terça-feira, 21 de dezembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 17

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1-Mercado de logística segue em expansão
Portos, aeroportos, rodovias e ferrovias tem sido objeto de investimentos para a melhoria do transporte de cargas. A grande alavanca do setor são os crescentes recordes nas produções e exportações do País, que incentivam o trabalho neste segmento.
O ministro da Secretaria de Portos, Pedro Brito, anunciou recentemente que foram investidos R$ 1,6 bilhão em obras nos portos brasileiros em 2010. Ele também adiantou que a previsão é de que sejam investidos R$ 32 bilhões nos próximos cinco anos. Os maiores investimentos, em 2010, foram aplicados em 6.377 quilômetros de rodovias, somando R$ 42,9 bilhões.
Em quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo investiu cerca de R$ 65 bilhões em ações voltadas para a área da logística.

2-Conservação de Energia
O Brasil possui uma experiência considerável na implantação de programas de conservação de energia, mais no que diz respeito à energia elétrica do que energia térmica. As iniciativas referentes ao setor industrial, no entanto, sobretudo as envolvendo os segmentos energo-intensivos, têm apresentado resultados bastante modestos, quando comparados com as experiências internacionais.
Uma política de conservação de energia deve destacar os segmentos industriais com maiores potenciais de conservação.
Alguns conteúdos merecem foco de estudos e pesquisas:
1. Conservação de água e energia em sistemas prediais e públicos de abastecimento de água
2. Potenciais Impactos das Alterações do Código Florestal Brasileiro na Meta Nacional de Redução de Emissões de GEE
3. A Eficiência como recurso de planejamento energético no Brasil
4. Aproveitamento do Biogás proveniente dos resíduos sólidos urbanos para geração de energia elétrica: estudo de caso em São Paulo
5. Propostas empresariais de políticas públicas para uma economia de baixo carbono no Brasil: energia, transporte e agropecuária

3-Brasil produzirá 2,4 bi de litros de biodiesel
O Brasil deverá produzir 2,4 bilhões de litros de biodiesel em 2011. A produção nacional do biocombustível fechou 2010 em 1,6 bilhão de litros. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo(ANP).
"O mercado de biodiesel no Brasil está consolidado. Ele está centrado na sustentabilidade da produção, promoção da inclusão social, garantia de preço, qualidade e suprimento e diversificação de matérias-primas", explica o coordenador de Agro energia do Ministério da Agricultura, Denílson Ferreira.
Importante ação do Ministério da Agricultura é o investimento em pesquisas de desenvolvimento de oleaginosas que permitirão o maior acúmulo de energia, resultando em maior eficiência por área plantada. Nessa linha, já estão em andamento na Embrapa, unidade Agro energia, estudos com pinhão manso e outros tipos de palmáceas.
Em 2008, a mistura de biodiesel puro (B100) ao óleo diesel passou a ser obrigatória, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), lançado em 2004.
Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços

4-Brasil quebrou três recordes em energia em 2010
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim avaliou 2010 como um ano histórico para o setor energético brasileiro. Segundo ele, foram quebrados três recordes no período e, em especial, no último leilão de geração, realizado nesta sexta-feira, em São Paulo.
´Este foi o ano em que mais se contratou energia renovável no Brasil, e arrisco dizer no mundo´, comentou em entrevista coletiva após o término do leilão. Pelos seus cálculos, foram 17.050 megawatt de potência instalada, incluindo os projetos das usinas de Belo Monte, Ferreira Gomes, Garibaldi e de fontes alternativas.
Para o presidente da EPE, o leilão de hoje consolida os três pilares de um novo modelo para o setor: segurança, preço e fontes renováveis. ´Conseguimos contratar energia suficiente para atender o mercado e ainda temos energia sobrando´, afirma Tolmasquim. ´Outros países do mundo, para caminhar para uma matriz com baixo carbono, precisam pagar custos enormes. Conseguimos, no Brasil, manter uma matriz de baixo carbono extremamente competitiva, o que é uma vantagem do país´, argumentou.
Francine De Lorenzo
Fonte: Valor Online

5-EPE: Governo planeja 3 leilões de energia no 1º semestre 2011
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que a expectativa do governo federal é realizar, ainda no primeiro semestre de 2011, três leilões de energia. "É uma ideia preliminar ainda, mas a nossa expectativa é de realizar um leilão A-5 (com cinco anos de antecedência); um A-3 e um leilão de energia de reserva", afirmou o executivo, após o término do último leilão de energia nova deste ano, realizado hoje.
De acordo com Tolmasquim, o governo pode realizar um segundo leilão A-5 no segundo semestre de 2011, caso a demanda das distribuidoras não tenha sido atingida na licitação do primeiro semestre. O presidente da EPE também comentou que o leilão de energia de reserva de 2011 irá contratar a oferta de fontes renováveis de geração.
Assim como este ano, o governo federal irá privilegiar a contratação de energia a partir de hidrelétricas nos leilões. Tolmasquim disse que alguns projetos que não entraram neste ano, como Sinop, Ribeiro Gonçalves e Foz do Apiacá, assim como Estreito Parnaíba e Cachoeira, que não foram concedidas no leilão de hoje, podem entrar nas licitações do próximo ano. O presidente da EPE afirmou, contudo, que o leilão das usinas do Rio Tapajós não acontecerá em 2011. "Não haverá tempo hábil para isso".
Fonte: Agência Estado


