sábado, 22 de dezembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 113


I –  NOTÍCIAS

1- Alerj cria taxa sobre exploração e produção de gás e petróleo 
No último dia antes do recesso, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou ontem por unanimidade um projeto de lei que cria a Taxa de Fiscalização de Petróleo e Gás. De acordo com cálculos dos deputados, com base em valores de 2011, a nova cobrança pode trazer aos cofres públicos do Rio R$ 6,9 bilhões em um ano. Do montante, 25% serão destinados aos municípios. O valor é muito próximo do que o Rio poderá perder com a renegociação da distribuição dos royalties sobre áreas já licitadas.
A taxa adicional é uma cobrança do Estado sobre a venda ou transferência de todo o petróleo e gás produzidos no Estado. O projeto de lei estabelece valor de 4 UFIR (Unidade Fiscal de Referência) por barril, o que no Rio equivale a R$ 2,27. A criação da cobrança, que chega amanhã ao governador Sérgio Cabral para ser sancionada ou vetada, torna-se uma "carta na manga" do governo do Rio contra a alteração na distribuição dos royalties do petróleo em discussão no Congresso.
"A gente espera que ele possa sancionar antes do dia 31 de dezembro", disse ao Valor o deputado André Ceciliano (PT), autor do projeto. Ainda que sancione o projeto, Cabral pode regulamentar a nova lei apenas depois da definição da disputa no Congresso. "Se ele vetar, nós podemos derrubar o veto", lembrou Ceciliano, jogando com a mesma carta em que apostam os congressistas de Estados não produtores.
Procurada, a assessoria de Cabral informou que não comentaria a iniciativa do poder legislativo. O projeto, no entanto, partiu da base aliada do governo.
Se aplicada, a medida impacta receitas sobre quase 80% da produção da Petrobras. Também serão afetadas Statoil (que opera o campo de Peregrino), Polvo (BP), OGX (Tubarão Martelo), Chevron (Frade) e Shell (Bijupirá Salema). Ontem, o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) não sabia avaliar o impacto da medida.
O projeto prevê que as empresas paguem o equivalente a US$ 4,40 por barril movimentado. O valor equivale a 3,96% do preço do petróleo Brent em 2012, próximo de US$ 111 por barril.
"Esse projeto copia a experiência da tributação do minério de ferro no Pará e Minas Gerais", lembra o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno. "Isso pode compensar uma perda que o Estado do Rio venha a ter [com as novas regras de distribuição dos royalties], mas por outro lado afeta a competitividade das empresas do Rio de Janeiro".
O economista Adriano Pires, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), acha que a aprovação de um projeto como esse no Rio aumenta o risco regulatório do país, já que a taxa será cobrada das empresas de petróleo. E também mostra, na avaliação de Pires, que pode não ser uma boa ideia realizar uma nova rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) antes que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a disputa federativa entre estados produtores e não produtores de petróleo.
"É um tiro no pé. Mostra a insegurança regulatória à qual estão sujeitos os investidores no Brasil. As empresas devem ficar preocupadas", afirma Pires. 
Guilherme Serodio, Cláudia Schüffner e Rodrigo Polito
Fonte: Valor Econômico

2- Secretário Executivo do IBP tem festa de despedida.
No dia 13 de dezembro, na Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro, aconteceu a despedida de Álvaro Teixeira, após quase 20 anos à frente da Secretaria Executiva do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis –IBP. Ao evento compareceram cerca de 150 pessoas entre funcionários, amigos, e inúmeras personalidades do setor de petróleo.
O início do encontro foi marcado pela ilustre presença do presidente do Instituto, João Carlos de Luca, que fez uma homenagem ao engenheiro pelos excelentes serviços prestados não só ao Instituto, como também a toda a indústria do petróleo.
Discursaram na cerimônia, ressaltando a importância do trabalho e da personalidade do homenageado, o diretor geral da ONIP, Eloi Fernandez y Fernandez, representando as associações parceiras, o diretor da Petrobras, José Formigli, além da diretora do IBP, Cynthia Silveira e dos conselheiros do Instituto, Armando Guedes Coelho e Patrícia Pradal.
Trajetória profissional
Após quase 20 anos à frente da Secretaria-Executiva do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP, Álvaro Teixeira se despede da direção da entidade, mas não se afasta de sua história. O executivo tem uma vida profissional que praticamente se confunde com a evolução da indústria do petróleo no Brasil. Geólogo e Engenheiro, formado em 1957, prestou concurso para a PETROBRAS, onde trabalhou durante 36 anos, tendo atuado ativamente nos setores de Exploração e Produção desde seus primórdios. Viajou pelo mundo, morando no Oriente Médio e em vários países da América do Sul, quando chegou a diretor de E&P da BRASPETRO, o braço internacional da PETROBRAS, sempre dedicando sua competência e inteligência à indústria petrolífera e ao desenvolvimento energético do Brasil.
Sua trajetória no IBP, onde entrou como Secretário Executivo em 1994, foi marcada pela criação do mais importante fórum de E&P no Brasil, a Comissão de Regulamentação de E&P de Petróleo, reunindo praticamente todas as empresas operadoras atuantes no país, discutindo temas de extrema relevância como a regulação do setor, as melhores práticas, relacionamentos éticos e responsáveis, atuação consciente junto ao Meio Ambiente etc., apoiando-se em uma forte base técnica para suporte de suas ideias.
Álvaro Teixeira, que recentemente recebeu o prêmio Destaque do Ano de 2012, concedido pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação -ASSESPRO, compartilha conosco, nessa entrevista  para LUBES EM FOCO, um pouco de sua história e de seus conhecimentos adquiridos ao longo dessas cinco décadas de dedicação.

3- TERCEIRO ENCONTRO COM O MERCADO - IBP

Desmaterialização do Lubrificante
Hoje, em qualquer mercado, temos centenas e talvez milhares de opções de produtos para compra e uso.


SMS - Chemical Leasing
Uma modalidade de gestão sustentável de produtos químicos.



Eficiência Energética
Um desafio para os formuladores de lubrificantes.



As aparências enganam
O Mercado de Lubrificantes da América do Sul.



Superando os Desafios de Compatibilidade e Micropitting
Óleos Lubrificantes como Elemento Integrante do Dimensionamento de Caixas de Engrenagens.



4- Petrobras comunica descoberta na Colômbia
A Petrobras Colombia, subsidiária da petroleira brasileira, comprovou a existência de petróleo no poço Guando SW 1, na bacia do vale superior de Magdalena, no departamento de Tolima, na Colômbia.
O poço Guando SW 1 alcançou uma profundidade final de 1.576 metros. Os testes realizados comprovaram a existência de petróleo com cerca de 23,9º API e taxas iniciais de produção de 500 barris de petróleo por dia.
Os trabalhos realizados em Guando SW 1 correspondem à retomada da exploração do Bloco Boquerón, já em produção, no qual a Petrobras é a operadora. Neste mesmo bloco, a estatal desenvolveu há 12 anos o Campo Guando, uma das maiores descobertas de petróleo na Colômbia dos últimos 15 anos.
Em 27 de outubro, a companhia iniciou um teste de longa duração no poço pioneiro Guando SW 1. A Petrobras seguirá com os testes para avaliar o potencial da descoberta.
A Petrobras Colombia, subsidiária da petroleira brasileira, comprovou a existência de petróleo no poço Guando SW 1, na bacia do vale superior de Magdalena, no departamento de Tolima, na Colômbia.
O poço Guando SW 1 alcançou uma profundidade final de 1.576 metros. Os testes realizados comprovaram a existência de petróleo com cerca de 23,9º API e taxas iniciais de produção de 500 barris de petróleo por dia.
Os trabalhos realizados em Guando SW 1 correspondem à retomada da exploração do Bloco Boquerón, já em produção, no qual a Petrobras é a operadora. Neste mesmo bloco, a estatal desenvolveu há 12 anos o Campo Guando, uma das maiores descobertas de petróleo na Colômbia dos últimos 15 anos.
Em 27 de outubro, a companhia iniciou um teste de longa duração no poço pioneiro Guando SW 1. A Petrobras seguirá com os testes para avaliar o potencial da descoberta.
Fonte: Redação TN Petróleo

5- Ibama autoriza instalação do Estaleiro Eisa no litoral de Coruripe
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou nesta terça-feira (18), o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) que trata do projeto do Estaleiro Eisa Alagoas. O empreendimento será viabilizado pelo Grupo Synergy, e ficará localizado no município de Coruripe. Esta foi a terceira avaliação do Relatório.
A aprovação ocorreu após análise da equipe técnica formada pelas Analistas Ambientais do Ibama, Renata Nogueira Lima e Elizabeth Eriko Uema. A Informação nº 52/2012, comunica à Coordenação Geral de Transportes Mineração e Obras Civis do Ibama, que o Rima será aprovado em definitivo após a correção de alguns termos considerados excessivamente técnicos pelos avaliadores, bem como da questão da capacitação da mão de obra que será utilizada no empreendimento e a valorização imobiliária da região onde ele será construído.
Impasse
A implantação do Estaleiro Eisa Alagoas, vem sendo articulada pelo Governo do Estado desde 2011. Primeiramente idealizado para ser construído no Pontal de Coruripe, o estaleiro teve sua licença ambiental negada pelo Ibama em julho deste ano, após o órgão decidir que a área não era ambientalmente viável para a instalação do empreendimento.
Desde então, inúmeras reuniões foram realizadas entre os diretores do Grupo Synergy e membros do governo alagoano, para serem avaliados novos locais onde o empreendimento poderia ser construído. A nova área escolhida, denominada 5D, também fica no município de Coruripe, porém em uma área afastada do estuarino


