sábado, 28 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 148

I – NOTÍCIAS

1- Gerdau está focada em ampliar a sua capacidade de produção de minério de ferro
A Gerdau está neste momento focada em ampliar a sua capacidade de produção de minério de ferro. Segundo o presidente da siderúrgica, André Gerdau Johannpeter, a empresa espera chegar em 2014 ao volume de produção de 11,5 Mt de minério de ferro e projeta uma capacidade de 18 Mt em 2016 e de 24 Mt em 2020. 
A Gerdau passou praticamente todo o ano passado em busca de um sócio estratégico para a monetização de suas minas. A Gerdau produz minério de ferro nas minas de Miguel Burnier, Várzea do Lopes, Gongo Soco e Dom Bosco, todas em Minas Gerais. 
Em novembro, a companhia informou ao mercado que havia suspendido a busca por um sócio e optou por seguir sozinha no plano de investimento de R$ 1,8 bilhão, que deve garantir a autossuficiência no insumo no Brasil e sobra de material para ser vendido no País e no exterior.
A empresa, que trabalhava com avaliação de que possuía reserva de 2,9 Gt de recursos minerais em Minas Gerais, descobriu, após estudos, que o volume é de 6,3 Gt, com teor de ferro acima de 40%. (Fernanda Guimarães, Agência Estado)
Fonte: ABM Notícias (elaborado pela DAVINCI Engenharia)
Seção: Mineração

2- Mercado de tubos de aço inoxidável espera movimentar cerca de US$8,8 bilhões em 2013
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal, em relação ao mercado de tubos, a projeção para 2013 da capacidade instalada é de 5.500.000 toneladas, com vendas de US$ 6,8 bilhões e geração de 28 mil empregos diretos. Para os próximos anos, as perspectivas são boas, já que projetos e investimentos em infraestrutura terão que ser acelerados para melhorar a logística e a competitividade do país. 
O setor de óleo gás também será beneficiado com a retomada de leilões de novos blocos. Essas obras vão necessitar de muitos equipamentos e materiais, movimentando a indústria como um todo e a produção de tubos e acessórios, em especial. Em relação ao aço inox, o consumo no mercado brasileiro será de 360 mil toneladas, com produção de 330 mil toneladas e cerca de 200.000 trabalhadores diretos e indiretos, com vendas de US$ 2 bilhões segundo projeção 2013 da ABINOX.
Considerando o potencial de aumento de consumo de aço inoxidável no Brasil, se comparado com o consumo de países desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento, acredita-se que o consumo aparente no Brasil deverá crescer em média de 4 a 5% ao ano nos próximos cinco anos. Para atender as demandas destes mercados, de 01 a 03 de outubro de 2013, no Centro de Exposições Imigrantes, será realizada a 7ª edição da Tubotech | Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes, considerada a principal vitrine do setor e ponto de encontro dos países do Cone Sul.
Os principais fabricantes de máquinas e equipamentos para a indústria de tubos, válvulas industriais, bombas, motobombas e acessórios trarão alta tecnologia, inovações e as últimas tendências e soluções para o público formado por profissionais dos setores de petróleo, gás, automotivo, construção civil, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas e infraestrutura, entre outros.
Fonte: RM Press

3- Malha Dutoviária do Brasil está em plena expansão, diz executivo
Rogério Mattos, diretor superintendente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), afirmou durante o último painel da Rio Pipeline, que o Brasil está em uma situação de grande expansão de gasodutos, principalmente devido à exploração do pré-sal e também pelo regime de concessão atual do setor.
Ainda segundo ele, a expectativa da indústria é de que a oferta de gás dobre com o pré-sal. Além disso, o crescimento do fornecimento de gás natural no país deve aumentar também com o GNL que deve crescer para suprir a demanda térmica do país. Para Rogério, o preço do gás no país está alinhado com o resto do mundo, menos com os Estados Unidos, que com o boom do shale gas, viu o preço cair vertiginosamente nos últimos 2 anos.
Para Rogério Mattos, as perspectivas para o setor são da realização de novas rodadas de licitação, puxadas pelo ano cheio de rodadas feito pela ANP, incluindo a 12ª que será voltada para o setor de gás natural onshore. O executivo adiantou que o contrato de gás com a Bolívia deve ser renovado em 2019. 
Fonte: Redação TN Petróleo/ Rodrigo Miguez

4- Weatherford destaca linha de inspeção de dutos
A americana Weatherford, uma das maiores fornecedoras de serviços do setor, apresentou  nesta edição da Rio Pipeline sua linha de inspeção de dutos em pig. O equipamento utiliza várias tecnologias, dentre elas ultra-som e geometria, para verificar possíveis irregularidades e reparos, para prolongar a vida útil do duto.
No Brasil desde 1995, a companhia possui um escritório central no Rio de Janeiro e bases em Aracaju, Camaçari, Macaé, Mossoró, Natal e Vitória. As fábricas ficam localizadas em Caxias do Sul, São Leopoldo, Duque de Caixas, além de um laboratório em Xerém.  No país, o grupo gera 2.100 empregos diretos.
De acordo com a empresa, a América Latina é ponto estratégico para os investimentos do grupo e o Brasil principalmente pelas descobertas do pré-sal.
Fonte: Redação TN 

5- Usinas nucleares brasileiras batem recorde de capacidade de geração
No último dia 9 de setembro, a Eletrobras Eletronuclear alcançou a maior capacidade de geração de sua história, com 2.022 megawatts (MW) produzidos pela Central Nuclear de Angra dos Reis. Essa marca foi atingida porque as usinas operaram com potência maior do que a de projeto. Angra 1, de 640 MW, alcançou 647 MW. Já Angra 2, de 1.350 MW, atingiu 1.375 MW. Até então, a melhor marca fora 2.018 MW, em 13 de junho.
O aumento da potência foi consequência da baixa temperatura da água do mar, que aumenta a eficiência térmica dos sistemas das usinas nucleares. Em virtude disso, desde o início do inverno, as duas usinas vêm operando acima da sua capacidade.
No início deste ano, a central nuclear de Angra atingiu a marca de geração acumulada de 200 milhões de megawatts-hora (MWh). Em 2012, Angra 1 bateu o recorde de produção anual da usina, gerando 5.395.561 MWh. O fator de disponibilidade da unidade em 2012 (ou seja, o tempo em que ela esteve disponível para gerar 100% de sua capacidade) foi de 97,25% – o maior fator anual desde o inicio de sua operação comercial, em 1985. Angra 2, por sua vez, teve uma produção de 10.645.229 MWh em 2012 – sua segunda melhor marca até hoje, o que a coloca entre as melhores usinas do mundo.
No último dia 9 de setembro, a Eletrobras Eletronuclear alcançou a maior capacidade de geração de sua história, com 2.022 megawatts (MW) produzidos pela Central Nuclear de Angra dos Reis. Essa marca foi atingida porque as usinas operaram com potência maior do que a de projeto. Angra 1, de 640 MW, alcançou 647 MW. Já Angra 2, de 1.350 MW, atingiu 1.375 MW. Até então, a melhor marca fora 2.018 MW, em 13 de junho. O aumento da potência foi consequência da baixa temperatura da água do mar, que aumenta a eficiência térmica dos sistemas das usinas nucleares. Em virtude disso, desde o início do inverno, as duas usinas vêm operando acima da sua capacidade.
No início deste ano, a central nuclear de Angra atingiu a marca de geração acumulada de 200 milhões de megawatts-hora (MWh). Em 2012, Angra 1 bateu o recorde de produção anual da usina, gerando 5.395.561 MWh. O fator de disponibilidade da unidade em 2012 (ou seja, o tempo em que ela esteve disponível para gerar 100% de sua capacidade) foi de 97,25% – o maior fator anual desde o inicio de sua operação comercial, em 1985. Angra 2, por sua vez, teve uma produção de 10.645.229 MWh em 2012 – sua segunda melhor marca até hoje, o que a coloca entre as melhores usinas do mundo.
Fonte: Redação TN/ Ascom Eletrobras