II – COMENTARIOS

1- Aproveitamento do Bagaço de Cana de Açucar
Fonte: Agência Minas Online
O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou, na semana passada, por meio da Câmara Normativa Recursal (CNR), Deliberação Normativa que facilita o processo de licenciamento para produção de energia por meio do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar.
A DN Copam nº 159/2010 dispõe sobre a regularização ambiental para geração e repotenciação de bioeletricidade sucroenergética em Minas Gerais, ou seja, estimula as usinas mineiras a aproveitarem em maior quantidade o resíduo de usinas de açúcar e álcool por meio da regularização ambiental simplificada. “A grande vantagem é que o empreendedor que usar uma quantidade maior de bagaço terá o processo de regularização mais simples, estimulando o uso do resíduo e proporcionando ganho tanto para o empreendedor, com a geração de energia, quanto para o meio ambiente com a diminuição da emissão de gases de efeito estufa liberados na atmosfera”, ressaltou o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira.
A produção de energia gerada a partir de qualquer matéria orgânica de origem vegetal tem se tornado nos últimos anos uma promessa entre as fontes renováveis no Brasil. De acordo com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), 4% da energia produzida em Minas Gerais vem do bagaço da cana-de-açúcar.
Um balanço da empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que os enormes volumes de bagaço e palha correspondentes a dois terços do material extraído da cana-de-açúcar transformam-se em energia limpa e complementar. O balanço energético nacional mostra também que a produção de energia no Brasil por meio do bagaço da cana atingiu cerca de 148 mil toneladas em 2009.
Para o coordenador ambiental da Usina Coruripe, situada em Campo Florido e Iturama, no Triângulo Mineiro, Bertoldino Apolonio Teixeira Junior, a agilidade no processo de licenciamento, por meio da Deliberação Normativa, vai fazer com que a produção de energia limpa seja disponibilizada de forma mais rápida para o sistema de energia. “Além disso, houve um ganho ambiental muito grande, pois as empresas estão sendo estimuladas a usar o resíduo da cana-de-açúcar”, frisou.

2- Competitividade na Industria do Açúcar e do Etanol
Fonte: Thales Viegas, UDOP
A competitividade é um dos principais fatores que garantem o crescimento e o sucesso de um produtor ou de um país. Competitividade é uma questão de grau. Existe um espectro de possibilidades (níveis) de modo que não se trata apenas de ter ou não ter, mas em se possuindo alguma competitividade, importa saber em que patamar ela se encontra. O conceito de competitividade é relativo e se define pela comparação entre produtores ou países. Ela pode ser mensurada, basicamente, por meio do ritmo de crescimento das vendas, da rentabilidade e, principalmente, da participação de mercado (market-share) do agente ou do conjunto de agentes em análise.
Deste modo, é possível que os elementos que compõem a competitividade de uma indústria sofram uma piora em certo momento, mas a indústria pode permanecer competitiva em alguma medida. Em mercados de produto homogêneo, ou com poucas diferenças qualitativas (como é o caso do etanol), o preço é um elemento decisivo na determinação da competitividade. Quando um produtor é capaz de praticar preços abaixo de seus concorrentes, suas vendas podem crescer e ele pode conquistar e manter uma maior participação de mercado. O preço também pode oferecer sinais de mercado a respeito da estrutura de custos e da eficiência de um produtor. É basicamente a relação entre os custos e os preços que determina a rentabilidade do negócio. Assim, os produtores eficientes em custos têm condições para serem mais competitivos no mercado global, mantendo o crescimento das vendas e um maior market-share, ao sustentar preços abaixo daqueles praticados por seus concorrentes.
A produção brasileira de cana-de-açúcar, de etanol e de açúcar tem um nível elevado de competitividade internacional. Os baixos custos de produção e o maior market-share das exportações mundiais de etanol e açúcar manifestariam tal condição. A indústria sucroenergética nacional se beneficia do uso da cana-de-açúcar como matéria-prima, pois geralmente seus custos são inferiores aos do milho americano. A produtividade agroindustrial do etanol de cana era quase duas vezes superior ao do etanol de milho no passado recente.
Adicionalmente, o consumo de etanol no Brasil e nos Estados Unidos cresceu muito na segunda metade da década de 2000. O aumento da produção gerou um ambiente mais competitivo e permitiu a apropriação de economias de escala por parte dos produtores desses dois países. Além disso, as oportunidades oferecidas pelos subprodutos da fabricação do etanol vêm sendo aproveitadas de forma mais apropriada. Tudo isso contribuiu para a redução dos custos do etanol feito de cana-de-açúcar e do etanol produzido com o milho.
No que se refere à análise de competitividade, a maioria dos estudos não contempla adequadamente os custos de transporte do etanol de cana para os EUA e foram realizados quando o câmbio estava desvalorizado para os níveis atuais. Na prática as vantagens do etanol de cana dependem do câmbio, do preço da matéria-prima, do transporte e da influência dos subprodutos de cada processo produtivo, os quais reduzem os custos operacionais. Isso sem considerar as barreiras tarifárias ao comércio internacional. Em verdade, os custos operacionais na produção dos dois tipos de etanol são parecidos, enquanto o custo da matéria-prima no Brasil é inferior ao do milho americano. Entretanto, dois aspectos compensariam essa desvantagem. Por um lado, os custos de transporte encarecem o etanol brasileiro e, por outro, os produtos obtidos com o milho desoneram o etanol dos EUA, tornando-o mais competitivo naquele país.
Essas condições de custos permitiram que o etanol americano importado chegasse ao Brasil com o preço de R$ 1,05 mil/metro cúbico em certas ocasiões de 2010, por exemplo. Embora a média de preço do etanol brasileiro tenha figura próxima dos R$ 1,02 mil/metro cúbico neste ano, em muitos momentos os preços estiveram acima desse patamar. Já a máxima do ano foi de cerca de R$ 1,32 mil/metro cúbico. Em 2010 o etanol brasileiro – livre de impostos e frete – esteve mais caro do que o americano. Isso ocorreu até mesmo no mês de junho em que o preço doméstico atingiu a menor média de preço do ano: R$ 783/metro cúbico. O preço médio FOB (free on bord) de setembro esteve em R$ 823/metro cúbico – mês em que o preço médio das exportações brasileiras de etanol esteve no patamar mais baixo do ano.