II –  COMENTÁRIOS

1- A crise de energia e suas causas 
O sistema energético brasileiro foi montado ao longo dos últimos cem anos e funcionou relativamente bem até recentemente: o País gera quase toda a sua eletricidade em usinas hidrelétricas, uma fonte limpa e renovável de energia, e se tornou também quase autossuficiente na produção de petróleo.
A eletricidade foi introduzida no Brasil por empresas estrangeiras (e uns poucos empreendedores nacionais) no fim do século 19 e só começou a dar problemas quando, em meados do século 20, o governo federal impediu reajustes das tarifas que compensassem os investimentos. Investir em eletricidade deixou, então, de ser atraente para o setor privado.
A solução foi a criação da Eletrobrás e empresas estatais nos Estados, verdadeiras agências de desenvolvimento regional que - com recursos públicos - construíram usinas hidrelétricas. As empresas estatais do setor elétrico revelaram, no início, grande dinamismo, mas se tornaram burocráticas e pesadas. A tentativa do governo Fernando Henrique Cardoso de privatizá-las só funcionou parcialmente em razão de interesses das corporações que se formaram dentro e em torno delas. As distribuidoras, como a Light, foram privatizadas, mas a transmissão e a geração, de modo geral, permaneceram em empresas estatais.
No caso do petróleo, o País era totalmente dependente de importações até meados do século 20, mas a Petrobrás conseguiu nos levar quase à autossuficiência, o que foi um grande avanço. Contudo a euforia nacionalista criada pela descoberta de petróleo a grandes profundidades e no pré-sal levou a empresa a um programa gigantesco de obras que não era capaz de realizar sozinha, o que nos levou de volta à importação de combustíveis, a obras atrasadas e a uma queda do valor das ações da Petrobrás. Como o governo se recusa a reajustar os preços dos combustíveis desde 2007, a situação atual é que a empresa importa gasolina a preços internacionais - que subiram muito nos últimos anos - e vende essa mesma gasolina a preços congelados no nível de 2007, perdendo dinheiro e pondo-a no vermelho.
Uma consequência imediata dessa situação é a asfixia e morte lenta do Programa Brasileiro de Álcool, produzido a partir da cana-de-açúcar. Esse é o melhor programa de energia renovável que surgiu no mundo nos últimos 20 anos. Sucede que, como o petróleo e derivados subiram de preço internacionalmente, os insumos utilizados na produção de álcool - como fertilizantes - subiram também. Hoje é mais caro produzir um litro de etanol do que cinco anos atrás. Impedir o reajuste do preço do álcool, de forma que ele possa competir favoravelmente com a gasolina, torna inviável a sua produção, que já caiu de 27 bilhões de litros por ano para 22 bilhões em 2012. Com a atual política de preços dos derivados de petróleo sofre a Petrobrás, com prejuízos crescentes, e sofrem os produtores de etanol, pondo em risco mais de 1 milhão de empregos que essa atividade agroindustrial privada criou.
Os três pilares da política energética do País - eletricidade, petróleo e etanol - estão, portanto, em crise, causada por políticas equivocadas do governo da União adotadas nos últimos anos.
Como pôde isso acontecer depois de um século de relativo sucesso?
A resposta é relativamente simples: uma mistura de política e incompetência.
A influência política revela-se de duas formas: 
Um nacionalismo exacerbado na exploração do petróleo, afastando parcerias com empresas internacionais com competência na área de pesquisa e produção em águas profundas;
e uma obsessão pela ideia da "modicidade tarifária" no custo da eletricidade, que tenta baixar as tarifas quando esses custos são crescentes e diferenciados. Os leilões para contratação de energia elétrica são sempre realizados pelo menor preço, independentemente de onde e da forma como ela é produzida, o que é um contrassenso, da mesma forma que seria exigir que qualquer tipo de carne (filé mignon ou costela) tivesse o mesmo preço no mercado.
As demandas por modicidade tarifária originam-se nos setores industriais eletrointensivos, como o de alumínio, que desejam tarifas mais baixas, e em setores populistas do governo, que tentam tratar a energia elétrica como se fosse uma "Bolsa-Família".
Essa política levou o governo a baixar uma medida provisória fixando exigências para a prorrogação por mais 30 anos das concessões de exploração das usinas hidrelétricas como um meio de baixar as tarifas. Tal medida se propunha a eliminar o custo exagerado - na visão do governo - da geração, uma vez que os investimentos feitos pelas concessionárias já foram pagos. Todas as questões relativas a acertos de contas e compensações pela extinção das atuais concessões parecem ter sido levadas a efeito por técnicos alheios aos problemas reais do setor, como se pode ver, por exemplo, quando a Eletrobrás reivindica compensações de cerca de R$ 30 bilhões e o governo estima que ela só tem direito a R$ 13 bilhões.
Ao que tudo indica, enfrentamos no setor de energia uma situação parecida com a que levou o presidente da França Georges Benjamin Clemenceau, durante a 1.ª Guerra Mundial, a declarar que a guerra "é uma coisa demasiadamente grave para se deixar nas mãos dos militares" - no caso presente, dos tecnocratas do setor energético.
Seria preciso que setores mais amplos da sociedade fossem ouvidos a respeito dessas questões, um dos quais é o Conselho Superior de Política Energética - praticamente desativado nos últimos dez anos e que se tornou, na prática, um órgão de homologação de decisões do governo.
*Texto originalmente publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 17/12/2012. 
José Goldemberg
Professor Emérito da Universidade de São PAULO (USP). 
Foi presidente da CESP e membro do DCSPE

2- Dilma autoriza reajuste de combustíveis 
O ano de 2013 começa com uma taxa de inflação elevada e um agravante: a presidente Dilma Rousseff não pretende segurar mais o aumento dos preços dos combustíveis, segundo informações de fontes oficiais. A previsão do Focus é de que a variação do IPCA pode atingir 0,75% em janeiro.
Novas projeções para 2013 vão ser divulgadas pelo Banco Central nesta quinta feira, no Relatório Trimestral de Inflação. Mas, numa avaliação mais geral, não será um mau desempenho se nos dois últimos anos do governo Dilma Rousseff a inflação, ainda que ao redor de 5% e não mais próxima do centro da meta (4,5%), seja decrescente em relação a este ano. Embora não esteja claro até o momento de quanto será o reajuste da gasolina e, portanto, seu impacto sobre os índices de preços, o fato é que ele deve neutralizar o benefício da queda das tarifas de energia elétrica em fevereiro.
Uma das consequências da retração dos investimentos pelo quinto trimestre consecutivo é que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial - a taxa de crescimento econômico não inflacionária - caiu significativamente no país, assim como nas economias mais avançadas. O PIB potencial, que chegou a ser superior a 4% no Brasil, hoje está aquém desse patamar. Prevalecendo essa análise, pode-se até crescer a taxa de 4% ao ano por alguns trimestres, mas não por um período mais longo sem que isso produza pressões inflacionárias.
O patamar da taxa básica de juros (Selic), hoje em 7,25% ao ano, veio para ficar, na avaliação do BC. Isso não significa que eles deixarão de ser o principal instrumento para domar a inflação. Os juros vão subir ou descer conforme os ciclos econômicos, mas não devem mais atingir dois dígitos, "a não ser que alguma coisa esteja muito errada", conforme comentou uma alta fonte do governo. Um exemplo de erro seria adotar uma política fiscal fortemente expansionista. Na avaliação do BC, continua sendo relevante para garantir a vigência de juros baixos um superávit primário de 3,1% do PIB integral, sem descontos dos investimentos.
Não consta do horizonte do BC usar de uma depreciação adicional da taxa de câmbio para impulsionar o crescimento econômico. As conjecturas do mercado nesse sentido eram falsas e tiveram que ser tratadas com "uma certa pedagogia", salientou a fonte. "Não existe essa questão de usar mais câmbio para compensar o fraco desempenho do PIB. Isso sim seria mudar o mix da política macroeconômica e tirar o Banco Central da sua missão de controlar a inflação", disse.
Além das ações do BC no mercado, com os leilões de linhas, e do desmonte de medidas macroprudenciais tomadas no passado para restringir o ingresso de capitais externos, o presidente do BC, Alexandre Tombini, em uma audiência no Senado, lembrou que o que importa é a taxa de câmbio real. Ou seja, de nada adianta se a depreciação se ela for seguida de inflação.
A desvalorização do real frente ao dólar de setembro do ano passado até agora correspondeu a uma maxi de 24% e o repasse dessa para a inflação, antes pequeno, começou a ficar perigoso. Tem, ainda, o lado das empresas que viram suas dívidas em dólar crescer e não foram poucas.
Também não consta dos planos do BC reduzir mais a taxa de juros para acelerar a recuperação da atividade econômica. "Não temos meta de PIB. Temos meta de inflação", responde Tombini sempre que perguntado sobre isso.
Neste ano até junho o BC estava confiante na convergência da inflação para algo próximo ao centro da meta de 4,5%. Naquele momento os títulos públicos indexados a preços indicavam inflação de 4,5% e o boletim Focus marcava expectativas em queda e uma variação de 4,85% para o IPCA do ano.
Em seguida veio a seca nos Estados Unidos e um choque nos preços domésticos dos alimentos. Em maio a inflação de alimentos no IPCA era de 5%. Em outubro havia saltado para 10,8% em 12 meses. O BC, é fato, trabalhou justo, sem margem para abrigar eventuais choques.
Para 2013, a direção do BC coleciona uma lista de eventos que vão ajudar no controle da inflação. Não haverá mais desvalorização cambial - a não ser em caso de agravamento da crise externa com impacto sobre os fluxos de capitais -; o reajuste do salário mínimo, que neste ano foi de 14%, será bem menor, em torno de 8% em janeiro; as medidas de redução dos custos de produção devem começar a surtir efeitos; a expansão do crédito será moderada; e o cenário internacional continuará frágil, resultando em fator de contenção da demanda.
Os maiores riscos estão no comportamento dos preços dos alimentos e no impacto do aumento da gasolina.
O ano de 2012 começou com expectativas de 3,30% de crescimento, 5,35% de inflação, 9,50% de taxa de juros, e R$ 1,75 de taxa de câmbio, segundo o relatório Focus, do BC. E termina com cerca de 1% de crescimento, inflação resistente da ordem de 5,7%, juros de 7,25% ao ano e o câmbio em torno de R$ 2,10. 
Claudia Safatle
Fonte: Valor Econômico

