I – NOTICIAS
1- Petrobras assina novos contratos para COMPERJ
A Petrobrás assinoudois novos contratos referentes a projetos atrelados ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Com a empresa Jaraguá, a estatal negociou, entre outras atividades, a execução dos serviços de elaboração do projeto executivo, construção civil e montagem eletromecânica das interligações, subestações e do sistema de combustão de vapores para a área de tancagem. "Serão executadas as interligações de 49 tanques, cinco vasos, seis esferas, além de quatro subestações", destacou a companhia.
As companhias preveem a utilização de aproximadamente 4.200 toneladas de tubulação, 40 mil metros cúbicos de concreto para as estruturas e 730 km de cabos elétricos. O prazo contratual para execução dos serviços é de 900 dias corridos.
Em outro documento, assinado com a empresa Egesa, ficou estabelecida a execução dos serviços de construção civil da via de acesso para transporte dos equipamentos especiais do Comperj. A via de acesso terrestre possui extensão aproximada de 18 km, dos quais aproximadamente 14 km no município de São Gonçalo e cerca de 4 km em Itaboraí. "O objetivo principal dessa contratação é possibilitar o transporte de equipamentos com pesos e dimensões especiais, desde o píer, que será construído na Praia da Beira, localizada em São Gonçalo, até a Rodovia BR-493, em Itaboraí", explicou a estatal. O prazo contratual para a realização dos serviços é de 480 dias corridos.
Convênio
A Petrobrás também informou a assinatura de um convênio para produção de mudas no Horto do Jardim Botânico de Niterói, destinadas à recomposição vegetal na área de influência do empreendimento. O acordo com a Sociedade dos Amigos do Jardim Botânico de Niterói (Samjarboni) prevê a produção de 750 mil mudas de espécies arbóreas.
Fonte:Agência Estado
2- RIO PLANEJA NOVOS DISTRITOS INDUSTRIAIS
O governo do Rio de Janeiro negocia a desapropriação de 4 milhões de metros quadrados, ao lado do aeroporto internacional de Cabo Frio e perto do porto de Arraial do Cabo, para montar um distrito industrial de logística do petróleo.
A ideia é criar mais três novos distritos industriais. Há conversas com a chinesa JAC, as alemãs BMW e Volkswagen e, na semana passada, outra montadora europeia entrou na lista, mas seu nome não foi divulgado. A produtora de tabletsFoxconn também poderá se instalar no Estado.
Fonte: Folha de São Paulo
3- Consorcio Marquise Galvaoganham contrato da área do Porto do Rio de Janeiro
O processo de licitação para ampliar o porto durou seis meses e contou com três consórcios
A segunda etapa das obras de ampliação do Porto do Pecém já tem definida quem serão as construtoras responsáveis pela sua execução e quando ela começará. Conforme anunciado ontem com exclusividade para o Diário do Nordeste, o consórcio formado pelas cearenses Marquise e Queiroz Galvão e a paranaense Ivaí foi o vencedor do processo licitatório promovido pelo governo do Estado.
A previsão é de que as obras tenham início em janeiro de 2012 e se encerrem em junho de 2014 (duração de 30 meses), mês de realização da Copa do Mundo no Brasil.
As informações são da própria construtora Marquise, que também fez parte do o consórcio responsável pela primeira etapa, iniciada em janeiro de 2009 e concluída em agosto deste ano (duração de 32 meses).
Custo
O contrato, assinado na última terça-feira (20), está orçado em R$ 568 milhões, valor 7% inferior ao preço padrão de R$ 609 milhões oferecido pela concorrência. A licitação durou cerca de seis meses e contou com a participação de nove empresas brasileiras, distribuídas em três consórcios.
A segunda etapa
Sob a condução da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Ceará Portos, a segunda etapa da ampliação do Porto do Pecém consiste na construção de uma nova ponte de acesso ao terminal, com 1.520 metros de extensão e 30 metros de largura; e a "engorda" da parte do quebra-mar existente em mais de 1 milhão de metros cúbicos de pedra.
Toste conjunto de obras faz parte da infraestrutura portuária necessária para o atendimento de empreendimentos estruturantes como a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e a Refinaria Premium II. A expectativa é de que a obra seja responsável pela geração de mais de 5,5 mil empregos diretos e indiretos.