3-País aposta em fontes alternativas de energia
A busca por energias renováveis, que respeitem o meio ambiente e promovam crescimento econômico e social, é um passo estratégico para o desenvolvimento de qualquer país. Essa é a avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. "O Brasil tem um papel fundamental na consolidação da agroenergia, já que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para a geração de bioenergia", afirma.
Hoje, cerca de 47% da energia produzida no Brasil é renovável. A maior parte desse potencial é proveniente da cana-de-açúcar, que responde por 18%. "Trata-se de um mercado que o país domina, já que temos as condições climáticas ideais para o cultivo da cana, o que nos proporciona a matriz energética mais limpa do mundo", ressalta Wagner Rossi.
A segurança energética é um dos principais desafios do século e foi colocada como prioridadade pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O aumento da população e do consumo mundial per capita, associado à mudança climática, requerem ações mais coordenadas e sustentáveis, em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos", ressalta o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone.
De acordo com o secretário, o Plano Nacional de Agroenergia, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, a criação da Embrapa Agroenergia e o fomento às políticas públicas de incentivo ao setor agroenergético foram fundamentais para o Brasil se destacar no cenário internacional nos últimos oito anos.
Por meio do Plano Nacional de Agroenergia, criado em 2002, o Ministério da Agricultura coordena estudos sobre as potencialidades agrícolas regionais e estimula a pesquisa para aumentar a utilização de plantas consideradas estratégicas, como inajá, macaúba, tucumã, além do pinhão manso e da palma, para a produção de biodiesel, combustível renovável.
Atualmente, o Brasil está entre os maiores produtores de biodiesel, juntamente com Estados Unidos, Alemanha, França e Argentina. Em 2009, o país produziu 1,13 bilhão de litros e a previsão para este ano é chegar a 1,6 bilhão de litros do combustível.
Uma série de vantagens qualifica o Brasil a liderar a agricultura de energia e o mercado da biocombustíveis em escala mundial, com a possibilidade de dedicar novas terras a essa atividade, sem ampliar a área desmatada e sem reduzir a área utilizada na produção de alimentos, mantendo os impactos ambientais circunscritos aos socialmente aceitos.
Segundo secretário Manoel Bertone, o investimento em pesquisa é a base para o desenvolvimento de tecnologias de produção agrícola, permitindo a identificação de plantas mais aptas, de regiões com elevado potencial de produção e de sistemas de produção mais eficientes. Novas tecnologias industriais representam a essência da transformação de produtos agrícolas em biocombustíveis.
"O nosso Plano Nacional de Agroenergia estabelece, ao mesmo tempo, um marco e um rumo para as ações públicas e privadas de geração de conhecimento e tecnologias que contribuam para a produção sustentável da agricultura de energia e para o uso racional dessa energia renovável", explica o secretário. O plano tem como meta prioritária tornar competitiva a produção brasileira e dar suporte às políticas públicas voltadas à inclusão social, à regionalização do desenvolvimento e à sustentabilidade ambiental.
Para o secretário de Produção e Agroenergia, a participação de todos os segmentos vinculados à cadeia é condição para enfrentar esse desafio. "Contamos com o trabalho dos servidores do Ministério da Agricultura, dos produtores rurais e suas lideranças, além de professores, pesquisadores e da sociedade em geral, num esforço conjunto, cujo maior propósito é a autonomia e o desenvolvimento do país", ressalta.
Sophia Gebrim
Fonte: Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento


4-Reservas de petróleo constituem a grande herança
A presidente Dilma Rousseff herda uma Petrobras com o controle de grandes reservas de petróleo, ajudada, em parte, pela decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de mudar o regime exploratório brasileiro, retomando para a estatal o monopólio da execução de projetos de partilha de produção no pré-sal.
No período Lula, a margem líquida foi de 18,6% em 2003, sua melhor marca, e estava em 15,8% no fim de setembro deste ano.
Até outubro, a companhia produziu uma média 1,98 milhão de barris por dia e deve fechar 2010 com 2 milhões de barris/dia.
Com um portfólio de reservas de petróleo e projetos - como todo o pré-sal da bacia de Santos próximo a Tupi - que causa inveja a qualquer petroleira no mundo, tanto multinacional ou estatal, a Petrobras tem pela frente desafios colossais, inclusive de gestão, até atingir a meta de chegar a 2020 produzindo 5 milhões de barris.
Novidade a partir de agora, o regime de partilha prevê a oferta de reservas potenciais em áreas do pré-sal que serão oferecidas para produção de petróleo e gás ao consórcio que oferecer maior parte do óleo produzido para a União. A primeira área deve ser Libra, um reservatório já identificado pela Petrobras - como prestadora de serviços para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) - onde se estimam reservas de 8 bilhões de barris equivalentes.
O desafio da companhia, segundo avaliação unânime de vários analistas ouvidos pelo Valor , será lidar com a nova regulamentação mesmo sem precisar adquirir novas áreas, o que traria o perigo de começar, de novo, a alavancar o seu balanço.
A presidente eleita presidiu durante sete anos o Conselho de Administração da Petrobras, conhece bem a empresa e saberá direcioná-la de forma sustentável e lucrativa.
A Petrobras tem um plano de investimentos que prevê dispêndios de US$ 224 bilhões até 2014. A companhia vai anunciar até abril o plano de negócios 2010-2015, que deve aumentar investimentos.
Fonte: Valor Econômico