sábado, 15 de dezembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 112

I – NOTÍCIAS

1- LANÇAMENTO DA RONA ASSESSORIA COMERCIAL
Informamos a V.S.a que  entrou no ar  o site: www.ronaassessoria.com.br da empresa RONA ASSESSORIA COMERCIAL.
Trata-se de uma empresa especializada em alavancagem comercial, que possui uma abordagem completa para a atividade comercial. A RONA aplica as  melhores práticas em vendas complexas através de uma metodologia de trabalho, envolvendo: um processo organizado, um conjunto de habilidades e ferramentas, e um conjunto de normas de desempenho e de  comportamento.
A RONA ASSESSORIA COMERCIAL é especializada em  oferecer SOLUÇÕES para os desafios, problemas e gargalos de empresas, e por este motivo somos especializados em estratégias comerciais, reestruturação empresarial  e praticas inovadoras.
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Na RONA ASSESSORIA COMERCIAL  a diferença é feita por pessoas certas. Acesse o site, observe nossos PARCEIROS, a equipe de Executivos de Negócios, os Consultores Associados e as SOLUÇÕES que temos para alavancar o seu negocio.
E não deixe de ler as ultimas NOTICIAS do Blog sobre OIL & GAS & ENERGY, atualmente lidas por mais de 60.000 pessoas mensalmente.

2- IESA Equipamentos irá fabricar 135 Bocas de Sino para a Petrobras 
A IESA Equipamentos fechou recentemente um contrato para o fornecimento de 135 Bocas de Sino Multifuncionais, sendo 108 com a Tupi BV e 27 com a Guará BV, nas quais a Petrobras possui participação, que serão utilizadas nas concessões BM-S-9 e BM-S-11, localizadas na Bacia de Santos, que se estende desde o litoral sul do estado do Rio de Janeiro até o norte do estado de Santa Catarina. 
As Bocas de Sino serão instaladas nas FPSOs de número 66#, 67#, 68#, 69# e 70#, conhecidas como Plataformas Replicantes, e serão conectadas aos “Risers”, tubulações flexíveis que interligam as plataformas (FPSOs) aos poços, no fundo do mar, para a prospecção de hidrocarbonetos. 
Os equipamentos possuem 3,3 metros de altura e 48 polegadas de diâmetro e serão fabricados com 100% de componentes nacionais. O valor total dos contratos é de US$ 22 milhões e a estimativa é de que o último de uma série de lotes seja entregue em dezembro de 2013.
Fonte: IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. 

3- BG Group nomeia Chris Finlayson, ex-Shell, como CEO
O BG Group anunciou  Chris Finlayson, 56 anos, como seu novo executivo-chefe, sucedendo o lugar ocupado há 12 anos pelo engenheiro Frank Chapman, 59 anos, responsável por elevar a antiga estatal de energia britânica ao cenário internacional.Finlayson assume o cargo em janeiro, após dois anos como diretor executivo e de gerenciamento do BG Advance. 
Finlayson chegou a BG após mais de 30 anos na Shell, onde foi membro da equipe de liderança de Exploração e Produção, assumindo posições de destaque na Rússia, Nigéria, Brunei e Mar do Norte. Ganhou destaque graças a um histórico de entrega de projetos de grande escala, otimização da produção e desempenho operacional, e tem trabalhado com sucesso com parceiros em joint ventures, governos e companhias nacionais de petróleo. 
O BG Group foi criado em 1997 e opera em 27 países na África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul, produzindo cerca de 680 mil b/d.
Fonte: energiahoje 

4- Petrobras Biocombustível inaugura ampliação de usina de biodiesel
A Petrobras Biocombustível inaugurou, em Montes Claros (MG), a ampliação da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro. A expansão representa um investimento de R$ 28 milhões, dos quais R$ 10 milhões foram destinados às obras, e a outra parte terá foco no fortalecimento da agricultura familiar no estado. A unidade produzirá 152 milhões de litros/ano, um acréscimo de 40% em sua capacidade de 108,6 milhões de litros/ano. O projeto é resultado do protocolo de intenções assinado em janeiro com o Governo do Estado de Minas Gerais. 
Com esta nova ampliação, a capacidade de produção será triplicada se comparada aos iniciais 57 milhões de litros/ano, volume com o qual a unidade deu partida em 2009. A iniciativa está alinhada ao mercado potencial para o biodiesel em Minas Gerais, segundo maior estado consumidor do País. “Com esse investimento, vamos ampliar a oferta, reduzir a necessidade de importação de outros estados para atender o mercado mineiro, ampliar os empregos e a renda agrícola na região”, afirmou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. 
A unidade gera atualmente 160 postos de trabalho no norte de Minas e já produziu até hoje cerca de 260 milhões de litros de biodiesel com excelência em qualidade, eficiência operacional e respeito às diretrizes e princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. O projeto de expansão da Usina Darcy Ribeiro amplia a capacidade total da Petrobras Biocombustível, empresa líder em vendas no setor, para 765 milhões de litros/ano. 
Para o vice-governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, esta expansão busca a autossuficiência do estado em biodiesel, um caminho inovador que a Petrobras assumiu como produtora global de energia, do petróleo ao biocombustível. "Como confirmam os leilões realizados este ano, é grande a aceitação do produto, sinalizando que o futuro está aberto para a expansão desse mercado energético. Por isso, Minas Gerais quer avançar nessa trilha que oferece alternativas claras de crescimento no Brasil e no mundo". 
O acordo firmado com o governo do Estado prevê ainda a geração de postos de trabalho na usina e na área de suprimento agrícola, além de contemplar o incremento da participação de agricultores familiares na cadeia do biodiesel, com a meta de atingir 4.500 pequenos produtores até 2014. 
Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro - As obras e a adequação de operações foram realizadas ao longo de 2012. Desde sua inauguração, em abril de 2009, a unidade passou por melhorias estruturais e de processos que viabilizaram, entre outros avanços, o atual patamar de produção. A unidade, que opera hoje em plena capacidade, integra o parque industrial da Petrobras Biocombustível, que opera cinco usinas e registrou sucessivos recordes de produção de biodiesel em 2012. 
Fonte: Agência Petrobras de Notícias 

5- FMC fornecerá equipamentos subsea para projeto da Statoil
A FMC anunciou que irá fornecer equipamentos subsea para o projeto Oseberg Delta 2, da Statoil. O contrato, com valor estimado em US$ 152 milhões, inclui cinco árvores de natal, cinco cabeças de poço e duas turbinas de pressão, além de sistemas de controle dos equipamentos.
Com previsão de entrega prevista entre 2013 e 2014, os equipamentos serão projetados e fabricados na Noruega e Escócia. O vice-presidente Sênior da FMC, Tom Halvorsen, afirmou que a empresa está contente de continuar fornecendo equipamentos para o desenvolvimento deste projeto da Statoil. As empresas possuem parceria no projeto de Oseberg Delta 2 desde 2005.
A FMC anunciou que irá fornecer equipamentos subsea para o projeto Oseberg Delta 2, da Statoil. O contrato, com valor estimado em US$ 152 milhões, inclui cinco árvores de natal, cinco cabeças de poço e duas turbinas de pressão, além de sistemas de controle dos equipamentos.
Com previsão de entrega prevista entre 2013 e 2014, os equipamentos serão projetados e fabricados na Noruega e Escócia. O vice-presidente Sênior da FMC, Tom Halvorsen, afirmou que a empresa está contente de continuar fornecendo equipamentos para o desenvolvimento deste projeto da Statoil. As empresas possuem parceria no projeto de Oseberg Delta 2 desde 2005.
Fonte: Redação TN Petroleo / Agência


II – COMENTÁRIOS

1- Pacote dos portos já atrai investimentos de R$ 21 bi
Com o fim das restrições à construção de portos privados anunciado na semana passada, grandes grupos já levaram ao governo 23 projetos novos. Somados, esses terminais exigirão investimentos de R$ 21,1 bilhões até o biênio 2016/17, segundo estimativas do Palácio do Planalto.
A principal novidade das medidas foi a liberação dos terminais privados para movimentar qualquer quantidade de carga de terceiros. Com isso, já saíram do papel projetos de grande porte. A Gerdau prepara investimento de R$ 2 bilhões nas imediações de Itaguaí (RJ). Uma cifra semelhante será investida pela Bahia Mineração, em Ilhéus (BA). Em Porto Velho (RO), a Hermasa tem projeto de R$ 120 milhões para movimentar granéis sólidos. Duas instalações para grãos, que somam pouco menos de R$ 150 milhões, poderão ser construídas em Santarém (PA), por Bunge e Cargill.
O Espírito Santo receberá dois grandes empreendimentos: o Porto Central, em Presidente Kennedy, e o Porto Norte Capixaba, em Linhares, da mineradora Manabi.
Nas próximas semanas, começarão a sair "chamadas públicas", em que o governo comunicará ao mercado a existência dos projetos, abrindo-os para concorrência. As chamadas terão 30 dias de duração. No decreto, o governo explicitará como serão definidos os critérios de escolha dos vitoriosos, se houver mais de um interessado. Qualquer empresa poderá oferecer, dentro do prazo de 30 dias, um projeto alternativo.
O pacote dos portos da semana passado também provocou protestos de operadores portuários contra a decisão da presidente Dilma Rousseff de relicitar 53 terminais públicos, arrendados à iniciativa privada antes de 1993. O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse ao Valor que o governo não atenderá às reivindicações de renovação dos atuais contratos e, provavelmente, também não pagará indenizações às empresas. A Antaq fará a análise de cada caso sobre a depreciação dos investimentos realizados pelos terminais. "Mas se contrato já venceu e a Antaq não havia autorizado nenhum investimento, entendo que não cabe indenização", disse o ministro.
Fonte: Valor Econômico Daniel Rittner 
Noticiário cotidiano - Portos e Logística