II – COMENTÁRIOS

1- Petroleiras  chinesas no campo de libra
As três petroleiras chinesas inscritas no leilão devem conversar entre si - o que pode incluir preço e/ou estratégia - antes da oferta
Fonte: Sabrina Valle, do  Estadão  
Plataforma de petróleo da Petrobras:
a possibilidade de comunicação entre as chinesas
abre uma incógnita na negociação de consórcios
Rich Press/Bloomberg
As três petroleiras chinesas inscritas no leilão de Libra devem conversar entre si - o que pode incluir preço e/ou estratégia - antes da oferta pela área gigante a ser licitada, segundo o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China. Segundo a Camara, deve haver algum tipo de conversa de forma a evitar prejuízo a qualquer uma delas, já que respondem ao mesmo governo. "No leilão, elas podem chegar a um acordo para não se prejudicarem".
CharlesTang,presidente da Camara, porém, lembra que as estatais chinesas normalmente concorrem diretamente entre si e aposta que dificilmente apenas uma fará lance. "Acho que as três vão querer disputar", afirmou Tang, que acompanha o comércio entre os dois países mas não acompanha as negociações para o leilão.
A taxa de inscrição paga por candidato ao primeiro leilão do pré-sal foi de R$ 2,067 milhões. Onze empresas se registraram, incluindo a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), especializada na exploração em mar; a China Petroleum and Chemical Corporation (Sinopec), refinarias; e a China National Petroleum Corporation (CNPC), voltada para blocos em terra.
"Originalmente (cada uma foi criada com um fim específico), hoje todas estão em tudo", explicou Tang. A Sinopec se inscreveu no leilão através da joint venture Repsol/Sinopec, formada no Brasil em parceria com a espanhola e já com ativos no País. A chinesa também tem parceria com a Galp, inscrita no leilão de Libra por meio de sua subsidiária Petrogal. CNOOC e CNPC são estreantes.
A possibilidade de comunicação entre as chinesas abre uma incógnita na negociação de consórcios. A Petrobrás já assumiu não ser capaz de arcar sozinha com os R$ 15 bilhões de bônus de assinatura a serem pagos à vista e informou que deve entrar na disputa em parceria.
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) disse ser muito provável que as chinesas financiem o certame em troca de óleo, por terem ampla oferta de capital e necessidade de garantir acesso a reserva futura de petróleo. Elas teriam, inclusive, cacife para adiantar a parte do bônus que caberia à Petrobras. 
OBS: As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

2- Petrobras encerra rodada de venda de ativos no país e foca no exterior
A Petrobras praticamente deu por encerrada a rodada de vendas de ativos nacionais dentro do ambicioso programa de desinvestimentos, de US$ 9,9 bilhões, incluído no plano de negócios e gestão 2013-2017. A companhia vai focar novamente na alienação de projetos no exterior, como era a ideia original do plano. Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a empresa deve anunciar em breve uma nova operação no exterior. A executiva, porém, não deu prazo para a conclusão do negócio.
"Praticamente o que tinha para ser feito no Brasil já foi feito. Tivemos uma realização boa, dentro do previsto. E uma realização no exterior menor do que o previsto", disse Graça Foster ao 'Valor'.
A presidente da Petrobras confirmou que a refinaria de Pasadena (EUA) está fora da lista de desinvestimentos, porque as propostas que recebeu pelo empreendimento estavam abaixo do valor esperado pela companhia. "E como o 'tight oil' [petróleo contido em rochas de difícil extração] está dando uma margem boa para as refinarias que estão no Golfo do México, Pasadena passou a dar bons resultados. A gente vai investir o mínimo em Pasadena para que ela opere com mais eficiência em 2014", completou a executiva.
A empresa também não recebeu propostas relevantes para a refinaria de Okinawa, no Japão, que também foi retirada da "vitrine" de projetos à venda.
Segundo Graça Foster, a estratégia para a área internacional da Petrobras hoje é investir nas atividades de exploração de petróleo e gás. Com isso, a empresa sinaliza que poderá se desfazer de ativos de outros segmentos, como produção, refino e distribuição. Pode ganhar força também a negociação de ativos na Argentina, onde as tentativas fracassaram em maio, quando a diretoria da estatal não aprovou as propostas obtidas pelos ativos na ocasião.
O diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, concorda com a estratégia da estatal. O especialista critica o fato de a companhia ter vendido alguns ativos de exploração e produção, que fazem parte da atividade fim da petroleira. "Dos ativos que ela vendeu, muito poucos ela deveria vender realmente", afirmou Pires.
Em recente relatório, o Itaú BBA observou que a Petrobras pode estar vendendo ativos internacionais com preços mais baixos para fazer caixa. A tese do banco é baseada no fato de a Shell ter exercido o direito de preferência na compra da participação da estatal no bloco BC-10, onde está situado o Parque das Conchas, na Bacia de Campos. A Petrobras já havia negociado sua fatia na área com o grupo chinês Sinochem.
"A Shell ter exercido seu direito de preferência no BC-10 nos faz acreditar que ele foi vendido com valor de desconto", diz o Itaú BBA no relatório. Na ocasião do anúncio da operação, a Petrobras informou que o negócio foi fechado por US$ 1,54 bilhão.
A companhia brasileira detinha 35% no BC-10. Com o direito de preferência, a Shell deve ampliar sua participação, de 50% para 73%. A outra sócia, a indiana ONGC, caso tome a mesma medida, aumentará de 15% para 27% sua fatia no bloco.
Segundo analistas, a Petrobras já alcançou perto de 50% dos US$ 9,9 bilhões com o programa de desinvestimentos. No início do ano, a companhia havia informado que pretendia realizar a maior parte desse valor em 2013.
Segundo Graça Foster, a Petrobras não deve alcançar a meta total em 2013. "Mas não é o fim do mundo", acrescentou ela, lembrando que a cifra está prevista no horizonte do plano 2013-2017, e reforçou que a empresa está capitalizada para fazer os investimentos previstos neste ano.
Desde que anunciou o programa de desinvestimentos, no plano de negócios 2011-2015, para levantar recursos para fazer frente aos projetos no pré-sal, a Petrobras já anunciou, por meio de comunicados e fatos relevantes, uma série de operações no Brasil e no exterior. As mais expressivas foram a venda de 35% do BC-10 e de 40% no bloco BS-4, onde estão os campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, para a OGX.
A Petrobras praticamente deu por encerrada a rodada de vendas de ativos nacionais dentro do ambicioso programa de desinvestimentos, de US$ 9,9 bilhões, incluído no plano de negócios e gestão 2013-2017. A companhia vai focar novamente na alienação de projetos no exterior, como era a ideia original do plano. Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a empresa deve anunciar em breve uma nova operação no exterior. A executiva, porém, não deu prazo para a conclusão do negócio.
"Praticamente o que tinha para ser feito no Brasil já foi feito. Tivemos uma realização boa, dentro do previsto. E uma realização no exterior menor do que o previsto", disse Graça Foster ao 'Valor'.
A presidente da Petrobras confirmou que a refinaria de Pasadena (EUA) está fora da lista de desinvestimentos, porque as propostas que recebeu pelo empreendimento estavam abaixo do valor esperado pela companhia. "E como o 'tight oil' [petróleo contido em rochas de difícil extração] está dando uma margem boa para as refinarias que estão no Golfo do México, Pasadena passou a dar bons resultados. A gente vai investir o mínimo em Pasadena para que ela opere com mais eficiência em 2014", completou a executiva.
A empresa também não recebeu propostas relevantes para a refinaria de Okinawa, no Japão, que também foi retirada da "vitrine" de projetos à venda.
Segundo Graça Foster, a estratégia para a área internacional da Petrobras hoje é investir nas atividades de exploração de petróleo e gás. Com isso, a empresa sinaliza que poderá se desfazer de ativos de outros segmentos, como produção, refino e distribuição. Pode ganhar força também a negociação de ativos na Argentina, onde as tentativas fracassaram em maio, quando a diretoria da estatal não aprovou as propostas obtidas pelos ativos na ocasião.
O diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, concorda com a estratégia da estatal. O especialista critica o fato de a companhia ter vendido alguns ativos de exploração e produção, que fazem parte da atividade fim da petroleira. "Dos ativos que ela vendeu, muito poucos ela deveria vender realmente", afirmou Pires.
Em recente relatório, o Itaú BBA observou que a Petrobras pode estar vendendo ativos internacionais com preços mais baixos para fazer caixa. A tese do banco é baseada no fato de a Shell ter exercido o direito de preferência na compra da participação da estatal no bloco BC-10, onde está situado o Parque das Conchas, na Bacia de Campos. A Petrobras já havia negociado sua fatia na área com o grupo chinês Sinochem.
"A Shell ter exercido seu direito de preferência no BC-10 nos faz acreditar que ele foi vendido com valor de desconto", diz o Itaú BBA no relatório. Na ocasião do anúncio da operação, a Petrobras informou que o negócio foi fechado por US$ 1,54 bilhão.
A companhia brasileira detinha 35% no BC-10. Com o direito de preferência, a Shell deve ampliar sua participação, de 50% para 73%. A outra sócia, a indiana ONGC, caso tome a mesma medida, aumentará de 15% para 27% sua fatia no bloco.
Segundo analistas, a Petrobras já alcançou perto de 50% dos US$ 9,9 bilhões com o programa de desinvestimentos. No início do ano, a companhia havia informado que pretendia realizar a maior parte desse valor em 2013.
Segundo Graça Foster, a Petrobras não deve alcançar a meta total em 2013. "Mas não é o fim do mundo", acrescentou ela, lembrando que a cifra está prevista no horizonte do plano 2013-2017, e reforçou que a empresa está capitalizada para fazer os investimentos previstos neste ano.
Desde que anunciou o programa de desinvestimentos, no plano de negócios 2011-2015, para levantar recursos para fazer frente aos projetos no pré-sal, a Petrobras já anunciou, por meio de comunicados e fatos relevantes, uma série de operações no Brasil e no exterior. As mais expressivas foram a venda de 35% do BC-10 e de 40% no bloco BS-4, onde estão os campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, para a OGX.
Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 147