sábado, 11 de dezembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 16

I-NOTICIAS DO MERCADO

1- Biogás na Espanha
Cada ano se produz na Espanha cerca de 500.000 toneladas de resíduos orgânicos. A esta soma-se os 14 milhões de toneladas de materiais sobrantes que gera a industria agroalimentar. Neste sentido, a “Directiva Marco de Resíduos” da Espanha estabeleceu que será obrigatório recolher de forma separada os resíduos orgânicos para sua reutilização.
Acaba de se por em marcha um sistema que permite produzir biogás das plantas de biodiésel aproveitando os resíduos da produção de óleos vegetais e restos de comida. Em concreto, a instalação piloto do projeto foi construído na planta de biodiésel da empresa Bionorte, en San Martín del Rey Aurelio (Asturias).

2-GE projeta crescimento de 25% no país em 2011
Fonte: Valor Econômico
A General Electric (GE) aposta na firmeza da economia brasileira e na maturação de projetos da GE em implantação. "Nosso portfólio está em linha com as necessidades de investimentos do país em diversos setores", disse João Geraldo Ferreira, presidente da operação brasileira.
"O Brasil agora está preparado para ser a direção de altos investimentos. A estratégia (da matriz da GE) desloca o foco de decisões e de crescimento dos EUA para outros países, principalmente nos emergentes", afirmou Ferreira , em entrevista ao Valor. "Grandes anos de crescimento vão começar em 2011", informou ele. A previsão de expansão do faturamento no próximo ano é de 25% sobre 2010, que está encerrando com cerca de US$ 2,6 bilhões.
A subsidiária brasileira vinha num ritmo firme até 2008, quando registrou um recorde de crescimento, de 45%, alcançando faturamento de US$ 3,3 bilhões. Com a retração do consumo em 2009, devido à crise econômica mundial, o resultado no país teve expressivo recuo, ficando em US$ 2,5 bilhões.
Com a economia do país crescendo em patamares de 7,5%, o avanço nos negócios da GE serão da ordem de 5% sobre 2009, lembra o executivo, nascido em Niterói (RJ) e na companhia desde 2007. Com investimentos encaminhados pela empresa em vários setores, ele vê um cenário bem promissor nos próximos três anos.
As projeções de Ferreira se baseiam na carteira de encomendas. A subsidiária vira o ano com aumento de quase 30% de pedidos fechados, em US$ 4,6 bilhões, sobre dezembro de 2009. "Toda a expansão virá de crescimento orgânico, ou seja das atividades existentes [possui 15 instalações industriais no país, com 6 mil empregados]. Isso não considera potenciais novos investimentos".
O otimismo com as operações no Brasil foi evidenciado em novembro, quando a GE anunciou o pacote de investimentos de US$ 550 milhões, para a expansão de fábricas, construção de novas e desenvolvimento de produtos, tudo acompanhado de parcerias tecnológicas com grandes empresas nacionais, caso de Petrobras.

3-AIE eleva previsão de demanda mundial de petróleo
A Agência Internacional de Energia (AIE) elevou novamente a previsão da demanda mundial de petróleo em 2010, para 87,4 milhões de barris diários (mbd) e para 2011, de 88,8 milhões. O aumento é em função do maior consumo na América do Norte e Ásia.
A AIE destacou ainda que o início de um duro inverno no hemisfério norte e uma demanda de petróleo particularmente forte para o terceiro trimestre provocaram a alta dos preços a quase 90 dólares o barril.

4-Airbus apóia Biodiesel Renovável
A Airbus está apoiando a Tam Airlines, Curcas e Brasil Ecodiesel a estabelecer uma unidade de processamento de combustível renovável para jatos e uma cadeia de produção de biocombustíveis no Brasil.
O grupo de empresas é liderado pela Curcas, especializada no desenvolvimento de projetos brasileiros de energia renovável, e a Ecodiesel, produtora do biocombustível no País.
Paralelamente, a Airbus e a AirBP - a unidade distribuidora de combustível para jatos da BP - estão fornecendo o seu apoio ao projeto.
"Estamos trabalhando em uma abordagem integrada de colaboração unindo parceiros fortes da aviação e os segmentos de biocombustíveis com o objetivo de desenvolver uma integração plena de uma cadeia de produção no Brasil, do estudo e desenvolvimento da planta como matéria-prima até a distribuição do combustível nos aeroportos", disse o presidente da Curcas, Rafael Abud.
Para o presidente da brasileira Ecodiesel, José Carlos Aguileira, "o mercado do bioquerosene é uma realidade e promete um significativo potencial de crescimento, especialmente desde que a União Europeia incluiu a aviação como um importante elemento para as reduções globais das emissões de carbono."
Vale lembrar que a Tam realizou seu primeiro vôo experimental da América Latina utilizando biocombustível de aviação produzido a partir do óleo de pinhão manso, uma biomassa vegetal brasileira, em novembro deste ano.

