões de barris de petróleo por dia; em 2011, estima o governo, serão 2,56 milhões.
O relatório, que faz uma previsão para o período de 2010 a 2025, diz que o governo conta que os leilões de áreas de exploração neste e no próximo ano permitirão à estatal de energia Petróleos Mexicanos (Pemex) ampliar a produção em 2012 para 2,63 milhões de barris diários. O ritmo de crescimento deverá se estender até pelo menos 2025.

5-Fusões e aquisições entre as petroleiras voltam ao pré-crise
Diante do consumo crescente em países emergentes e da estabilidade de preços em níveis elevados, o ritmo de negócios no setor de petróleo e gás recuperou, em 2010, o patamar pré-crise.
As perspectivas para 2011 são de cotações mais altas (até o pico de US$ 100 o barril) e de demanda ainda bastante aquecida. As conclusões são de estudo da consultoria Ernst & Young, obtido pela Folha.
O cenário favorável, diz a consultoria, permitiu o crescimento de 50% no número de fusões, aquisições e associações entre empresas do setor. Somente em ofertas públicas de ações foram registradas 45 aberturas de capital em Bolsas do mundo (como o a da brasileira HRT), ante apenas 17 em 2009.
Os IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês) movimentaram US$ 11 bilhões -em 2009, o valor havia sido de US$ 1,6 bilhão.
"O que se viu foi uma retomada consistente do setor em 2010, puxada principalmente pelo consumo dos países emergentes, liderados pela China", afirma Carlos Assis, sócio da Ernst & Young, responsável pelo setor de óleo e gás no Brasil.
Para garantir o suprimento de petróleo no longo prazo e assim sustentar seu crescimento econômico, as estatais chinesas procuram negócios ao redor do mundo. No fim de 2010, a Sinopec comprou uma fatia de 40% dos negócios da espanhola Repsol por US$ 7,1 bilhões.
Assis diz que as fusões e as aquisições de 2010 envolveram ativos (reservas de óleo, refinarias etc.) e empresas de países desenvolvidos, mas sempre impulsionadas pelo cenário de maior consumo nos emergentes.
Fonte: Valor Econômico/PEDRO SOARES/DO RIO

6- Inovações na Exploração do Petróleo
Os avanços na capacidade dos computadores estão proporcionando uma revolução na atividade de E&P, possibilitando uma analise mais eficaz das acumulações de petróleo no subsolo.
A mais recente novidade na aquisição sísmica são os métodos wide-azimute, aplicando um numero maior de receptores em várias direções, enriquecem a resolução das imagens.
Outra novidade é a utilização dos dados eletromagnéticos aplicados na medição de resistividade. Com este método espera-se uma radiografia mais detalhada do subsolo.


PARTE II – COMENTARIOS SOBRE AS PRINCIPAIS NOTICIAS

1-Conselheiro do Clube de Engenharia Paulo Metri analisa a situação dos royalties de petróleo
Quando a União entrega um bloco para uma empresa ou um consórcio, no momento da assinatura do contrato de partilha, o petróleo eventualmente existente naquele bloco, já não é mais, na sua totalidade, da União. Pelo contrato de partilha, a posse futura do petróleo a ser descoberto, em óleo ou convertido em dinheiro, será da empresa ou consórcio, do Fundo Social e dos beneficiários dos royalties. A parcela da União será a do Fundo Social.
Assim, quando o petróleo do próprio campo é entregue para ressarcir royalties pagos pelas empresas produtoras, o que se está fazendo, na verdade, é entregando petróleo que pertencia à empresa ou ao consórcio, ao Fundo Social e aos beneficiários dos royalties. Então, na prática, se está diminuindo o total que, a médio prazo, iria pertencer ao Fundo Social e aos beneficiários dos royalties, e aumentando o total da empresa ou consórcio.
A Petrobrás tem, por força de lei, 30% de participação em todos os consórcios futuros do pré-sal. Mas, os restantes 70% estão indo para os leilões e serão entregues para quem fizer a melhor oferta de doação de parcela do lucro (excedente em óleo) para o Fundo Social. O desejo de cada brasileiro deve ser que a Petrobrás ganhe o maior percentual possível de participação em cada bloco do pré-sal, em detrimento das empresas estrangeiras, pois elas, de uma forma geral, não compram localmente, quase nem empregam nacionais, nunca desenvolvem tecnologia aqui e não reinvestem o lucro no país.
Por outro lado, a ANP, aparentando servir a interesses diferentes dos da sociedade brasileira, coloca freqüentemente grande quantidade de blocos para serem leiloados acima da capacidade da Petrobrás de investir, em época em que o país está com seu suprimento garantido pela Petrobrás por mais de 17 anos, só com o pós-sal. A única explicação, triste, mas provida de nexo, é que a ANP está preocupada com a satisfação de interesses estrangeiros. O abastecimento dos países desenvolvidos, que são extremamente dependentes deste energético e não o possuem, não deveria sensibilizar a ANP. Assim, a pressa da ANP de realizar rodadas com muitos blocos, forçando a entrada das empresas estrangeiras no país, parece ser a nova forma, escamoteada, do “entreguismo”.
Além disso, quando a Petrobrás não participa do leilão de um bloco, há a possibilidade das demais empresas formarem um acordo de atuação conjunta, visando não competirem entre si e, com isso, arrematarem o bloco com uma promessa mínima da parcela do lucro, destinada ao Fundo Social. Desta forma, o maior prejudicado com a atuação não concorrencial das empresas será o Fundo Social, pois a ele caberá um baixo percentual do lucro. Portanto, para atender aos interesses da sociedade, a Petrobrás deve participar de todos os leilões, buscando aumentar sua participação em cada consórcio para além dos 30%.
Como uma observação, se lógica for utilizada para a definição do percentual do lucro a ser ofertado, visando o arremate de um bloco em um leilão, o modelo com o ressarcimento dos royalties permite aos concorrentes ofertarem um percentual maior, beneficiando, em última instância, o Fundo Social.
Então, se a Petrobrás for a maior empresa do pré-sal, por estar em todos os blocos e com alto percentual de participação em cada bloco, o ressarcimento dos royalties pagos por ela, estará permitindo a realização de um lucro maior, que ela poderá utilizar para vencer as empresas estrangeiras em novos leilões. Assim, entregar este ressarcimento à Petrobrás significa estarmos agindo no interesse da sociedade brasileira.
Na versão final do novo marco regulatório (lei 12.351), o ressarcimento do royalty em óleo é estabelecido em quatro artigos, enquanto, no parágrafo terceiro do artigo 64, ele é proibido, ou seja, a lei contém uma incoerência. Por outro lado, o artigo 64, que derivou de uma emenda do Senador Pedro Simon, também trata de outro assunto, a divisão dos royalties por todos os estados e municípios brasileiros. Creio que o presidente Lula vetou este artigo, mais porque ele dividia os royalties por todos estados e municípios brasileiros, mas, de passagem, ele resolveu o problema da incoerência da lei. Assim, saiu vitorioso o ressarcimento do royalty em óleo para as empresas.
Portanto, agora, o drama dos congressistas é ratificar ou rejeitar o veto do presidente Lula ao artigo 64. Neste assunto, creio que as opiniões não estão convergindo, pois existem grandes movimentos emocionais, com muitos políticos discursando só para sensibilizar as massas. Tenho opinião formada sobre a distribuição dos royalties por estados e municípios produtores e não produtores, mas eles representam só 10% da receita líquida da produção. Prefiro chamar a atenção para a parcela que vai para o Fundo Social, que eu espero que represente algo bem maior que 65% da receita líquida.