I – NOTÍCIAS

1- Lobão afirma que ausência de grandes empresas não vai comprometer leilão
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou a lista com as 11 empresas que pagaram taxa de participação para a o primeiro leilão do pré-sal, referente ao Campo de Libra, na Bacia de Santos. A lista não inclui grandes empresas petrolíferas como Exxon, Chevron, British Petroleum (BP) e British Gas (BG).
Entre as empresas inscritas, três têm capital chinês: Cnooc International Limited (China), China National Petroleum Corporation (CNPC) e Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa). As demais são a Ecopetrol (Colômbia), Mitsui & CO (Japão), ONGC Videsh (Índia), Petrogal (Portugal), Petrobras, Petronas (Malásia), Shell (Anglo-Holandesa) e Total (Francesa). As empresas ainda terão que passar por um processo de habilitação para participar da licitação.
O ministro criticou o pessimismo de analistas em relação ao leilão, por causa da ausência de grandes empresas. Ele também disse que não se justifica a crítica ao fato de algumas das empresas que pretendem participar da licitação serem estatais. “Qual o mal nisso? A Petrobras é considerada estatal e é um orgulho brasileiro e uma grande petroleira nacional e com grande experiência em exploração em águas profundas”, disse.
Lobão esclareceu que, se houver apenas um consórcio apresentando propostas no dia 21 de outubro, o leilão não será comprometido. “Isso não mudaria nada, porque o bônus de assinatura e o mínimo de óleo que deverá ser destinado para a União teria que ser cumprido. Mas acreditamos que haverá mais de um consórcio, dois ou três”, disse o ministro.
A empresa vencedora será a que reverter o maior percentual do petróleo excedente à União. A Petrobras terá participação de no mínimo 30% no consórcio vencedor. A empresa que vencer o leilão terá que pagar um bônus de assinatura à União de R$ 15 bilhões.
Para o ministro, a ausência de empresas americanas na licitação do pré-sal não está relacionada às denúncias de espionagem envolvendo o governo dos Estados Unidos e a Petrobras. “As empresas que deixaram de participar tiveram as suas razões e eu não quero entrar na intimidade delas. As que estão inscritas são grandes empresas, são tranquilizadoras com a sua presença e elas darão sucesso a este que será um dos leilões mais importantes da história no mundo”, disse Lobão.
A área a ser licitada tem cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados. O volume de petróleo recuperável deverá oscilar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.
Fonte: Agência Brasil

2- Brasil terá supercomputador para óleo e gás
Carol Garcia
A companhia de óleo e gás BG Brasil é idealizadora e parceira no projeto de implantação do mais potente supercomputador da América do Sul. O equipamento voltado à pesquisa em geofísica vai receber investimento total de cerca de US$ 32,1 milhões, sendo US$ 21,7 milhões da BG Brasil. O projeto já foi submetido à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e também conta com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Governo da Bahia, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e do Senai.
“O supercomputador resultará em um centro de excelência em imageamento sísmico e modelagem de nível internacional, contribuindo significativamente pra estudos em campos complexos de óleo e gás, como os do pré-sal”, afirma o presidente da BG Brasil Nelson Silva. “Esta é uma oportunidade ímpar para a indústria de óleo e gás brasileira, em linha com os interesses do país”, complementa o executivo.
O supercomputador faz parte da estratégia de tecnologia da BG Brasil, que prevê o investimento de cerca de US$ 30 milhões em pesquisa e desenvolvimento em 2013. Até 2025, o BG Group, do qual a BG Brasil faz parte, deve investir até US$ 2 bilhões em tecnologia no país.
O lançamento do projeto aconteceu em paralelo à cerimônia para anúncio do Centro de Supercomputação para Inovação Industrial pelo Senai Bahia. Estavam presentes a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; o Secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governado da Bahia, Paulo Câmera; o Presidente da Fieb, José Mascarenhas; o Secretário Executivo do MCTI, Luiz Antônio Rodrigues Elias; e o Presidente da BG Brasil, Nelson Silva.
Imageamento sísmico de ponta para óleo e gás
O supercomputador tem capacidade para realizar 300 a 400 trilhões de operações por segundo (TFlops). A prioridade é o estudo e aprimoramento da tecnologia chamada Full Waveform Inversion (FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões industriais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Serão colaboradores nas pesquisas a Universidade de British Columbia (Canadá) e a Imperial College London (Inglaterra), ambas referências mundiais em FWI.
A metodologia FWI está sendo utilizada na otimização de atividades de óleo e gás no mundo. O supercomputador deve ser implantado em janeiro de 2014 no Senai Cimatec (Salvador) e é imprescindível para aplicação dessa metodologia que possui capacidade de revolucionar a forma pela qual dados sísmicos são adquiridos e processados, reduzindo custos e o impacto ambiental da operação.
*Na foto (da esquerda para a direita): o secretário Executivo do MCTI, Luiz Antônio Rodrigues Elias; o senador Walter Pinheiro (PT-BA); o presidente da Fieb, José Mascarenhas; secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Governado da Bahia, Paulo Câmera; diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; e o presidente da BG Brasil, Nelson Silva.
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria

3- GE Oil & Gas tem novo presidente
A GE anunciou esta semana o executivo Lorenzo Simonelli como novo presidente da divisão de óleo e gás da companhia. Simonelli era CEO da divisão de transportes da GE, que agora está sob o comando de Russell Stokes. Ambos tomarão posse no dia 1º de outubro.
Simonelli, de 40 anos, é um veterano na GE. Com 19 anos de casa, era presidente e CEO da GE Transportation desde 2008. Em 1994 ele se graduou no Programa de Gestão Financeira da GE. Simonelli atuou como CFO da Americas for Consumer & Industrial, e ocupou posições de liderança nos setores de eletrodomésticos, iluminação, distribuição elétrica e motores.
Stokes, de 42 anos, que sucederá Simonelli como presidente e CEO da GE Transportation, também é um veterano na GE, com 16 anos de empresa. Recentemente, o executivo era vice-presidente de serviços globais em transportes. Anteriormente, passou pela GE Aviation e ocupou funções de desenvolvimento de finanças, risco e de negócios da aviação e de iluminação. 
Fonte: Redação TN/ Ascom GE

4- OGX faz nova mudança na composição de sua diretoria
A OGX comunicou ao mercado que Roberto Bernardes Monteiro não é mais o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.
Segundo a empresa de óleo e gás do grupo EBX, tais cargos ficarão vagos até a eleição, em reunião do Conselho de Administração a ser oportunamente convocada, de novo diretor a ocupá-los.
Fonte: Ascom OGX

5- Embraer pode criar empresa para atender indústria naval
Fonte: Redação TN, com Valor Econômico 
Recentemente, a Embraer contratou o executivo Daniel Noczydlower com um propósito: que ele se torne o CEO de sua nova companhia. Segundo reportagem do Valor Econômico a Embraer está criando um braço de negócio para atender os segmentos de petróleo, gás e naval.
A criação da nova companhia faz parte da estratégia de diversificação das operações da Embraer. De acordo com o jornal, a companhia vai atuar, por exemplo,  com tecnologia embarcada para o gerenciamento de operações de navios e plataformas e até uma parceria é cogitada pela Embraer.
Ainda segundo o Valor, a americana Sikorsky é uma das empresas que estariam sendo analisadas pela Embraer para um possível acordo.