5-Grupo Maeda adquire 33% da Brasil Ecodiesel
Fonte: Valor Econômico
A Brasil Eco diesel, uma das maiores produtoras de biodiésel do país, e o grupo Maeda, um dos principais produtores brasileiro de grãos e algodão, anunciaram as condições da associação que deverá ser concluída por ambos em 23 de dezembro, após assembléia de acionistas da Brasil Eco diesel.
Pelo acordo, o Maeda passará a deter 33% da companhia de biodiésel com a subscrição de 358,9 milhões de ações ordinárias, que resultarão em aumento de capital na Brasil Eco diesel de R$ 320,13 milhões.
Com isso, após a operação o capital da Brasil Eco diesel passará a ser de R$ 1,128 bilhão. A relação de troca proposta pelas empresas foi de uma ação ordinária da Brasil Eco diesel para cada 3,6395 ações ordinárias do Maeda, com base em perspectiva de rentabilidade futura das empresas e preço médio ponderado das ações da Brasil Eco diesel nos últimos 60 pregões anteriores a 30 de setembro deste ano - início das tratativas entre as duas empresas.
A associação deverá resultar na criação de uma nova comercializadora de commodities agrícolas, além de fortalecer as atividades já tradicionais de cada uma das companhias.
O grupo Maeda saiu neste ano das mãos da tradicional família de japoneses para o controle do Arion Capital, fundo controlado pelo bilionário espanhol Enrique Bañuelos. Já a Brasil Eco diesel, que foi criada para ser a maior empresa de biodiésel do país, entrou em dificuldades financeiras e hoje é controlada por bancos credores, que converteram dívidas em ações.

II – COMENTARIOS

1-Emissões de CO2 –Questão Chave para o Clima
Como verificar os cortes de emissões de CO2 de outros países, especialmente os rivais econômicos e comprovar que cumprem seus compromissos de luta contra as mudanças climáticas, é uma das questões mais conflituosas negociadas na Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU, a COP-16.
Este tema é objeto de atrito entre as duas principais economias do planeta, que são também os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo: China e Estados Unidos.
A idéia de um mecanismo que permita garantir uma transparência por parte dos grandes países emergentes foi inscrita – em termos imprecisos – no acordo de Copenhague, redigido no último momento ao fim da conferência de 2009, que se aproximou do fracasso.
Um dos objetivos centrais da cúpula internacional de Cancun sobre o clima é definir como este procedimento transcorrerá.
Quanto ao Brasil, deverá chegar a 2020 emitindo no máximo 2,1 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Mais que isso: fica obrigado a publicar anualmente estimativas do total de emissões do país, que facilitarão a verificação do compromisso assumido.
O decreto de regulamentação da Política Nacional de Mudanças Climáticas foi assinado pelo presidente Lula e anunciado pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na conferência do clima em Cancún.
Com a lei regulamentada, o Brasil se torna o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer um limite absoluto para o quanto vai poluir. O teto imposto pelo Brasil representa ainda uma redução absoluta de 6% em relação a 2,2 bilhões de toneladas que o país emitia em 2005, ano do último inventário de gases-
estufa.

2-Andrade Gutierrez e Eisa apresentam recursos
Fonte: Valor Econômico
O Estaleiro Eisa Alagoas e a Andrade Gutierrez entraram com recursos administrativos na Petrobras contra a decisão da estatal de desclassificar as duas empresas do processo licitatório para construir até quatro lotes com sete navios-sonda cada um.
A comissão de licitação da PNBV, subsidiária da Petrobras responsável pela contratação das sondas, desclassificou o Eisa Alagoas e a Andrade Gutierrez por considerar que apresentaram preços excessivos, o que é contestado pelas empresas. Ambas pedem que a Petrobras reveja a decisão.
Entre os sete grupos que disputam os pacotes com sete sondas, o Eisa Alagoas ficou em sexto lugar e a Andrade Gutierrez, em sétimo.
A Petrobras disse em nota: "É considerado preço excessivo aquele cujo valor ultrapassa o limite máximo de acordo com estimativa previamente feita pela Petrobras."