2- Al Gore relaciona enchentes no Rio de Janeiro ao aquecimento global
O ex-vice presidente dos EUA ,Al Gore, relacionou as enchentes da região serrana do Rio de Janeiro com o aquecimento global.
Citando também tragédias que atingiram Paquistão, Austrália, Colômbia e até sua cidade natal de Nashville, nos EUA, o político relacionou os fenômenos com o aquecimento global – tema do seu documentário “Uma verdade inconveniente”, que lhe rendeu um Oscar e o título de personalidade do ano da revista Time em 2007.
Grande parte do público da Campus Party lotava o espaço destinado ao Palco Principal, quando o ex-vice de Bil Clinton começou sua palestra dizendo “obrigado” em português e se desculpando por não falar a língua do país do evento. Na seqüência, solidarizou-se com as vítimas das enchentes que atingiram o Estado do Rio de Janeiro. “O mundo está com vocês [do Brasil] e sabemos quanta dor esse grande trauma causou para tantas famílias”, disse.
Gore disse que o rádio e a TV “emburreceram a democracia”, tornando cidadãos em consumidores. “A internet democratizou as comunicações, permitindo que indivíduos se unam em torno de uma questão comum, e descubram coisas de acordo com sua própria curiosidade”, explicou o ex-vice-presidente.
Êle foi cauteloso ao falar do site de vazamento Wikileaks, dizendo que há um embate entre aqueles que querem reter a informação e aqueles que querem divulgá-la, e que isso deve ser regido pela lei.
(Fonte: Germano Assad/ G1)

3- Mineradoras aumentam preço do ferro
Fonte: Valor Econômico - 21/01/2011
A produção das maiores mineradoras de ferro do mundo está num nível recorde e elas começaram a reajustar os preços, mantendo a tendência de alta que começou na segunda metade de 2010.
As siderúrgicas maiores compradoras do ferro transportado pelo mar, é que estão levando a facada e alertam em seus resultados que o preço da matéria-prima vai prejudicar seus lucros na maior parte do ano.
A terceira maior siderúrgica do mundo em faturamento, a sul-coreana Posco, informou este mês que o lucro caiu 60% no último trimestre de 2010 frente um ano antes, em parte por causa da forte alta no preço do ferro e do carvão coque, os dois principais ingredientes da produção de aço.
A Posco informou que seus custos com minério de ferro subiram 8%.
"Esperamos que a matéria-prima aumente, mas é difícil para nós repassar totalmente o custo em nossos produtos", disse o diretor-presidente da Posco, Chung Joon-yang durante a divulgação dos resultados trimestrais da empresa.
Semana que vem, durante a divulgação de seus resultados, a japonesa Nippon Steel Corp., que também importa muito ferro, deve divulgar que seus lucros também estão sendo prejudicados pela alta do ferro.
Enquanto isso, as maiores mineradoras do mundo, a Rio Tinto, a Vale SA e a BHP Billiton, estão divulgando que suas minas de ferro, um de seus produtos mais lucrativos, estão operando a todo vapor.
A produção de ferro das operações mundiais da Rio Tinto bateu um novo recorde trimestral, atingindo 65 milhões de toneladas, e um novo recorde anual de 239 milhões de toneladas, uma alta de 3% e de 9%, respectivamente, em relação ao mesmo período um ano antes. A BHP informou que a produção de ferro do trimestre subiu 4% frente um ano antes.
O preço do ferro está oscilando em US$ 186 a tonelada, segundo o índice da Platts, voltando ao valor atingido em abril, o mais alto dos últimos dois anos. A Vale aumentou o preço do ferro em 7% este mês.
A BHP está tentando se afastar ainda mais da dependência dos índices trimestrais de preços e vender mais ferro com base na oferta e na demanda do momento. Na essência, ela quer determinar o preço do ferro na hora em que o cliente precisar dele.
"Gostaríamos que receber o preço do mercado do dia, todo dia, por todas as nossas commodities, já que acreditamos que transparência no preço é bom para os consumidores e os produtores", disse a analistas o diretor-presidente da BHP, Marius Kloppers.
A BHP vende hoje em dia 90% de sua produção a esses preços de curto prazo. Em preparação para a continuidade dos aumentos na matéria-prima, as siderúrgicas estão tentando aumentar seus próprios preços para compensar a alta.
A segunda maior siderúrgica do mundo, a chinesa Baoshan Iron & Steel Co., já anunciou alta entre 3% e 7% em alguns de seus produtos mais importantes. Na América do Norte, o preço do aço laminado a quente, um produto básico, já subiu fortemente - cerca de 20% desde novembro.
Espera-se que sejam anunciados mais reajustes, mas se eles vão se sustentar depende da demanda e da oferta de cada região. No Brasil e na China os reajustes devem resistir porque a demanda continua relativamente forte para os produtos de aço. Mas em lugares como a Coreia do Sul e a América do Norte, os reajustes provavelmente serão menos duradouros.
Nos EUA, as usinas siderúrgicas estão operando a entre 70% e 75% da capacidade, um nível lucrativo mas que não indica uma demanda muito forte. "A sustentabilidade desses reajustes do aço é altamente questionável", disse o analista Leonardo Correa, do Barclays Capital, num relatório de pesquisa divulgado este mês.

4-Venezuela diz ter a maior reserva de petróleo do mundo
O governo da Venezuela afirmou ter ampliado suas reservas petrolíferas para 297 bilhões de barris, quantia que, se comprovada, pode transformar o país na maior reserva de petróleo do mundo, superando a Arábia Saudita.
"No final de 2010, tínhamos um nível de reservas de 217 bilhões de barris e estamos, agora, no início do ano, em posição de certificar 297 bilhões de barris", afirmou a jornalistas o ministro de Energia e Petróleo Rafael Ramirez.
Essa quantia é baseada em informações da estatal venezuelana PDVSA e das empresas transnacionais que operam no país. No entanto, os números ainda necessitam da certificação da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo).
Topo do ranking
Se a reserva for certificada, a Venezuela assume o primeiro lugar no ranking de países com as maiores reservas do óleo no mundo, deixando atrás países como a Arábia Saudita, que possui 266 bilhões de barris, de acordo com a OPEP.
Do total de 297 bilhões de barris, 220 bilhões estão na faixa petrolífera do Orinoco, cuja reserva estimada pode superar os 319 bilhões de barris e é considerada a maior jazida petrolífera do mundo.

"A Venezuela continua ampliando sua base de recursos, diferente de muitos países que já esgotaram seus recursos", afirmou Ramirez.
De acordo com o governo, quando o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu o poder, em 1999, a reserva petrolífera do país era de 75 bilhões de barris.
Desde então, o governo foi tomando paulatinamente o controle da estatal PDVSA e em 2007 foi firmado o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, que determina a exploração do petróleo em regime de empresas mistas com capital internacional.
Neste tipo de associação, o Estado venezuelano é o principal acionista e quem determina o local de execução dos projetos de exploração. "Com essas reservas e a esse ritmo de exploração, a Venezuela tem petróleo para mais 200 anos", afirmou Chávez na semana passada.

"Preço justo"
Com uma economia baseada fundamentalmente na exploração do óleo, a queda dos preços do barril registradas durante a crise financeira afetou os ingressos do país, o único dos países membros da OPEP que não registrou crescimento econômico em 2010.
Para Ramirez, o "preço justo" do barril é de US$ 100. "Pensamos que o preço deva chegar aí (a US$100) e não será preciso nenhuma reunião extraordinária da OPEP para tratar deste assunto", afirmou.
O preço do petróleo nesta quarta-feira teve uma pequena queda e o barril foi cotado em US$90,86
Ramirez disse ainda que a Venezuela não pretende incrementar sua produção petrolífera nesta ano. "Nossa cota é de 3,11 milhões (de barris por dia), não vamos passar disso neste ano"; disse.
Cifras da OPEP, no entanto, indicam que o país extrai diariamente 2,3 milhões de barris diários, quinto maior exportador de petróleo do mundo.
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 20

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- OSX DECIDE CONSTRUIR ESTALEIRO NO PORTO DE AÇU
O Grupo EBX Decidiu instalar seu estaleiro no Complexo Industrial do Superporto do Açu, que está sendo construído em São João da Barra, no Rio. A escolha levou em conta uma série de vantagens competitivas, atestadas com estudos ambientais, operacionais e técnicos.
O cais do estaleiro terá 2.400 metros. Terá capacidade de expansão para até 3.525 metros e possui as mesmas capacidades produtivas originalmente previstas no plano de negócios da OSX.
Entre as outras vantagens, está o maior espectro de serviços que poderão ser prestados, incluindo reparos. O estaleiro será beneficiado pela sinergia logística com os demais empreendimentos que serão implantados no complexo industrial do Açu.
Os estudos de impacto ambiental estão em estágio avançado de análise técnica pelos órgãos responsáveis. O projeto deverá gerar 3.500 postos de trabalho na fase de construção e outros 10 mil, quando o estaleiro entrar em operação.