II – COMENTÁRIOS

1- Odebrecht quer operar em escala comercial a partir de 2016
Até agora, cinco projetos que visam produzir etanol celulósico e somam investimentos de R$ 1,198 bilhão estão contratados ou aprovados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além dos que já estão em estágio avançado, ou seja, buscam a escala comercial, há os que se propõem neste momento a implantar uma unidade de demostração (até 3 milhões de litros) e também os que ainda estão validando a tecnologia para quebrar a celulose da biomassa e extrair açúcar.
É o caso da Odebrecht Agroindustrial (antiga ETH Bioenergia) que conclui no fim de outubro a segunda etapa dos testes para comprovar a viabilidade da tecnologia que escolheu para produzir o biocombustível de segunda geração. Desde julho, amostras de bagaço de cana de suas usinas brasileiras - são nove que devem processar 25 milhões de toneladas de cana neste ciclo 2013/14 - estão sendo enviadas à Dinamarca, para a planta de demonstração da parceira no projeto, a Inbicon.
Alguns ajustes foram feitos para essa última etapa de testes. Se for confirmada a competitividade do processo, a Odebrecht prevê que em 2016 será possível colocar em operação sua primeira usina de etanol celulósico em escala comercial, diz o vice-presidente de operações e engenharia da Odebrecht Agroindustrial, Celso Luiz Tavares Ferreira.
A planta também será integrada a uma usina de primeira geração e terá capacidade semelhante à da fábrica que está sendo construída pela GranBio: 80 milhões de litros de etanol celulósico por ano. "Com a decisão de integrar a primeira e a segunda gerações, vamos reduzir em 30% a necessidade de investimento", diz.
Quando a fase de testes for concluída, terá demandado aportes de R$ 8 milhões, que vieram da Finep, via Programa de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), iniciativa conjunta da Finep e do BNDES.
Desde que os testes começaram, conta o executivo, foram feitas diversas alterações nos processos para encontrar as enzimas e insumos mais adequados. No começo, diz Ferreira, os rendimentos estavam muito baixos. Mas, a partir desses ajustes, explica ele, a produtividade aumentou, o que reduziu em 35% o custo de produção inicial.
Ferreira prevê que o etanol celulósico vai ampliar em 30% a produção do biocombustível da companhia, com o uso do bagaço e da palha da cana. "Vai ser complementar, ou seja, vai ajudar a aumentar a produtividade, extraindo mais etanol a partir da mesma quantidade de biomassa".
Após a validação da tecnologia, a empresa formatará um projeto de viabilidade econômica. A Inbicon deve continuar a sociedade com a Odebrecht na implantação e gestão da tecnologia. "Provavelmente, será feita uma joint venture com a Inbicon, que será sócia na tecnologia e na produção do etanol celulósico", explica Ferreira.
O BNDES aprovou a construção de uma planta de demostração de etanol celulósico, que pertence ao Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que tem grandes grupos como Copersucar e Raízen como sócias. O Centro já começou a implantar a unidade com capacidade para 3 milhões de litros por ano na usina paulista São Manoel. A previsão é que a fábrica entre em operação no próximo ciclo, o 2014/15.
Fonte: Valor Econômico

2- Brasil precisa investir R$ 600 bilhões para driblar gargalos
Fonte: Jornal do Commercio 
O déficit da área de transportes no País já soma R$ 600 bilhões. Este seria o montante necessário para suprir os gargalos imediatos do setor, conforme estudo desenvolvido pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC). Segundo o diretor da estatal, Hederverton Santos, mesmo que metade do investimento já esteja sendo aplicada em programas como o PAC, ainda faltam iniciativas que resolvam a carência do eixo que a EPL chama de “estruturante”. “Basicamente, é necessário investir em complementação de linhas da malha ferroviária e na remodelação de quase a totalidade (20 mil quilômetros) da malha rodoviária brasileira”, sinalizou o executivo durante o Fórum de Infraestrutura e Logística, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha, nesta quinta-feira, em Porto Alegre.
Além de trabalhar a longo prazo no Plano Nacional de Logística Integrada, a  EPL tem avaliado a viabilidade de “novas ondas de investimentos” em estudo em conjunto com o MBC e deve apresentar o resultado ao Ministério dos Transportes em breve. Santos afirma que o Brasil perde em competitividade para outros países ao investir pouco em infraestrutura. “A análise do que precisa ser feito partiu dos polos onde estão as 10 principais cadeias produtivas do Brasil e como se dá o deslocamento da produção e ligação entre elas”, resume o diretor da EPL.
Um estudo do transporte de cargas realizado em 2010 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também identificou os polos produtivos dos três estados da região Sul e o tipo de transporte utilizado, além dos destinos das produções dentro e fora do País. Em sua palestra no fórum sobre logística, o presidente da entidade, Heitor José Müller, lembrou que o levantamento foi entregue à Empresa Brasileira de Logística do governo federal e apresentado também ao governo estadual e a diversas prefeituras do Rio Grande do Sul.
“Com as novas tecnologias, o setor agrícola está produzindo cada vez mais por hectare (a produção cresceu 24% sem que aumentasse as áreas), e tudo isso precisa ser transportado. Se nada for feito até 2020, será um caos”, argumentou Müller, ao defender iniciativas como as duplicações de estradas, por exemplo. “O caminho desde as áreas de produção até o porto do Rio Grande é muito longo, e gasta-se muito tempo com os caminhões enfileirados, porque não há duplicação nestas rodovias”, reclamou. “A grande maioria das indústrias já fez o dever de casa: implementou equipamentos, aumentou funcionários, reduziu custos para competir. Mas do portão para fora, continuam os problemas.” Com altos gastos em logística, a perda de produção e da atividade industrial no Estado e no País é uma das consequências, lembrou Müller. “O nosso PIB seria bem maior se não existissem as amarras da falta de infraestrutura”, sentenciou.

domingo, 15 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 146

I – NOTÍCIAS

1- Petrobras anuncia venda de ativos na Colômbia
A Petrobras comunicou que seu Conselho de Administração aprovou a alienação de 100% das ações de emissão da Petrobras Colombia Limited (PEC), para a Perenco, no valor de US$ 380 milhões.
Os ativos da Petrobras Colombia que fazem parte da transação incluem participações em 11 blocos de exploração e produção em terra com produção média líquida de 6.530 boed (barris de óleo equivalente por dia) além dos oleodutos de Colombia e Alto Magdalena, com capacidade de transporte de 14.950 bpd (barris por dia) e 9.180 bpd, respectivamente.
Segundo a estatal, a conclusão da transação está sujeita a determinadas condições precedentes usuais, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH).
A Petrobras continuará presente na Colômbia através de seus ativos de exploração no mar e distribuição, além de um bloco exploratório em terra.