3- Cresce o Numero de Incidentes com petróleo no mar
Nos meses que antecederam e se seguiram ao acidente no Golfo do México, que matou 11 pessoas e lançou milhões de barris de petróleo nas águas do golfo, o setor de petróleo foi palco de vários derramamentos e alarmantes quase-acidentes, alguns deles muitíssimo parecidos com o ocorrido na Deepwater Horizon.
Um acidente na costa australiana deixou petróleo vazando por semanas no Mar do Timor. Um poço fora de controle no Golfo do México deslocou um equipamento de duas toneladas no convés da plataforma Lorris Bouzigard, para grande susto dos operários. No Mar do Norte, no litoral da Noruega, o vazamento de gás a bordo de uma plataforma de produção por pouco não causou uma tragédia das proporções da Deepwater Horizon.
O Wall Street Journal analisou estatísticas de quatro países com grandes indústrias de perfuração em alto-mar e sistemas modernos de regulamentação: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Noruega e Austrália . Embora cada país use um método distinto para medir a perda do controle de poços ou derramamentos, a tendência que revelam é semelhante.
Em atividades de perfuração no trecho americano do Golfo do México houve, em 2009, 28 registros de derramamento de petróleo, vazamento de gás ou incidentes em que trabalhadores perderam o controle de um poço. É 4% a mais do que em 2008, 56% a mais do que em 2007 e cerca de 65% a mais do que em 2006. Se computado o número de horas trabalhadas em plataformas em alto-mar, o ritmo dos incidentes subiu todos os anos de 2006 a 2009.
A agência de saúde e segurança no trabalho do Reino Unido registrou 85 vazamentos de petróleo e gás no ano encerrado em 31 de março, 39% a mais do que no anterior.
Na Noruega, houve 37 vazamentos de petróleo e gás e "incidentes em poços" em 2009, segundo o órgão regulador da atividade no país. É 48% a mais do que em 2008 - e o maior nível desde 2003.
No primeiro semestre do ano na Austrália, houve 23 derramamentos de petróleo, vazamentos de gás e incidentes que ameaçaram a ruptura de um poço, segundo a Autoridade Nacional de Segurança do Petróleo Offshore. É quase o total de incidentes do gênero em 2009 (24).
"Por que a segurança na indústria offshore parece estar se deteriorando?", pergunta Jane Cutler, ex-executiva do setor e, hoje, diretora da autoridade reguladora da Austrália. Sua resposta: "As pessoas esquecem de ter medo."
O Instituto Americano do Petróleo (API), que representa a indústria petrolífera dos EUA, pede cautela na leitura das estatísticas. "Tirar conclusões generalizadas a partir de uma análise limitada dos dados não serve de nada", declarou o instituto num comunicado. No passado, especialistas do API chamaram atenção para dados que indicariam que a ficha do setor está melhorando - como um declínio constante no volume de petróleo derramado a cada ano.
"Não acredito que haja um surto de acidentes", diz Lee Hunt, presidente da Associação Internacional de Empresas de Perfuração. "E quando algo ocorre, é comum vermos um alto nível de competência na resolução do problema."
Não obstante, o investimento na exploração em águas profundas está acelerando. Perfurar nelas é crucial para saciar a crescente necessidade de energia do mundo.
O setor aponta para o longo histórico de 50.000 poços perfurados no Golfo do México sem uma catástrofe similar à registrada no início deste ano.
O engenheiro David M. Pritchard, consultor na área de petróleo, estudou um banco de dados de 5.000 poços no Golfo do México de 1993 para cá - classificados pela dificuldade de perfuração. Pritchard buscou estruturas no mínimo tão complexas quanto a que a Deepwater Horizon tentava perfurar. Achou 43.
"Qual o verdadeiro risco de que ocorra um erro catastrófico? É de 1 em 50.000 ou agora é de 1 em 43?", pergunta Pritchard. O API diz estar analisando o estudo de Pritchard como parte de um exame de questões ligadas a poços em águas profundas e deve soltar recomendações no próximo ano.
Certos especialistas dizem que a onda de acidentes mostra que o da Deepwater Horizon não foi um evento isolado e que, ao descrever o desastre como um "evento de baixa probabilidade e alta consequência", o setor fecha os olhos para a probabilidade de que esse tipo de acidente se repita.
Fonte: Valor Econômico/Russell Gold e Ben Casselman | The Wall Street Journal

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 15

I-NOTICIAS DO MERCADO DE OIL & GAS & ENERGIA

1-Grupo Bimbo anuncia a construção de parque eólico para a indústria de alimentos
O diretor-geral do Grupo Bimbo, Daniel Servitje, anunciou a construção do "Piedra Larga", o maior parque eólico do mundo para a indústria alimentícia, que abastecerá o consumo elétrico de 50% de suas operações, no mundo, e 100% no México.
Com uma potência instalada de 90 MW, o parque abastecerá o consumo elétrico de 65 instalações da empresa no México.
O Grupo Bimbo focou sua atenção em energia eólica, para cumprir com o permanente compromisso do Grupo com o meio ambiente.

2-Para Gabrielli, estados produtores deveriam ficar com a maior parte dos royaties do pré-sal
Fonte: Agência Brasil
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, defendeu a nova lei de distribuição dos royalties do petróleo do pré-sal, aprovada na madrugada de ontem (2) pelo Congresso. Para ele, os estados produtores não terão perdas, mas os estados que não produzem petróleo passarão a ganhar uma parcela dessa riqueza. Mas fez uma ressalva: “Acho que tem que ter um pouco mais para os estados produtores e também um pouco mais do que [há hoje para] os que não produzem”, disse Gabrielli.
Segundo o projeto aprovado, parte o dinheiro do petróleo do pré-sal será reservada para a União e estados e municípios produtores ou que sejam afetados pela exploração. O restante será dividido meio a meio entre todos os estados e municípios com base nos critérios de distribuição dos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios.
“Para a Petrobras, a distribuição dos royalites é indiferente porque vamos pagar de qualquer maneira. Eu, como cidadão, acho que a distribuição da forma como está é inadequada, porque concentra uma quantidade de royalites em alguns estados. Acho, por outro lado, que a distribuição igualitária é inadequada porque os estados onde está a produção devem recolher mais”, afirmou o presidente da estatal.