A primeira etapa
Executada somente por Marquise e Ivaí, a primeira etapa da ampliação consistiu na construção do Terminal de Múltiplas Utilidades (Tmut), que inclui um pier com dois berços de atracação, com retro área de 87 mil m², que serão utilizados para recepção e transbordo de contêineres e cargas em geral. A obra custou cerca de R$ 420 milhões.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
4-Boas perspectivas em todas as áreas para 2012
Fonte: AgênciaPetrobras
Com mais sondas à disposição, a Petrobras poderá intensificar suas atividades deexploração e produção em 2012. Só em 2011, a companhia recebeu nove sondas de perfuração e outras quatro estão em fase de recebimento/ testes de aceitação. Em 2012, ao menos outras doze sondas, já contratadas, devem começar a operar. Está prevista a perfuração de 66 poços exploratórios no mar. Destes, 18 serão perfurados na Bacia de Santos, 16 na Bacia de Campos, 11 na Bacia do Espírito Santo, 9 em Sergipe, 5 na margem leste (bacias do Jequitinhonha (2) e Camamu/Almada (3)), 7 na margem equatorial (nas bacias de Barreirinhas (2), Potiguar (3) Foz do Amazonas (1) e Ceará (1)).
Para o ano que vem, também está previsto aumento de capacidade de produção de petróleo com a entrada de novas unidades nos campos de Baleia Azul (pré-sal da Bacia de Campos), Tiro/Sidon (pós-sal da Bacia de Santos) e Guará (pré-sal da Bacia de Santos). Os projetos pilotos de Baleia Azul, com capacidade de 100 mil barris por dia (bpd), e de Tiro/Sidon, com 80 mil bpd de capacidade, estão previstos para entrar em produção no terceiro trimestre do próximo ano. A Petrobras têm 100% de participação em ambos. Já o projeto piloto de Guará (capacidade de 120 mil bpd), em que a companhia tem 45% de participação, deve entrar em produção no último trimestre do ano.
A estatal conectará mais poços à P-56, que atingirá seu pico de produção (100 mil bpd) no primeiro trimestre, à P-57, que atingirá sua produção máxima (180 mil bpd) no terceiro trimestre de 2012, e ao FPSO Cidade de Angra dos Reis (Piloto de Lula), que atingirá sua capacidade de produção de 100 mil bpd ao longo do ano. A Petrobras tem 65% de participação em Lula.
O Plano de Negócios 2011-2015 prevê investimentos de US$ 13,2 bilhões na área de gás e energia. A maior parcela dos recursos (US$ 5,9 bilhões) será destinada à conversão de gás natural em ureia e amônia para produção de fertilizantes e à produção de metanol, melamina, ácido acético e ácido fórmico, bem como aos projetos GTL Parafinas, Flua (Arla 32) e sulfato de amônio.
Com esses investimentos, o Brasil, que atualmente importa 53% da amônia que consome, será autossuficiente na produção deste insumo em 2015. As importações de ureia, que totalizam, hoje, 67% do consumo interno, cairão para 28% também em 2015 e, em 2017, a importação de metanol, que atualmente representa 68% do consumo interno, cairá para 17%.
Em março de 2012, a Petrobras inicia a construção do Terminal de Regaseificação da Bahia com capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de GNL. Esse terminal tem conclusão prevista para janeiro de 2014 e, somando-se aos terminais da Baía de Guanabara (RJ) e Pecém (CE), ampliará para 41 milhões de m³/dia a capacidade de regaseificação do Brasil.
Em abril, começará a ser construída a Usina Termelétrica Baixada Fluminense que entrará em operação em março de 2014, com capacidade para gerar 530 MW. Em setembro do mesmo ano, começará a operar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas-MS (UFN III) que entregará ao mercado 1,27 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia por ano.
A construção da planta de sulfato de amônio, com capacidade para produzir 303 mil toneladas/ano na Fafen-Sergipe, permitirá ampliar a capacidade de produção desse insumo no País, saltando das atuais 477 mil toneladas/ano para 780 mil toneladas/ano em 2013.
Entre 2012 e 2013, entrarão em operação 14 novos pontos de entrega de gás natural, acompanhando o crescimento do mercado das distribuidoras estimado em 12,5% nesse período, o que equivale a um volume adicional de 5,1 milhões m³/dia.
No Abastecimento, a partir de janeiro de 2012, a Petrobras ampliará o fornecimento do diesel S-50, com baixo teor de enxofre, para todos os estados brasileiros. O uso do Diesel S-50 nos novos motores resultará na redução de, no mínimo, 80% da emissão de material particulado. Novas unidades destinadas a melhorar a qualidade da gasolina entram em operação na Recap (Refinaria de Capuava, em Mauá, SP) e na Repar (Paraná), e, para a qualidade do diesel, na Recap, na RLAM (Bahia) e na Repar. Ainda em 2012, a PetroquímicaSuape, em Pernambuco, estará com a planta de PTA (ácido tereftálico purificado) e a unidade de PET em operação.