2- LANDIM E SANTANDER JUNTOS
O Banco Santander e a Mare Investimentos, de Rodolfo Landim (ex-presidente da OGX e da BR Distribuidora), Demian Fiocca (ex-presidente do BNDES e Nossa Caixa), Nelson Guitti (ex-MMX e BR) e Claudio Coutinho (ex-BBM e controlador do Banco CR2), se uniram para criar e gerir dois fundos de "private equity" destinados a investir em óleo e gás.
O projeto objetiva ter R$ 2 bilhões sob gestão no primeiro momento, divididos nos dois fundos ainda em estruturação. O que será voltado para investidores nacionais deverá captar entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões, enquanto o fundo para estrangeiros terá de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão. Rodolfo Landim diz que o grupo analisa empresas de equipamentos, serviços, logística e infraestrutura, mas que pode começar do zero colocando projetos de pé.
Fonte: Valor Econômico/Cláudia Schüffner | Do Rio

3-Petrobras busca sócios para Set Brasil
Fonte: Estadão
A Petrobras espera juntar os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, além dos bancos Santander e Bradesco, na empresa Set Brasil, que será criada para administrar sondas de perfuração de poços do pré-sal. Segundo fontes da estatal, a composição da nova companhia foi discutida ontem em reunião de diretoria e deve ser aprovada hoje pelo Conselho de Administração. A Petrobras deve ficar com 10% da nova Set.
Por enquanto, a nova empresa será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração com capacidade para até três mil metros de profundidade. A Set comprará as unidades e depois alugará à Petrobrás. A encomenda deverá ser fechada com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e faz parte da megalicitação para a contratação de até 28 unidades lançada pela Petrobras no ano passado.
O estaleiro foi o melhor classificado, com proposta de US$ 4,65 bilhões para as sete unidades. A companhia ainda não se manifestou sobre uma possível negociação com os demais proponentes para a construção dos outros pacotes. Porém, adiou o prazo de validade das propostas por pelo menos três meses, o que sinaliza que o processo ainda pode ter prosseguimento.

4-Fluke cresce 50% no Brasil
O aquecimento do setor industrial e o grande potencial do mercado brasileiro foram os fatores que contribuíram para o crescimento da Fluke, líder global em tecnologia portátil de teste e medição eletrônica.
A unidade brasileira, que há quatro anos ocupava a 20ª posição entre as subsidiárias, globalmente, subiu para a 8ª posição, e foi a que apresentou o melhor desempenho, com um crescimento da ordem de 50% em 2010.
De acordo com Fernando Kozik, diretor-presidente da Fluke Brasil, o País é o principal foco da multinacional no mercado de países emergentes do hemisfério sul incluindo a Rússia. Ele afirma ainda que a indústria brasileira é uma das mais exigentes em relação a qualidade e tecnologia. Por isso além de trazer para o país os principais produtos e soluções do grupo, a Fluke Corporation investe na expansão da atuação da empresa no país. A Fluke atua em todo território brasileiro e conta com uma equipe de 36 distribuidores e cerca de 700 funcionários.

5-Etanol reduz emissões de C02
O uso de etanol na frota de veículos leves biocombustíveis evitou a emissão de 103.449.303 toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera nos últimos sete anos, segundo o Carbonômetro, ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) que calcula a quantidade do poluente que deixou de ser emitida com os carros flex.
Em comparação com a gasolina, o etanol emite 90% menos gases causadores do efeito estufa, de acordo com a Unica.
Os novos critérios adotados pela Organização Não-Governamental (ONG) "SOS Mata Atlântica" para compensação de emissões de CO2, mostram que as emissões evitadas desde 2003 equivalem ao efeito do plantio e manutenção de mais de 331 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
"Estas mais de 103 milhões de toneladas de CO2 evitadas pelos carros flex brasileiros equivalem à mesma quantidade que a Grécia emitiu em 2007 com a queima de combustíveis fósseis em geral," compara o consultor de Tecnologia e Emissões da Unica, Alfred Szwarc.

6-Petróleo em NY opera acima US$ 90 com euro forte
O preço dos contratos futuros do petróleo acentuou levemente seu movimento de alta, impulsionado pela apreciação do euro em relação ao dólar e em meio a dados do governo dos EUA que mostraram uma queda quatro vezes maior que a esperada nos estoques norte-americanos da commodity na semana passada, mesmo diante de uma redução na atividade das refinarias.
Por volta das 14h55 (de Brasília), o contrato do petróleo para fevereiro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) subia US$ 0,82, ou 0,90%, para US$ 91,93 por barril. Antes da divulgação dos dados sobre estoques, o contrato operava a US$ 91,79 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo para fevereiro tinha alta de US$ 0,87, ou 0,89%, para US$ 98,48 por barril.
Segundo o Departamento de Energia dos EUA, os estoques norte-americanos de petróleo caíram 2,154 milhões de barris na semana encerrada em 7 de janeiro. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam queda de 500 mil barris. Em Cushing, ponto de entrega física do petróleo negociado na Nymex, os estoques encolheram 117 mil barris.

7-Duke Energy compra Progess Energy por US$ 13,7 bilhões
Fonte: Estadão
A norte-americana Duke Energy Corp. fechou acordo para comprar a Progress Energy por cerca de US$ 13,7 bilhões, criando a maior empresa de serviços de utilidade pública dos EUA. Segundo os termos do acordo, a Duke trocará 2,6125 ações por cada ação da Progress e assumirá cerca de US$ 12,2 bilhões em dívidas.
A transação deverá aumentar o lucro ajustado da Duke no primeiro ano após a conclusão do negócio, prevista para ocorrer no final deste ano. A companhia combinada prestará serviços para 7,1 milhões de consumidores de energia nos EUA com um mix de carvão, gás natural, petróleo e energia renovável.


II – COMENTARIOS

1- Furnas pode investir R$50 milhões em P&D em 2011
Furnas poderá investir em torno de R$ 50 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento em 2011 com a contratação de novas propostas de projetos de P&D selecionadas nos programas 2010 e 2011. O Edital da Coleta para o Programa 2011 já está em preparação e deverá ser lançado no primeiro semestre deste ano.
A verba inicial é de aproximadamente R$ 28 milhões, que corresponde a 0,4% da receita operacional líquida da empresa no ano passado, conforme determina a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse valor, no entanto, pode dobrar e passar dos R$ 50 milhões, uma vez que existe verba disponível remanescente de ciclos anteriores. “Caso haja projetos de interesse da empresa com investimento mais elevado vamos contratar.
Ao todo, foram listadas pela empresa 28 demandas, boa parte delas ligada à área de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em alinhamento ao planejamento estratégico do Sistema Eletrobras, tais como Desenvolvimento de Metodologias de Aproveitamento de Resíduos, Modelagem Contínua da Dispersão de Poluentes, Monitoramento de Processos Erosivos, Participação Mecanismos de Mudanças Climáticas e Recuperação de Áreas Degradadas.
Para participar, os autores das propostas devem ser ligados a uma instituição de ensino superior ou a um centro de pesquisa, sem fins lucrativos. Uma comissão formada por profissionais da área das demandas que tiveram propostas selecionadas e da área de Gestão de Pesquisa e Desenvolvimento da estatal fará a seleção. Serão avaliados critérios como inovação, originalidade e viabilidade técnica e econômica. Outras informações referentes ao cronograma, documentação necessária e etapas do Programa, constam no edital disponível no site de Furnas.