3-Gerdau integrará núcleo de gestão governamental
Fonte: Valor Econômico
Dr Gerdau revelou que a idéia é colaborar, com a experiência acumulada no comando do Movimento Brasil Competitivo (MBC), para uma maior agilidade na máquina pública. "Precisamos oferecer o máximo de qualidade nos serviços prestados à população", disse ele, após reunião na manhã de ontem com a presidente eleita, Dilma Rousseff.
O Movimento Brasil Competitivo, composto por técnicos especializados em diversos setores, já faz um trabalho de acompanhamento e consultoria em dez estados. Nesses casos, é firmado um contrato entre os técnicos e consultores com as administrações estaduais e são promovidas auditorias e sugestões de cortes de gastos. Segundo Gerdau, o trabalho do grupo é fazer "aprimoramento e tecnologia de gestão". O modelo combina com o discurso feito pela futura ministra Miriam Belchior no dia do seu anúncio oficial de que "é possível fazer mais com menos".
Na conversa que teve com Dilma, Gerdau e a presidente discutiram como modelo de atuação o que é feito hoje no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), programa do qual Miriam é a grande gestora. "Queremos estender esse perfil a todas as áreas estratégicas do governo, como obras, educação e saúde", declarou Gerdau.

4- Receita com Exportação de Açúcar é Recorde
A receita com exportações de açúcar em novembro é recorde de todos os tempos, com arrecadação de US$ 1,5 bilhão no período, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A receita é superior em 11,3% aos US$ 1,34 bilhão verificados em outubro. Em relação as exportações de novembro de 2009, a receita subiu 46,7%.
Em volume, as exportações brasileiras de açúcar ficaram em 3,10 milhões de toneladas no mês de novembro. É o terceiro maior volume registrado. O volume embarcado em novembro é 3,5% superior as 3 milhões de toneladas embarcadas em outubro e 25,4% superior às exportações de novembro de 2009, que foram de 2,47 milhões de toneladas.
Do total exportado em novembro, 2,56 milhões de toneladas foram de açúcar demerara, e 545 mil toneladas foram de refinado.
Fonte: Agência Estado

5-Delta Energia inaugura sua primeira usina de biodiesel em MS
O Grupo Delta Energia inaugura sua primeira unidade produtora de biodiesel, a Delta Biocombustíveis. A empresa, localizada em Rio Brilhante (MS), vai iniciar suas atividades com capacidade operacional de 100 milhões de litros, de acordo com o diretor operacional, Ricardo Alonso. A expectativa é de dobrar esta capacidade até o final de 2011.
"Já investimos na capacidade de tancagem suficiente para uma produção de 200 milhões de litros por ano", disse ele. A empresa não forneceu dados de investimentos na planta. Segundo ele, a planta já vendeu 6 milhões de litros de biodiesel no último leilão de compra da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Alonso afirma que a Delta irá utilizar principalmente óleo de soja, gordura animal e óleo de algodão.

6-Porto para Comperj tem valor de R$ 200 milhões
O porto que a Petrobras pretende construir na região de São Gonçalo, Rio de Janeiro, para receber as máquinas a serem empregadas na construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), demandará investimentos de R$ 200 milhões.
A informação é do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seminário sobre ao mercado de petróleo no Rio de Janeiro. “As estradas e pontes da região não darão conta do grande movimento de máquinas pesadas do Comperj e por isso o porto se faz necessário”, explicou.
O executivo adiantou que o convênio que irá viabilizar a construção do porto será firmado pela estatal, pelo governo do estado do Rio e pelo governo municipal de São Gonçalo. A ideia da Petrobras é construir a unidade e depois arrendá-la ao poder público. Costa garantiu que a Petrobras não tem interesse em administrar o terminal, que ficará na Praia da Ribeira e será de pequeno porte. O Comperj terá duas refinarias de derivados de petróleo e um grande parque petroquímico. As obras estão com conclusão prevista para 2014.
Fonte: Jornal do Commercio – Rio de Janeiro

7-Obras de construção do Estaleiro Eisa começam no primeiro semestre de 2011
Os últimos processos para a implantação do Estaleiro Eisa Alagoas que será construído no próximo ano, em Coruripe, foram discutidos esta semana, em São Paulo, entre o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, e o empresário German Efromovich.
O secretário explicou que ainda no primeiro semestre do próximo ano, possivelmente em março, começam as obras de construção do Estaleiro.
Ele explicou que o Ibama ainda não enviou os técnicos para o estudo da supressão complementar do mangue, em Pontal de Coruripe, para o Eisa Alagoas ficar completo com os 210 hectares.
Fonte: Agência Alagoas