No exterior, terá sequência em 2012 a exploração dos blocos 57 (participação de 46,16% Petrobras) e 58 (100% Petrobras), ambos operados pela companhia no Peru, onde há perspectivas promissoras em gás natural. A entrada em produção dos campos de Cascade e Chinook, nos quais a Petrobras atua como operadora (participações de 100% e 67%, respectivamente), está prevista para o início de 2012. O projeto representa importante marco para a companhia, por se tratar de projeto de desenvolvimento pioneiro na porção americana do Golfo do México, uma vez que utiliza unidade de produção do tipo FPSO (tecnologia dominada e amplamente utilizada no Brasil pela Petrobras).
Em Angola, há previsão, no início de 2012, de perfuração de um poço no Bloco 26 (bloco de pré-sal localizado na Bacia de Benguela, ao sul do offshore angolano, no qual a Petrobras é operadora com 30% de participação). Já na Tanzânia, deverá ser concluída, também no início de 2012, a perfuração de um poço exploratório no Bloco 5 (50% Petrobras, operadora), iniciada este ano. Na Namíbia, está prevista, para 2012, a perfuração de poço exploratório no Bloco 2714A, no qual a Petrobras é operadora com 50% de participação.
Até 2015, a Petrobras investirá US$ 1,2 bilhão em ações de eficiência energética e de redução de intensidade de emissões, incluindo pesquisa e desenvolvimento na área. A redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), por exemplo, é tema de dois programas tecnológicos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes): o Proclima (Programa Tecnológico de Mudanças Climáticas), que estuda soluções tecnológicas para a redução das emissões nos processos da Companhia, e o ProCO2 (Programa Tecnológico de Gerenciamento do CO2), que visa desenvolver e implementar tecnologias de captura, transporte, armazenamento e aproveitamento do CO2 que será produzido no Pré-Sal. Com a entrada em operação do FPSO Angra dos Reis na Bacia de Santos, a Petrobras reinjeta atualmente 220 toneladas/dia de CO2 no reservatório produtor.Na área de Recursos Humanos, a Petrobras estima admitir 17 mil novos empregados até 2015, conforme seu Plano de Negócios. O planejamento da companhia é realizar dois processos seletivos por ano, tanto para cargos de nível superior como para técnicos de nível médio.
Em 2012, o Programa Petrobras Ambiental (PPA) concluirá um ciclo de cinco anos com investimentos de R$ 500 milhões em projetos de conservação ambiental relacionados à água e clima em todo o país. No próximo ano, está prevista nova edição da seleção pública de projetos ambientais. Também será lançado o Programa Petrobras Agenda 21, que investirá cerca de R$ 12 milhões ao longo do ano, na construção de um plano participativo de desenvolvimento sustentável em mais de 200 comunidades em todo o Brasil.
A Petrobras Distribuidora prevê investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão, de um total de R$ 5,2 bilhões incluídos no Plano de Negócios 2011-2015. Com vendas globais estimadas em 47.471 mil m³ (6,4% acima do volume projetado para 2011), a distribuidora espera continuar ampliando seu marketshare, atingindo 39,4%.
Entre os principais projetos que demandarão recursos estão a construção, ampliação e melhoria de terminais e bases em 13 estados das cinco regiões do país, a modernização de cerca de 1.050 postos e a ampliação da rede, investimentos no segmento de GLP (Liquigás), em clientes do segmento de Grandes Consumidores, a implantação do diesel BTE (junto com a solução integrada Flua e Lubrax Advento), modernização e ampliação da fábrica de lubrificantes, obras, instalações e equipamentos em pools e aeroportos, construção de montagem da rede de distribuição de gás natural para atendimento a cidades do interior do ES (Vila Velha, Linhares, Cachoeiro do Itapemirim) e investimentos no segmento de asfaltos, destacando-se a construção de fábrica de emulsões em Mato Grosso.
Na Transpetro, a expectativa é acelerar o ritmo de entregas de navios, com o início das operações dos suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares, construídos pelo Estaleiro Atlântico Sul, e dos navios Sérgio Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar, que estão em fase de acabamento no Estaleiro Mauá.
II – COMENTARIOS
1- Anp deve impor novas regras para concessão de perfuração
O acidente no campo de Frade, na bacia de Campos, operado pela empresa americana Chevron, que provocou o derramamento de 2,4 mil barris de petróleo, em novembro, pode levar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a impor novas regras às empresas que queiram perfurar poços exploratórios em áreas já em produção, visando atingir horizontes de profundidade como o pré-sal. Procurada pelo Valor, a ANP não confirma a informação, mas, segundo fontes que preferem não se identificar, há em curso um estudo para aumentar exigências para concessão de autorização de perfuração nessas áreas.