2-Perspectivas para os combustíveis
A produção do etanol poderá ser ampliada, além da expansão dos canaviais, com a ampla utilização da biomassa vegetal.
O ano de 2010 se encerrou com o PIB evoluindo em torno de 7,5%, o que poderá constituir uma expressiva taxa de crescimento mundial. Foi ano recordista em vagas no mercado de trabalho, com 240 mil oportunidades geradas, mensalmente.
Os investimentos estrangeiros na nossa economia no mencionado período estão estimados em US$ 31 bilhões.
Em face do crescimento exponencial da economia, o uso dos combustíveis fósseis ou renováveis da cana-de-açúcar também disparou, alcançando a evolução de perto de 10% ao final de 2010.
Cerca de 50% do consumo geral dos combustíveis correspondeu ao emprego do diesel, apesar da sua má qualidade e da poluição que o seu uso redunda. O Brasil optou, nos últimos quarenta anos, pelo transporte rodoviário com caminhões e ônibus movidos a diesel, preterindo as ferrovias, notadamente as locomotivas elétricas.
Hoje, em cada barril de petróleo (160 litros), a Petrobras refina perto da metade em diesel.
Para analistas, os preços atuais menos competitivos do etanol, em relação à gasolina, impeliram o brasileiro a usar mais o derivado do petróleo nos carros de dupla combustão (flex). Os preços do etanol, no período da entressafra, tendem a ser maiores que os da gasolina, cuja oscilação não é observada no mercado brasileiro, embora o petróleo já esteja perto de US$ 90 por barril. Contudo, houve nítida preferência do usuário por veículos híbridos, confirmada pela evolução das vendas.
A indústria automobilística deve, ainda, o desenvolvimento de um motor especial para o etanol, que, até agora, aproveita a carona da evolução tecnológica do motor a gasolina. Desta forma, o etanol deixará de gastar mais, volumetricamente, que a gasolina, embora com potência maior.
Em 2011, as importações dos principais derivados do petróleo continuarão ascendentes, pois a capacidade de refino da nossa principal estatal está exaurida.
No tocante ao etanol, não haverá falta em 2011, eis que a previsão de safra de 2011/12 é a oferta de mais de 30 bilhões de litros dos dois tipos: anidro (misturado à gasolina em 25%) e hidratado (destinado aos veículos flex).
A presidente Dilma inicia seu governo com o uso dos combustíveis no País aquecido, além de juros altos, dólar baixo, pouca liquidez, altos gastos públicos e sem implementação das obras de infraestrutura alardeadas pelo presidente Lula.
Indústria automobilística deve ainda o desenvolvimento de um motor especial para o etanol.
Luiz Gonzaga Bertelli
Presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e diretor da Fiesp

3-Petrobras busca sócios para a Set Brasil
Fonte: Estadão - 14/01/2011
A Petrobras espera juntar os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, além dos bancos Santander e Bradesco, na empresa Set Brasil, que será criada para administrar sondas de perfuração de poços do pré-sal. Segundo fontes da estatal, a composição da nova companhia foi discutida ontem em reunião de diretoria e deve ser aprovada hoje pelo Conselho de Administração. A Petrobras deve ficar com 10% da nova Set.
Outros 90% seriam divididos entre fundos de investimentos e instituições financeiras, conforme informou na semana passada o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa. Outra fonte confirmou ontem o nome dos parceiros com quem a estatal negocia. Segundo esse executivo, é ideia no futuro abrir o capital para outras operadoras de sondas, que atuariam como sócias minoritárias e trariam a experiência na administração e gerenciamento desses ativos.
Por enquanto, a nova empresa será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração com capacidade para até três mil metros de profundidade. A Set comprará as unidades e depois alugará à Petrobrás. A encomenda deverá ser fechada com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e faz parte da megalicitação para a contratação de até 28 unidades lançada pela Petrobras no ano passado. O estaleiro foi o melhor classificado, com proposta de US$ 4,65 bilhões para as sete unidades. A companhia ainda não se manifestou sobre uma possível negociação com os demais proponentes para a construção dos outros pacotes. Porém, adiou o prazo de validade das propostas por pelo menos três meses, o que sinaliza que o processo ainda pode ter prosseguimento. Segundo fontes, a intenção da estatal é de que a Set Brasil assuma essa negociação, até mesmo alterando o número de unidades encomendadas ou reavaliando riscos no projeto que possam ser minimizados para uma possível redução dos preços propostos.

4-Petrobras anunciará estimativas de reservas provadas
A Petrobras anunciará as estimativas atualizadas de suas reservas provadas. A informação foi confirmada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Ele deixou a sede da Petrobras em Brasília, onde participou de reunião do Conselho de Administração.
No caso da informação que será dada pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) este ano, estarão incluídos os volumes de reservas provadas nos campos de Lula e Cernambi, chamados de Tupi e Iracema antes da declaração de comercialidade feita no mês passado.
Quando declarou a comercialidade, a Petrobras estimou em 6,5 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE) o volume recuperável total em Tupi e de 1,8 bilhão de BOE em Iracema.
Na época, a Petrobras lembrou que nesses volumes estavam incluídas as reservas provadas, prováveis e possíveis e que "apenas um percentual disso" seria incluído nas reservas provadas em janeiro.
No ano passado, a companhia tinha 12,143 bilhões de BOE de reservas provadas no critério da Securities and Exchange Commission (SEC) e 14,865 bilhões de BOE pelo critério da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE, na sigla em inglês).

5-Petrobras bate recordes de vendas de Gasolina e QAV
Fonte: Agência Petrobras
A Petrobras registrou, no mês de dezembro de 2010, recordes históricos de vendas de gasolina e querosene de aviação (QAV). O volume de gasolina comercializado no último mês do ano totalizou 1 milhão 966 mil m3 (12 milhões 366 mil barris/mês ou 399 mil barris/dia) o que marcou mais um recorde histórico, superando em 50 mil m3 (314 mil barris) o recorde anterior, de março de 2010, quando o percentual de álcool anidro adicionado na gasolina estava reduzido de 25% para 20%.
Contribuíram para este resultado a sazonalidade típica do mês e a alta nos preços do etanol hidratado desde meados de junho, que tornou a gasolina o combustível de preferência para proprietários de veículos flex-fuel na grande maioria dos estados brasileiros.
No ano de 2010, houve um aumento de 17,8% nas vendas de gasolina pela Petrobras em relação a 2009, reforçando a relevância do papel da Companhia como principal fornecedor de combustíveis para a frota de veículos.
As perspectivas para os próximos meses apontam para uma manutenção do aquecimento nas vendas, em função da maior frota de veículos leves incorporadas ao longo de 2010 no mercado brasileiro (venda de 3,3 milhões de veículos) e da entressafra da cana-de-açúcar.
As vendas de QAV pela Petrobras no último mês de dezembro totalizaram o volume de 585.450 m³ (119 mil barris/dia). Este volume representa um aumento de 4,9% em relação ao recorde anterior, registrado no mês de julho de 2010, cuja marca foi de 557.860 m³ (117 mil barris/dia).