II – COMENTARIOS

1-ANP vai retomar licitações em áreas de petróleo
A aprovação pela Câmara Federal do modelo de partilha para a exploração de petróleo na região do pré-sal abre caminho para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) retomar as licitações interrompidas em 2008, com a 10ª Rodada de áreas de petróleo.
O diretor da agência, Haroldo Lima, acredita que o 11º leilão pode ocorrer no primeiro semestre de 2011.
Essa licitação, porém, já está praticamente fechada e não trará nenhuma oferta do pré-sal. Para leiloar áreas nessa região, que se estende por 200 quilômetros de costa, da bacia do Espírito Santo até a do Paraná, será necessário uma autorização do CNPE.
O secretário executivo de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, já havia revelado, há dois meses, que as reservas descobertas na área de Libra - perfurada pela ANP visando inicialmente a cessão onerosa à Petrobras - podem atingir 8 bilhões de barris de óleo. O volume é equivalente ao máximo estimado para o bloco de Tupi, que iniciou este ano a produção experimental.
Para o secretário a área certamente estará numa primeira rodada com sistema de partilha, mas não deverá ser a única a ser ofertada. Ele comentou que o primeiro leilão ocorrerá logo depois da 11ª Rodada de Licitações. "A 11ª Rodada já está pronta. Todos os mecanismos estão praticamente concluídos, bastando apenas a autorização do CNPE", confirmou ontem Haroldo Lima. Este leilão listará áreas que vão da Bahia ao Amazonas, na chamada "margem equatorial brasileira". "Isso inclui águas profundas, águas rasas e em terra, mas exclui toda a área do pré-sal", informou Lima.

2-Petrobras escoará combustível para o Centro-Oeste
Fonte: DCI
A Petrobras pretende usar a Ferrovia Norte-Sul para escoar combustíveis e outros derivados de petróleo da Refinaria do Maranhão para a Região Centro-Oeste.
Segundo o diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, a Petrobras já está negociando com a Vale, operadora da Ferrovia Norte-Sul, que liga o Norte ao Centro-Oeste.
Segundo Costa, a ferrovia é usada para levar grãos e minério até o Porto de Itaqui, no Maranhão. No trajeto de volta, os vagões ficam vazios. A idéia é aproveitar o retorno dos trens para transportar os derivados de petróleo até o Distrito Federal e o estado de Goiás.
“Existe a possibilidade de você usar parte desses mesmos vagões, com tanques modulados colocados em cima deles, como se fossem contêineres, para suprir essa nova fronteira [Centro-Oeste], com produtos de refino. Essa é a maneira que já havíamos pensando para suprir todo o crescimento do Centro-Oeste por meio da Refinaria do Maranhão”, disse o diretor.
A Refinaria do Maranhão, que deve entrar em operação em 2014, terá capacidade para processar até 600 mil barris de petróleo por dia. Além de suprir o Centro-Oeste, a unidade abastecerá, com combustível e derivados, outros estados da Região Norte, como o Pará e o Amazonas, além do estado vizinho do Piauí.
Já a Refinaria do Ceará, que também iniciará suas operações nos próximos anos, deverá abastecer o Nordeste. Inicialmente, a previsão era que a unidade cearense fosse voltada para a exportação, mas com o aumento da demanda por derivados no país, começou a se imaginar que toda a produção possa ser direcionada ao mercado interno.

3-Brasil é líder mundial no setor de agroenergia
Hoje, 85% da energia consumida no mundo vem de fontes não-renováveis, que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Exemplos disso são o petróleo, o gás-natural e o carvão. No Brasil, o cenário é diferente. Cerca de 48% do total de energia ofertada é obtida de fontes renováveis, como a biomassa, a energia hidroelétrica e os biocombustíveis. Essa posição coloca o país na liderança mundial do setor de agroenergia. Além disso, a extensão territorial e os recursos naturais brasileiros possibilitam ampliar a produção de insumos energéticos provenientes da biomassa.
"Os avanços na substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, servem de modelo e inspiração para outras nações", destaca o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães. Ele lembra que, com o Plano Nacional de Agroenergia lançado pelo Ministério da Agricultura em 2006, o país se organizou, definiu diretrizes de política pública para o negócio de agroenergia e impulsionou os esforços público-privados para a agenda de substituição do combustível fóssil e do desenvolvimento sustentável. A criação da Embrapa Agroenergia foi uma das ações do plano.
Durães explica que a unidade é responsável pela coordenação das ações institucionais e por um programa de desenvolvimento tecnológico, que aperfeiçoam as matérias-primas atuais e potenciais do país e a utilização da energia. "Em quase quatro anos de funcionamento, a unidade alinhou sua atuação ao sistema Embrapa, que há 37 anos desenvolve trabalhos de pesquisas com excelência em produção de biomassa", ressalta. A Embrapa Agroenergia complementa e revigora as pesquisas desenvolvidas para fins energéticos nas demais unidades, potencializando competências, redes de conhecimento e recursos materiais e financeiros, em busca do cumprimento de sua missão e objetivos.
Fonte: Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento

4-Coppe e Bureau Veritas assinam acordo de cooperação
A Coppe/UFRJ e o Bureau Veritas assinaram acordo de cooperação para o desenvolvimento de projetos na área de engenharia naval e oceânica (offshore).
Estiveram presentes o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Segen Estefen, o vice-presidente do Bureau Veritas América Latina, Eduardo Camargo, o vice-presidente e diretor técnico da Área Marítima do Grupo – França, Pierre De Livois, e o Vice-presidente de Pesquisa & Desenvolvimento da Divisão Marítima – França, Pierre Besse.
Como fruto desse acordo, duas ações já estão programadas: o desenvolvimento de um sistema voltado para avaliar a capacidade de sistemas de posicionamento dinâmico para navios petroleiros, com particular interesse para os campos do pré-sal, que será desenvolvido pelos pesquisadores do Programa de Engenharia Naval e Oceânica; e a cessão à Coppe, com objetivos acadêmicos, dos softwares Hidrostar e Ariane, que foram desenvolvidos pelo Bureau Veritas com foco de atuação nas áreas de hidrodinâmica e amarração de unidades offshore, respectivamente.