2- Brasil Offshore terá área de exposição 10% maior em 2013

A 7ª edição do Brasil Offshore, feira e conferência internacional da indústria de petróleo e gás, será realizada entre os dias 11 e 14 de junho de 2013, no Macaé Centro, na cidade de Macaé, Rio de Janeiro. O evento, que é o terceiro maior do mundo no setor, deverá ter área de exposição 10% maior do que a edição anterior, em 2011. A estimativa é que os estandes ocupem aproximadamente 40 mil m². 
O evento deverá receber mais de 51 mil visitantes e abrigará mais de 700 expositores representando 38 países, além de ter oito pavilhões internacionais. A organização é da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Sociedade de Engenheiros em Petróleo (SPE). 
O evento vem mantendo um crescimento desde a sua primeira edição, em 2001. Na época, 21,8 mil visitantes participaram da feira, que teve 240 expositores e área de exposição de 6,9 mil m². Desde o segundo ano, o número de visitantes, expositores e área de exposição têm aumentado, e em 2011 os números foram os maiores de uma edição: 700 expositores, 52,1 mil visitantes, reunidos em uma área de exposição de 36 mil m². Em 2013, a expectativa é que estes números aumentem ainda mais. 
Junto com a Brasil Offshore, será realizada também a Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás, que terá como foco a integridade das operações offshore, tema de relevância na bacia de Campos. As palestras irão abordar a questão de forma abrangente, desde os princípios básicos que tratem das instalações de produção, dutos e equipamentos submarinos, até questões ligadas à interface entre poço e reservatório. 
A Brasil Offshore é realizada a cada dois anos em Macaé, base das operações do setor de petróleo e responsável por mais de 80% da exploração offshore do Brasil. A bacia de Campos também é responsável por 47% da produção de gás natural no país. A bacia, com 35 anos de atividade, registra atualmente uma produção de mais de 1,7 milhão de barris de óleo e 28,5 milhões m3/dia de gas.
Fonte: energiahoje 

3- As Insensibilidades Sucro-Energéticas 
Este texto tem o objetivo de discutir a grande falta e sensibilidade da sociedade brasileira e notadamente do Governo Federal, com os aspectos ligados ao setor sucro-energético. De maneira didática, resumo nossa falta de visão e a consequente perda de grande oportunidade de desenvolvimento econômico, social e ambiental, em 11 insensibilidades, descritas a seguir. 
   1 - Insensibilidade econômica. Diferentemente do setor de etanol nos EUA, o etanol no Brasil carece de um plano estratégico feito pelo Governo e pelo setor privado, que diga de maneira simples, que metas devemos atingir em 2020, por exemplo. Um plano que contemple quanto se deseja que a frota flex use de etanol, quanto iremos exportar de açúcar, quanto etanol será adicionado na gasolina, enfim, uma visão de médio e longo prazo que permita previsibilidade ao investidor.
Estas metas poderiam trazer para a produção de cana pelo menos 8 a 10 milhões de hectares de pastagens, notadamente degradadas, gerando grande desenvolvimento econômico e investimentos por todo o Brasil, mas principalmente em Minas Gerais, no Centro Oeste e o Semi-Árido, com irrigação. 
O fraco desempenho do PIB Brasileiro neste ano, um dos piores do mundo emergente, mostra que sem esta insensibilidade, talvez o quadro do PIB seria outro. Tivemos um Governo que se preocupou fortemente com a distribuição de renda, o que é louvável, mas deixou de lado a agenda da geração de renda, ou seja, a agenda da competitividade de nossas empresas, para que pudessem produzir mais, exportar mais, e assim, gerar mais PIB. O resultado disto está aí. Um PIB aquém do necessário. Nos dois primeiros anos do Governo Dilma andamos de lado.
   2 - Insensibilidade social e de exclusão - fazendo as 100, 120 novas usinas necessárias para o Brasil até 2020, teríamos a geração de 100 a 120 mil postos de trabalho. Com isto promoveríamos a inclusão e o desenvolvimento social. O Governo e parte dos Procuradores da República, do Ministério Público também são insensíveis com os fornecedores de cana, uma vez que ficam fazendo seguidas e mais complexas exigências a um setor que nos últimos dez anos trabalhou de graça para a sociedade brasileira, sem ganhar nada, como os dados de custos e preços atestam.
   3 - Insensibilidade ambiental - a falta de etanol para abastecer a crescente frota flex (3 milhões de novos automóveis por ano) e o aumento do consumo de gasolina está fazendo com que o Brasil deixe de atender as metas ambientais fixadas pelo país nas instituições internacionais. Como as emissões do etanol estão em 10 a 15% das emissões totais de gasolina, somente no Estado de São Paulo, de acordo com o Consema, entre 2009 e 2011 houve um aumento de emissões de 3,4 milhões de toneladas de CO2 pela troca do etanol pela gasolina. 
Por mais incrível que possa parecer, as ONG´s ambientalistas não abraçam a causa do etanol, criando uma campanha, por exemplo "veta Gasolina", como a eficiente campanha "veta tudo Dilma" que orquestraram durante os debates do Código Florestal. 
Um exemplo desta falta de sensibilidade do Governo na questão ambiental está a recente regulamentação que vai obrigar os postos de combustível a divulgar o benefício econômico do etanol (a equação dos 70%), mas por que não incentivar os postos a divulgarem o benefício ambiental do etanol? Isto não está na regulamentação.
   4 - Insensibilidade em relação a trabalho e capacitação - O Brasil tem uma das legislações trabalhistas mais anacrônicas entre os países produtores de cana, e isto aumenta muito os custos de produção no campo e nas Usinas, além de uma indústria de indenização instalada no setor. O trabalhador no Brasil teve grande ganho salarial nos últimos dez anos, mas pouquíssimo ganho de produtividade. Mão de obra hoje é desvantagem competitiva a quem opera no Brasil, reduz a capacidade de geração de renda de nossas empresas. Isto aconteceu em cinco anos.
   5 - Insensibilidade com o setor de bens de capital - O Brasil desenvolveu ao longo dos últimos 50 anos uma indústria de bens de capital destinada ao setor sucro-energético admirada mundialmente, geradora de inovações e muitos empregos. Hoje este setor encontra-se em enorme dificuldade pois praticamente não se fazem mais usinas novas devido ao baixo retorno do investimento. Suas vendas caíram e a crise se instalou no setor desde 2008. Isto poderia ter sido evitado se tivéssemos uma visão estratégica da bioenergia.
   6 - Insensibilidade com a balança comercial - aqui o fato é grave. A lacuna de etanol competitivo no mercado interno está fazendo com que o Brasil importe uma quantidade brutal de gasolina. A estimativa é que o Brasil gaste em 2020 US$ 58 bilhões em importações de gasolina, recurso hoje inexistente no escasso saldo comercial do Brasil, que deve passar a déficit até 2017. 
Fora isto, poderíamos ter mais etanol para atender todo o espaço aberto nos EUA para o etanol de cana, além de ter mais açúcar para exportar. Se o Brasil conquistar 60% do crescimento do consumo mundial de açúcar até 2020, poderia trazer no período US$ 80 bilhões ao país. Este é um grave problema da falta de visão do Governo brasileiro, prejudicando a balança comercial, que não vai bem.
   7 - Insensibilidade de logística e abastecimento - ao zerar a CIDE na gasolina, o Governo retirou R$ 7 bilhões que seriam investidos em infra-estrutura logística, na já combalida logística brasileira. Fora isto, ao não planejar adequadamente, estimular a venda de carros novos, e não dispor de suficiente estrutura para importação, o Governo poderá ver faltar gasolina no Brasil, o que prejudicará fortemente sua popularidade.
   8 - Insensibilidade com a Petrobras - ao importar gasolina mais caro que o preço vendido aqui dentro do Brasil, o Governo força a área de abastecimento da Petrobrás a prejuízos incalculáveis, afetando o valor da empresa, a capacidade de investimento e sua vida econômica. A Petrobrás vêm se desfazendo de ativos para pagar esta conta. Até quando?
   9 - Insensibilidade com a inovação - diversas empresas estão trazendo inovações que permitem um uso muito maior da cana. Estas vão desde o plástico, o diesel, o querosene, a gasolina de cana, e com a escassez de cana, estas oportunidades não poderão ser aproveitadas na velocidade necessária ao Brasil.
   10 - Insensibilidade com a comunicação e posicionamento - no exterior só se fala bem, só se elogia a cana e sua capacidade de suprir energia. Aqui no Brasil, na maioria das vezes o que se tem são críticas infundadas, o que demostra, por parte do Governo e da sociedade, uma profunda falta de entendimento dos benefícios que todos recebemos por termos a cana instalada no Brasil.
   11 - Insensibilidade tributária - por ser de fontes renováveis e não poluentes, o etanol, a bioeletricidade da cana mereceriam um tratamento tributário absolutamente diferente do observado na gasolina, nas outras formas não renováveis de eletricidade. Não é o que se observa. Idem para a bioeletricidade da cana.
Feitas estas ponderações, é fácil se chegar a uma conclusão que existe por parte do Governo Federal, principalmente, mas também dos Governos Estaduais, e consequentemente da sociedade brasileira, uma miopia impressionante com as possibilidades que a cana poderia trazer em desenvolvimento econômico, social e ambiental. Há anos que alerto via palestras e artigos na grande imprensa de todos estes problemas, mas lamentavelmente a inoperância nesta área é inacreditável.
Com medidas adequadas o Governo brasileiro promoverá o crescimento do PIB via investimentos em geração de energia, algo fundamentalmente estratégico no mundo e não via consumo, que hoje representa a maioria das medidas de estímulo tomadas. Investimentos estes que vão gerar produção, impostos, empregos e interiorização de desenvolvimento.
Resta esperar que alguma destas insensibilidades atropele fortemente o Governo, para que este se movimente, antes tarde do que nunca e se sensibilize para esta enorme perda econômica, social e ambiental que tivemos. 
*Texto originalmente publicado na Revista Opiniões, edição de dezembro de 2012. 
Marcos Fava Nenes
Professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 111