2- OGX admite possibilidade de recuperação judicial
O presidente da petroleira OGX, Luiz Eduardo Carneiro, admitiu  a possibilidade de a companhia entrar com pedido de recuperação judicial. Segundo ele, no entanto, a empresa ainda tem condições de reverter o grave quadro financeiro em que se encontra, com dívidas de US$ 3,6 bilhões com credores internacionais e o caixa debilitado.
"A recuperação judicial é uma possibilidade. Mas espero não entrar [com o pedido]", disse o executivo, depois da assembleia geral extraordinária (AGE) que o elegeu membro independente do conselho de administração da petroleira. "Ao final desse processo, teremos uma empresa saudável, sem dívida, com capacidade enorme para fazer parcerias e ter novos ativos", completou.
Carneiro explicou que a companhia tem "perspectivas positivas" com relação à renegociação da dívida com credores internacionais. Ele, no entanto, não quis arriscar um prazo para a que a negociação seja concluída.
"É a empresa [OGX] que está a frente desse processo. Ele foi montado em julho e coordenado por nós. Ele [Eike Batista] participa com seus advisors [ Angra Partners ] porque é o controlador e precisa estar de acordo", explicou Carneiro.
O executivo disse também que a companhia vai "oxigenar os ativos". A aposta está nos quatro blocos arrematados na 11ª Rodada que a companhia manteve, nos 40% de participação no bloco BS-4, na Bacia de Santos - considerado por Carneiro "o melhor ativo da empresa" - e a redução de duas para uma única sonda.
Ontem, o diretor de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, afirmou que o interesse de investidores nos ativos das empresas do grupo X prova que "há sentido nos investimentos que estavam sendo feitos".
"Desde que começou a crise no grupo, repetimos que o importante era a qualidade nos investimentos que estavam sendo feitos. Há um movimento importante de novos investimentos no país, assumindo compromissos que o grupo X tinha", disse Ferraz, em evento no Rio de Janeiro.
O diretor afirmou que o banco tratou as empresas do grupo da mesma forma que trataria companhias do mesmo gênero, pré-operacionais. Quando questionado sobre o motivo de o grande volume de desembolsos que o BNDES fez ao grupo X exigindo fiança bancária, Ferraz disse que "o grupo não foi tratado com exceção".
Além de Carneiro, foram eleitos como membros independentes do conselho de administração da OGX Julio Klein Junior e Pedro Borba. As duas indicações, porém, foram problemáticas.
Acionistas minoritários entraram com pedido de impugnação da indicação de Klein Junior, alegando conflito de interesse, já que ele havia sido eleito no dia anterior para o conselho da coligada OSX, uma das principais fornecedoras da petroleira.
Já a indicação de Pedro Borba pegou os minoritários de surpresa. Ele foi indicado de última hora diante da impossibilidade de Leonardo Brunet assumir o cargo. Ainda não se sabe por que Brunet, que havia sido indicado pela Angra Partners, consultoria contratada para reestruturar o grupo EBX, não ficou com a vaga.
AGE foi marcada por protestos dos cerca de 20 minoritários participantes. Quando o secretário da AGE informou que havia água disponível para quem quisesse beber, um minoritário exclamou: "A gente não quer água. A gente quer petróleo. O petróleo que foi prometido".
Fonte: Valor Economico

3- DNIT inicia manutenção do canal de navegação do Rio Madeira
Fonte: Ascom /DNIT 
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou no dia 1º de setembro os serviços de dragagem de manutenção da Hidrovia do Rio Madeira. A dragagem, ou desassoreamento, irá retirar sedimentos e bancos de areia do canal de navegação.
O serviço tem como objetivo garantir maior segurança na navegação de grandes e pequenas embarcações no canal do Rio Madeira, além de permitir o tráfego permanente na hidrovia, facilitando o escoamento de cargas e o transporte passageiros.
A manutenção se estenderá ao longo de 1.092 quilômetro do rio Madeira, entre as cidades de Porto Velho (RO) e Humaitá (AM). Serão priorizados os locais mais críticos, ocorrendo em sete pontos destintos:
Rondônia (RO): Tamanduá, Cujubim/Mutum, Vila de São Carlos, Curicacas e Papagaios.
Amazonas (AM): Ilha do Salomão, Três Casas.

4- Chevron e Transocean assinam TAC sobre vazamento
O Ministério Público Federal (MPF) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Chevron Brasil, a Chevron Latin America e a Transocean Brasil, responsáveis pelos vazamentos de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro de 2011 e em março de 2012.
O termo prevê obrigações inéditas de precaução e prevenção de novos incidentes e de compensação pelos vazamentos ocorridos no Campo de Frade. Com isso, duas ações civis públicas movidas pelo MPF em Campos dos Goytacazes poderão ser extintas, segundo o Ministério Público Federal.
O termo será assinado nesta sexta-feira, 13, às 15h, no Rio de Janeiro, com representantes da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Ibama. O TAC será homologado na 1ª Vara Federal. 
Fonte: Agência Estado.

5- MPX muda de nome e passa a ser Eneva 
A MPX Energia anunciou, após assembleia geral extraordinária, ter aprovado a alteração do nome da companhia, que passa agora a se chamar Eneva S.A. Segundo divulgou a companhia, o nome é composto pela letra "E", de "energia", combinada à palavra "Neva", que remete a "nova". O nome simboliza uma nova fonte de energia, em busca constante por soluções inovadoras e transformadoras.
Segundo a empresa, a mudança do nome refletiria uma nova fase da companhia, que desde maio tem seu controle compartilhado entre Eike Batista e a E.ON, que adquiriu 24,5% das ações do empresário.
A Eneva informou ontem que a E.ON, por ser um dos acionistas controladores, apoiará de forma significativa a empresa, contribuindo ativamente na gestão da companhia e na implantação dos projetos.
A Eneva inicia sua trajetória com uma carteira de ativos operacionais de 1.780 MW de capacidade instalada, localizados nos estados do Ceará, Maranhão e Amapá, além de mais 1.100 MW em construção.
Fonte: Diário do Nordeste,CE 

6- A venda da CBO 
Há alguns meses, noticiou-se interesse do grupo Fischer em vender sua parte marítima, composta pela empresa de navegação CBO, especializada em barcos de apoio, mais o estaleiro Aliança – produtor dos mesmos barcos – e de unidade industrial que supre o estaleiro. O mercado estimava o valor de venda em R$ 1 bilhão, e se dizia que o motivo foi o atraso, no Governo Dilma, na contratação desses barcos, diante da situação financeira da Petrobras.
Em seguida, a Petrobras reiniciou a contratação de barcos – a estatal faz contratos de médio prazo com armadores, que em seguida encomendam as unidades aos estaleiros – e se soube que o grupo Fischer – dono da gigante de sucos Citrosuco Paulista – estava decidido a continuar no negócio.
Agora, no entanto, voltam a circular comentários de que os grupos Promon e BTG Pactual, com apoio da estatal BNDESPar, fariam nova oferta para ficar com o complexo marítimo da família Fischer.
Fonte: Monitor Mercantil


II – COMENTÁRIOS

1- China deve se tornar o maior importador de petróleo
O mercado mundial de petróleo alcançará um marco no mês que vem, quando a China ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior importador mundial líquido de petróleo, se as projeções da Divisão de Informações sobre Energia, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, estiverem corretas.
A mudança chama a atenção para a mudança das relações internacionais impulsionada pelo persistente crescimento das importações de petróleo da China e pela queda vertical das compras externas do produto pelos EUA. A Agência Internacional de Energia (AIE), o órgão de monitoramento do mercado que assessora os países ricos, projeta que as importações americanas de petróleo do Oriente Médio vão cair de 1,9 milhão de barris/dia em 2011 para apenas 100 mil b/d em 2035.
No mesmo período, as importações chinesas do petróleo da região deverão aumentar de 2,9 milhões de b/d para 6,7 milhões de b/d, segundo as projeções.
Com um ritmo de desenvolvimento inferior às esperanças anteriores em torno do petróleo de xisto, a autossuficiência da China energética ainda está muito distante. Alguns anos atrás, as discussões sobre o crescimento acelerado da demanda da China por produtos energéticos sempre foram pautadas pela crescente competição - ou mesmo pelo potencial conflito - com os EUA para garantir acesso aos escassos volumes do produto.
Mas Carlos Pascual, o representante especial do Departamento de Estado dos EUA para questões energéticas internacionais, argumenta que é do interesse americano que a China consiga suprir suas necessidades por energia e deixe de causar a disparada dos preços do petróleo. "A capacidade da China de atender à sua própria demanda será um importante fator controlador dos preços mundiais", diz ele.
Erica Downs, do Brookings Institution de Washington, argumenta que a demanda chinesa por energia pode também trazer vantagens. A China pode estar preparada para desempenhar um papel maior na salvaguarda dos fluxos mundiais de petróleo, diz ela.
Preocupações com segurança energética "podem obrigar Pequim a desempenhar um papel mais relevante na neutralização de uma ameaça ao livre fluxo de petróleo procedente do golfo Pérsico: o fechamento do estreito de Ormuz pelo Irã".
No entanto, a possibilidade de os Estados Unidos e outros países ficarem satisfeitos com uma frota naval chinesa estacionada no golfo são outros quinhentos, diz Michael Levi, do Conselho sobre Relações Exteriores. "Na prática, duvido que muitos formuladores americanos de políticas públicas gostarão da ideia de a China policiar as rotas marítimas regulares do Oriente Médio à Ásia", diz ele. "E tenho certeza de que o Japão não gostará." 
Fonte: Valor Econômico