6-Comperj transforma Itaboraí na Dubai de RJ
Fonte: O Globo
O município de Itaboraí, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já vem sendo chamado de Eldorado e até de Dubai, emirado rico em petróleo do Oriente Médio. Esses são alguns nomes dados por diversos empresários em referência aos impactos econômicos que vem provocando na região a construção pela Petrobras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o Comperj vai atrair entre 320 e 700 indústrias para os municípios nas cercanias do empreendimento, nos próximos cinco anos.
O Comperj gerou seis mil empregos em 2010. Este ano, o número deve ficar entre 10 mil e 11 mil. Como a mão de obra na cidade de Itaboraí não tem qualificação, o Município está promovendo um esforço de capacitação, conversando com o governo estadual e federal para trazer escolas técnicas e profissionalizantes.
Sem isso, vamos ficar sem as melhores vagas - aponta Saíde Abrão, secretário de Trabalho de Itaboraí

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 19

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1- Petrobras antecipará projetos
A Petrobras, na qualidade de operadora dos Blocos BMS-11 e BMS-9, informou que foi aprovado o afretamento de duas novas plataformas do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo e gás) destinadas aos projetos-pilotos da área de Guará-Norte e do campo de Cernambi (antiga área de Iracema), localizadas no pólo pré-sal da Bacia de Santos. Cada um dos FPSOs terá capacidade de produzir, diariamente, até 150.000 barris de óleo e 8 milhões de m3 de gás. A previsão é que entrem em operação em 2014, antecipando a produção das áreas anteriormente prevista para o período pós-2014.
As duas novas plataformas integram a primeira fase do desenvolvimento da produção de Guará-Norte (BMS-9) e Cernambi (BMS-11). Os consórcios tomaram a decisão estratégica de afretar as unidades para viabilizar a antecipação da produção dessas áreas, cujos testes iniciais de vazão apresentaram resultados excelentes.
O consórcio do Bloco BMS-9 é operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG Group (30%) e Repsol Brasil S.A. (25%). Já consórcio do Bloco BMS-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG Group (25%) e Galp Energia (10%).

2-Brasil precisa dobrar geração de energia em 20 anos, diz Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil tem pela frente o desafio de dobrar a capacidade de geração de energia nos próximos 20 anos. Neste período, a capacidade instalada deve saltar de 110 mil megawatts (MWs) para mais de 200 MW.
´Aquilo que se construiu em mais de cem anos, teremos que construir em 20´, afirmou o ministro em encontro com a imprensa. Lobão ressaltou ainda que a conquista deste desafio dependerá da correlação de fatores que vão além do planejamento para o setor estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia, mas também do empenho da iniciativa privada e de áreas de licenciamento ambiental. ´Têm que agir em conexão perfeita´, destacou.
Lobão lembrou que a alta do consumo de energia em 2010, divulgada esta semana pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), superou a estimativa de crescimento do PIB no mesmo ano. Enquanto a carga de energia consumida subiu 8,3% no ano passado, a economia brasileira tem a previsão de crescimento em torno de 7% no mesmo período.
'Temos que ter cuidado redobrado. Ou seja, o Brasil está crescendo e vai exigir, por conta disso, cada vez mais energia´, disse Lobão.
Fonte: Valor Online

3-Anfavea: carro flex soma 85% das vendas em dezembro
As vendas de automóveis e veículos comerciais leves modelo bicombustível (flex) somaram 309.183 unidades em dezembro e passaram a representar 85,6% do total comercializado na categoria no País. A fatia ficou praticamente estável em relação a dezembro de 2009, quando os bicombustíveis tinham 85,5% do mercado. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em relação a novembro, houve queda de 1 ponto porcentual, uma vez que a fatia dos flex era de 86,6%. No acumulado de 2010, as vendas de automóveis e comerciais leves flex representaram 86,4% do mercado, abaixo do observado em 2009, quando a porcentagem atingiu 88,2%.

4-Schahin transfere projeto para o Rio de Janeiro
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
O caso do estaleiro de navios-plataformas de petróleo que o Consórcio Schahin/Tomé iria construir em Pernambuco é o mais emblemático. Em fevereiro do ano passado, o aporte de R$ 300 milhões foi anunciado com pompa no Palácio do Campo das Princesas. A primeira encomenda contratada pela Petrobras era de US$ 1,5 bilhão. Nada menos que a primeira embarcação do pré-sal, produzida em solo pernambucano. O endereço do empreendimento seria o Complexo Industrial Portuário de Suape.
Agora, é dada como certa por diretores de ambos os ancoradouros do Estado a transferência do investimento para o Rio de Janeiro.

5-Petrobras faz proposta compra posição Eni na Galp
A Petrobras deverá apresentar a proposta para a compra da posição da italiana Eni na Galp Energia, de acordo com o jornal italiano MF. A Eni detém 33,34% no capital da Galp.
"A petrolífera brasileira deverá fazer a proposta formal para a compra da participação da Eni na Galp Energia até 09 de Janeiro", anuncia o jornal italiano.
Este cenário implica em um entendimento prévio com outros dos acionistas de referência da Galp, também com 33,34% do capital: a Amorim Energia, controlada pelo empresário Américo Amorim (55%) e os seus sócios angolanos - Sonangol e Isabel dos Santos (45%).

6-Transpetro convida 16 empresas para nova licitação do Promef
A Transpetro convidou 16 empresas – cinco nacionais e 11 internacionais – para participar da nova licitação destinada à contratação de oito navios de transporte de produtos derivados de petróleo.
Os convites foram enviados na segunda quinzena de dezembro e as propostas deverão ser entregues até 23 de fevereiro.
Os navios já contratados pelo Promef estão sendo construídos nos Estaleiros Atlântico Sul e Promar em Pernambuco e nos estaleiros fluminenses, Mauá, Eisa e Superpesa. Em 2010, foram lançados ao mar três navios do programa, o Suezmax João Cândido, pelo Estaleiro Atlântico Sul (PE) e outros dois navios de produtos, o Celso Furtado e o Sérgio Buarque de Holanda, pelo Estaleiro Mauá (RJ).


II – COMENTARIOS

1-Perspectivas para os combustíveis
A produção do etanol poderá ser ampliada, além da expansão dos canaviais, com a ampla utilização da biomassa vegetal.
O ano de 2010 se encerrou com o PIB evoluindo em torno de 7,5%, o que poderá constituir uma expressiva taxa de crescimento mundial. Foi ano recordista em vagas no mercado de trabalho, com 240 mil oportunidades geradas, mensalmente.
Os investimentos estrangeiros na nossa economia no mencionado período estão estimados em US$ 31 bilhões.
Em face do crescimento exponencial da economia, o uso dos combustíveis fósseis ou renováveis da cana-de-açúcar também disparou, alcançando a evolução de perto de 10% ao final de 2010.
Cerca de 50% do consumo geral dos combustíveis correspondeu ao emprego do diesel, apesar da sua má qualidade e da poluição que o seu uso redunda. O Brasil optou, nos últimos quarenta anos, pelo transporte rodoviário com caminhões e ônibus movidos a diesel, preterindo as ferrovias, notadamente as locomotivas elétricas.
Hoje, em cada barril de petróleo (160 litros), a Petrobras refina perto da metade em diesel.
Para analistas, os preços atuais menos competitivos do etanol, em relação à gasolina, impeliram o brasileiro a usar mais o derivado do petróleo nos carros de dupla combustão (flex). Os preços do etanol, no período da entressafra, tendem a ser maiores que os da gasolina, cuja oscilação não é observada no mercado brasileiro, embora o petróleo já esteja perto de US$ 90 por barril. Contudo, houve nítida preferência do usuário por veículos híbridos, confirmada pela evolução das vendas.
A indústria automobilística deve, ainda, o desenvolvimento de um motor especial para o etanol, que, até agora, aproveita a carona da evolução tecnológica do motor a gasolina. Desta forma, o etanol deixará de gastar mais, volumetricamente, que a gasolina, embora com potência maior.
Em 2011, as importações dos principais derivados do petróleo continuarão ascendentes, pois a capacidade de refino da nossa principal estatal está exaurida.
No tocante ao etanol, não haverá falta em 2011, eis que a previsão de safra de 2011/12 é a oferta de mais de 30 bilhões de litros dos dois tipos: anidro (misturado à gasolina em 25%) e hidratado (destinado aos veículos flex).
Nos próximos anos, a produção do etanol poderá ser ampliada, além da expansão dos canaviais, com ampla utilização da biomassa vegetal (bagaço e enzimas especiais). No ano, o etanol será testado em ônibus, em São Paulo, cuja viabilidade será testada no transporte público.
Tais veículos poderão reduzir a poluição local do ar em 90% de material particulado e 60% de NOx.
A presidente Dilma inicia seu governo com o uso dos combustíveis no País aquecido, além de juros altos, dólar baixo, pouca liquidez, altos gastos públicos e sem implementação das obras de infraestrutura alardeadas pelo presidente Lula.
Contudo, na Câmara dos Deputados, o governo estará mais fortalecido e o mesmo sucederá no Senado. Um comentarista político ironiza que o novo governo, se quiser, poderá até mudar a Constituição Federal.
Ao que tudo indica, o PIB brasileiro alcançará crescimento de 8%, acima, desta forma, da média universal, e a inflação manter-se-á estável.
Todos os indicadores serão bons, conforme os presságios. Economistas consagrados, porém, preconizam a imprescindibilidade e urgente mudança da política monetária.
A nova mandatária da Nação irá conviver com uma dezena de partidos políticos, que a elegeram e que irão cobrar os seus préstimos da campanha eleitoral.
Foi anunciada pela presidente a ampliação dos programas sociais, responsáveis diretos da sua vitória, como a bolsa-família. Contudo, pergunta-se de onde virão todos os recursos para o aumento do gasto público.
Além disso, teremos os dispêndios com a infraestrutura e a Copa do Mundo de 2014.
A esperança é que o necessário para saúde, educação e segurança, setores críticos do Brasil, possam receber as contribuições do petróleo do pré-sal, se confirmadas as enormes e decantadas reservas em águas profundas.
Indústria automobilística deve ainda o desenvolvimento de um motor especial para o etanol.
Luiz Gonzaga Bertelli
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços
Presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e diretor da Fiesp