I- NOTÍCIAS

1- Empresa canadense é premiada por uso de tecnologia brasileira da Modulo para proteção de infraestruturas críticas 
Um projeto da empresa de energia BC Hydro com utilização de tecnologia brasileira levou o Gerente de Segurança da Informação da empresa canadense, Doug Powell, a ser eleito pela revista Information Security como um dos sete profissionais de maior destaque no segmento de tecnologia em 2012. 
Powell foi reconhecido pelos avanços alcançados nas práticas de segurança da informação, políticas e tecnologias no segmento de infraestruturas críticas, especificamente no setor de energia. A Information Security possui uma rede virtual de profissionais de TI com mais de 2 milhões de membros.
O projeto, estimado em US$1 bilhão, consiste em desenvolver a rede de medidores de energia elétrica do Canadá, tornando a medição que hoje é feita manualmente, assim como no Brasil, totalmente virtual. Com a exclusão da figura do técnico de medição nas residências, porém, os sistemas ficam mais suscetíveis a fraudes durante a troca de informações. Em um cenário mais abrangente, a rede se torna mais vulnerável a ameaças cibernéticas que podem sobrecarregá-la, estando exposta a riscos como explosões, por exemplo. 
Para analisar os riscos e vulnerabilidades ao qual a rede ficará exposta, a empresa brasileira Módulo foi contratada. Especializada em Segurança da Informação e soluções automatizadas para Governança, Riscos e Compliance, a Módulo fará um trabalho de consultoria para a prevenção de ocorrências críticas e redução dos riscos e impactos na fase de implantação do projeto. A empresa também forneceu o software de Gestão de Riscos e Compliance Módulo Risk Manager, para controle de regulamentações do setor, apontando quais as medidas prioritárias para que a BC Hydro alcance a conformidade com importantes normas do mercado, como a NERC CIP e NISTIR 7628. Em 2010, a Módulo também participou da proteção de infraestruturas críticas da BC Hydro durante os Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, quando, com o aumento da demanda de energia no país, o trabalho foi fundamental para assegurar o fornecimento de eletricidade no Canadá. 
O CEO da Módulo, Sérgio Thompson-Flores, destaca que iniciativas como a de Doug Powell à frente da BC Hydro são fundamentais para o desenvolvimento da segurança no setor. “Os esforços de Doug em reavaliar as práticas de GRC para o sistema elétrico e suas contribuições para padrões internacionais de segurança, adoção de melhores práticas e pesquisas de laboratório são iniciativas que promovem a proteção de Infraestruturas Críticas no mundo. No caso da Módulo, a visão de Doug de estender o GRC além dos limites tradicionais, integrando segurança cibernética, segurança física e operacional, não só reflete nossa visão como auxilia a empresa no desenvolvimento da capacidade e aplicações da nossa plataforma”, afirma o Thompson. 
Em relação ao trabalho da Módulo, Doug destaca ainda que as ferramentas da empresa utilizadas para proteção de redes de infraestrutura foi recentemente adotada para o monitoramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que reuniu no Rio de Janeiro este ano lideranças de diversos países. "O trabalho da Módulo na Rio+20, demonstrou como é possível realizar monitoramento contínuo em tempo real tanto de eventos físicos quanto cibernéticos, exatamente o tipo da ferramenta de avaliação que é necessária para os complexos requerimentos de proteção de smart grids e outras infraestruturas críticas", aponta Powell.
Segundo a revista Security Magazine, os vencedores têm em comum uma “devoção incansável à segurança cibernética", representando interesses diversos relacionados a questões emergentes de proteção de infraestruturas críticas e de redes. No caso de Doug Powell, o gerente é responsável por todos os aspectos de Segurança da Informação e Privacidade da BC Hydro. "Estou honrado de ser incluído neste grupo seleto da Security Magazine. Ao trazer à tona importantes avanços em todos os setores da indústria, o prêmio é importante à medida que permite a colaboração entre as indústrias, um passo fundamental em direção à cibersegurança neste mundo de novas ameaças", afirma Powell.
Mais informações sobre a participação da Módulo em projetos por todo o mundo podem ser consultados no site e redes sociais da companhia. 
www.modulo.com.br

2- Abertas as inscrições para assistir ao Venture & Seed Export Forum 
Estão abertas as inscrições para quem quiser assistir ao “Venture & Seed Export Forum”, que será realizado em São Paulo, no dia 11 de dezembro. O evento é capitaneado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a FINEP e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).
O objetivo do fórum é identificar empresas brasileiras que tenham perfil e interesse em receber aporte de fundos de participação de seed capital (empresas que têm faturamento de até R$ 10 milhões por ano) e venture capital (empresas que têm faturamento maior do que R$ 10 milhões por ano) para alavancar seu crescimento mirando mercados internacionais.
As 10 empresas que se apresentarão têm um faturamento combinado de aproximadamente R$ 50 milhões. Essas companhias possuem características inovadoras em seus processos produtivos, na estratégia comercial e de marketing e/ou no seu modelo de negócio, e atuam em mercado de alto potencial de crescimento, além de possuírem uma equipe experiente. Alguns dos setores representados são: TI (logísitica/saúde/segurança de pagamento), óleo e gás; moda e nanotecnologia.
Data: 11/12/2012/Local: Hotel Intercontinental - Alameda Santos, 1123 - Jardim Paulista/Horário: 8h30 às 13h30

3- Petroleo Leve é descoberto em Sergipe
A Petrobras anunciou a quarta descoberta importante feita neste ano em águas ultraprofundas na bacia Sergipe-Alagoas, onde vem encontrando petróleo de boa qualidade.
A  descoberta ocorreu durante a perfuração de um poço localizado a 85 quilômetros da costa de Aracaju, no estado de Sergipe, na profundidade de 2.583 metros. A perfuração foi concluída aos 5.347 metros.
De agosto a outubro deste ano, a Petrobras já havia anunciado a presença de acumulações de hidrocarbonetos nos poços 1-SES-168 (Moita Bonita), 3-SES-165 (Barra) e 1-SES-167 (Farfan). Desta vez a descoberta foi no poço 1-SES-172, conhecido como Muriú.
A nova descoberta ocorreu na concessão BM-SEAL-10, localizada no bloco SEAL-M-424.
Conforme a nota da Petrobras, a descoberta do poço 1-SES-172, conhecido informalmente como Muriú, ocorreu em reservatórios da formação Calumbi. A comprovação da descoberta ocorreu por meio da análise dos dados de perfis. Estudos das pressões registradas nos reservatórios e amostragem de fluidos indicaram a presença de óleo leve. O petróleo foi encontrado em reservatórios de excelente qualidade, com 67 metros de espessura A Petrobras é operadora da concessão SEAL-M-424, com 100% de participação.
“A Companhia dará continuidade à operação de perfilagem (registros de características de uma formação) e coleta de dados de rocha e fluido nesse poço, com o objetivo de elaborar a estratégia de avaliação da nova descoberta, assim como caracterizar as condições dos reservatórios encontrados”, disse a Petrobras em nota.
O próximo passo será apresentar o Plano de Avaliação de Descoberta à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Fonte: O Povo (CE)
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

4- Produção de petróleo do país se recupera em outubro--ANP 
A produção de petróleo brasileira se recuperou ligeiramente no mês de outubro e atingiu 2,011 milhões de barris diários em média, incremento de 4,6 por cento ante o mês anterior, informou  a Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP). 
Na comparação com outubro do ano passado, no entanto, a produção foi 4,4 por cento menor segundo a ANP. 
A extração de petróleo do Brasil no mês de setembro, de 1,923 milhão de barris por dia foi a menor desde julho de 2009. 
A queda da produção nacional ao longo de 2012 foi impactada pela baixa produção da Petrobras, responsável por 94 por cento da extração brasileira, segundo a ANP, que em setembro teve a menor produção desde abril de 2008. 
No mês de outubro, porém, algumas das plataformas da estatal que estavam paradas para manutenção retornaram às operações e contribuíram para a retomada da produção. 
Além disso, entrou em operação em outubro o FPSO Cidade de Anchieta, na área denominada Parque das Baleias, no pré-sal da bacia de Campos no Estado do Espírito Santo. 
A estatal espera fechar o ano com produção média perto de 2 milhões de barris por dia. 
Gás 
A produção de gás natural dos campos brasileiros, sem liquefeito, alcançou 73milhões de metros cúbicos por dia e bateu novo recorde, superando a de junho de 2012, de 72 milhões de metros cúbicos diários. 
Leila Coimbra
Fonte: Reuters