2- China pode aceitar supernavios da Vale 
A Vale está apostando em uma melhora da economia chinesa para que a demanda pelo minério de ferro aumente. Isso poderia abrir caminho para seus supernavios, os chamados Valemax, abastecerem diretamente o mercado para o qual foram projetados, mas onde hoje enfrentam restrições.
A decisão do governo chinês de afrouxar as regras para o atracação desses navios poderia ser uma grande vantagem para a maior produtora de minério de ferro do mundo.
O tamanho do Valemax, maior embarcação de carga em operação hoje, é praticamente o dobro dos cargueiros que ficam em segundo lugar. O supernavio da Vale tem porte de 400.000 toneladas e foi desenvolvido pela mineradora para reduzir a desvantagem de estar mais longe do mercado chinês do que suas concorrentes BHP Billiton e Rio Tinto, que têm operações na Austrália.
Temendo a concorrência, armadores chineses, incluindo a China Ocean Shipping (Group) Co., promoveram um bem-sucedido lobby no início de 2012 para essencialmente proibir o Valemax, classificando-o como "uma questão de monopólio e concorrência desleal" e citando preocupações de segurança.
O governo chinês, seduzido pelo argumento das siderúrgicas e outras empresas de que os navios podem significar minério de ferro mais abundante, e consequentemente mais barato, está considerando repassar aos portos, individualmente, a decisão quanto ao tamanho dos navios que podem receber.
Os portos chineses podem receber navios para até 300.000 toneladas de porte, apesar de alguns já terem começado a construir instalações para receber navios maiores como o Valemax.
O presidente da Vale Minerals na China, João Mendes Faria, disse ontem que o país asiático pode importar minério de ferro a um custo mais eficiente se as autoridades abrirem os portos aos navios Valemax. "A decisão está nas mãos da China."
No fim de agosto, o Ministério dos Transportes divulgou uma proposta preliminar para permitir que as autoridades portuárias aceitem navios maiores que os limites atuais, desde que acatem restrições de segurança e outras exigências.
Analistas dizem que a linguagem da proposta é vaga, mas pode abrir as portas para o Valemax. "Minha interpretação é que isso irá permitir navios com capacidade nominal superior a 300.000 toneladas de porte", diz Bonnie Chan, analista da Macquarie Securities. Mas a embarcação ainda pode ser obrigada a transferir parte da carga para outros navios menores antes de chegar ao porto para atender aos limites de segurança do cais, diz o texto da proposta.
O Ministério dos Transportes não quis comentar. Uma autoridade que trabalha com a proposta disse que ainda está ouvindo a opinião da indústria e que nenhuma decisão foi tomada.
Faria disse que a Vale não recebeu nenhum comunicado oficial das autoridades chinesas, mas que está ansioso por ver que rumo tomarão as regras. "A nova regulação pode indicar como as coisas vão avançar."
A Vale encomendou os primeiros de 35 navios Valemax em 2008 a estaleiros asiáticos, a um custo de mais de US$ 100 milhões cada. Ela é dona de 19 supernavios e tem outros 16 por meio de contratos de leasing. Mas eles têm atracado fora da China - principalmente nas Filipinas - e usam navios menores para levar a carga da Vale aos portos chineses.
A China produz quase metade do aço mundial. Em 2012, a Vale vendeu 148 milhões de toneladas de minério de ferro para o país, comparado com 60 milhões de toneladas para outros mercados na Ásia, incluindo Japão e Coreia do Sul. A Vale mantém uma previsão "muito positiva" para a demanda da China e espera que Pequim mude suas regras de ancoragem, disse Faria.
As importações chinesas de minério de ferro entre janeiro e agosto cresceram 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os preços do minério de ferro caíram 12% este ano, mas Faria disse acreditar que os preços "não cairão de maneira significativa" nos próximos anos.
"Neste ano, vendemos tudo", disse. "Para os dois próximos anos, temos recebido indicações de que venderemos tudo. Então, não temos preocupações."
Faria disse que a nova liderança na China parece estar pressionando as empresas - estatais e privadas - a enfrentar mais as realidades de mercado. "O ambiente para nossos negócios na China estão ainda melhores", disse.
Fonte: Valor Econômico

3- Brasil teme que espionagem na Petrobras afete lance em leilão do pré-sal 
A denúncia de espionagem na Petrobras pelo governo dos Estados Unidos gerou preocupações de que os norte-americanos tenham tido acesso à estratégia da estatal brasileira no leilão do pré-sal, o que poderia afetar os lances realizados por outras companhias na licitação da reserva de Libra, disse uma fonte do governo brasileiro nesta segunda-feira.
Na avaliação da fonte, que falou à Reuters sob condição de anonimato, empresas norte-americanas poderiam usar informações confidenciais da Petrobras para preparar suas ofertas no leilão. E isso reduziria a concorrência e os lances ofertados ao governo brasileiro pela exploração da área de Libra.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a denúncia de espionagem não afeta o cronograma nem as regras do certame, uma vez que as informações sobre Libra, a maior área exploratória de petróleo do país, já estão disponíveis para as empresas interessadas no leilão.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o cronograma do primeiro leilão do pré-sal sob o sistema de partilha, previsto para dia 21 de outubro, está mantido e que as regras da licitação não serão alteradas.
De acordo com reportagem veiculada no domingo pelo programa "Fantástico" da Rede Globo, o governo norte-americano espionou as redes de computadores de empresas como Petrobras e Google, conforme documentos vazados da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
Em nota divulgada no domingo, o diretor do Departamento dos Serviços de Inteligência dos EUA, James R. Clapper, afirmou que não é segredo para ninguém que o país coleta informações sobre questões econômicas e financeiras, especialmente para proteger cidadãos norte-americanos e os interesses dos aliados da nação. Mas ele ressaltou que o governo não compartilha segredos comerciais com companhias.
A reportagem não informou quando a suposta espionagem aconteceu, quais dados podem ter sido obtidos ou o que a agência estava buscando.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa concorda que, se realmente ocorreu espionagem envolvendo Libra, há risco de que lances do leilão sejam influenciados por tais informações.
"A história do petróleo sempre mostra que desde sempre ele é muito disputado pelos países", disse Costa, que atualmente é consultor. "Libra é uma área que não se tem igual no mundo, nesse tipo de leilão, aberto a outras empresas, é algo muito valioso", acrescentou, ponderando que é preciso antes de tudo confirmar se realmente houve espionagem.
Segundo ele, a diretoria da Petrobras nunca desconfiou de espionagem, porque sempre confiou em uma série de sistemas de proteções de que dispõe.
DILMA FURIOSA
A presidente Dilma Rousseff afirmou em nota divulgada nesta segunda-feira que, se confirmadas, as denúncias de espionagem na Petrobras mostrariam que os interesses da agência norte-americana são econômicos e estratégicos, e não o de garantir a segurança norte-americana.
"Se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos", informou nota assinada pela presidente.
Na semana passada, a Rede Globo já havia veiculado denúncias de que a agência do governo norte-americano espionou comunicações privadas de Dilma.
"Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", disse a presidente na nota.
REGRAS
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que apresentar a maior parcela de óleo destinada à União. Mesmo que não participe do consórcio vencedor, a Petrobras será, por lei, operadora de Libra e terá participação mínima de 30 por cento na área.
Como a Petrobras será a operadora de qualquer maneira e a partilha garante ao governo poder decisão, as bases do leilão não têm como ser afetadas, afirmou uma segunda fonte, também pedindo para não ser identificada.
"É diferente de uma reserva em que não se sabe o que há. Nessa, a reserva já é estimada e, além disso, a operação será pelo sistema de partilha, com mais poderes exercidos pelo governo", disse.
Libra será leiloada em um único bloco, porque o governo brasileiro teme que uma divisão em lotes poderia criar impasses jurídicos, com a possibilidade de um campo vazar óleo para o outro e a necessidade de acordos de unitização entre empresas, um imbróglio que ocorre quando há interligação entre reservatórios.
O programa Fantástico obteve as informações sobre a espionagem dos EUA na Petrobras por intermédio do jornalista e advogado norte-americano Glenn Greenwald, que escreve para o jornal britânico The Guardian. Greenwald, que mora no Rio de Janeiro, vem trabalhando junto com o ex-analista da NSA Edward Snowden para expor os programas de espionagem dos EUA.
A denúncia sobre a Petrobras pode complicar ainda mais um impasse diplomático entre os EUA e o Brasil provocado pela suposta espionagem da NSA às chamadas telefônicas e emails da presidente Dilma Rousseff.
ROAD SHOW
A ANP informou que concluiu no fim de semana um roadshow internacional para divulgar a primeira rodada do pré-sal. A equipe da ANP apresentou em Cingapura, Londres, Houston, Tóquio e Pequim informações sobre a área de Libra.
A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse a potenciais investidores que Libra é uma oportunidade única no mundo, tanto pelo volume estimado --de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo-- quanto pela quantidade de informações disponíveis, pois já existe importante descoberta na área, com óleo produzido e analisado, disse a assessoria de imprensa da agência reguladora.
Fonte: Reuters