2-Gás natural e as energias renováveis
Um exemplo interessante do uso do gás natural como combustível em paralelo às energias renováveis é a tecnologia do Ciclo Combinado com Energia Solar Integrada (Integrated Solar Combined Cycle - ISCC).
O ISCC tem por meta aproveitar os benefícios ambientais da energia solar junto com as vantagens operacionais da turbina a gás natural "convencional" combinada com as turbinas a vapor numa usina de ciclo combinado. O recurso solar substitui parcialmente o com- bustível fóssil.
Em uma usina de ciclo combinado, os gases expelidos das turbinas, em altas temperaturas, são direcionados para um recuperador de calor para geração de vapor, onde o vapor em alta pressão movimenta uma turbina.
Nas instalações ISCC, a energia térmica adicional proveniente dos coletores solares é injetada no Recuperador de Calor para Geração de Vapor (Heat Recovery Steam Generator - HRSG) de uma central de ciclo combinado convencional.
Isso aumenta a produção de vapor e, consequentemente, a produção de energia elétrica. Potencialmente, permite ainda que a Energia Solar Concentrada (Concentrated Solar Power - CSP) seja integrada às usinas termelétricas a combustíveis fósseis convencionais por um custo relativamente baixo.

REQUISITOS
Enquanto a tecnologia é relativamente simples, a instalação de usinas solares de ciclo combinado exige determinados requisitos, como a necessidade de uma grande área e topografia adequada.
Como em qualquer instalação solar, a incidência de raios solares deve ser máxima, e há também a exigência de água para o resfriamento.
Entretanto, a exigência fundamental é que haja disponibilidade de infraestrutura adequada para o transporte da eletricidade até os centros consumidores.
O ISCC oferece algumas vantagens exclusivas para serviços de utilidade pública e para outros interesses no fornecimento de energia.
A eletricidade obtida a partir da tecnologia CSP é gerada exatamente como a eletricidade convencional. Mas a energia solar é usada para fornecer calor para as caldeiras, em vez da queima de combustíveis fósseis.
Devido ao crescente uso de ar-condicionado, em algumas regiões do hemisfério norte o pico da demanda por energia elétrica tem sido muito maior durante os verões do que no inverno.
Então, as unidades CSP são capazes de entregar sua potência máxima durante esses horários de pico.
Além disso, embora a atual geração de instalações ISCC não tenha incluído a capacidade de armazenamento térmico, essa tecnologia permite às CSP estender seu intervalo de funcionamento.
A primeira usina ISCC está sendo construída no Marrocos. Com capacidade instalada de 470 MW, a usina está em desenvolvimento pela estatal marroquina Office National de l´Electricité (ONE).
O componente solar fornecerá 20 MW, deixando cerca de 450 MW provenientes da usina térmica convencional, ou uma produção anual líquida esperada de 3,538 GWh por ano.
A atividade solar é estimada em 1,13% da produção anual, ou cerca de 40 GWh. A instalação possui um campo de 180 mil m2, com 224 conjuntos de coletores solares.
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

3-Após crise econômica, consumo de energia elétrica cresce 8,3% em 2010
Após um ano fraco devido à crise financeira internacional, o consumo de energia elétrica no Brasil -que ficara praticamente estagnado em 2009- cresceu 8,3% no ano passado.
Os dados foram divulgados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). A carga do sistema atingiu recorde de 56.577 MW (megawatts) médios.
Além do fato de a base de comparação (2009) ter sido fraca, a retomada do crescimento econômico em 2010 -a estimativa é de o PIB crescer 7,6%- explica a forte alta.
O aumento de consumo ocorreu em todas as regiões, mas os subsistemas Sudeste/ Centro-Oeste e Nordeste ficaram acima da média.
No Sudeste/Centro-Oeste, o incremento foi de 8,9%. No Nordeste, de 8,5%. Sudeste e Centro-Oeste respondem por 60% do consumo.
Nivalde de Castro, coordenador do Gesel (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) da UFRJ, diz que o aumento não surpreende e não gera expectativa negativa porque o planejamento do setor tem sido feito para períodos de cinco anos.
Segundo ele, a única crítica é que, para garantir o suprimento nesse cenário de demanda alta, as termelétricas têm sido acionadas em meses muito próximos ao chamado período úmido -entre novembro e abril-, o que resulta em ônus principalmente para a indústria eletrointensiva.
Jorge Trinkenreich, diretor da PSR Consultoria, também diz que não há risco de desabastecimento. Segundo ele, os leilões de novas usinas são suficientes para assegurar o abastecimento, desde que não haja atrasos no cronograma.
Fonte: Folha de S. Paulo

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 18

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1-Mercado de logística segue em expansão
Portos, aeroportos, rodovias e ferrovias tem sido objeto de investimentos para a melhoria do transporte de cargas. A grande alavanca do setor são os crescentes recordes nas produções e exportações do País, que incentivam o trabalho neste segmento.
O ministro da Secretaria de Portos, Pedro Brito, anunciou recentemente que foram investidos R$ 1,6 bilhão em obras nos portos brasileiros em 2010. Ele também adiantou que a previsão é de que sejam investidos R$ 32 bilhões nos próximos cinco anos. Os maiores investimentos, em 2010, foram aplicados em 6.377 quilômetros de rodovias, somando R$ 42,9 bilhões.
Em quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo investiu cerca de R$ 65 bilhões em ações voltadas para a área da logística.