Uma dessas medidas seria obrigar as petroleiras a construir um revestimento interno até o topo dos reservatórios. Um indicativo de que a ANP busca mais rigor envolveu a própria Chevron: a agência não autorizou a petroleira a perfurar um novo poço no campo de Frade, também para atingir o pré-sal, cuja faixa se estende entre o litoral dos Estados do Espírito Santo e de Santa Catarina, numa área de cerca de 800 km2. Em nota à imprensa, a agência explicou que a nova perfuração implicaria riscos idênticos aos que originaram o vazamento. A ANP justificou a decisão com base em análises e observações técnicas "que evidenciam negligência por parte da concessionária na apuração de dado fundamental para a perfuração de poços e na elaboração e execução de cronograma de abandono, além de falta de maior atenção às melhores práticas da indústria."
A Petrobras seria a mais atingida caso estas normas entrem em vigor. O Programa Varredura, coordenado pela Área de E&P da empresa, que visa identificar novos reservatórios em áreas já em produção, identificou 284 prospectos exploratórios nas bacias de Campos e no Espírito Santo, com volume recuperável estimado em 2,235 bilhões de barris de óleo.
"Acidentes de proporções menores serão incluídos no plano", diz o secretário Martins Almeida
No último ano, a Petrobras interligou cerca de 30 poços produtores em mais de dez campos, entre eles Marlim, Roncador, Piranema e Caratinga. As novas descobertas estão no pós-sal e no pré-sal, na bacia de Campos. Os poços representaram um acréscimo de 50 mil bpd à produção.
Para o consultor em Energia e sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o que é preciso é uma fiscalização melhor. "O governo deveria, primeiro, capacitar órgãos como a ANP e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exercerem a atividade de forma adequada", diz.
De 2008 a 2011, a ANP gastou R$ 75,5 milhões na fiscalização das atividades do upstream (exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás), o que representa 90,92% do total previsto nos orçamentos do período. Neste ano, empenhou R$ 13,9 milhões até 30 de novembro para a função - 94% do orçamento do ano.
Pelo acidente em Frade, a Chevron foi multada em R$ 150 milhões: R$ 100 milhões da ANP, por não cumprir o Plano de Abandono de Poço e pela adulteração de informações sobre o monitoramento no fundo do mar; e R$ 50 milhões do Ibama. E o Ministério Público Federal em Campos (RJ) entrou com ação civil pública contra a empresa pedindo indenização de R$ 20 bilhões por danos sociais e ambientais e pediu à Justiça Federal que conceda liminar suspendendo todas as atividades da Chevron Brasil e Transocean, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões.
Quanto ao Plano Nacional de Contingência, em elaboração há dez anos, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informa que foi formada comissão interministerial para revisar os estudos. "Temos que ter um plano que, de fato, corresponda às nossas necessidades e que funcione. Temos agora o pré-sal, coisa que não havia antes", destaca Lobão. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, explica que os ajustes são necessários para que o plano contemple, por exemplo, a atuação do governo em derramamentos de pequeno porte. "O plano foi construído para acidentes de grandes proporções. Agora, acidentes de proporções menores devem ser incluídos", afirmou Almeida, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Para o diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), SegenEsteffen, o país já tem condições de ter um plano eficaz. "Temos recursos humanos, laboratórios de ponta e a Coppe tem toda a disposição para contribuir com o governo e agências reguladoras. A ideia é criar uma comissão independente que planeje os passos para a construção de uma estrutura técnica forte, que eventualmente deve ser na própria ANP, e que enfrente com maior segurança esse tipo de acidente", aponta Esteffen.
Hoje é a Petrobras quem elabora programas de contingência para cada uma das plataformas, mas o governo quer uma estratégia em nível nacional, com a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e do meio ambiente.
Outra consequência do vazamento do campo de Frade pode ser o adiamento da oferta de novas áreas exploratórias. A 11ª rodada de licitações da ANP havia sido adiada para 2012, sob o argumento de se resolver a questão dos royalties. Agora, o temor é que o vazamento leve o governo a adiar mais a oferta de áreas offshore - a última rodada foi em 2008.
Fonte: Valor Econômico
2- 2012 um ano decisivo para o etanol
"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver"
Dalai Lama
Os números divulgados nesta semana demonstram os resultados do setor; Queda de 10,23% em relação ao volume processado no mesmo período de 2010, que foi de 544,12 milhões de toneladas.