domingo, 8 de setembro de 2013

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 145

I – NOTÍCIAS

1- Abemi debate no Senado a competitividade da engenharia brasileira
Portal Senado Presidência 
O  presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Antonio Ernesto Müller, realizou audiência com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Na pauta da reunião, a competitividade das empresas de engenharia, construção e montagem industrial, segmento que emprega cerca de 450 mil profissionais no país e é responsável por projetar e erguer empreendimentos de óleo e gás, mineração, siderurgia, infraestrura, entre outros.
Além de Müller, participaram na audiência o diretor de Mineração e Siderurgia da Abemi, Gabriel Abouchar, o coordenador de Assuntos Jurídicos da entidade, Daniel Esteves, e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).
Os empresários entregaram ao presidente do Senado documento com propostas conjunta com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a redução de encargos que incidem, de forma intensa, nos custos da mão de obra.
Müller destacou que "há um excessivo número de leis trabalhistas, agravado pela enorme quantidade e contínua emissão de jurisprudências, súmulas, decisões judiciais e ordens de serviços, que ignoram convenções e acordos coletivos negociados entre as empresas e sindicatos".
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ressaltou a necessidade de modernização da legislação para melhorar a produtividade das empresas brasileiras e sua capacidade de investimento.
*Na foto (da esqueda para a direita): Daniel Esteves, Gabriel Abouchar, Renan Calheiros, Antonio Müller e Flexa Ribeiro.
Fonte: Ascom Abemi

2- Indícios de petróleo em terra: Rio Grande do Norte
A Petrobras encontrou indícios de petróleo em um poço em terra no campo Canto do Amaro, em Mossoró, no Rio Grande do Norte. A comunicação à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o poço 3BRSA1193RN aconteceu ontem (5). A notificação indica a presença de indícios de hidrocarbonetos, mas ainda não constitui em uma acumulação comercial.
Canto do Amaro é um dos maiores campos do Brasil em terra. Produz desde 1986 e é considerado maduro, com produção que já ultrapassou seu pico e entrou em declínio. As reservas provadas são de 107,5 milhões de barris. A Petrobras investiu, desde abril de 2007, US$ 774 milhões para revitalizar o campo e reverter sua curva de declínio, o que aconteceu a partir de 2009. A produção aumentou para 22 mil barris por dia em junho de 2013 e, segundo a Petrobras, cerca de 70% desse volume deve-se à implantação do projeto.
A Petrobras pretende aumentar o fator de recuperação do óleo do campo em 4,9%, com a perfuração e acabamento de 199 poços, além de revitalização de 1.183 poços.
Frentes
Uma das frentes mais importantes da revitalização consiste na ampliação do sistema de injeção de água, para elevar a pressurização do reservatório, segundo a companhia. O projeto, com 93% do andamento executado, também contempla o lançamento de 40 km de dutos de coleta de óleo, lançamento de 620 km de dutos de injeção de água, construção de uma estação de tratamento de água produzida, 14 estações coletoras de emulsão de petróleo e duas estações de injeção de água.
Fonte: Diário do Nordeste

3- EBR inicia obras de estaleiro em RS
Estaleiros do Brasil (EBR) inicia a construção dos pavilhões industriais do estaleiro em São José do Norte (RS), a 350 quilômetros de Porto Alegre, numa área que faz parte do porto organizado do município vizinho de Rio Grande. No local serão montados e integrados os módulos da P-74, a primeira plataforma da Petrobras para operar no modelo de cessão onerosa no campo de Franco, na área do pré-sal na Bacia de Santos.
A construção do estaleiro foi anunciado em novembro de 2010 pelo presidente da EBR, Alberto Padilla. A empresa iniciou neste ano a terraplenagem da área de 150 hectares e em abril assinou o contrato para a integração da P-74, no valor de US$ 740 milhões.
A EBR é controlada pela holding TS Participações, que tem como sócios a brasileira Setal Óleo e Gás e japonesa Toyo Engineering, cada uma com 50% de participação. Conforme a empresa, o investimento na primeira etapa de instalação do estaleiro será de R$ 300 milhões. A unidade terá capacidade para processar 110 mil toneladas de aço por ano e cais com 820 metros de extensão para montar duas unidades FPSO (navios-plataforma) ao mesmo tempo.
A construção dos módulos para a P-74 começará neste ano e até o início de 2015 ele receberá o casco da plataforma para a integração.
Fonte: Valor Econômico

4- OGX quer aporte de US$ 1 bilhão de Eike Batista
A Diretoria da OGX comunicou ao mercado  que, por decisão unânime, exerceu opção contra seu acionista controlador, Eike Batista, para que ele subscreva novas ações ordinárias de emissão da Companhia no valor de US$1 bilhão (R$6,30 por ação). A garantia, conhecida como "Put", prevê desembolso imediato de US$ 100 milhões.
Seguno o comunicado da companhia, a diretoria proporá uma reunião extraordinária do Conselho de Administração para a convocação de Assembleia Geral destinada a aprovar o imediato aumento de capital social no valor de US$ 100 milhões.
Fonte: Ascom OGX

5- Congresso internacional debate setor elétrico
O Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE) promove nos dias 5 e 6 o 9° Congresso Internacional do Direito da Energia, que tem o tema "Panorama Atual do Setor Elétrico". Os últimos dois anos foram intensos para o setor: MP 579, ameaças de racionamento, constantes mudanças regulatórias, e intervenções estatais no mercado. Seguno o instituto, discutir este complexo panorama é o objetivo do Congresso, que irá reunir advogados, reguladores e representantes da toda a cadeira de energia (geração, transmissão e distribuição).
"O ambiente regulatório do setor está cada vez mais desafiador. Acompanhar de perto os desenvolvimento e estudar seus impactos se tornou uma questão chave para os players do setor. Daí a importância de se compreender o panorama atual do setor", afirma o advogado Rodrigo Machado, associado do escritório Madrona Hong Mazzuco - Sociedade de Advogados (MHM) e membro da Conselho Deliberativo do IBDE.
No primeiro dia, serão apresentados painéis sobre segurança energética do setor elétrico, redução das tarifas de energia e suas consequências e as condições contratuais do gás. No segundo dia, serão abordados temas relacionados à arbitragem no setor elétrico, o Código Florestal, as ADINS e seu reflexo no setor elétrico, a importância da segurança jurídica e os riscos regulatórios.
Serviço
9° Congresso Internacional do Direito da Energia
Data: 5 e 6 de setembro
Local: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - Avenida Paulista, 1313 - 4º andar - São Paulo/SP
Informações e inscrições: www.ibdenergia.org.br
Fonte: Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria


II – COMENTÁRIOS

1- País se prepara para licitação histórica: Pre-sal
 Seis décadas depois da criação da Petrobras, o Brasil se prepara para uma das maiores licitações já realizadas na indústria do petróleo em todos os tempos. O bônus de assinatura para a outorga de blocos no Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, foi fixado em R$ 15 bilhões pelo Conselho Nacional de Política Energética. A exploração em larga escala das reservas do pré-sal é considerada decisiva para consolidar o país como um grande produtor de petróleo, num cenário em que a commodity seguirá como a principal fonte de energia global.
O objetivo é elevar a produção diária do país, de 2,5 milhões de barris para 5,43 milhões em 2020, segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética. Com isso, o Brasil terá o maior acréscimo na produção de petróleo e gás nesta década, fora do âmbito da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (Opep). Isso vai exigir investimentos bilionários na cadeia produtiva do setor. Só em exploração e produção, a soma pode chegar a US$ 309,7 bilhões no período de 2012 a 2021.
Para concretizar os projetos, a Petrobras vai colocar em operação 38 novas plataformas de produção, 28 sondas, 89 navios de transporte de petróleo e derivados e 198 novos barcos de apoio de grande porte. No processo, a indústria naval empregará até 2016, 100 mil pessoas. Um salto gigantesco desde 2003, quando o setor empregava 2,5 mil trabalhadores. A Petrobras também promete quatro novas refinarias em operação, que elevariam a capacidade de processamento dos atuais 2,1 milhões de barris por dia para 3,7 milhões.
Segundo Alberto Machado, coordenador do MBA de Gestão em Petróleo e Gás da FGV, a meta é factível, pois tem como base reservas já descobertas e não conta descobrimentos de jazidas futuras, no pré-sal ou fora dele. "Tudo vai depender, no entanto, do cronograma de investimentos e também da velocidade de desenvolvimento da indústria", diz. "Para o Brasil, não adianta se tornar apenas um exportador de petróleo sem impulsionar a indústria local".
Para atingir esse objetivo, a Agência Nacional do Petróleo impôs metas de adoção de conteúdo nacional nas encomendas vinculadas a novas licitações. Na 11ª Rodada, realizada em maio, o conteúdo local médio para a fase de exploração foi de 62,32% e, para a fase de desenvolvimento, chegou a 75,96%. No primeiro leilão do pré-sal, o índice nos contratos de partilha será de 37% para a fase de exploração e de 15% para os testes de longa duração. Para os módulos da fase de desenvolvimento iniciados até 2021, o percentual exigido será de 55%. A partir de 2022, o número sobe para 59%.
A Petrobras avalia que a indústria nacional tem demonstrado boa capacidade de resposta, que poderia melhorar ainda mais com o aporte de tecnologias de fabricação e montagem para a industrial e naval e com investimentos em engenharia - projetos básicos e executivos, engenharia industrial e de produto. Essa evolução poderia vir da associação entre empresas e universidades, para incorporar conhecimentos genuinamente nacionais; ou da parceria com empresas estrangeiras.
Jean Paul Prates, diretor-geral do Centro de Estratégias e Recursos Naturais em Energia (Cerne), diz que, embora seja desejável impulsionar a indústria nacional, esse objetivo não pode ser um obstáculo para a atividade de exploração. "O desafio é integrar essa indústria gigantesca que é o setor de petróleo à economia brasileira", diz. "Não podemos adotar um laissez-faire total, com baixa geração de empregos e sem desenvolver a indústria, como aconteceu em países como Venezuela e Angola; mas também não podemos cair em um protecionismo radical".
Segundo o professor de Planejamento Energético Alexandre Szklo, da Coppe-UFRJ, cita a construção de navios-plataforma como um dos maiores desafios para o cumprimento da meta de produção prevista para 2020. Os chamados FPSO são fundamentais para exploração em águas distantes da costa, como o pré-sal, pois integram produção, armazenagem e transporte em uma só unidade. Atualmente, a frota mundial de navios-plataforma é composta por 160 unidades em operação. Desse total, 34 operam no Brasil.
Além desses, a Petrobras tem encomendados mais 24 navios para entrega até 2020. Dez são novas unidades, e os demais são embarcações que serão reformadas para uso como FPSO. Esse volume representa mais de 50% do total de encomendas da indústria naval global nesse segmento específico.
"Calculamos que sejam necessários 72 navios-plataforma para atender ao pré-sal, portanto ainda faltariam 14 unidades que nem sequer foram encomendadas para suprir a demanda. Supondo que não haja atraso na entrega dessas embarcações", diz Szklo. Por outro lado, afirma, atualmente há capacidade ociosa na frota mundial de navios petroleiros.
Outro desafio importante é a capacitação da mão de obra. Para Gary Ward, diretor da empresa britânica de recrutamento Hays, o desafio da mão de obra não é uma exclusividade brasileira. Segundo ele, todos os países que desenvolveram uma indústria de petróleo forte enfrentaram esse problema durante o processo.
Fonte: Valor Econômico

2- Brasil fará o primeiro leilão de energia solar do país em novembro
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O Brasil fará seu primeiro leilão público de energia com a participação de fontes solares no dia 18 de novembro. São 119 projetos, distribuídos em nove estados, sendo 109 fotovoltaicos, para a produção de energia elétrica com base em painéis conversores, e 10 heliotérmicos, que aproveitam a energia térmica da luz solar para a produção de eletricidade.
O total chega a 2.729 megawatts (MW) fotovoltaicos e 290 MW heliotérmicos. O leilão é do tipo A3, que prevê a entrega da energia em até três anos após a oferta. Os dados foram divulgados na sexta-feira (5) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O maior número de projetos ofertados está na Bahia, com 72 projetos fotovoltaicos, totalizando 1.754 MW, e oito heliotérmicos, com 240 MW. Em segundo lugar, aparece Minas Gerais, com 11 projetos fotovoltaicos, correspondentes a 325 MW. Logo em seguida, está a Paraíba, com nove projetos fotovoltaicos (254 MW) e dois projetos heliotérmicos (50 MW).
Além de fontes solares, o leilão também receberá ofertas de outras fontes energéticas, totalizando 784 projetos, correspondentes a 19.413 MW. O destaque fica com a energia eólica, que aproveita a força dos ventos para a geração de eletricidade, com 629 projetos e 15.042 MW.
O estado com o maior número de projetos eólicos é a Bahia, com 199 projetos, totalizando 4.728 MW; seguido pelo Rio Grande do Sul, com 170 projetos e 3.837 MW; Rio Grande do Norte (119 projetos e 2.820 MW); Ceará (66 projetos e 1.539 MW); e Piauí (40 projetos e 1.131 MW). Outros quatro estados vão oferecer projetos eólicos, mas de menor capacidade.
Também participarão do leilão 15 termelétricas a biomassa, totalizando 504 MW, sendo a maior parte em São Paulo, com 10 projetos e oferta de 346 MW. Haverá ainda oferta de dois projetos de termelétricas a gás natural (469 MW), 16 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) (295 MW), uma hidrelétrica (45 MW) e duas termelétricas a biogás (39 MW). Outras informações podem ser acessadas na página da EPE (www.epe.gov.br).
Fonte: Agência Brasil

3- CVM abre processo contra Eike e cinco diretores da petrolífera
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo sancionador contra cinco diretores da OGX, além do controlador Eike Batista e do empresário tunisiano Aziz Ben Ammar, na qualidade conselheiro da empresa. A autarquia apura as responsabilidades de todos os executivos por infrações ao artigo 157 da Lei das S. A. e cita o parágrafo quatro.
O artigo fala que o administrador de companhia aberta deve declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações, bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades controladas ou do mesmo grupo, de que seja titular.
E o parágrafo destacado estabelece que os administradores são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia.
Além desse ponto, Roberto Bernardes Monteiro, diretor de relações com investidores da OGX, está sendo acusado de descumprimento do artigo 6º, parágrafo único, da Instrução 358/02. O artigo fixa que os controladores ou administradores de empresas abertas podem deixar de divulgar fatos relevantes se entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da companhia.
O parágrafo único estabelece, entretanto, que a divulgação de fato relevante deverá ser imediata se a "informação escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou a eles referenciados".
Os diretores Roberto Penna Chaves Faveret Cavalcanti, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, Paulo de Tarso Martins Guimarães, Reinaldo José Belotti Vargas, Aziz Ben Ammar e Eike também são acusados de descumprir o artigo 3º, parágrafo 2º da Instrução 358.
Esse texto estabelece que os acionistas controladores, diretores, membros do conselho de administração, do conselho fiscal que tenham conhecimento de ato ou fato relevante e constatem a omissão do diretor de relações com investidores no cumprimento de seu dever de comunicação e divulgação somente se eximirão de responsabilidade caso comuniquem imediatamente o ato ou fato relevante à CVM.
A CVM não informa sobre qual episódio envolvendo a divulgação de informações da OGX se refere esse processo, nem em que data o evento ocorreu.
Em julho Eike e três executivos da LLX apresentaram à CVM proposta de celebração de termo de compromisso para encerrar um processo administrativo que apura eventuais irregularidades na divulgação de informações pela companhia. Novamente o processo se refere à divulgação de informações da empresa. O teor das propostas apresentadas pelos executivos ainda estão em análise.
Fonte: Valor Econômico