2-Conservação de Energia
O Brasil possui uma experiência considerável na implantação de programas de conservação de energia, mais no que diz respeito à energia elétrica do que energia térmica. As iniciativas referentes ao setor industrial, no entanto, sobretudo as envolvendo os segmentos energo-intensivos, têm apresentado resultados bastante modestos, quando comparados com as experiências internacionais.
Uma política de conservação de energia deve destacar os segmentos industriais com maiores potenciais de conservação.
Alguns conteúdos merecem foco de estudos e pesquisas:
1- Conservação de água e energia em sistemas prediais e públicos de abastecimento de água
2- Potenciais Impactos das Alterações do Código Florestal Brasileiro na Meta Nacional de Redução de Emissões de GEE
3- A Eficiência como recurso de planejamento energético no Brasil
4- Aproveitamento do Biogás proveniente dos resíduos sólidos urbanos para geração de energia elétrica: estudo de caso em São Paulo
5- Propostas empresariais de políticas públicas para uma economia de baixo carbono no Brasil: energia, transporte e agropecuária

3-Brasil produzirá 2,4 bi de litros de biodiesel
O Brasil deverá produzir 2,4 bilhões de litros de biodiesel em 2011. A produção nacional do biocombustível fechou 2010 em 1,6 bilhão de litros. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo(ANP).
"O mercado de biodiesel no Brasil está consolidado. Ele está centrado na sustentabilidade da produção, promoção da inclusão social, garantia de preço, qualidade e suprimento e diversificação de matérias-primas", explica o coordenador de Agro energia do Ministério da Agricultura, Denílson Ferreira.
Importante ação do Ministério da Agricultura é o investimento em pesquisas de desenvolvimento de oleaginosas que permitirão o maior acúmulo de energia, resultando em maior eficiência por área plantada. Nessa linha, já estão em andamento na Embrapa, unidade Agro energia, estudos com pinhão manso e outros tipos de palmáceas.
Em 2008, a mistura de biodiesel puro (B100) ao óleo diesel passou a ser obrigatória, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), lançado em 2004.
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços

4-Brasil quebrou três recordes em energia em 2010
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim avaliou 2010 como um ano histórico para o setor energético brasileiro. Segundo ele, foram quebrados três recordes no período e, em especial, no último leilão de geração, realizado nesta sexta-feira, em São Paulo.
Este foi o ano em que mais se contratou energia renovável no Brasil, e arrisco dizer no mundo´, comentou em entrevista coletiva após o término do leilão. Pelos seus cálculos, foram 17.050 megawatt de potência instalada, incluindo os projetos das usinas de Belo Monte, Ferreira Gomes, Garibaldi e de fontes alternativas.
Para o presidente da EPE, o leilão de hoje consolida os três pilares de um novo modelo para o setor: segurança, preço e fontes renováveis. ´Conseguimos contratar energia suficiente para atender o mercado e ainda temos energia sobrando´, afirma Tolmasquim. ´Outros países do mundo, para caminhar para uma matriz com baixo carbono, precisam pagar custos enormes. Conseguimos, no Brasil, manter uma matriz de baixo carbono extremamente competitiva, o que é uma vantagem do país´, argumentou.
Francine De Lorenzo
Fonte: Valor Online

5-EPE: Governo planeja 3 leilões de energia no 1º semestre 2011
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que a expectativa do governo federal é realizar, ainda no primeiro semestre de 2011, três leilões de energia. "É uma ideia preliminar ainda, mas a nossa expectativa é de realizar um leilão A-5 (com cinco anos de antecedência); um A-3 e um leilão de energia de reserva", afirmou o executivo, após o término do último leilão de energia nova deste ano, realizado hoje.
De acordo com Tolmasquim, o governo pode realizar um segundo leilão A-5 no segundo semestre de 2011, caso a demanda das distribuidoras não tenha sido atingida na licitação do primeiro semestre. O presidente da EPE também comentou que o leilão de energia de reserva de 2011 irá contratar a oferta de fontes renováveis de geração.
Assim como este ano, o governo federal irá privilegiar a contratação de energia a partir de hidrelétricas nos leilões. Tolmasquim disse que alguns projetos que não entraram neste ano, como Sinop, Ribeiro Gonçalves e Foz do Apiacá, assim como Estreito Parnaíba e Cachoeira, que não foram concedidas no leilão de hoje, podem entrar nas licitações do próximo ano. O presidente da EPE afirmou, contudo, que o leilão das usinas do Rio Tapajós não acontecerá em 2011. "Não haverá tempo hábil para isso".
Fonte: Agência Estado


II – COMENTARIOS

1- Aproveitamento do Bagaço de Cana de Açucar
Fonte: Agência Minas Online
O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou, na semana passada, por meio da Câmara Normativa Recursal (CNR), Deliberação Normativa que facilita o processo de licenciamento para produção de energia por meio do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar.
A DN Copam nº 159/2010 dispõe sobre a regularização ambiental para geração e repotenciação de bioeletricidade sucroenergética em Minas Gerais, ou seja, estimula as usinas mineiras a aproveitarem em maior quantidade o resíduo de usinas de açúcar e álcool por meio da regularização ambiental simplificada. “A grande vantagem é que o empreendedor que usar uma quantidade maior de bagaço terá o processo de regularização mais simples, estimulando o uso do resíduo e proporcionando ganho tanto para o empreendedor, com a geração de energia, quanto para o meio ambiente com a diminuição da emissão de gases de efeito estufa liberados na atmosfera”, ressaltou o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira.
A produção de energia gerada a partir de qualquer matéria orgânica de origem vegetal tem se tornado nos últimos anos uma promessa entre as fontes renováveis no Brasil. De acordo com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), 4% da energia produzida em Minas Gerais vem do bagaço da cana-de-açúcar.
Um balanço da empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que os enormes volumes de bagaço e palha correspondentes a dois terços do material extraído da cana-de-açúcar transformam-se em energia limpa e complementar. O balanço energético nacional mostra também que a produção de energia no Brasil por meio do bagaço da cana atingiu cerca de 148 mil toneladas em 2009.
Para o coordenador ambiental da Usina Coruripe, situada em Campo Florido e Iturama, no Triângulo Mineiro, Bertoldino Apolonio Teixeira Junior, a agilidade no processo de licenciamento, por meio da Deliberação Normativa, vai fazer com que a produção de energia limpa seja disponibilizada de forma mais rápida para o sistema de energia. “Além disso, houve um ganho ambiental muito grande, pois as empresas estão sendo estimuladas a usar o resíduo da cana-de-açúcar”, frisou.