5- Petrobras tem problemas para vender ativos no Golfo do México-fontes 
A Petrobras está tendo problemas para vender mais de 4 bilhões de dólares em ativos offshore de exploração e produção de petróleo no Golfo do México, disseram fontes próximas à questão.
A companhia brasileira descartou planos de vender a totalidade de sua participação no Golfo do México para um único parceiro e começou a procurar parceiros individuais e pacotes de blocos de petróleo, disseram as fontes.
Separadamente, um executivo da Petrobras confirmou que a empresa tem tido grande dificuldade em vender os ativos no Golfo, mas se recusou a falar.
As fontes e o executivo falaram em condição de anonimato, pois o processo ainda é privado.
A Petrobras lançou a medida como parte de um programa de venda de ativos para apoiar seu ambicioso plano de expansão e com o objetivo de o Brasil se tornar um dos mais importantes produtores de petróleo do mundo até 2020.
A empresa espera vender 14,8 bilhões de dólares em ativos este ano, depois que os crescentes custos e o aumento das importações de combustíveis afetam a capacidade da Petrobras de custear o plano de expansão de 5 anos de 237 bilhões de dólares, maior programa de investimentos do mundo. Ela registrou sua primeira perda trimestral em 13 anos no segundo trimestre.
Em maio, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, classificou os ativos do Golfo do México como o pedaço "provavelmente mais importante" do programa da vendas da companhia.
A Petrobras tem cerca de 190 blocos exploratórios sob concessão do governo dos EUA no Golfo do México. No meio da década passada, foi o maior comprador individual de blocos em águas profundas na região. 
Michael Erman e Leila Coimbra
Fonte: Reuters


II- COMENTÁRIOS

1- RIO PIPELINE 2013
2- Tecnologia dos EUA transforma plástico em petróleo.
Uma reciclagem inédita que converte plástico velho em petróleo de excelente qualidade foi apresentada por uma empresa americana presente no Salão do Meio Ambiente, Pollutec, realizado em Lyon - França, de 27 a 30 de novembro de 2012.
A técnica permite tratar qualquer plástico, inclusive o mais velho ou o mais sujo.
O projeto é da Agilyx, empresa criada em Oregon (oeste dos Estados Unidos) há apenas seis anos."O que nos interessa não são os plásticos que são reciclados hoje em dia, mas os plásticos que ninguém quer e que costumam acabar no lixo", explica à agência de notícias AFP Jon Angin, vice-presidente da empresa, que foi ao salão de Lyon.
Este plástico, primeiro triturado, é colocado em um grande "cartucho", aquecido para se transformar em gás, e depois volta a ser esfriado na água. O petróleo resultante é separado ao emergir à superfície.
No fim, mais de 75% do peso original é transformado em petróleo cru, pronto para ser refinado como qualquer outro tipo da substância saudita ou russa. O resto da matéria fica dividida em gás e em resíduo final (menos de 10%).
Esta proporção significa que 10 toneladas de plástico - cuja produção mundial foi em 2011 de 280 milhões de toneladas - fornecem cerca de 50 barris de petróleo, segundo a empresa, que informa, no entanto, que o equivalente a 10 barris de energia foram utilizados no processo industrial.
Atração de Capital
Esta tecnologia parece ter convencido vários no setor. Esta PME (pequena e média empresa) de 60 pessoas já atraiu para seu capital o líder americano dos resíduos Waste Management e o gigante petroleiro francês Total.
E não é preciso que o barril de petróleo esteja a US$ 200 para que esta tecnologia tenha saída. "Com a cotação atual do petróleo (em média a US$ 100 o barril), a Agilyx já é rentável", ressalta François Badoual, diretor da Total Energy Ventures, filial de investimentos do grupo francês, que entrou no capital do americano no fim de 2010.
Angin prefere não falar muito do preço mínimo do barril necessário para que a empresa seja viável. "Estamos muito tranquilos, o preço do petróleo não vai cair abaixo deste nível", assegura.
"É um petróleo de boa qualidade que poderíamos classificar de leve, muitas vezes buscado pelas refinarias", confirma Badoual.
A Agilyx viu vários competidores emergirem, como o britânico Cymar ou o americano Vadxx Energy, embora eles ainda não produzam. 

3- As Insensibilidades Sucro-Energéticas 
Este texto tem o objetivo de discutir a grande falta e sensibilidade da sociedade brasileira e notadamente do Governo Federal, com os aspectos ligados ao setor sucro-energético. De maneira didática, resumo nossa falta de visão e a consequente perda de grande oportunidade de desenvolvimento econômico, social e ambiental, em 11 insensibilidades, descritas a seguir. 
1 - Insensibilidade econômica. Diferentemente do setor de etanol nos EUA, o etanol no Brasil carece de um plano estratégico feito pelo Governo e pelo setor privado, que diga de maneira simples, que metas devemos atingir em 2020, por exemplo. Um plano que contemple quanto se deseja que a frota flex use de etanol, quanto iremos exportar de açúcar, quanto etanol será adicionado na gasolina, enfim, uma visão de médio e longo prazo que permita previsibilidade ao investidor. Estas metas poderiam trazer para a produção de cana pelo menos 8 a 10 milhões de hectares de pastagens, notadamente degradadas, gerando grande desenvolvimento econômico e investimentos por todo o Brasil, mas principalmente em Minas Gerais, no Centro Oeste e o Semi-Árido, com irrigação. O fraco desempenho do PIB Brasileiro neste ano, um dos piores do mundo emergente, mostra que sem esta insensibilidade, talvez o quadro do PIB seria outro. Tivemos um Governo que se preocupou fortemente com a distribuição de renda, o que é louvável, mas deixou de lado a agenda da geração de renda, ou seja, a agenda da competitividade de nossas empresas, para que pudessem produzir mais, exportar mais, e assim, gerar mais PIB. O resultado disto está aí. Um PIB aquém do necessário. Nos dois primeiros anos do Governo Dilma andamos de lado.
2 - Insensibilidade social e de exclusão - fazendo as 100, 120 novas usinas necessárias para o Brasil até 2020, teríamos a geração de 100 a 120 mil postos de trabalho. Com isto promoveríamos a inclusão e o desenvolvimento social. O Governo e parte dos Procuradores da República, do Ministério Público também são insensíveis com os fornecedores de cana, uma vez que ficam fazendo seguidas e mais complexas exigências a um setor que nos últimos dez anos trabalhou de graça para a sociedade brasileira, sem ganhar nada, como os dados de custos e preços atestam.
3 - Insensibilidade ambiental - a falta de etanol para abastecer a crescente frota flex (3 milhões de novos automóveis por ano) e o aumento do consumo de gasolina está fazendo com que o Brasil deixe de atender as metas ambientais fixadas pelo país nas instituições internacionais. Como as emissões do etanol estão em 10 a 15% das emissões totais de gasolina, somente no Estado de São Paulo, de acordo com o Consema, entre 2009 e 2011 houve um aumento de emissões de 3,4 milhões de toneladas de CO2 pela troca do etanol pela gasolina. Por mais incrível que possa parecer, as ONG´s ambientalistas não abraçam a causa do etanol, criando uma campanha, por exemplo "veta Gasolina", como a eficiente campanha "veta tudo Dilma" que orquestraram durante os debates do Código Florestal. Um exemplo desta falta de sensibilidade do Governo na questão ambiental está a recente regulamentação que vai obrigar os postos de combustível a divulgar o benefício econômico do etanol (a equação dos 70%), mas por que não incentivar os postos a divulgarem o benefício ambiental do etanol? Isto não está na regulamentação.
4 - Insensibilidade em relação a trabalho e capacitação - O Brasil tem uma das legislações trabalhistas mais anacrônicas entre os países produtores de cana, e isto aumenta muito os custos de produção no campo e nas Usinas, além de uma indústria de indenização instalada no setor. O trabalhador no Brasil teve grande ganho salarial nos últimos dez anos, mas pouquíssimo ganho de produtividade. Mão de obra hoje é desvantagem competitiva a quem opera no Brasil, reduz a capacidade de geração de renda de nossas empresas. Isto aconteceu em cinco anos.
5 - Insensibilidade com o setor de bens de capital - O Brasil desenvolveu ao longo dos últimos 50 anos uma indústria de bens de capital destinada ao setor sucro-energético admirada mundialmente, geradora de inovações e muitos empregos. Hoje este setor encontra-se em enorme dificuldade pois praticamente não se fazem mais usinas novas devido ao baixo retorno do investimento. Suas vendas caíram e a crise se instalou no setor desde 2008. Isto poderia ter sido evitado se tivéssemos uma visão estratégica da bioenergia.
6 - Insensibilidade com a balança comercial - aqui o fato é grave. A lacuna de etanol competitivo no mercado interno está fazendo com que o Brasil importe uma quantidade brutal de gasolina. A estimativa é que o Brasil gaste em 2020 US$ 58 bilhões em importações de gasolina, recurso hoje inexistente no escasso saldo comercial do Brasil, que deve passar a déficit até 2017. Fora isto, poderíamos ter mais etanol para atender todo o espaço aberto nos EUA para o etanol de cana, além de ter mais açúcar para exportar. Se o Brasil conquistar 60% do crescimento do consumo mundial de açúcar até 2020, poderia trazer no período US$ 80 bilhões ao país. Este é um grave problema da falta de visão do Governo brasileiro, prejudicando a balança comercial, que não vai bem.
7 - Insensibilidade de logística e abastecimento - ao zerar a CIDE na gasolina, o Governo retirou R$ 7 bilhões que seriam investidos em infra-estrutura logística, na já combalida logística brasileira. Fora isto, ao não planejar adequadamente, estimular a venda de carros novos, e não dispor de suficiente estrutura para importação, o Governo poderá ver faltar gasolina no Brasil, o que prejudicará fortemente sua popularidade.
8 - Insensibilidade com a Petrobras - ao importar gasolina mais caro que o preço vendido aqui dentro do Brasil, o Governo força a área de abastecimento da Petrobrás a prejuízos incalculáveis, afetando o valor da empresa, a capacidade de investimento e sua vida econômica. A Petrobrás vêm se desfazendo de ativos para pagar esta conta. Até quando?
9 - Insensibilidade com a inovação - diversas empresas estão trazendo inovações que permitem um uso muito maior da cana. Estas vão desde o plástico, o diesel, o querosene, a gasolina de cana, e com a escassez de cana, estas oportunidades não poderão ser aproveitadas na velocidade necessária ao Brasil.
10 - Insensibilidade com a comunicação e posicionamento - no exterior só se fala bem, só se elogia a cana e sua capacidade de suprir energia. Aqui no Brasil, na maioria das vezes o que se tem são críticas infundadas, o que demostra, por parte do Governo e da sociedade, uma profunda falta de entendimento dos benefícios que todos recebemos por termos a cana instalada no Brasil.
11 - Insensibilidade tributária - por ser de fontes renováveis e não poluentes, o etanol, a bioeletricidade da cana mereceriam um tratamento tributário absolutamente diferente do observado na gasolina, nas outras formas não renováveis de eletricidade. Não é o que se observa. Idem para a bioeletricidade da cana.
Feitas estas ponderações, é fácil se chegar a uma conclusão que existe por parte do Governo Federal, principalmente, mas também dos Governos Estaduais, e consequentemente da sociedade brasileira, uma miopia impressionante com as possibilidades que a cana poderia trazer em desenvolvimento econômico, social e ambiental. Há anos que alerto via palestras e artigos na grande imprensa de todos estes problemas, mas lamentavelmente a inoperância nesta área é inacreditável.
Com medidas adequadas o Governo brasileiro promoverá o crescimento do PIB via investimentos em geração de energia, algo fundamentalmente estratégico no mundo e não via consumo, que hoje representa a maioria das medidas de estímulo tomadas. Investimentos estes que vão gerar produção, impostos, empregos e interiorização de desenvolvimento.
Resta esperar que alguma destas insensibilidades atropele fortemente o Governo, para que este se movimente, antes tarde do que nunca e se sensibilize para esta enorme perda econômica, social e ambiental que tivemos. 
*Texto originalmente publicado na Revista Opiniões, edição de dezembro de 2012. 
Marcos Fava Nenes
Professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat

sábado, 1 de dezembro de 2012

IPGAP OIL & GAS & ENERGY NEWS - N° 110


I – NOTÍCIAS

1- Petrobras conquista Prêmio DCI pelo nono ano consecutivo
Publicada em 30/11/2012 10:23:09 
Foto: Agência Petrobras
 A Petrobras recebeu, em São Paulo, o Prêmio DCI – Empresas Mais Admiradas, que reconhece as empresas de referência no país e mais admiradas pelo voto direto de cerca de 5 mil eleitores, entre empresários, altos executivos e economistas ouvidos pelos repórteres do jornal DCI (Diário do Comércio e Indústria) no período de janeiro a setembro, em todo país.
Vencedora nos segmentos Petróleo e Empresa de Capital Estatal Mais Admirada, a Petrobras é pela nona vez consecutiva reconhecida pela premiação, que é dividida em 31 categorias de diversos setores como Mineração, Química e Petroquímica, Gás, Energia, Logística, Tecnologia da Informação, Finanças, Comércio Varejista, Alimentos, Bens de Capital e Equipamentos, Mídia e Marketing, Advocacia, Eletroeletrônicos, entre outros
Na ocasião, o gerente de Atendimento e Articulação da Regional São Paulo-Sul da Petrobras, Diego Pila, representou a Companhia.

2- RONA ASSESSORIA COMERCIAL
Informamos  que  entrou no ar  o  site: www.ronaassessoria.com.br da empresa RONA ASSESSORIA COMERCIAL.
Trata-se de uma empresa especializada em alavancagem comercial, que possui uma abordagem completa para a atividade de vendas. Aplica-se a , capacitação profissionalizante e transmite-se  as melhores práticas em vendas complexas através de uma metodologia de trabalho, envolvendo: um processo organizado, um conjunto de habilidades e ferramentas, e um conjunto de normas de desempenho e  de comportamento.
A RONA ASSESSORIA COMERCIAL é especializada em  oferecer SOLUÇÕES para os desafios, problemas e gargalos de empresas, e por este motivo a RONA é  especializada  em  estratégias comerciais, reestruturação empresarial  e praticas inovadoras.
Possuí a RONA  um quadro de profissionais especialistas em algumas disciplinas, e serviços específicos, nas áreas de OIL & GAS & ENERGY, de METALURGIA & SIDERURGIA& MINERAÇÃO  , de ALIMENTOS & BEBIDAS e da área  HOSPITAL  & SAUDE.
Na RONA ASSESSORIA COMERCIAL  a diferença é feita por pessoas certas. Acesse o site, observe nossos PARCEIROS, a equipe de Executivos de Negócios, os Consultores Associados e as SOLUÇÕES que temos para alavancar o seu negocio.
No site estão as  ultimas NOTICIAS do Blog sobre OIL & GAS & ENERGY, atualmente lidas por mais de 60.000 pessoas mensalmente.
O  SITE  RONA, está sob a direção geral do  Eng. Ronald Carreteiro..

3- Segundo estaleiro do polo naval começa operar em junho
O estaleiro STX Promar, segundo do polo naval de Pernambuco, começa a cortar as chapas de aço que darão forma ao seu primeiro navio construído inteiramente no Estado em junho de 2013. O mês marcará também a inauguração oficial do empreendimento. A embarcação 100% pernambucana será um gaseiro (destinado ao transporte de gás liquefeito de petróleo, o famoso gás de cozinha). No cronograma da empresa, o gaseiro corresponde ao terceiro dos oito encomendados pela Transpetro. É que os dois primeiros já estão com seus cascos em construção na planta de Niterói (RJ) e serão rebocados em outubro do próximo ano para a unidade na Ilha de Tatuoca, no Complexo de Suape, onde receberão os trabalhos de acabamento.
A primeira entrega do STX Promar do contrato com a Transpetro, no valor de R$ 917 milhões para os oito navios, deverá ocorrer no primeiro semestre de 2014. Ontem, durante o lançamento do programa de qualificação de mão de obra do governo do Estado para o setor naval, o presidente do STX Promar, Miro Arantes, comentou ainda que o grupo está na disputa para construir até quatro embarcações do tipo Pipe-Laying Support Vesse (PLSV) para a Petrobras. O resultado da disputa deve ser divulgado em março do próximo ano. Cada um desses navios custa cerca de US$ 250 milhões e são especializados no lançamento e instalação no fundo do mar de linhas que conectam plataformas de petróleo aos sistemas de produção.
“A gente acha que tem uma grande oportunidade e oferecemos preço para quatro embarcações. Nossa ideia, se formos vencedores, é construí-las aqui”, afirmou Arantes. “Esse estaleiro (de Pernambuco) será o melhor do nosso grupo no Brasil. Toda nossa atividade tende a ser focada aqui. Vamos manter o estaleiro de Niterói, que é focado em navios menores. Em Pernambuco vamos construir os maiores”, complementou o executivo.
O estaleiro STX Promar está 70% construído, com estruturas importantes como o as oficinas e os cais prontos, além de já contar com maquinário. Em um dia de solenidade e afagos, Arantes se mostrou confiante de que a dragagem do canal de acesso ao estaleiro, de responsabilidade do governo do Estado, que começou no início deste mês, estará concluída em fevereiro, muito antes, portanto, da chegada do primeiro casco.
O segundo estaleiro pernambucano é uma sociedade da STX Europe, braço europeu da gigante sul coreana STX, e o grupo brasileiro PJMR. O investimento na unidade é de R$ 300 milhões. Cada navio gaseiro finalizado ou totalmente produzido em Pernambuco custa, em média, US$ 60 milhões. No pico de produção, quando estará cortando 20 mil toneladas de aço por ano, o STX Promar vai empregar 2 mil trabalhadores. Atualmente, já têm carteira assinada na empresa 100 pernambucanos, que estão passando por treinamento no estaleiro de Niterói.
O vice-presidente executivo da STX OSV Norway, Knut Olav, em discurso no evento de ontem, citou os atrasos e problemas de outros estaleiros nacionais como prova de que “é muito desafiador construir navios no Brasil”, mas que acreditava na expertise internacional do grupo e no know how da parceira nacional PJMR para fazer deslanchar a planta pernambucana e atingir o padrão dos estaleiros STX da Noruega, Romênia e Vietnã.
Fonte: Jornal do Commercio(PE)
Noticiário cotidiano - Indústria naval e Offshore