Sofremos queda na produção de cana, de açúcar e do etanol. As vendas de etanol somaram 14,61 bilhões de litros, 17,95% abaixo do volume vendido em 2010. Destes 14,61 bilhões de litros, 13,08 bilhões foram destinados ao mercado interno e 1,53 bilhão de litros foram exportados.
E mais uma vez, um programa "salvador" e "iluminado" é lançado. Desta vez é o "Movimento Mais Etanol". Isso nos faz lembrar aquele ditado; já que não conseguimos mudar as pessoas, vivemos mudando as leis... E claro, os programas. São tantos programas, tantos acordos, tantos protocolos, que perdem a força da mensagem e da união.
A queda nos números da safra já era esperada e também o aumento da importação de etanol de milho dos EUA. Desde a crise de 2008 os investimentos nos canaviais minguaram.
O fato é que criamos um mercado inovador e consistente, para um combustível politicamente correto em todos os sentidos; econômico, social e ambiental. E agora não temos produto nem para abastecer o mercado interno. Repito, não podemos e não devemos permitir que etanoltenha o mesmo fim do Proálcool.
Hoje temos muito mais experiência, competência técnica, criatividade para ousar em marketing, colaboradores que acreditam numa causa e não simplesmente em um emprego. Ou seja, temos todas as condições para reverter os números indesejáveis e criar as bases sólidas para os resultados desejados e esperados por todos.
Mas talvez a maior preocupação de todas, seja com uma pesquisa que demonstra queda maior ainda na confiança da população em relação ao etanol. E se as pessoas não confiam em um produto ou serviço, não compram e ainda falam mal, para todo mundo.
Hoje em dia com o avanço das redes sociais, qualquer comentário negativo ou uma crítica, alcança milhões de pessoas em minutos, no mundo todo.
Sou incansável na defesa de que precisamos conquistar as mentes, os corações e principalmente a confiança dos consumidores. Não canso de dizer que precisamos nos comunicar de maneira mais eficiente com o cliente final de nossos produtos. São eles, formadores de opiniões que se estiverem satisfeitos, propagarão e defenderão o setor. A melhor propaganda é aquela que vem de consumidores satisfeitos e que acreditam em uma causa diferenciada e inovadora como o etanol.
Para reverter esta situação, é preciso que todos os elos da cadeia produtiva se unam numa só voz, em um só espírito e em um só sentimento: "Valorizar" o etanol e o setor !.
Valorizar o etanol é garantir ao setor sucroenergético as condições necessárias para um planejamento de longo prazo, para o estímulo de mais unidades greenfields (o setor precisa investir R$ 97 bilhões para atender a demanda até 2020), linhas de crédito para estoque regulador e para renovação dos canaviais, definição do marco regulatório, destravar o preço da gasolina e deixar os preços flutuarem, etc. Porém, todas estas ações dependem de decisões políticas.
E em decisões políticas o que importa é a opinião pública. O governo não destrava os preços da gasolina, porque teme as críticas e a repercussão da opinião pública.
É preciso habilidade política para propor mudanças que exigem grandes decisões políticas.
Se cada integrante da cadeia produtiva, resolver contribuir com o esclarecimento para a valorização do setor e pegar um panfleto com todas as informações do nosso setor e transmitir para mais 2 pessoas de seu relacionamento, seja numa conversa, seja por e-mail, seja em sua rede social, alcançaríamos 8 milhões de pessoas conhecendo um pouco mais sobre o setor e tendo as condições de defendê-lo.
Defendê-lo ao optar pelo etanol no abastecimento de seu veículo e para solicitar aos seus candidatos a cargos públicos; Vereadores, deputados, governadores, senadores e Presidente da República que defendam e lutem para o desenvolvimento do setor. Se cada um fizer um pouquinho, logo teremos muitas coisas feitas em prol do setor.
Neste último artigo do ano, quero desejar boas festas e um excelente 2012 a todos vocês que acompanharam nossos artigos neste ano.
Dezembro é um mês especial. A solidariedade e a generosidade devem prevalecer. O perdão é linguagem universal do coração. Quando perdoamos, partimos mais leves para um novo ano de conquistas e realizações.
E tudo isso, porque neste mês nasceu a maior "energia do bem" de todos os tempos; Uma energia que veio com a missão de nos ensinar que a chama da esperança, do amor e da bondade jamais deve se apagar.
Acreditem em um mundo melhor, mas lutem por ele. Um forte abraço.
Aparecido Mostaço
Administrador, Diretor de Gente e Gestão, Sócio-Diretor Energia Humana Consultoria