2- Competitividade na Industria do Açúcar e do Etanol
Fonte: Thales Viegas, UDOP
A competitividade é um dos principais fatores que garantem o crescimento e o sucesso de um produtor ou de um país. Competitividade é uma questão de grau. Existe um espectro de possibilidades (níveis) de modo que não se trata apenas de ter ou não ter, mas em se possuindo alguma competitividade, importa saber em que patamar ela se encontra. O conceito de competitividade é relativo e se define pela comparação entre produtores ou países. Ela pode ser mensurada, basicamente, por meio do ritmo de crescimento das vendas, da rentabilidade e, principalmente, da participação de mercado (market-share) do agente ou do conjunto de agentes em análise.
Deste modo, é possível que os elementos que compõem a competitividade de uma indústria sofram uma piora em certo momento, mas a indústria pode permanecer competitiva em alguma medida. Em mercados de produto homogêneo, ou com poucas diferenças qualitativas (como é o caso do etanol), o preço é um elemento decisivo na determinação da competitividade. Quando um produtor é capaz de praticar preços abaixo de seus concorrentes, suas vendas podem crescer e ele pode conquistar e manter uma maior participação de mercado. O preço também pode oferecer sinais de mercado a respeito da estrutura de custos e da eficiência de um produtor. É basicamente a relação entre os custos e os preços que determina a rentabilidade do negócio. Assim, os produtores eficientes em custos têm condições para serem mais competitivos no mercado global, mantendo o crescimento das vendas e um maior market-share, ao sustentar preços abaixo daqueles praticados por seus concorrentes.
A produção brasileira de cana-de-açúcar, de etanol e de açúcar tem um nível elevado de competitividade internacional. Os baixos custos de produção e o maior market-share das exportações mundiais de etanol e açúcar manifestariam tal condição. A indústria sucroenergética nacional se beneficia do uso da cana-de-açúcar como matéria-prima, pois geralmente seus custos são inferiores aos do milho americano. A produtividade agroindustrial do etanol de cana era quase duas vezes superior ao do etanol de milho no passado recente.
Adicionalmente, o consumo de etanol no Brasil e nos Estados Unidos cresceu muito na segunda metade da década de 2000. O aumento da produção gerou um ambiente mais competitivo e permitiu a apropriação de economias de escala por parte dos produtores desses dois países. Além disso, as oportunidades oferecidas pelos subprodutos da fabricação do etanol vêm sendo aproveitadas de forma mais apropriada. Tudo isso contribuiu para a redução dos custos do etanol feito de cana-de-açúcar e do etanol produzido com o milho.
No que se refere à análise de competitividade, a maioria dos estudos não contempla adequadamente os custos de transporte do etanol de cana para os EUA e foram realizados quando o câmbio estava desvalorizado para os níveis atuais. Na prática as vantagens do etanol de cana dependem do câmbio, do preço da matéria-prima, do transporte e da influência dos subprodutos de cada processo produtivo, os quais reduzem os custos operacionais. Isso sem considerar as barreiras tarifárias ao comércio internacional. Em verdade, os custos operacionais na produção dos dois tipos de etanol são parecidos, enquanto o custo da matéria-prima no Brasil é inferior ao do milho americano. Entretanto, dois aspectos compensariam essa desvantagem. Por um lado, os custos de transporte encarecem o etanol brasileiro e, por outro, os produtos obtidos com o milho desoneram o etanol dos EUA, tornando-o mais competitivo naquele país.
Essas condições de custos permitiram que o etanol americano importado chegasse ao Brasil com o preço de R$ 1,05 mil/metro cúbico em certas ocasiões de 2010, por exemplo. Embora a média de preço do etanol brasileiro tenha figura próxima dos R$ 1,02 mil/metro cúbico neste ano, em muitos momentos os preços estiveram acima desse patamar. Já a máxima do ano foi de cerca de R$ 1,32 mil/metro cúbico. Em 2010 o etanol brasileiro – livre de impostos e frete – esteve mais caro do que o americano. Isso ocorreu até mesmo no mês de junho em que o preço doméstico atingiu a menor média de preço do ano: R$ 783/metro cúbico. O preço médio FOB (free on bord) de setembro esteve em R$ 823/metro cúbico – mês em que o preço médio das exportações brasileiras de etanol esteve no patamar mais baixo do ano.


3-País aposta em fontes alternativas de energia
A busca por energias renováveis, que respeitem o meio ambiente e promovam crescimento econômico e social, é um passo estratégico para o desenvolvimento de qualquer país. Essa é a avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. "O Brasil tem um papel fundamental na consolidação da agroenergia, já que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para a geração de bioenergia", afirma.
Hoje, cerca de 47% da energia produzida no Brasil é renovável. A maior parte desse potencial é proveniente da cana-de-açúcar, que responde por 18%. "Trata-se de um mercado que o país domina, já que temos as condições climáticas ideais para o cultivo da cana, o que nos proporciona a matriz energética mais limpa do mundo", ressalta Wagner Rossi.
A segurança energética é um dos principais desafios do século e foi colocada como prioridadade pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O aumento da população e do consumo mundial per capita, associado à mudança climática, requerem ações mais coordenadas e sustentáveis, em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos", ressalta o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone.
De acordo com o secretário, o Plano Nacional de Agroenergia, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, a criação da Embrapa Agroenergia e o fomento às políticas públicas de incentivo ao setor agroenergético foram fundamentais para o Brasil se destacar no cenário internacional nos últimos oito anos.
Por meio do Plano Nacional de Agroenergia, criado em 2002, o Ministério da Agricultura coordena estudos sobre as potencialidades agrícolas regionais e estimula a pesquisa para aumentar a utilização de plantas consideradas estratégicas, como inajá, macaúba, tucumã, além do pinhão manso e da palma, para a produção de biodiesel, combustível renovável.
Atualmente, o Brasil está entre os maiores produtores de biodiesel, juntamente com Estados Unidos, Alemanha, França e Argentina. Em 2009, o país produziu 1,13 bilhão de litros e a previsão para este ano é chegar a 1,6 bilhão de litros do combustível.
Uma série de vantagens qualifica o Brasil a liderar a agricultura de energia e o mercado da biocombustíveis em escala mundial, com a possibilidade de dedicar novas terras a essa atividade, sem ampliar a área desmatada e sem reduzir a área utilizada na produção de alimentos, mantendo os impactos ambientais circunscritos aos socialmente aceitos.
Segundo secretário Manoel Bertone, o investimento em pesquisa é a base para o desenvolvimento de tecnologias de produção agrícola, permitindo a identificação de plantas mais aptas, de regiões com elevado potencial de produção e de sistemas de produção mais eficientes. Novas tecnologias industriais representam a essência da transformação de produtos agrícolas em biocombustíveis.
"O nosso Plano Nacional de Agroenergia estabelece, ao mesmo tempo, um marco e um rumo para as ações públicas e privadas de geração de conhecimento e tecnologias que contribuam para a produção sustentável da agricultura de energia e para o uso racional dessa energia renovável", explica o secretário. O plano tem como meta prioritária tornar competitiva a produção brasileira e dar suporte às políticas públicas voltadas à inclusão social, à regionalização do desenvolvimento e à sustentabilidade ambiental.
Para o secretário de Produção e Agroenergia, a participação de todos os segmentos vinculados à cadeia é condição para enfrentar esse desafio. "Contamos com o trabalho dos servidores do Ministério da Agricultura, dos produtores rurais e suas lideranças, além de professores, pesquisadores e da sociedade em geral, num esforço conjunto, cujo maior propósito é a autonomia e o desenvolvimento do país", ressalta.
Sophia Gebrim
Fonte: Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento

4-Reservas de petróleo constituem a grande herança
A presidente Dilma Rousseff herda uma Petrobras com o controle de grandes reservas de petróleo, ajudada, em parte, pela decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de mudar o regime exploratório brasileiro, retomando para a estatal o monopólio da execução de projetos de partilha de produção no pré-sal.
No período Lula, a margem líquida foi de 18,6% em 2003, sua melhor marca, e estava em 15,8% no fim de setembro deste ano.
Até outubro, a companhia produziu uma média 1,98 milhão de barris por dia e deve fechar 2010 com 2 milhões de barris/dia.
Com um portfólio de reservas de petróleo e projetos - como todo o pré-sal da bacia de Santos próximo a Tupi - que causa inveja a qualquer petroleira no mundo, tanto multinacional ou estatal, a Petrobras tem pela frente desafios colossais, inclusive de gestão, até atingir a meta de chegar a 2020 produzindo 5 milhões de barris.
Novidade a partir de agora, o regime de partilha prevê a oferta de reservas potenciais em áreas do pré-sal que serão oferecidas para produção de petróleo e gás ao consórcio que oferecer maior parte do óleo produzido para a União. A primeira área deve ser Libra, um reservatório já identificado pela Petrobras - como prestadora de serviços para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) - onde se estimam reservas de 8 bilhões de barris equivalentes.
O desafio da companhia, segundo avaliação unânime de vários analistas ouvidos pelo Valor , será lidar com a nova regulamentação mesmo sem precisar adquirir novas áreas, o que traria o perigo de começar, de novo, a alavancar o seu balanço.
A presidente eleita presidiu durante sete anos o Conselho de Administração da Petrobras, conhece bem a empresa e saberá direcioná-la de forma sustentável e lucrativa.
A Petrobras tem um plano de investimentos que prevê dispêndios de US$ 224 bilhões até 2014. A companhia vai anunciar até abril o plano de negócios 2010-2015, que deve aumentar investimentos.
Fonte: Valor Econômico