4- Importação de gasolina pode dobrar em 2012 
A presidente de Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou  que a média de importação de gasolina, em novembro, está em 80 mil barris por dia. O volume, segundo a executiva, deve aumentar em dezembro devido às férias de fim do ano. A média de importação do ano deve ficar entre 80 mil e 90 mil barris de gasolina, segundo a executiva. A empresa importou, em média, 45 mil barris por dia em 2011.
"A importação está forte", disse Graça Foster, após participar da abertura do Encontro Nacional da Mulher, Ciência e Tecnologia, no Rio de Janeiro. "A tendência até o fim do ano é [que as importações] fiquem no mínimo como estão, cair não vão cair", afirmou.
Graça Foster reiterou que não há data para reajuste dos combustíveis. "A Petrobras está com as contas deste ano fechadas, e não há previsão de aumento", disse.
Sobre a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, Graça Foster afirmou que não há data para a operação ocorrer, mas o ativo está no pacote de desinvestimento previsto pela empresa para este ano e 2013.
A presidente da Petrobras também comentou a relação da companhia com a HRT no Solimões. De acordo com a executiva, as duas empresas estão avaliando possibilidades de otimização da infraestrutura de ambas e a possibilidade de escoamento de gás na região, o que segundo ela é um desafio. "Não há compra e não tem venda na mesa [com a HRT]", disse Graça. 
Marta Nogueira
Fonte: Valor Online 

5- Petra mantém planos de iniciar produção em 2015 
O presidente petroleira Petra Energia, Winston Fritsch, confirmou ontem a expectativa da companhia de começar a produzir gás natural no país em 2015. De acordo com o executivo, a empresa trabalha atualmente em uma série de atividades para que a previsão se concretize. Fritsch afirmou ainda que a companhia estuda a compra de novos ativos na África.
Fritsch afirmou que a empresa perfurou 14 poços no país este ano e ainda estão previstos mais três poços. A companhia tem hoje, ao todo, 24 blocos e mais de 7 mil quilômetros quadrados de área. O executivo explicou que a empresa irá fazer quatro estudos geológicos em quatro regiões diferentes em suas áreas de atuação.
A partir dos resultados de estudos avançados realizados, a empresa vai escolher um local para fazer um projeto piloto e declarar comercialidade do gás. "Se tudo correr bem, em 2015 a gente pode estar produzindo, mas é bom sublinhar que são estimativas do nosso cenário possível, mas com grau de otimismo, tem que tudo dar certo", disse Fritsch, após participar de evento promovido no âmbito do programa Rio - Capital da Energia, do Governo do Estado do Rio.
No Brasil, a Petra tem ativos na Bacia de São Francisco, Bacia do Parnaíba e Bacia do Amazonas. Apesar de estudar novas aquisições na África, o executivo negou interesse nos ativos da também brasileira HRT, que busca novos investidores para os seus ativos na Namíbia. A área de interesse da Petra na África é o Sul do Saara.
Segundo Frisch, inicialmente a empresa prevê adquirir áreas na África sozinha e posteriormente buscar parceiros. "Uma [área] já compramos e estamos discutindo outra", disse. Até agora, segundo Fritsch, a empresa tem se financiado a partir de seus próprios projetos, por meio de aquisições e vendas. Mas em um horizonte de cinco anos, o executivo pondera que deverá recorrer ao mercado. 
Fonte: Valor Econômico 


II – COMENTÁRIOS

1- Até quando vamos ficar na contramão? 
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), em seu último relatório, até o ano 2017, os Estados Unidos vão superar a Arábia Saudita na posição de maior produtor mundial de petróleo e vão se tornar exportadores líquidos de petróleo até 2030.
O relatório prevê ainda que os Estados Unidos ultrapassarão a Rússia como o principal produtor mundial de gás natural em 2015.
Essa drástica reversão de tendência é resultado de um conjunto de políticas de eficiência energética e de incentivos para o aumento de produção de petróleo e de gás natural, que somados ao preço alto do petróleo no mercado internacional, acabaram por viabilizar a retomada dos investimentos no mercado americano.
Enquanto isso, no Brasil, assistimos à estagnação da produção de petróleo, desde 2009, apesar das elevadas reservas do pré-sal. Mantidas as atuais tendências de crescimento do consumo doméstico de petróleo e seus derivados, já em 2013 deixaremos de ser autossuficientes.
Motivos para tendências tão díspares entre o Brasil e os EUA não faltam. O aumento da produção nos EUA, em especial no caso do shale gas, está fundamentado no empreendedorismo de empresas pequenas e médias, que buscaram a produção onshore, que é mais barata e de retorno mais rápido.
Por outro lado, no Brasil, todas as fichas estão alocadas na Petrobras, que hoje tem dificuldades de financiamento e disponibilidade de equipamentos e mão de obra e ainda deverá, obrigatoriamente, ser a única operadora de todos os campos do pré-sal.
Em paralelo, as empresas privadas brasileiras do setor de Exploração e Produção (E&P)estão enfrentando uma série de problemas, que são agravados pela não ocorrência de leilões desde 2008 e por indefinições regulatórias, impossibilitando a diversificação de seus riscos através da aquisição de novos blocos exploratórios.
No Brasil, fez-se a opção por explorar petróleo e gás natural em reservatórios extremamente distantes da costa e em águas ultraprofundas, o que necessita de tecnologia cara e complexa, que exige um grande volume de investimento e um longo tempo entre o início da exploração e a produção em larga escala e para dificultar ainda mais, através de praticamente uma única empresa, a Petrobras.
Os investimentos na área de petróleo e gás natural nos EUA foram viabilizados pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional, que são instantaneamente repassados para o mercado doméstico.
No Brasil, a política de preço de combustíveis obriga a Petrobras a vender, a gasolina e o diesel a um preço abaixo do observado no mercado internacional. Esta política imposta pelo Governo tem vários efeitos perversos sobre o setor.
A Petrobras é prejudicada na sua geração de caixa e com isso, não consegue fazer frente aos investimentos necessários para o crescimento da sua produção. O controle de preços no mercado doméstico impede o investimento privado em refinarias e terminais de importação e incentiva o consumo, ao invés de estimular o uso mais eficiente e a substituição dos combustíveis fósseis pelos renováveis. Até quando vamos ficar na contramão?
*Texto  divulgado no jornal Brasil Econômico, em 29/11/2012. 
Adriano Pires
Diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE)

2- LLX e GE assinam contrato para instalação de unidade no Açu
Divulgação EBX
LLX e GE assinam contrato para instalação de unidade no Complexo Industrial do Superporto do Açu
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2012 - A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, e a GE do Brasil (GE), assinaram hoje contrato para instalação de unidade na retroárea do Superporto do Açu, em construção em São João da Barra (RJ).
A unidade industrial será instalada no Polo Metalmecânico, em área de 322.498 m², com o foco nas áreas de Petróleo&Gás e geração de energia. O contrato terá a duração de 30 anos, renováveis por um período de até 30 anos. A instalação da unidade de produção ainda está sujeita às licenças e autorizações usuais para este tipo de empreendimento.
“O Superporto do Açu é fundamental para aumentar a capacidade de escoamento da produção industrial e ampliar o desenvolvimento nacional. A GE aproveitará o posicionamento estratégico do projeto para fazer ainda mais pelos setores de Petróleo&Gás e Energia do Brasil, e oferecer soluções que possam colaborar com os desafios locais“, diz Reinaldo Garcia, presidente e CEO da GE para a América Latina.
“A instalação de uma unidade da GE no Complexo Industrial marca o início da ocupação do Polo Metalmecânico e demonstra a confiança de grandes grupos multinacionais nas vantagens competitivas do Superporto do Açu, principalmente para as empresas fornecedoras de bens e serviços para a indústria de Petróleo&Gás e Energia”, comentou Otávio Lazcano, Diretor Presidente da LLX.
O Polo Metalmecânico, localizado na retroárea do porto, será totalmente integrado ao Terminal Multicarga, instalado no TX2, e contará com vias com capacidade para transportar cargas especiais, como equipamentos com grandes dimensões e peso. Esses diferenciais oferecem competitividade logística às empresas instaladas no Polo Metalmecânico, que poderão escoar seus produtos com eficiência e sem gargalos logísticos.
A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, e a GE do Brasil (GE), assinaram ontem (28) contrato para instalação de unidade na retroárea do Superporto do Açu, em construção em São João da Barra (RJ).
A unidade industrial será instalada no Polo Metalmecânico, em área de 322.498 m², com o foco nas áreas de petróleo e gás e geração de energia. O contrato terá a duração de 30 anos, renováveis por um período de até 30 anos. A instalação da unidade de produção ainda está sujeita às licenças e autorizações usuais para este tipo de empreendimento.
“O Superporto do Açu é fundamental para aumentar a capacidade de escoamento da produção industrial e ampliar o desenvolvimento nacional. A GE aproveitará o posicionamento estratégico do projeto para fazer ainda mais pelos setores de Petróleo&Gás e Energia do Brasil, e oferecer soluções que possam colaborar com os desafios locais“, diz Reinaldo Garcia, presidente e CEO da GE para a América Latina.
“A instalação de uma unidade da GE no Complexo Industrial marca o início da ocupação do Polo Metalmecânico e demonstra a confiança de grandes grupos multinacionais nas vantagens competitivas do Superporto do Açu, principalmente para as empresas fornecedoras de bens e serviços para a indústria de Petróleo&Gás e Energia”, comentou Otávio Lazcano, Diretor Presidente da LLX.
O Polo Metalmecânico, localizado na retroárea do porto, será totalmente integrado ao Terminal Multicarga, instalado no TX2, e contará com vias com capacidade para transportar cargas especiais, como equipamentos com grandes dimensões e peso. Esses diferenciais oferecem competitividade logística às empresas instaladas no Polo Metalmecânico, que poderão escoar seus produtos com eficiência e sem gargalos logísticos.
Fonte: Redação TN